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Aluno: João Marcos Corrêa de Barros 
R.A: 01660005310
Exercício da disciplina de Teoria Geral do Processo Penal 5º Semestre
1 – Responda, com exemplos na nova lei:
“De que maneira a lei 13.964/2019, que alterou o CPP, transformou o sistema processual penal brasileira em menos inquisitório e mais acusatório?”
R= Antes de abordarmos as alterações no código de processo penal feita em 2019 e com vigência a partir do mês de janeiro de 2020, precisamos entender qual Sistema foi adotado inicialmente pelo Brasil e os caminhos que vem sido Traçado.
 Em analise as legislações, resta cristalino que o sistema acusatório foi adotado pelo Brasil, firmado entendimento através da constituição federal de 1988. Com efeito, estabelece como função privativa do Ministério Público a promoção de ação penal (Art. 129, I, CF/88). Nitidamente fica demonstrado a preferência por esse modelo que tem como características fundamentais a separação entre as funções de acusar, defender e julgar, conferidas a pessoas distintas, garantindo assim a imparcialidade do órgão julgador.
 Ressalta-se que muitos dispositivos do Código de Processo Penal permitem atividade judiciais inquisitivas, no entanto, não ao ponto de desfigurar o sistema acusatório adotado pelo Brasil. Embora o Código de Processo Penal brasileiro seja inspirado preponderantemente em princípios inquisitivos – conquanto existam dispositivos inseridos pelas sucessivas reformas que prestigiam o sistema acusatório –, a sua leitura deve ser feita à luz da Constituição, pelo que seu modelo de processo deve se adequar ao constitucional acusatório, corrigindo os excessos inquisitivos (interpretação conforme à Constituição).
 Após breve analise sobre o sistema acusatório, adotado pelo brasil, passo a discutir suas reformas e seus impactos nos ritos processuais: 
 A reforma introduzida pela lei 13.964/19, além de positivar e adotar o sistema acusatório de forma expressa - o processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação (art. 3º-A. do CPP) - resolveu inúmeras incompatibilidades existentes no nosso ordenamento processualista, citando como exemplo a possibilidade do arquivamento do inquérito policial realizado pelo próprio órgão do Ministério Público (art. 28 do CPP), a vedação de aplicação de medidas cautelares de ofício pelo magistrado (art. 282, § 2º, do CPP), a impossibilidade da decretação da prisão preventiva de ofício pelo juiz (art. 311 do CPP), e a implementação da figura do juiz das garantias (art. 3º-A. do CPP).
 Sobre este último instrumento processual – tema central da nossa opinião - prescreve o novel art. 3º-B e seguintes do CPP, que “o juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário”, competindo-lhe diversas atribuições pré-processuais, dentre outras, receber o auto da prisão em flagrante para o controle da legalidade da prisão, ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal e decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar. Lembrando que sua atividade chega ao seu término com o recebimento da denúncia ou queixa (art. 3º.-C inserido no CPP).
 Ocorre que a Lei nº 13.964/2019, em harmonia com o sistema acusatório, reduziu consideravelmente o poder de atuação de ofício por parte do juiz. Cabendo destacar a nova redação dada ao § 2º do art. 282, bem como ao art. 311, ambos do CPP, que suprimiram a possibilidade de decretação, sem provocação, das medidas cautelares pelo magistrado.
Outra grande mudança foi com a nova redação do artigo 28 do Código de Processo Penal, decorrente da Lei 13.964/2019 (Lei Anticrime) traz alterações consentâneas com o princípio acusatório, pois agora não se tem mais um pedido, uma promoção ou um requerimento de arquivamento, mas uma verdadeira decisão de não acusar, isto é, o promotor natural decide não proceder à ação penal pública, de acordo com critérios de legalidade e oportunidade, tendo em mira o interesse público, as diretrizes de política criminal aprovadas pelo Ministério Público.
 A nova redação do art. 28 do CPP consolidou o modelo acusatório na tramitação de inquéritos policiais, restringindo a participação do juiz criminal – nesta etapa chamado de juiz de garantias – a decisões marcadas por cláusula de reserva de jurisdição.
 O juiz criminal não participa mais do procedimento de arquivamento ou de desarquivamento de inquéritos policiais. No entanto deve ser informado da instauração do inquérito, de seu arquivamento e de eventual desarquivamento.
 Portanto, para concluir tal raciocino, é necessário compreender o sistema acusatório. A principal característica desse sistema, em síntese, é a vedação à atuação oficiosa do magistrado. No sistema acusatório há separação absoluta das funções de acusação e julgamento. O dispositivo veda a atuação de ofício do juiz no sentido da produção de provas. Logo, a gestão das provas no processo incumbiria inteiramente às partes, principalmente à acusação. O artigo 212 do CPP aponta neste sentido. O dispositivo dá protagonismo às partes na produção de provas. Logo, ao juiz incumbiria apenas complementar a inquisição, quanto aos pontos não esclarecidos.

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