Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito Civil V - Plano de aula 1 QUESTÃO SUBJETIVA 1 (Magistratura de São Paulo - 2007 - 2ª Fase) Direito Civil - Dissertação. Princípios basilares do Código Civil brasileiro (Lei nº 10.406, de 10.01.2002) Inovações no Direito de Família em relação ao Código Civil De 1916 (Livro IV, Título I, Substituto I, Capítulos I ao XI). R: No Código Civil de 1916, o homem (marido) era o responsável por todas as deliberações familiares. Já a mulher, ao casar, perdia alguns poderes tendo o marido como mantenedor e responsável por ela. Filhos de relações não matrimonializadas não tinham direitos. Até a CF de 88, só existiam dois tipos de família: casamento e concubinato. Família no CC/1916 Matrimonializada: Constituída somente pelo casamento Patriarcal Heteroparental: Jamais se imaginava família entre pessoas do mesmo sexo Biológica: O vínculo de criação aferido com o vínculo biológico Família no CC/2002 e CR/88 Matrimonializada: Constituída somente pelo casamento Pluralizada: Princípio constitucional que mantém o direito das famílias – art. 226 CR/88 Passa a contemplar outras atividades familiares. Patriarcal Democrática: Art. 226 § 5º - Princípio da Isonomia entre cônjuges e filhos (art. 227 § 6º) Igualitária substancialmente Biológica: O vínculo de criação aferido com o vínculo biológico. Hetero ou Homoparental: Pode ser formada pelo mesmo sexos ou sexos diferentes. Biológica ou Socioafetiva: O afeto é um valor Jurídico. Fala-se do homem que entra na vida da criança e se coloca na posição de pai. Chamado de posse do Estado de Filho. Unidade Socioafetiva: A família não é mais um núcleo voltado para produção e reprodução. É o local ideal para o desenvolvimento da sua pessoa, potencialidade enquanto ser humano. QUESTÃO SUBJETIVA 2 Carlos e Juliana, após 7 anos de namoro, tomaram a importante decisão de firmar um noivado para, então, começar os preparativos do matrimônio, que perduraram 12 meses, entre organização da moradia do casal e festa de casamento. Tudo estava pronto! A casa mobiliada, a festa inteiramente paga, padrinhos preparados, convites distribuídos e os noivos aguardavam o grande dia quando Juliana foi surpreendida por uma decisão de Carlos: Não quero mais casar! Após momentos desesperados de dúvida e sofrimento, Juliana descobriu que Carlos mantinha um relacionamento paralelo há 2 anos com uma moça que residia na mesma cidade. Por se tratar de uma cidade pequena, em que praticamente todos os habitantes se conhecem, Juliana ficou muito envergonhada e tinha a certeza de que a história da traição e abandono de Carlos rapidamente se espalharia. E assim, de fato, ocorreu, tendo Juliana de desmarcar a festa, informar aos padrinhos e convidados do cancelamento, além de se submeter aos constantes questionamentos e comentários a respeito do que acontecera. Diante desta situação, que orientações você daria a Juliana, na qualidade de advogado (a) dela? http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645133/artigo-226-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 R: Juliana poderá pleitear os gastos com o casamento, no entanto, não será indenizada por danos morais pela traição porque sua condição de noiva não lhe dá tal direito. De acordo com o entendimento do TJ-SP sobre o assunto, nosso ordenamento não positiva o dever jurídico de fidelidade entre noivos ou namorados. Tal previsão restringe-se ao casamento civil (artigo 1.566, I, CC). Portanto, a conduta não configura ato ilícito que acarrete diretamente em indenização por dano moral, apenas os danos materiais do investimento na festa de casamento. Mesmo que inegável a quebra abrupta nas expectativas de Juliana, conforme o desembargador Rômolo Russo proferiu em caso similar “... essa decepção, tristeza e sensação de vazio é fato da vida que se restringe à seara exclusiva da quadra moral e, portanto, não ingressa na ciência jurídica. Por isso, mesmo reconhecendo-se certa perturbação na paz da apelada, tal não é indenizável em moeda corrente”. Os desembargadores Miguel Angelo Brandi Júnior e Luiz Antonio Silva Costa também participaram do julgamento, que foi unânime. Direito Civil V - Plano de aula 2 Questão objetiva 1 (TJ-MG - CONSUPLAN - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção - 2016) Sobre o casamento por procuração, assinale a alternativa correta, segundo os dispositivos do Código Civil em vigor. R: (C) A eficácia do mandato outorgado para casar não ultrapassará noventa dias. Questão objetiva 2 Analise as alternativas a seguir e identifique aquela que não é considerada uma forma especial de casamento: R: (D) Putativo Direito Civil V - Plano de aula 3 Questão objetiva 1 (TJPE - FCC - Juiz Substituto - 2015) Na habilitação para o casamento, se houver oposição de impedimento, o oficial R: (E) dará ciência do fato aos nubentes, para que indiquem provas que desejam produzir e remeterá os autos ao juiz que decidirá depois da produção das provas pelo oponente e pelos nubentes, com a participação do Ministério Público. Questão objetiva 2 (Titular de Serviços de Notas e de Registros/TJ/SP - VUNESP/2014 - Adaptada) Sobre o instituto do casamento, assinale a alternativa correta. R: (B) O suprimento judicial de idade é previsto em favor de pessoa sem idade núbil, ao passo que o suprimento judicial do consentimento viabiliza o casamento de pessoa com idade núbil, em caso de denegação injusta de qualquer um dos pais, de ambos, ou do representante legal. Questão objetiva 3 Quanto ao processo de habilitação para o casamento, é INCORRETO afirmar que: R: d) a eficácia da habilitação será de cento e vinte dias, a contar da data em que foi extraído o certificado. Questão subjetiva Durante o processo de habilitação para o casamento de Marina e Josias, Ricardo, antigo noivo de Marina, apresenta ao oficial do registro declaração escrita e assinada, instruída com devidas as provas, afirmando serem aqueles irmãos, o que representa clarividente impedimento para a realização do casamento entre Marina e Josias. O oficial do registro, conforme determina a legislação, cientifica os nubentes acerca da oposição formulada por Ricardo, para que possam promover sua defesa, em obediência ao princípio do contraditório e ampla defesa. Ao analisar as provas colacionadas por Ricardo, Marina identifica a falsidade dos documentos apresentados. Diante destes fatos, como devem proceder Marina e Josias, para que possam dar seguimento ao processo de habilitação do enlace matrimonial? R: Marina e Josias deverão levar seus documentos e demais provas ao conhecimento do juiz para dar seguimento ao processo de habilitação. Tendo em vista que os documentos apresentados por Ricardo são falsos, eles deverão também comparecer em uma delegacia para realizar um boletim de ocorrência, visto que o uso de documentos falsos constitui crime conforme o artigo 304 do Código Penal. Além disso, poderão pleitear ação indenizatória por danos morais e materiais, conforme artigo 1530, CC. Direito Civil V - Plano de aula 4 Questão objetiva 1 (MAGISTRATURA/DF - 2011) Referindo-se aos impedimentos para o matrimônio, considere as proposições abaixo e assinale a incorreta: R: (A) podem casar o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; Questão objetiva (TJ/SP/Outorga de Delegações de Notas e de Registro/2009) São impedimentos para o matrimônio, não podendo casar, R: c) os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil. Questão objetiva 3 (OAB/VI Exame Unificado/Fundação Getulio Vargas/2012) Rejane, solteira, com 16 anos de idade, órfã de mãe e devidamente autorizada por seu pai, casa-se com Jarbas, filho de sua tia materna, sendo ele solteiro e capaz, com 23 anos de idade. A respeito do casamento realizado, é CORRETO afirmar queé R: c) válido. Questão subjetiva A celebração do casamento deve cumprir formalidades legalmente previstas que antecedem o ato matrimonial. Seguindo esta premissa, Solange e Lucas passaram por todo o processo de habilitação até a chegada do dia da celebração do casamento. No momento da celebração, quando perguntado pela autoridade celebrante se aquele ato estava ocorrendo por sua livre e espontânea vontade e se ele assim desejava receber Solange por sua esposa, Lucas respondeu, em tom jocoso: ?É o jeito!? e sorriu complementando: ?É brincadeira, pois desejo recebê-la por minha esposa?. Diante desta conduta de Lucas, que providência deverá adotar a autoridade celebrante? R: A questão apresenta erro de ortografia. O consentimento é elemento essencial para celebração do casamento, portanto, na complementação de Lucas, se ele utilizou uma afirmativa “É brincadeira, pois desejo recebê-la por minha esposa!” está consentindo, no entanto, se foi uma pergunta, onde não se pode identificar o consentimento do mesmo (“É brincadeira, pois desejo recebê-la por minha esposa?”) a autoridade deverá refazer a pergunta para que Lucas responda claramente que está consentindo. Direito Civil V - Plano de aula 5 Questão objetiva 1 (MP/SP/Promotor de Justiça/89º Concurso/2012) Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família. Em relação à eficácia do casamento, é CORRETO afirmar: R: e) Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime patrimonial. Questão objetiva 2 (MP/SE – CESPE/2010) Um casal realizou pacto antenupcial sobre regime de bens. Mais tarde, esse pacto foi declarado nulo por defeito de forma. Nesse caso, R: (B) vigorará o regime da comunhão parcial de bens. Questão objetiva 3 Marque a única alternativa que não configura um dever de ambos os cônjuges: R: a) lealdade recíproca; Questão subjetiva A celebração do casamento de Mário e Clara aconteceu após todo o regular trâmite do processo de habilitação, sem que nenhuma oposição tenha sido realizada. Cinco meses após o casamento, Mário e Clara venderam um imóvel para Ricardo, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), tendo sido realizada a pertinente escritura pública de compra e venda, com a averbação no respectivo Registro de Imóveis. Ocorre que, um ano após o matrimônio, Roberta apresentou oposição, arguindo causa suspensiva. Qual a consequência desta arguição para os envolvidos? R: A despeito da causa suspensiva não ter sido observada, o contrato de compra e venda e perfeitamente válido e o fato de ter um regime de separação obrigatória de bens não invalida e não atinge o comprador. Ambos consentiram no momento da venda e o artigo 67, § 3º da Lei 6.015 – Lei de Registros Públicos, traz que o prazo é de 15 dias para alegar causa suspensiva, contando da afixação dos editais no cartório.
Compartilhar