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Caso Clinico

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O paciente J.B.S., 64 anos, internado há oito dias para tratamento de broncopneumonia, 
apresenta há três dias um quadro de diarreia intensa. Coletou material para análise; a 
cultura com resultado no dia de hoje revela a presença de Clostridium difficile nas fezes. 
O médico, com base no resultado do exame, orienta a instalação de medidas de bloqueio 
epidemiológico para este paciente. 
Com base nessas informações, pergunta-se: qual o tipo de precaução a ser instalada 
para esta doença e quais os cuidados necessários com este isolamento, incluindo os 
equipamentos de proteção individual a serem utilizados no cuidado a partir de 
agora? 
Resposta: Os dois pilares da prevenção da DACD em unidades hospitalares são política 
racional de uso de antibióticos e uso correto de barreiras que evitem a disseminação da 
forma esporulada. 
A transmissão do C. difficile ocorre inicialmente por via fecal-oral, sendo as mãos do 
profissional de saúde e dos contactantes uma importante via de transmissão cruzada. A 
contaminação do ambiente também tem importante papel na cadeia de transmissão, 
principalmente pela manutenção do C. difficile sob a forma esporulada. 
As principais formas de disseminação do C. difficile são pessoa-pessoa ou através do 
ambiente. Como o álcool não é efetivo contra o Clostridium difficile, deve-se lavar as 
mãos com água e clorexidina degermante após manipular o doente com DACD e seu 
mobiliário. Sempre que possível, o paciente sintomático deve ficar em quarto privativo. 
Pode-se optar também por “coortes” de pacientes infectados. Deve-se usar luvas e capotes 
ao manipular o paciente e o mobiliário (conforme a rotina de precaução de contato da 
CCIH). 
Os pacientes que forem fazer exames (TC, raio-X) serão tratados com as mesmas 
precauções de contato, no entanto os aparelhos e mobiliários deverão ser desinfetados 
com hipoclorito de sódio 1% e não álcool 70%. 
*Precaução de contato: Após 48h de a diarréia cessar, está autorizada a suspensão da 
precaução de contato. 
As manifestações clínicas costumam regredir em 24 a 48 horas. Normalmente a diarréia 
está resolvida até o quinto dia.

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