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Aquisição dã Propriedãde Imobiliãriã Usucapião: é modo originário de aquisição da propriedade imobiliária, disciplinada nos arts. 1.238 a 1.244, do código civil. Não é necessário que tenha havido anterior possuidor latu senso ou proprietário da coisa O tempo é preponderante, junto à posse própria da coisa Posse ad usucapionem: para usucapir é necessário o exercício de posse própria, ou posse como se fosse dono da coisa. Pode ser indireta a posse de modo que aquele que possui loque a coisa mesmo que não seja dono. (a jurisprudência tem equivocadamente exigido o animus domini, a intenção que o possuidor teria de ser dono da coisa possuída.) A posse deve ser contínua e ininterrupta (art. 1.242) por todo o tempo legalmente reclamado. Desta forma, o abandono da posse implica perda da posse, criando descontinuidade, ainda que a posse venha a ser posteriormente recuperada. O esbulho, se o possuidor não logra restituir-se a tença perdida “em tempo competente”, interrompe a posse para usucapir. Sendo necessário mover ações possessórias que terão eficácia ex tunc, de modo a reestabelecer o tempo para usucapião. É irrelevante a prática de atos ou contato físico com a coisa que deseja usucapir, cf. posse indireta como locador. Prova-se a posse, provando o fato aquisitivo, a partir do momento que se adquiriu a posse. São insuscetíveis de posse ad usucapionem: os bens comuns de todos, bens públicos, bens sob composse própria, enquanto não cesse a composse (exceção: art. 1.240-A). As cláusulas suspensivas (197 e 198) e interruptivas (202, I e II) da prescrição também são aplicáveis à usucapião. Usucapião Extraordinária (1.238): É a modalidade básica em que se deve manter a posse durante o período de 15 anos, podendo ser reduzido a 10 anos se o possuidor tenha estabelecido sua morada ou tenha realizado obras de caráter produtivo, seguindo o procedimento comum do CPC. Usucapião Ordinária (1.242): Exige-se a posse justa e de boa-fé (ignorar o fato ou obstáculo), tendo o possuidor que manter a posse durante o período de 10 anos, podendo ser reduzido a 5 anos, caso o imóvel tenha sido adquirido onerosamente com base no registro da matrícula do imóvel (justo título), seguindo o procedimento comum do CPC. Título hábil à aquisição da propriedade, mas ineficaz por não provir do proprietário com poder de disposição. Exclui-se o título putativo (aquele que quem adquire acredita ser hábil); o título nulo; o título anulado; título particular; A jurisprudência tem admitido o instrumento particular da promessa de venda e compra como justo título. Usucapião Especial Rural e Urbana (L. 6.969/81): exige-se a prática de atos e contato físico “a necessidade de trabalho”. Para adquirir o imóvel rural por usucapião, é necessário que não seja proprietário de nenhum outro imóvel e que detenha posse por 5 anos, ininterruptos, sem oposição, de prédio não superior a 50 hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família e que a use como morada, seguindo o rito do art. 5º da Lei 6.969/81 e seguintes. Para adquirir o imóvel urbano, é necessário que não seja proprietário de outro imóvel, tendo limitado a lei a 250m² o tamanho do prédio, sem interrupção nos 5 anos, utilizando-o para sua morada ou de sua família, seguindo o rito da L. 10.527/11. Usucapião Conjugal (1.240-A): durante 2 anos, continuar a posse, ininterruptamente, sobre imóvel urbano de 250m², dividido com ex-cônjuge ou companheiro que abandonou o lar, caso não seja dono de outro imóvel. Usucapião coletiva (Estatuto da cidade): tem os requisitos iguais à usucapião especial urbana. Núcleos urbanos informais, cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a 250m², são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente desde que não sejam proprietários de outros prédios. Na sentença o juiz dividirá igualmente as frações de propriedade. Ação de Usuçãpião É meramente declaratória do domínio (do direito de propriedade), cf. 1.241. Procedimento edital: todos que tem interesse são convocados para arguirem; A usucapião pode ser arguida em defesa (STF 237); o As especiais permitem que reconhecida em defesa, a sentença desde logo seja levada ao registro de imóveis. o As ordinária e extraordinária apenas levará a improcedência da ação reivindicatória e não poderá levar a sentença ao cartório de imóveis.
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