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APS - ESTUDO DE CASO - MENINO SALIM

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Universidade Paulista 
Curso de Psicologia 
NOME DOS ALUNOS
ANÁLISE DE CASO DO MENINO SALIM
 CIDADE 
 ANO
NOME DOS ALUNOS
ANÁLISE DE CASO DO MENINO SALIM 
Trabalho apresentado à disciplina de Psicologia do Desenvolvimento Ciclo Vital, do curso de Psicologia da Universidade Paulista para avaliação de atividades práticas supervisionadas do primeiro bimestre.
Prof. Márcia Maria Toledo 
 CIDADE
 ANO
 SUMÁRIO
1. Introdução _______________________________________________________ 4
2. Situação Problema _________________________________________________ 5
3. Análise do caso ____________________________________________________ 6
4. Conclusão ________________________________________________________ 9
5. Referências Bibliográficas ___________________________________________ 10
 INTRODUÇÃO
Neste trabalho por meio de uma situação problema apresentado na página seguinte, iremos explorar as fases do desenvolvimento infantil do menino Salim, no que diz respeito ao desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial. Durante essa fase da vida de uma criança, ela deve apresentar algumas características que são esperadas, isso não quer dizer que toda criança se desenvolve de forma igual, porém se o desenvolvimento estiver saindo fora do esperado para a idade, pode indicar algum problema que precisa ser analisado. Cada fase da vida de uma criança, e de uma forma geral, crianças mostram alterações de características típicas em seu desenvolvimento durante a segunda e terceira infância, e aqui iremos observar e citar, o que deveria estar acontecendo de acordo com as referências estudadas e o que de fato está acontecendo no caso da situação problema do Salim, procurando não fazer críticas, apontar insinuações ou estabelecer algum diagnóstico, o que deveria ser feito ou não, buscando analisar de forma imparcial, objetiva e clara. 
SITUAÇÃO PROBLEMA
Salomão e Romana vão à sua procura para tentar resolver um problema prático com seu filho Salim que tem atualmente 8 anos. O casal resolveu se separar e busca uma orientação sobre o filho, pois têm dúvidas se ele conseguirá aceitar esse momento. Para poder orientá-los, você necessita saber algumas informações sobre como foi o desenvolvimento da criança até aquele momento, para conhecê-lo melhor. Os pais contam que aos três anos Salim, sempre que possível buscava dormir na cama com eles. Para isso ele insistia muito, com suplícios e soluços. Após 3 ou 4 noites, os pais cedem, pois acabavam com pena da criança. Quando não cediam, ele dormia no próprio quarto, mas ao longo da madrugada, Salim mudava-se para a cama dos pais, entre os dois e os mesmos, muito sonolentos, nada faziam. Aos 5 anos ele começou a frequentar a escola. Todos os dias selecionava quem ia buscá-lo: ora a mãe, ora o pai. E se caso os pais trocavam na hora de pegá-lo, ele armava uma gritaria na porta da escola e não queria ir embora para casa enquanto a pessoa desejada não chegasse. As professoras e a direção da escola achavam tudo muito estranho, pois no dia-a-dia das atividades ele se saia muito bem. O casal sempre deu todos os presentes que o filho solicitava. Agora com a separação sabem que o padrão econômico de vida de ambos irá ser reduzido pela metade e com isso estão preocupados em não poder atender todas as necessidades do filho. E há uma grande probabilidade de Salomão ser transferido de cidade, sendo essa uma das principais razões da separação, pois Romana não quer abandonar os pais a quem dedica boa parte do seu tempo, mesmo estes não tendo nenhum problema. Atualmente, Salim está no 3º ano do ensino fundamental, mas a coordenação da escola já comunicou que se ele não se dedicar mais, provavelmente será retido, já que no ano anterior foi aprovado pelo conselho de classe que considerou as dificuldades dos pais na sua educação. Vem apresentando problemas em matemática (não consegue compreender multiplicação e divisão) e em português troca letras e na escrita troca “p com q” e “b com d”. Quando vai ler algo em sala, gagueja e troca também algumas letras. Possui alguns amigos, mas nas brincadeiras é ele quem sempre determina as regras. Quando alguma criança propõe algo diferente, ele afirma que essa não é a forma correta, que deve ser outro jogo e ele não quer.
ANÁLISE DO CASO
De acordo com o livro Desenvolvimento humano, usado como referência, foi estudado e analisado a segunda e terceira infância de uma criança, buscando identificar qual o desenvolvimento esperado para cada idade e comparando com o desenvolvimento do menino Salim, conforme dados apresentados na situação problema. 
De dois a quatro anos de idade é esperado que a criança apresenta uma boa coordenação motora, conseguindo comer e andar até os três anos, pois já consegue ter equilíbrio e começa a nascer os primeiros dentes, já necessitando até da ida ao dentista. Dos quatro a seis anos, é aprimorado a sua visão periférica, consegue praticar atividades que exigem equilíbrio, como por exemplo, jogar futebol, pular amarelinha e saber correr. A partir dos seis até os nove anos, a criança tem noção de espaço, sentido e atenção seletiva, elevação da produção de hormônios sexuais (adrenarca), e consegue manipular facilmente ferramentas do dia-a-dia. 
Seguindo o relato da situação problema, no que diz respeito ao desenvolvimento físico, Salim está dentro do esperado para sua faixa etária, não apresentando dificuldades motoras, sensoriais, consegue praticar as atividades do dia-a-dia, como ir à escola e brincar, portanto aparentemente, a criança possui um desenvolvimento dentro do esperado. 
De acordo com o livro Desenvolvimento humano, Salim está vivendo a fase da terceira infância, que compreende crianças de 7 a 12 anos de idade e no que diz respeito ao desenvolvimento cognitivo, a criança não tem apresentado um desenvolvimento dentro do esperado. Segundo o relato feito, o menino tem apresentado algumas dificuldades escolares, principalmente em matemática e português, onde não consegue realizar contas de multiplicação e divisão, troca algumas palavras e letras, e tem gaguejado durante as leituras em sala de aula, além disso no ano anterior foi aprovado pelo conselho de classe, devido a dificuldades dos pais em sua educação. 
Ainda levando em consideração estudos realizados e dados presentes no livro, desde o período da segunda infância, as crianças já começam a ter um vocabulário extenso e a partir dos 5 até os 7 anos, suas falas já se assemelham com a dos adultos, também começam a ter algumas noções sobre matemática. A partir dos 7 anos, dando início ao período da terceira infância, as crianças já começam usar estratégias matemáticas, como utilizar os dedos para fazer contas, e muitas delas já até conseguem contar mentalmente, e a partir dos 8 anos, começa introduzir os problemas matemáticos. Por meio do relato feito, uma das dificuldades de Salim, é a respeito das contas matemáticas, não conseguindo compreender a divisão e multiplicação. 
O livro também levanta a questão da leitura e da escrita, onde a partir da terceira infância já começa a compreender que uma mesma palavra pode ter diversos significados, consegue formular frases que expressam a ideia que deseja passar, e maioria interpreta de forma correta algumas regras gramaticais e a dar início a leitura. A escrita se desenvolve junto com esse processo de leitura, onde a criança escreve e lê aquilo que escreveu, buscando a compreensão. Em relação a esse processo de desenvolvimento, Salim tem apresentado dificuldades de leitura, onde não consegue ler de forma continua, sempre gaguejando e trocando algumas palavras, além disso, na escrita, se confunde e troca as letras. 
O livro Desenvolvimento humano, nos traz ideias de problemas relacionados ao desenvolvimento cognitivo, como por exemplo, o retardo mental, deficiências de aprendizagem, hiperatividade e déficit de atenção (TDAH), porém também apresenta que o desenvolvimentocognitivo da criança não depende somente da escola, e sim dos pais também. Um bom desempenho escolar está relacionado muitas vezes com a disciplina imposta dentro de casa, um lugar de estudos, com horários para televisão, refeição, sono e também para os deveres de casa, incentivando e estimulando a criança a colocar em prática aquilo que está aprendendo na escola. 
No que diz respeito ao desenvolvimento psicossocial, segundo os dados apresentados pelos pais, comparado com os estudos do desenvolvimento e habilidades psicossociais, Salim se encontra abaixo do esperado para sua faixa etária, já que apresenta dificuldades com os relacionamentos interpessoais (pais e colegas) e insegurança em várias situações cotidianas (como por exemplo, irregularidade no sono e na aprendizagem). 
Não se pode desconsiderar que traumas e dificuldades que uma criança sofre com pais divorciados pode influenciar em seus aspectos do desenvolvimento saudável. Porém, estudos apontam que o desenvolvimento psicossocial não está na estrutura, e sim na atmosfera que a família proporciona à criança. 
Considera-se que, independente do contexto, os pais mesmo em situações de estrutura familiar não tradicional, necessitam criar um ambiente com figuras de autoridade e apoio para a criança, além de evitar ao máximo que problemas de relacionamento conjugal afetem seus filhos.
Estas reflexões nos apontam também para a necessidade em uma maior atenção aos comportamentos expressos nesta fase em especial no âmbito escolar, pois o mesmo passa a ser o cenário do desenvolvimento da criança, que encontra neste, abertura para o desenvolvimento de sua autonomia e construção de identidade. O âmbito familiar ainda é de dependência, mas na escola e com os amigos a criança passa a conhecer outros limites, seus e dos outros, e constrói suas redes sociais.
Podemos dizer que o padrão de relacionamento desenvolvido neste período geralmente é levado para além da infância, constituindo a forma como a pessoa vai se relacionar com seus pares e familiares em todo o resto do ciclo vital. Neste sentido é importante perceber a forma como esse padrão vem se construindo e prestar atenção se isso acontece de forma dolorosa para a criança, como ocorre nos casos de impopularidade por exemplo. Quanto mais cedo se percebe a necessidade de intervenção, melhor será o desenvolvimento psicossocial da criança.
Apesar do livro nos trazer o que é esperado em relação ao desenvolvimento das crianças em suas diferentes fases, alguns problemas que podem acontecer, cada criança se desenvolve de forma pessoal e nunca uma igual a outra, e ao apresentar alguma divergência é preciso o diagnóstico de um especialista, que poderá afirmar com propriedade se possui algum problema ou não e qual o procedimento mais adequado para se resolver a questão. 
CONCLUSÃO
Após analisar o desenvolvimento do menino até o atual momento, é notário que a família enfrenta questões que influenciarão a criança em relação ao divórcio dos pais, as literaturas existentes sobre o tema, mostram que cada criança reage de modo distinto, à medida que as reações são condicionadas pela idade e pela personalidade, sendo que em muitos casos, a criança pode apresentar resistência no enfretamento dessa realidade pela qual a família está prestes a vivenciar. Os fatores que devem ser considerados na adaptação ao divórcio, incluem como os pais manejam a separação, ou seja, é necessário o suporte emocional para a criança, sendo de fundamental importância o acompanhamento dos impactos que haverá no cotidiano. Podemos identificar que o menino Salim apresenta dificuldades em aceitar situações de frustação e de acordo com as teorias utilizadas como base de pesquisa, o desenvolvimento psicológico da criança, não acontece por acaso, tem a ver com o meio que ela está inserida e a maneira como a família lida com a imposição de regras, limites, convivência, atenção e apego. Depende da interação com o meio que a rodeia. Tendo em vista os aspectos observados, conclui-se que esse trabalho contribuiu significativamente com nosso desenvolvimento de uma visão mais ampla, livre de julgamentos e que tem como base, fundamentação teórica para analisar as situações que envolvem cada caso proposto. 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Papalia, DE e Olds, SW Desenvolvimento Humano, Amgh Editora: Edição, 2000
	
	
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