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@QUESBRANDOQUESTOES 
 
 
 
#SIMULADO 17/2019 
 
MORFOLOGIA DO PORTUGUÊS 
- ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS 
 
 
 
Estrutura e Formação de Palavras 
01) A circunfixação é definida pela adição de um 
prefixo e de um sufixo removíveis. 
02) Há diversos verbos irregulares na Língua 
Portuguesa, mas apenas dois deles são 
anômalos: ser e ir. 
03) A letra de ligação é um morfema que aparece 
por influência da fonética da palavra para 
conectar dois outros morfemas. 
04) As palavras AMIGO e INIMIGO são cognatas. 
05) A palavra INFELICIDADE é formada por 
prefixação e por sufixação. 
06) O vocábulo ARMAMENTO possui duas 
vogais temáticas: uma verbal, outra nominal. 
07) A preposição DE é uma palavra que promove 
o processo de subordinação. 
08) Os vocábulos PONTAPÉ e AGUARDENTE 
são compostos: o primeiro, por justaposição; o 
segundo, por aglutinação. 
09) A regressão é o processo que permite verbos 
se transformarem em nomes. É o que acontece, 
por exemplo, na passagem de COMPRAR 
(verbos) a COMPRA (substantivo). 
10) A conversão é regida pelo contexto sintático 
em que a palavra se encontra, mas esse 
processo NÃO implica alterações mórficas. É o 
que acontece com LARANJA em “Nós vestimos 
blusas laranja”. 
11) Do ponto de vista da Morfologia Flexional, os 
plurais dos vocábulos AR-CONDICIONADO, 
SABE-TUDO e PÉ-DE-CABRA são, 
respectivamente, ARES-CONDICIONADOS, 
SABE-TUDO – que, nesse caso, é comum de dois 
números – e PÉS-DE-CABRA. 
12) Os verbos COMPOR, DISPOR, REPOR, 
SUPOR, SOTO-PÔR e IMPOR são conjugados 
como PÔR e são inclusive derivados dele. 
13) Classificamos os verbos em conjugações, 
que dependem de suas vogais temáticas da 
forma infinitiva. Por exemplo, o verbo AMAR é de 
1.ª conjugação porque sua vogal temática é A. O 
verbo PÔR não possui vogal temática expressa, 
mas a sua evolução a fez desaparecer no 
infinitivo, mas outras formas para esse verbo 
denunciam sua vogal temática arcaica: E. Esse 
verbo é, portanto, de 2.ª conjugação. 
14) O presente do subjuntivo é um tempo 
derivado do presente do indicativo, de sua 1.ª 
pessoa do singular, por meio da remoção da 
vogal temática -o e adição das desinências 
específicas desse tempo. Verbos regulares 
conjugados no presente do subjuntivo não 
possuem morfema classificatório, ou seja, são 
atemáticos. Esse é trocado pelas desinências 
modo-temporais E – para a 1.ª conjugação – e A – 
para a 2.ª e para a 3.ª. 
15) O futuro do subjuntivo é formado a partir do 
infinitivo não flexionado pela adição das 
desinências número-pessoais -Ø, -es, -Ø, -mos, -
des e -em. 
16) Os vocábulos ILUMINAR, ENDOIDAR e 
INFLUÊNCIA são formados pelo mesmo 
processo. 
17) O tema de um nome temático é a união do 
seu morfema lexical com o seu morfema 
classificatório. 
18) Os verbos FALIR, ABOLIR e COLORIR são 
classificados como DEFECTIVOS. 
19) As formas ALMOÇO, verbo – eu almoço às 
12h –, e ALMOÇO, nome – já comi meu almoço – 
são homônimas perfeitas. 
20) O sufixo [im-], de IMPOSSÍVEL, alia-se a 
bases adjetivas e indica negação, ou seja, algo 
IMPOSSÍVEL é algo NÃO POSSÍVEL. 
21) A locução “havia cantado” representa o 
pretérito mais-que-perfeito composto do 
indicativo. Esse é o único tempo a qual se pode 
substituir pela forma simples sem que se perca o 
sentido. 
22) Nomes formados pelos diminutivos em -zinho 
e em -zito, ao fazerem plural, flexionam o sufixo e 
a forma simples. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%98
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%98
 
23) O verbo MANTER gera os substantivos 
MANUTENÇÃO e MANTIMENTO. Esses 
substantivos são, portanto, derivados. 
24) Para que um verbo seja regular, basta que ele 
siga o paradigma de conjugação regular, pré-
definido para cada conjugação verbal. 
25) Não há nenhum verbo sem vogal temática à 
única exceção de PÔR. 
26) No Português, não há vocábulo sem morfema 
nuclear. 
27) No que tange à Morfologia Derivacional, 
substantivos são geralmente variáveis em gênero 
e em número. 
28) Ao flexionar a palavra MAR em número, 
obtém-se MARES, palavra atemática, na qual 
MAR é radical e ES é desinência de número. 
29) O verbo MEDIR é irregular na primeira pessoa 
do singular do presente do indicativo. Essa 
irregularidade é passada aos seus tempos 
derivados, ou seja, presente do subjuntivo, 
imperativo afirmativo e imperativo negativo, mas 
não se passa para nenhuma outra forma. 
30) O vocábulo INFLUÊNCIA é formado radical 
[INFLU-] e pelo sufixo estrito [-ÊNCIA]. 
 
GABARITO 
1 E 16 E 
2 C 17 C 
3 E 18 C 
4 C 19 E 
5 C 20 E 
6 C 21 C 
7 E 22 C 
8 C 23 C 
9 C 24 E 
10 C 25 E 
11 C 26 C 
12 C 27 E 
13 C 28 E 
14 E 29 C 
15 E 30 E 
 
 
 
Estrutura e Formação de Palavras 
01) A circunfixação é definida pela adição de um 
prefixo e de um sufixo removíveis. 
Comentário: 
A circunfixação – também chamada de derivação 
parassintética ou de parassíntese – ocorre com a 
adição de um prefixo e a de um sufixo presos um ao 
outro. Se eles forem removíveis, trata-se de uma 
derivação prefixal e sufixal. É o que ocorre, por 
exemplo, com ENTEDIAR. É formado por 
[EN]+TÉDI(O)+[AR]>ENTEDIAR. Perceba que não 
existe ENTÉDIO tampouco TEDIAR. 
Gabarito: Errado. 
02) Há diversos verbos irregulares na Língua 
Portuguesa, mas apenas dois deles são 
anômalos: ser e ir. 
Comentário: 
Verbos irregulares anômalos são aqueles que 
apresentam variação completa de radicais em seu 
paradigma de conjugação. No atual estágio da 
língua, só há dois: ser e ir. 
Gabarito: Certo. 
03) A letra de ligação é um morfema que aparece 
por influência da fonética da palavra para 
conectar dois outros morfemas. 
Comentário: 
O item estaria correto se não afirmasse que a letra 
de ligação é um morfema, porque ela não o é. Uma 
forma, para constituir morfema, deve ter significado 
próprio. A letra de ligação não tem nenhum 
significado, ela apenas conecta morfemas. Alguns 
autores inclusive a relacionam com o fonema 
epentético, ou seja, uma mera estrutura com som, 
sem sentido algum. 
Gabarito: Errado. 
04) As palavras AMIGO e INIMIGO são cognatas. 
Comentário: 
A adição do prefixo in- à palavra promoveu essa 
alomorfia: [in-]+amigo>in(a)migo>inimigo. Os radicais 
são [amig] e [imig], alomórficos. Por participarem da 
mesma família lexical, as palavras são mesmo 
cognatas. 
Gabarito: Certo. 
05) A palavra INFELICIDADE é formada por 
prefixação e por sufixação. 
Comentário: 
Para saber se o item é verdadeiro, precisamos, 
primeiramente, de testar se há dois afixos na 
palavra. [in-]+feliz*>felic+[-idade]>infelicidade. Agora, 
perceba que ambos são removíveis: infeliz e 
felicidade coexistem separadamente. Isso prova que, 
além de haver um prefixo e um sufixo, eles são 
removíveis. A palavra é, portanto, formada por 
prefixação e por sufixação. 
Gabarito: Certo. 
06) O vocábulo ARMAMENTO possui duas 
vogais temáticas: uma verbal, outra nominal. 
Comentário: 
Perceba que ARMAMENTO vem de ARMAR, um 
verbo. O verbo possui a vogal temática -A-, que foi 
mantida na forma derivada. Além disso, outra 
derivação evidencia a existência de uma nova vogal 
temática: ARMAMENTISTA. Ou seja, tanto -A- 
quando -O- são vogais temáticas: a primeira, verbal, 
oriunda de verbo; a segunda, nominal, oriunda de 
nome (ARMAMENTO) é substantivo. 
Gabarito: Certo. 
07) A preposição DE é uma palavra que promove 
o processo de subordinação. 
Comentário: 
O item estaria correto se ele não afirmasse que a 
preposição DE é uma palavra, porque ela não o é. 
Por se tratar de um monossílabo átono, essa 
preposição é uma forma dependente – também 
chamada de morfe relacional –, ou seja, não é uma 
palavra, porque toda palavra possui autonomia 
fonética e autonomia morfológica. DE possui 
autonomia morfológica, mas não fonética, portanto é 
um vocábulo sem status de palavra. 
Gabarito: Errado. 
 
08) Os vocábulos PONTAPÉ e AGUARDENTE 
são compostos:
o primeiro, por justaposição; o 
segundo, por aglutinação. 
Comentário: 
PONTAPÉ é formado por justaposição: PONTA+PÉ. 
AGUARDENTE é formado por justaposição: 
ÁGUA+ARDENTE. A justaposição ocorre quando os 
dois vocábulos originais mantêm suas sílabas 
tônicas. A aglutinação acontece quando a forma 
composta se sujeita a uma única sílaba tônica. 
Gabarito: Certo. 
09) A regressão é o processo que permite verbos 
se transformarem em nomes. É o que acontece, 
por exemplo, na passagem de COMPRAR 
(verbos) a COMPRA (substantivo). 
Comentário: 
A regressão é a troca do dos indicadores verbais – 
vogal temática verbal e desinência de infinitivo – por 
um indicador nominal – vogal temática nominal. 
Portanto, COMPRA é, sim, a regressão de 
COMPRAR. É o que acontece com VENDER 
(VENDA), CANTAR (CANTO), ASSALTAR 
(ASSALTO), etc. 
Gabarito: Certo. 
10) A conversão é regida pelo contexto sintático 
em que a palavra se encontra, mas esse 
processo NÃO implica alterações mórficas. É o 
que acontece com LARANJA em “Nós vestimos 
blusas laranja” 
Comentário: 
A conversão – também chamada de derivação 
imprópria – é a mudança de classe sem a mudança 
de forma. Quem rege esse processo é sim a sintaxe. 
Veja que, em “Nós vestimos blusas laranja”, 
“laranja” foi convertida porque passou de substantivo 
a adjetivo. É agora adjetivo porque caracteriza outro 
substantivo, e a única classe que qualifica um 
substantivo é o adjetivo. 
Gabarito: Certo. 
11) Do ponto de vista da Morfologia Flexional, os 
plurais dos vocábulos AR-CONDICIONADO, 
SABE-TUDO e PÉ-DE-CABRA são, 
respectivamente, ARES-CONDICIONADOS, 
SABE-TUDO – que, nesse caso, é comum de dois 
números – e PÉS-DE-CABRA. 
Comentário: 
1- Substantivos compostos formados por 
substantivo+adjetivo, por adjetivo+substantivo 
ou por numeral+substantivo fazem flexão em 
ambos os elementos. Portanto, o plural de AR-
CONDICIONADO é ARES-CONDICIONADOS. 
2- Substantivos compostos formados por frases 
substantivadas ou por verbo+palavra 
invariável são comuns de dois números, ou 
seja, são usados tanto para o plural quanto 
para o singular. Portanto, o plural de SABE-
TUDO é SABE-TUDO. 
3- Substantivos compostos por substantivos 
ligados por preposição fazem flexão apenas 
com o primeiro elemento. Portanto, o plural de 
PÉ-DE-CABRA é PÉS-DE-CABRA. 
Gabarito: Certo. 
12) Os verbos COMPOR, DISPOR, REPOR, 
SUPOR, SOTO-PÔR e IMPOR são conjugados 
como PÔR e são inclusive derivados dele. 
Comentário: 
O verbo PÔR é irregular e, quanto à derivação 
prefixal, é extremamente flexível. Veja que há um 
sem-número de derivações possíveis, inclusive, que 
combinam prefixos: predispor, decompor, depor, 
recompor... 
Todos esses verbos derivados de PÔR são 
conjugados como ele. 
Gabarito: Certo. 
13) Classificamos os verbos em conjugações, 
que dependem de suas vogais temáticas da 
forma infinitiva. Por exemplo, o verbo AMAR é de 
1.ª conjugação porque sua vogal temática é A. O 
verbo PÔR não possui vogal temática expressa, 
mas a sua evolução a fez desaparecer no 
infinitivo, mas outras formas para esse verbo 
denunciam sua vogal temática arcaica: E. Esse 
verbo é, portanto, de 2.ª conjugação.. 
Comentário: 
O item está certíssimo. Na forma arcaica, usava-se 
POER, verbo de segunda conjugação. Ainda há, na 
 
conjugação, alguns rastros dessa vogal temática: 
PÕ-E, PUS-E-RMOS, PUS-E-SSE... 
Gabarito: Certo. 
14) O presente do subjuntivo é um tempo 
derivado do presente do indicativo, de sua 1.ª 
pessoa do singular, por meio da remoção da 
vogal temática -o e da adição das desinências 
específicas desse tempo. Verbos regulares 
conjugados no presente do subjuntivo não 
possuem morfema classificatório, ou seja, são 
atemáticos. Esse é trocado pelas desinências 
modo-temporais E – para a 1.ª conjugação – e A – 
para a 2.ª e para a 3.ª. 
Comentário: 
Atentem-se às palavras miúdas. O item estaria todo 
correto se não fosse por uma curta sentença: “por 
meio da remoção da vogal temática -o”. É certo que 
há um morfema em CANT-O, VEND-O, COMPR-O, 
MEÇ-O, mas esse morfema não é uma vogal 
temática, é uma desinência número-pessoal. Então, 
a formação do presente do subjuntivo se dá pela 
remoção da DNP do verbo na 1.ª pessoa do singular 
do presente do indicativo. 
Gabarito: Errado. 
15) O futuro do subjuntivo é formado a partir do 
infinitivo não flexionado pela adição das 
desinências número-pessoais -Ø, -es, -Ø, -mos, -
des e -em. 
Comentário: 
O futuro do subjuntivo é formado a partir da 3.ª 
pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo. 
O infinitivo não flexionado gera o pretérito imperfeito 
do indicativo, o futuro do presente do indicativo e o 
futuro do pretérito do indicativo, apenas. 
Gabarito: Errado. 
16) Os vocábulos ILUMINAR, ENDOIDAR e 
INFLUÊNCIA são formados pelo mesmo 
processo. 
Comentário: 
ILUMINAR e ENDOIDAR são formados por 
parassíntese. As formas *LUMINAR, *ILÚMEN, 
*DOIDAR e *ENDOIDO não existem. INFLUÊNCIA é 
formado por prefixação e por sufixação. As formas 
INFLUIR e FLUÊNCIA coexistem normalmente. 
Gabarito: Errado. 
17) O tema de um nome temático é a união do 
seu morfema lexical com o seu morfema 
classificatório. 
Comentário: 
Morfema lexical é o mesmo que radical, e morfema 
classificatório é o mesmo que vogal temática. Tema 
é a junção do radical com a vogal temática. O item 
está correto. Essa também é a regra para se 
encontrar o tema de um verbo. 
Gabarito: Certo. 
18) Os verbos FALIR, ABOLIR e COLORIR são 
classificados como DEFECTIVOS. 
Comentário: 
Verbos defectivos são os a cujo paradigma de 
conjugação faltam formas. Veja que nem COLORIR, 
nem FALIR, nem ABOLIR são conjugados na 1.ª 
pessoa do singular do presente do indicativo: 
*COLORO, *FALO e *ABOLO. 
Gabarito: Certo. 
19) As formas ALMOÇO, verbo – eu almoço às 
12h –, e ALMOÇO, nome – já comi meu almoço – 
são homônimas perfeitas. 
Comentário: 
A forma verbal ALMOÇO é pronunciada com /ó/ 
aberto, ao passo que o nome ALMOÇO é 
pronunciado com /ô/ fechado. Essas formas são, 
portanto, homônimas homógrafas, por apresentarem 
mesma escrita, mas não mesma pronúncia. 
Gabarito: Errado. 
20) O sufixo [im-], de IMPOSSÍVEL, alia-se a 
bases adjetivas e indica negação, ou seja, algo 
IMPOSSÍVEL é algo NÃO POSSÍVEL. 
Comentário: 
O item estaria correto se ele não afirmasse que [im-] 
é sufixo. Esse morfema é um prefixo! Veja que ele 
veio anteposto ao radical. 
 
Gabarito: Errado. 
21) A locução “havia cantado” representa o 
pretérito mais-que-perfeito composto do 
indicativo. Esse é o único tempo a qual se pode 
substituir pela forma simples sem que se perca o 
sentido. 
Comentário: 
De fato, o único tempo composto que pode ser 
trocado por sua forma simples sem perda semântica 
é o pretérito mais-que-perfeito. Os outros têm 
significados diferentes para a forma composta e para 
a forma simples. 
O pretérito mais-que-perfeito composto possui o 
verbo auxiliar conjugado no pretérito imperfeito do 
indicativo. 
Gabarito: Certo. 
22) Nomes formados pelos diminutivos em -zinho 
e em -zito, ao fazerem plural, flexionam o sufixo e 
a forma simples. 
Comentário: 
Exatamente. Veja, por exemplo, CORAÇÃOZINHO. 
O plural não é *CORAÇÃOZINHOS, mas sim 
CORAÇÕEZINHOS. Ou seja, primeiro se flexiona a 
forma simples, depois o sufixo. 
Gabarito: Certo. 
23) O verbo MANTER gera os substantivos 
MANUTENÇÃO e MANTIMENTO. Esses 
substantivos são, portanto, derivados. 
Comentário: 
Certíssimo. O verbo MANTER é composto por 
aglutinação. É a junção da forma antiga de MÃO com 
TER. Numa forma mais antiga, esse verbo era 
MANUTENERE, o que justifica a derivação 
MANUTENÇÃO. 
Gabarito: Certo. 
24) Para que um verbo seja regular, basta que ele 
siga o paradigma de conjugação regular, pré-
definido para cada conjugação verbal. 
Comentário: 
Para um verbo ser regular, é necessário que, além 
de ele
seguir o paradigma de conjugação regular, 
seu radical não se altere ao longo de toda a 
conjugação. 
Gabarito: Errado. 
25) Não há nenhum verbo sem vogal temática à 
única exceção de PÔR. 
Comentário: 
O item está equivocado apenas por não considerar 
também as derivações do verbo PÔR, comentadas 
no item 12. Ou seja, não há nenhum verbo sem 
vogal temática à exceção de PÔR e de seus 
derivados. 
Gabarito: Errado. 
26) No Português, não há vocábulo sem morfema 
nuclear. 
Comentário: 
Essa é uma das primeiras regras da Morfologia: 
todos os vocábulos do Português possuem radical. 
Radical e morfema nuclear são a mesma coisa. Um 
vocábulo pode ter um só radical ou até mais de um, 
mas deve haver pelo menos um. Mas, cuidado, os 
artigos definidos, por exemplo, têm radical, mas esse 
radical é um morfema zero, ou seja, um morfema 
realizado sem a presença de um morfe. 
Gabarito: Certo. 
27) No que tange à Morfologia Derivacional, 
substantivos são geralmente variáveis em gênero 
e em número. 
Comentário: 
O item está certíssimo, mas esse fato não é 
mencionado pela Morfologia Derivacional, e sim pela 
Morfologia Flexional, pois é ela que trata de flexões 
de nomes e de verbos. A Morfologia Derivacional se 
preocupa com DERIVAÇÃO, ou seja, com uso de 
afixos, com conversão ou com regressão. 
Gabarito: Errado. 
28) Ao flexionar a palavra MAR em número, 
obtém-se MARES, palavra atemática, na qual 
MAR é radical e ES é desinência de número. 
 
Comentário: 
Nomes terminados em L, em R, em S e em Z 
apresentam a vogal temática arcaica E no plural. Na 
realidade, o nome MARES é temático: MAR é 
radical; E é vogal temática e S é desinência nominal 
de número. 
Gabarito: Errado. 
29) O verbo MEDIR é irregular na primeira pessoa 
do singular do presente do indicativo. Essa 
irregularidade é passada aos seus tempos 
derivados, ou seja, presente do subjuntivo, 
imperativo afirmativo e imperativo negativo, mas 
não se passa para nenhuma outra forma. 
Comentário: 
Exatamente. A primeira pessoa do singular do 
presente do indicativo é responsável pela formação 
do presente do subjuntivo, do imperativo afirmativo e 
do imperativo negativo. O verbo MEDIR é irregular 
apenas nessas formas. Veja: MEÇO. Essa forma 
gera MEÇA, MEÇAMOS, MEÇAIS... 
Gabarito: Certo. 
30) O vocábulo INFLUÊNCIA é formado radical 
[INFLU-] e pelo sufixo estrito [-ÊNCIA]. 
Comentário: 
A análise mórfica correta é esta: 
[IN][FLU][ÊNCI][A] 
[IN]: prefixo 
[FLU]: radical (vem de FLUIR) 
[ÊNCI]: sufixo 
[A]: vogal temática nominal 
[ÊNCI] é o sufixo no sentido estrito, e [ÊNCIA] é o 
sufixo no sentido lato. 
Gabarito: Errado.

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