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i · \ i 1 1 l " ' 1 Conceitos Fundamentais l~l A CARGA ELÉTRICA ; ;_ ~-,_~. - ;·: . A carga elétrica é uma grandeza fundamental, tal como a massa, o compri- mento e .o tempo são grandezas fundamentais na mecânica. ' . A carga elétrica não pode ser definida em termos.das outras três grandezas. . Evidências exp~rimentais indicam :a existência d~ duas. espécies de cargas élétricas:posi(jl'.a ~ '!~gativa. . · · . · · . . '. · A unidade de carga elétrica no Sistema Inter.nacional (S IJ é o coulo!Ub (C), e a menor quantidade de. carga elétrica conhecida é a possuída pelo elétron. A carga elétrica de um elétron é igual a: - l,6 x l 0-•9 coulomb. O sinal negativo foi escolhido arbitrariamente. · J,~2 .A .CQRl{ENTE. ELÉT~ICA A carga elétrica em movimento constitui uma corrente elétrica. . Quantitativamente falando, a carga líquida (positiva ou negativa) que cruza · 'J.ima superfície por unidade de tempo constitui a corrente elétrica que flui através ·· dessa .superfície; assim, temos: ( l. l) No SI, a dimensão de corrente elétrica é coulomb por segundo, que é definido como ampere; assim, temos: · --~i~}·-- coulomb [/]=--- segundo e , - =ampere (A) s : ,~- {~~,., ·.·· Aqui, l é denominado corrente elétrica e&,. é a quantidade de carga líquida que <cruza uma dada superfície no intervalo 11t. · .;,.: ;., , .··Passando ao limite para !it ~ O, obtemos a corrente instantânea através da >::stii)êmcie. i(t) = dq (amperes) dt .. ( 1.2) .. .,,,; ·. A. definição da corrente elétrica exige a fixação de um sentido de referência ::~~?nositiv(). E .adotado convencionalmente como positivo o sentido de movimento das :,,;.·J~argas elétricas positivas. · · · · . . . As correntes elétricas são, em geral, funções do tempo, e podem ser classifica- dàs de acordo com o tipo de função. Assim, temos: Correntes contínuas: que não variam com o tempo. Correntes alternativas: descritas por funções periódicas no tempo, com valor médio nulo num período. Correntes pulsadas: também periódicas, mas com valoqnédio,,não nulo no período. ' · · ' · · ' l.3. CAMPO ELÉTRICO . Consideremos uma cargaq, num ponto qualquer do espaço, sujeita a uma força eletrostática F. A razão entre F e a carga q define o campo elétrico (E) no ponto, assim: E=~ . , (~) , (1.3) ó campo elétrico tem a mesma direÇ.ão da.força e terá.o mesmo seniicfo, se a targh for positivà." . · · · . · · , ; ·: ? · ·· .. > ,. ,., 1.4 ·DIFERENÇA DE POTENCIAL Suponhamos que uma carga elétrica, sujeita a uma força eletrostática, se desloca de um ponto A a um ponto B (Fig. 1.1). F / . q 8 Ae • @-B 1---- d -----l Fig. 1.1 Carga elétrica em movimento. O trabalho realizado pela força F será: T AB = F . d cos (J Sendo F ;= q · E, resúltA: TAB = q . Ed cos (J O trabalho por unidade de carga é dado por: \ TAB = Ed cos (J q (l.4) (l.5) (1.6) O resultado obtido na Eq:'(L6) ~corresponde ào trabalho realizado para levar uma carga unitária do ponto A ao ponto-E. 2 '. {;.A este termo dá-se o nome de diferença de potencial, medida no SI em joule/coulomb - ou volt - assim: Vrn = Ed cos o (V) (1.7) 1.5 SISTEMA INTERNACIONAL DE U!'iIDADES (SI) '. ·. . Ao longo deste livro a·s váiias gra~dezas utilizadas serão apresentadas no · SÍstema Internacional de Unidades; seguiremos~ ainda as normas da Assodaç.ãô ~rasileira de Nprmas Técnicas (ABND. · · · .. 1-l '1 2 Os Elementos Básicos dos Circuitos Êi~tiicos· 2.1 BIPOLOS - ·CURVAS CARACTERÍSTICAS Os componentes básicos dos circuitos elétricos possuem dois terminais de ligaÇão e denominam-se genericámente bipolos. Na Fig. 2.1 temos a representa- ção de um bipolo S com seus terminais A e B. Quando se aplica um.a tensão v ao bipolo, ele é perçorrido por uma corrente i, que eventualménte poder~ ser nula. . . Há uma· relaÇão ~ntre à tensão. aplicada e a corrente que atravessa o ·bipolo. Quando esta relação puder ser·represen!ada analiticamente por urna função f ":' f(v), esta é denominada função característica do bipolo. . · Alreprésentação gráfica da função i = f(v) especifica a curva característica do bipolo,\ Fig. 2.2. · _ o / / Fig. 2.1 Bipolo. / V V Fig. 2.2 Curva característica de um bipolo. Um pontoP da curva característica(Fig. 2.2), cujas coordenadas são respecti- vamente a tensão V que está sendo aplicada ao bipolo em um dado momento e a corrente I que está passando por ele nesse mesmo instante, é denominado ponto de operação do bipolo. 4 resistência aparente (Rap) do bipolo no ponto P a grandeza: Ra11 = 1~1 = ~ l p ! (2.1) Rap é numericamente igual ao inverso do coeficiente angular da reta OP. Define-se ainda a resistência diferencial (R) do bipolo no ponto P por: (2.2) Ré numericamente igual ao inverso do coeficiente angular da reta t, tangente à curva característica em P. ·.· .. ··· .. Devemos observar que há urna modificação na resistência aparente e· na f~.sistência diferencial do bipolo quando o ponto P se desloca sobre a curva caracte- Jística, ou seja, quando se modificam às condições de operação do bipolo. , . 2.2 -c~ASSIFICAÇÃO DOS BIPO~O~- _. Os bipolos podem ser classificados eni lineares e não~li.neares. São lineares quando_ a sua curva característica é uma reta; isto é, sua· resistência diferencial é constante, e não-lineares em caso contrário. Na Fig. 2.3a está representada a característica de um bipolo linear e na Fig. a de um não-linear. o ja) Linear (b} Não-linear Fig. 2.3 Características de bipolos. Os bipolos podem ser também classificados em passivos e ativos. Passivos, ':l.lJ•a111uu suas curvas características passam pela origem, ou seja, i = O, para v = O 2.4a), e ativos, quando isto não ocorre (i f O, parav =O; ou v +O, parai~ 0), 2.4b. o o (8) Passivo (b) Ativo Fig. 2.4 Características de bipolos. . Os bipolos poderão ainda ser classificados em simétricos e assimétricos. São simétricos quando as suas curvas características possuem simetria ímpar, isto é, f(v) = -f(-v) (Fig. 2.5a), e assimétricos quando isto não se verifica (Fig. 2.5b). V (a) Simétricos ' (b) As;sirnétricos . . Fig. 2.5 C_aracterísticas de bipolos. . ' ; ' ' ,-· ;' ~ } •;, ~ ·· : :', .·~ ,: ·-· ·· _.: "; : •' ' 2.3 ·REFERENCIAL DE TENSÃO E OK CORRENTE- ·. · ' ·-- , • ·- !" - ) : ... Q~a.ndo a.p.al!samos um cjrcuit<? elét,rico;devemos estabeleéer·par~ cada bi~ polo um referencial para tensao e outro para corrente. O referencial de tensão é normalmente constituído por uma flecha ou então por um par (ie sinais ( +) e (-), conforme indica a Fig. 2.6a . Ao lado dessa flecha é colocada a tensão existente entre os terminais do bipolo. No caso da Fig. 2.6a, V = V AB representa a tensão entre A e B' adotando-se o ponto B como referência (origem da flecha). O referencial de corrente é constituído por uma flecha colocada em um dos terminais do bipolo (Fig. 2.6b). Ao lado dessa flecha está indicada a intensidade ida corrente que flui pelo bipolo, no sentido indicado. Tanto a tensão v como a corrente i poderão ser quantidades positivas ou negativas. (a) Tensão (b) Corrente Fig. 2.6 Convenções. Se os referenciais de tensão e corrente forem de mesmo sentido (Fig. 2.7a), teremos para o bipolo a convenção de gerador, e se os referenciais forem de sentidos opostos :(Fig. 2.7b ), teremos.a .convenção de receptor; , . :< Ao adotarmos a convenção de gerador, para um bipoló; ·isto não implica que este seja fisicamente um gerador, pois .eventtialmente poderá ser fisicamente um receptor .. O mesmo acontece quando se fixa a convenção de receptor. Um bipolo é um gerador quando está fomecendo energia elétrica ao circuito ao 1 ! 1 -~jti ' 1 l ;'-'''t't' 1 .· .; n J n J (a) Gerador (b) Recep.tqr Fig. 2.7 Conve·nções. q1;1~l está ligado, e o receptor é aquele que está consumindo energia elétrica do circuito. . · ;:,:,_. '. Fina!mente, ~évemos salientar que, tendo-se ciência d~ que o bipolo é um. gerador, e convemente estabel(!cer para o mesmo a convenção de gerador (referen- . ciais· de tensão_ e con:ente no mesmo sentido); sendo o bi"polo fisi_camente um . receptor; a convenção mais adequada é a de receptor (referenciais de' tensão" e. corrent(! de sentidos opostos). 2:4 ,POTÊNCIÁ ELÉTRICA INSTANTÂNEA Úm bipolo pode absorver (receptor) ou fornecer (gerador) potência elétrica a •Jll! ~f i,r_çuito. . . : '.\~en~q assi01 1 conside~emos um bipolo qualquer S adotando para o mesmo a convençao do receptor (Fig. 2.8). · J] Fig. 2.8 Convenção do receptor. Sendo dq uma quantidade elementar de carga elétrica que atravessa o bipolo de A, .para B, temos que o traba!ho realizado pelo campo elétrico vale: · .. ..,, (2.3) VA - V 8 = v (tensão no bipolo), ';< dr= dq ·V (2.4) - o tempo gasto no transporte da carga, a potência elétrica instantânea será: dT p=- dt Sendo dq = i; portanto: dt 2·.s POTÊNCIA ELÉTRICA MÉDIA /" dq . V dt Define potência elétrica média em um intervalo de tempo !!..t a relação: p = -,·-'-.f, ·1 + Alp • dt ·.' ·Ât 1 · , 2.6 RESISTO~ ·. (2 .5) (2.6) ;(, ·: O resistor é uin bipolo passivo cuja função éar<icterí~tica .. é 'dada :por: .' • . · \ \ : :;'-': '\ ~: = __.!__:V R o,ncie Ré denominada resistência 4o re§istor. Na ~ai()riél das situaçpes''cÜ[l~idera remós o valor de R constante, independente de _quhlqúÚ outra g(andeza (por ex.erqplo, temperatura)1 , ·. · · · · · ' ,, · . · ·.· ' Define-se ainda a condutância do resistor (G) como sendo o inverso de sua resistência, ou seja: R em ohms (O) G em Siemens (S) V 1 G -=- R R i ~·.~ .-.,.., -,. 4-'--=~-~ · V Fig. 2.9 Símbolos de um resistor. (2.9) Na Fig. 2.1 Oa está representa,da a curva can1.cterístiq1 de um resistor linear (R .. =~!e~ig1 ~.~~i~.i~;~;o d~~~~~~:~~n~f;Ji~i~~Ía é, nu111ericam~Wtt? +J.~ à res1stenc1<l EJ do res1stor. ··.. . .. ·. . . . , _ . · . ·A, p()tê.ncia elétrica instantâneíi di_§§ÍP.ada será: "--..., .. '- . ' - - ' -- _- - - --_ . ;_- ·-.:-··.,-- - . ' -~~- _J (a) Linear 04 ôhmico (b) Não-ttnear Fig. 2.10 Curvas características· de um resistor. ' ' 2 i2 p_ = v > i - ~ R · i 2 =. ~- G indutor é um bipolo cuja função característica é dada por: V = L _:!!__ dt V (2. _10) ' (2.11) i = -'-f vdt + i 0 (2.12) L o rn1rrP1nt .. no indutor no instante t = O.: forma, o indutor fica caracterizado por sua indutância L, medida eqi no Sistema Internacional: representação gráfica é apresentada na Fig. 2.11 . Fig. 2. 11 Representação do indutor. em um indutor no instante em que sua corrente éi é dada ·• i-- :--~ W = f' vidt = i' Lidi = _I_ ii2 ~ o 2 -(2.12a) 9 2.8 CAPACITOR O capacitor é um bipolo cuja função característica é dada por: . e' dv 1 -- - - dt (2.13) ou, ainda, (2. 14) v 0 = tensão no capacitür no instante t = /O. Desta forma, o capacitor fica caractc;rrizado por sua capacitância C, medida em Farad (F) no Sistema Internacional. É .usual utilizarem-se submúltiplos.desta unidade, tais como: \ será : ou 1 mF = 10~3 F(rhilifarad) ,, 1 µ,F = w-6 F.(microfarad) l nF = 10-9 F (nanofarad) 1 pF = 10- 12 .F (picofarad) Sua representação gráfica é dada na Fig. 2.12. . . Fig. 2.12 Representação do capacitor.. A energia elétrica armazenada no capacitor no instante em que a sua tensão é v 1 · I ., f 1 ·f·' f' dv W = p · dt = .· vidt = V • C -- · dt ... fo ... dt L r 1 W . = Cv · dv = - Ci·2 ' . o 2 (2. 15) 2.9 . FONTES' IDEAIS DETENSÃO E DE CORRENTE . ",. ····:· · , ' ·· ... . , . , .. . ;.· .. ' . ,,.. . Fonte ideal de tensão ou gerador ide~! de tensão é aquele cuja tensão e 5 em seus terminais não depende da corrente. Atetisão es, também denominada forçaeletro- SX;t · ~ .·-'· - """"'-"''•L~ . .,., .. ,,.~,.., ser uma função.do tempo. A curva característica de uma está representada na Fig. 2.13a e as alternativas para a da fonte são apresentadas na Fig. 2. 13b . e, V (a) Curva característica (b) Representaçóes possíveis Fig. 2.13 Fonte ideal de tensão. . . ,, .. Jf(mte ideal de corrente ou gerador ideal de corrente é aquele que fornece uma ~orrerile cons~ante em seus terminais indepeQdenté dà tensão .. " · 'h f.,Süa curva característica e sua representação gráfica estão apresentadas na Fig. 2: 1~ . . t-,. ... -.--,.: :.t=_ "[f _;, V (a) Cuiva característica (b) Representação Fig. 2.14 Follte ideal de corrente. FONTE REAL DE TENSÃO A fonte de tensão real possui uma resistência internar e pode ser considerada como sendo associação de uma fonte ideal de tensão em série com essa resistência (Fig. 2.15) . ''"'~- 0 Naresistência interna da fonte teremos uma queda de tensão v, = R · i . .. , _, . Dessa forma, a tensão entre os terminais A e B, ou seja, a tensão de saída da fonte, será: ·-- ._,,,:--_-~_ ; v = e 5 - vr ou v = e5 - R · i (2.16) -0:~-~f~~-:~·1 . :; JAexpressão (2.16) representa a equação característica da fonte real de tensão, ·tt,e e5 é a força eletromotriz. · ' ,>Qµando í = O, ou seja, a fonte está em vazio, a tensão em seus terminais será' . ~:l~ sua força eletromotriz, também denominada tensão em vazio, v = e5 • (<Se os terminais são-colocados emcurto•circuito(Fig. 2. 16),a tensão será nula, 11 B Fig. 2~15 Fonte real de tensão. · \ . assim v = O. _Neste. caso, à corrente . é deriomipada corrente- de curto-circuito, valendo: 12 O= e8 ;Ricc (2.17) · _ es (p/ _O) I ce - - V - - R . (2.18) A '·- ~ , e , R B Fig. 2.16 Fonte de tensão em curto-circuito . Na Fig. 2. 17 apresentamos a curva característica da fonte real de tensão. A potência útil f9rnecida pela fonte é_ dada por: p =V · Í Sendo v =és - R · i , então, p = e s · i - R · i 2 , . . ' . es ......... I ce:: = -R- ' '- )' fig. 2;11 ÇUrva carªctf!rística dafortte,real de tensíi,o. (2.19) (2.20) p = O, então e8 • i - R · i2 = O ou i · (e 8 - R · i) = O .donde : i = O (fonte em vazio) e5 - R · i =O Logo i = ~ = ic,. (fonte em cúrto-éircuito) R (2 .21) Assim, a fonte não fornece potência quando estiver e.m vazio ou quando em curto~eircuito . - · · · ,~ , . .Vamos agora determinar qual a máxima p.otência que. a fonte pode fornecer. Derivand9-se a potência em relação à corrente e igualando-se essa derivada. a zero, obtém-'-se a corrente correspondente à potência máxima. Assim: Donde: d .• _J!__ = e8 - 2R · i = O. di = es ice 2R 2 (2 .22) Em resumo, a potência fornecida será máxima quando a corrente for a metade da sua corrente de curto-circuito . < • Substituind9 (2-.22) em (2 .20) e (2.16), respectivamente, obtemos a máxima l'otência que pode ser fornecida pela fonte e a tensão quando está fornecendo esta · potência. Assim: es ( es ) 2 p _ d Pmâ.r = e8 · 2R - r 2R OU 11uí..r· - 4 R ou V=~ 2 (2 .23) (2.24) Representando a expressão (2.20) em um diagrama cartesiano, obtemos a de potência da font~ (Fig . . 2.18). Da relação(2.20), temos qii,~ : Pg_ = ~Si: P()f~ncia: elétrica gerada (2.25)" Pd = Ri 2 : potência dissipada (2.26) p e: P .... = 4R 1 1 1. ti o e~ e, 2,R fi Fig. 2.18 Curva de. potência da fonte. · Assim, definimos rendimento elétrico da fonte como sendo a relação entre a · potência útil e a :pptênçia elétrica·gerada; deste modo, ficamos com: . f' vi. V . T/ - - - Pg esi es· (2.27) \ Substituindo (2.16) em (2.27), resulta: T/ = e s - Ri = I _ _!!_ i (2.28) es e;ç Na Fig. (2 . 19) está representado o rendimento da fonte em função da corrente. Deve-se ressaltar que o rendimento não é definido para fonte em vazio (i = 0). Por outro lado, o rendimento é nulo na situação de curto-circuito .(v = O) . T/ o . e , Ice= R Fig. 2.19 Rendimento em função da corrente. O rendii:rJento da fonte quando ela está fornecendo a máxima potência será: T/ = ~ . mas,em -viStade(2,24),v= !!..§___'donde es · 2 1 T/ = - = 0,5 ou 50% 2 . (2.29) 1 A um resistor R' nos terminais da fonte(Fig. 2.20) , a corrente é (2.16), temos que: V R' . i . es - v R Como sabemos, o rendimento do gerador é dado por: + e , R V T/ = - es A v· B R ' Fig. 2.20 Fonte de tensão alimentando um resistor. Igualando as expressões (2.30) e (2.31), obtemos: V R' V es - v R R' es R' +R Substituindo (2.34) em (2.32), obtemos: R' T/ = --- R +R' . (2.30) (2.31) (2 .32) _(2.33) (2.3.4) (2.35) " -'..:~ A tensão v e a corrente i também podem ser obtidas graficamente. Traçando-se "'· m -ínesmo diàgrama cartesiano as curvas características do gerador e do t()r, elas se interceptarão em um ponto P (Fig. 2.21), denominado ponto de . . .... Ção;cujas coordenadas são a tensão e a corrente desejada . . --,nc~'f:1iiSé iô iesistorfor não-linear, procede-se de forma: análoga (Fig. 2.22). <~::~ ',-; . e.L i i R ----- p 1. Caràcterísti ca do gerador ·-o~'------v'----,...-~e~,----v Fig. 2.21 Ponto de opl!ração .no resistor; . · ~,c.aóº c,'l.e<'"'~o c,a<~ 'Owº ~ X1!'eaJ P !'ao- Càracterística 1 do gerador . I Fig. 2.22 Ponto de operação em bipolo não-linear. Sabemos que, quando o gerador está fornecendo a má xjma potência, o seu rendimento é 0,5 ou 50%; introduzindo esse valor na expressao (2.35) , obtemos: donde: R' --'----= 0,5 R + R' R =R' (2.36) ~-..~, .. ;; '. : , . -~:.·,~ ·,'- ;~, .:~ /~~ :-: ·:-':~- t' ' • · Cohch.Iírnos· entãoq4e um ge.ra~Qrf qrpece :a ·máximapotência quando a res1s- tênciade :catga:éjgµal ii 'su'a ceS.istêhciàiryterna~ ,, "''',e:· . ; . ·. · . Para finalizar, .vamos.repcesentar aitensão ne> ge(ador,, o seu rendimento e a potênciàpor el~fornÇcida;.em{unçã.odasua resistência de cargaR (Fig. 2.23a, b, e). 1 1,0 -- ----- - -- ~=~ = -e_,_ R·+ R' 1 + R "'ii7 0,5 ~ -. (b) p · Fig. 2.23 Fonte real de tensão . (a) Tensão em função de resistência de carga (b) Rendimento em função da resistência de carga (c) Potência útil em função da resistência de carga 2.11 FONTE REAL DE CORRENTE 11= _R_'_ = _1_ R + R' 1 + R · R' .. · A fonte real de corrente pode ser considerada como sendo a associação em ';; pll.falelo de uma fonte idea1 de corrente com uma resistência r ou condutância ) g = f, denominada resistência interna ou condutância interna da fonte (Fig . .. : 7.24). . i, V Fig. 2.24 Fonte real de corrente. as correntes da Fig . 2.24, podemos escrever: is = i0 + i (2.37t .Íu = g •· V (2.38) Substituindo-se (2.38) em (2.37), resulta: Ís = g · V + i (2.39) donde: i =is - g · V (2.40) A expressão (2.40) é .a equação característica da fÓnte de corrente (Fig. 2.25). · Se -v = O (fonte em éurto-circuito), temos · · · .. ou Sei = O (fonte em vazio), i, f3 o i =is V g ~V g Fig. 2.25 Curva característica da fonte real de corrente. A potência útil fornecida pela referida fonte vale: p = v · i = v Us - gv) p = v · is - g · v 2 Da relação (2.44), temos que: P e = v · is: potência elétrica gerada e, ainda, P d = gv 2 : potência dissipada (2.41) (2.42) (2.43) (2.44) (2.45) (2.46) Para determinar a máxima potência da fonte real de corrente, basta derivar a potência útil (2.44) em relação à tensão e igualar a zero, donde se obtém a tensão çprr(!spondente à situação de máxima potência. dp = is - 2g · V = 0 dv V=~ 2g ·2 P - ls má.r - -- 4g (2.47) ... (2.48) (2.49) gráfÍco da _potência em função da tensão está representado na Fig. 2.26. •u•~c.-·.,-., que a potência é _nula quarido v = O (fonte.em curt9-circuito) ou q~a~dÇ. (fonte em vazio). p ..!L 4g -=-o-t----~;,----~&..--v 2g g "Fig. 2.26 Potêncià em função da tensão. O rendimento da fonte real de corrente é dado por: p V · i 71=-u_= Pg v · is (2.5Ó) 1 TJ = - is (2.51) Substituindo-se (2.40) em (2.51), vem: i -g ·V 7/ = _s ___ _ is (2.52) ... 1t Q · ! ~néílções de equivalência: ou r' = r = 0,5 n V , T/ = l · -g -.- Is (2.53·); aonde: - t< --" 2.12 EQUIVALÊNCIA ENTRE FONTES Sejam. ·as fonte_s de tensão e corrente ~epresentadas na Fig. 2.27. __ ; .-----..---'--<> - - ; i , r' V . . ; , ~---' (a) Tensão (b) Correnté Fig. 2.27 Fontes. 1 . ' 1 ' A condição necessária -e suficiente para que as fontes das Figs. 2.27a e 2.27b sejam equivalentes é que as relações entre tensão e corrente em seus terminais sejam iguais . Assim: g = _I_ == 2 .S (siemens) r' . _ e.s __ 20 = 40 A. 1 ~ - - -- ·' r . 0,5. · · · Assim, a .font~ de corrente equiv'al~~~e à .a a~~esen~da na Fig. 2.29. 2s ·V .,· Fig. 2.29 Fonte de corrente equivalente . Fonte de tensão v = es - ri Fonte de corrente i =is - _I_ v ou v = isr' (2.54) 1 Dada a fonte de corrente (Fig. 2.30), transformá-la em uma fonte de tensão equivalente. r' (2.55) ! - r 'i g = ,Q,02 siemens,c 1 Identificando as expressões (2.54) e (2.55) , temos: 1 Das condições de equivalência, temos r = r' es =is · r' . . j,. (2.56) i ' i (2.57) I' . i As expressões (2 .56) e (2.?7) serão em tudo quanto se segue as condições de 1 1 equivalência entre uma fonte real de tensão e uma fonte real de corrente. Exemplo 2.1 1 í Dada a fonte de tensão da Fig. 2.28, transformá~la em uma fonte de corrente ! equivalente. -- ; l V Fig. 2.28 Circuito do Ex . 2.1 . 20 I i 'l l ~1 r = r' = _I = _l - = 50 fl g 0,02 · is ::; 50 X 1 O = 500 V ~-~---<> - - i 10 A Fig. 2.30 Circuito do Ex. 2.2 . Dessa forma, a fo_nte de tensã.o equivalente é a dada _ na Fig. 2.31. . . '· ·. ,._ . ·: -:·. ·<:· ' .. ' ·' .· ' :~• •'.: .• . . . -· ' - . -~ -'·\ ' " ;.' . :,.- · 1. i ! 1 1 1 i i 1 l l 1 l l 1 1 1 f -~ ... l son _; Fig. 2.31 Fonte de tensão equivalente. 2.13 RECEPTOR ATIVO OU MOTOR O receptor ativo ou motor é um bipolo que consome energia elétrica do circuito e a transforma em outra forma de energia, como, por exempfo, energia mecânica. Ele é representado por uma fonte de tensão ideal em série com uma resistência interna (fig. 2.32). A tensão e para o receptor é denominada força contra-eletromotriz .(f.c ~ e.m.). · Sua e_quação c~nicterística é dada por: · · · ,, . . V. =e + VR . (2.58) Fig. 2.32 Receptor ativo. ou, ainda, Z2 v ·=e +ri A curva característica do receptor .ativo está representada na Fig. 2.33. 0 ""o;----/_,,_e_~---~ V / -e r .>.; .•. Fig. 2.33 CUrva~daràctetística tio receptor ativo. ~·' : ' .. . :. '.: : \i·', '').:·í;<;.,:: . -;:,:;;; ~',;b~~~ -~~>~ .. -;'.--j~0:/~~;;;~)l '·, · ,, ,·,; ;-.;•:::) ·~ -/\_:.:.:~i-:·_, _-, ,-,:-.. __ . ,,. o ericut êlêtiica éóilsum1da pelo receptor sera: ,=4"f'~:;;<;_·_- ;._ .. • ,._;{·:i '•:·~ .:;:~---';''::_-c_- ~----'-', ." •' '·,:· · -: ·;;·: · ' p =vi · IJbstituind() (2.59) em (2.60), resulta em: p = ei + ri 2 palisan@ a expressão (2:61), observamos que: .j'· . Pu = ei: potência útil çio re~eptor Pd = ri 2 :· potência dissipada (2.60) (2.61) (2.62) (2.63) re1nd11m~ento do receptor ativo é definido pela relação entre a potência útil e a elétrica consumida, ou seja: _ e.· i ·YJ -o - - V • ·j e V (2.64) (2.65) um receptor de força contra-eletromotriz e e resistência internar' um gerador de força-eletromotriz e 8 e resistência interna r A e, e r' B Fig. 2.34 Gerador alimentando um receptor ativo. no gerador é a mesma que no receptor; logo, em vista das expressões vem: v = es - r · i = e + r' · i a corrente que percorre o conjunto vale: = es - e · r + r' tensão no gerador e no receptor fica sendo: (2.66) (2.67f · (es ~e) v=es-r·c=es-r --- r + r' (2.68) ou es · r' +e · r V=---~-- r + r' (2.69) A potênçia elétrica fornecida pelo .gerador -e, conseqüentemente, co~sumida peló receptor vale; · ou p =vi Em vista das expressões (2.67).e (2.69), obtém-se: =(es·r'+e·r) p (r+r')_ (es - e) (r. +.r') p = (ês-e)(e~-·r'+e ·r) (r + r') 2 O rendimento elétrico do gerador vale: v e,. - r' +e - r T/G = - = -------es e.1- (r + r') O rendimento elétrico do receptor é: e e(r+r') T/-R = - = ------ V es · r' +e · _r -O rendimento el~trico do sistema fica sendo: e T/ = T/G . T/R = - es 2.14 LEI DE OHM PARA UM TRECHO DE CIRCUITO (2.70) (2. 71) (2.72) (2.73) (2.74) (2. 75) Consideremos o trecho de circuito AB constituído por resistores, elementos geradores e elementos receptores (Fig. 2.35). V Fig. 2,35 Trecho de circuito. devemos preferencialmente adotar a convenção de receptor tensão oposto ao referencial de corrente). tensão total v no trecho AB é igual à soma algébrica das tensões nos 'e11enn.e1nH>s componentes, ou seja: Genericamente, para um ramo ·qualquer de circuito: EXERCÍCIOS V = 2: e; -·Í · j ~ 1 (2. 76) (2.77) Um n;sistor de resistência R = 20 n é percorrido por uma corrente variável tempo, conforme o gráfico da Fig. 2.36. Esboçar os gráficos da tensão e da dissipada no resistor em função do tempo. - i(A) 10 o 2 3 t (s) 4 Fig. 2.36 Este tipo de exercício deve ser resolvido dividindo-se a solução em inter- valos de tempo, onde a função i(t) é contínua. Deste modo, no exercício em análise, estudaremos os seguintes intervalos: a) O< t < 1 b) 1 < t < 2 c) 2 < t < 4 d) t > 4 Assim, para O< t < I, temos: i = lOt (A) V = Ri = 20 X 1 Ot = 200t (V)
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