Buscar

2 SEMINÁRIO SOBRE AS TEORIAS CRÍTICAS DE EDUCAÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2 SEMINÁRIO SOBRE AS TEORIAS CRÍTICAS DE EDUCAÇÃO.
 Desenvolvimento
O nosso seminário será constituído pela pesquisa das seguintes teorias: pedagogia libertária, pedagogia libertadora e pedagogia histórico-crítica.
Iremos apontar os principais representantes , o papel da escola, relação professor-aluno, os conteúdos, metodologia e avaliação. E encerraremos com uma problematização para ser discutida com o grupo como forma de sistematização do tema abordado.
2.1 Pedagogia Libertaria.
2.1.1 Contexto histórico.
Entre os estudiosos e divulgadores da pedagogia libertária pode-se citar Maurício Tragtenberg, apesar da tônica de seus trabalhos não ser propriamente pedagógica, mas de crítica das instituições em favor de um projeto autogestionário. Temos como representantes dessa tendência alguns teóricos conhecidos, como: Freinet, Vasquez, Oury, Ferrer e Guardia, entre outros.
 A memória da Pedagogia Libertária no Brasil foi sempre deficiente de registros e documentos, até para proteger os militantes, num período de intensa repressão. A pedagogia oficial muitas vezes em função da oposição às idéias anarquistas deixou no esquecimento esta importante contribuição. Por sua vez, como os libertários opunham-se tanto as formas de produção capitalistas como ao comunismo autoritário, contestando a existência do próprio Estado, e propondo a autogestão. A pedagogia libertária neste contexto tinha enorme importância já que contribuía para a consciência e emancipação da classe trabalhadora.
A construção de uma nova sociedade apoiava-se em grande parte nas idéias de uma educação nova, feita em outras bases e valores, tais como o respeito à liberdade, à individualidade e sobretudo à criança.
No Brasil, as escolas de educação libertária além de contestarem a pedagogia tradicional, constituíam-se numa das poucas opções de educação da classe trabalhadora, tendo em vista a omissão do Estado neste aspecto.
A educação de adultos e o ensino profissional eram atendidas também pelas escolas libertárias.
2.1.2 Características .
· Papel da escola - A pedagogia libertária espera que a escola exerça uma transformação na personalidade dos alunos num sentido libertário e autogestionário. A idéia básica é introduzir modificações institucionais, a partir dos níveis subalternos que, em seguida, vão "contaminando" todo o sistema. A escola instituirá, com base na participação grupal, mecanismos institucionais de mudança (assembléias, conselhos, eleições, reuniões, associações etc.), de tal forma que o aluno, uma vez atuando nas instituições "externas", leve para lá tudo o que aprendeu. Outra forma de atuação da pedagogia libertária;
· Relação professor-aluno: A pedagogia institucional visa "em primeiro lugar, transformar a relação professor-aluno no sentido da não-diretividade, isto é, considerar desde o início a ineficácia e a nocividade de todos os métodos à base de obrigações e ameaças". Embora professor e aluno sejam desiguais e diferentes, nada impede que o professor se ponha a serviço do aluno, sem impor suas concepções e idéias, sem transformar o aluno em “objeto". O professor é um orientador e um catalisador, ele se mistura ao grupo para uma reflexão em comum;
Conteúdos: As matérias são colocadas à disposição do aluno, mas não são exigidas. São um instrumento a mais, porque importante é o conhecimento que resulta das experiências vividas pelo grupo, especialmente a vivência de mecanismos de participação crítica. . Assim, os conteúdos propriamente ditos são os que resultam de necessidades e interesses manifestos pelo grupo e que não são, necessária nem indispensavelmente, as matérias de estudo;
· Metodologia : É na vivência grupal, na forma de autogestão, que os alunos buscarão encontrar as bases mais satisfatórias de sua própria "instituição", graças à sua própria iniciativa e sem qualquer forma de poder. Trata-se de "colocar nas mãos dos alunos tudo o que for possível: o conjunto da vida, as atividades e a organização do trabalho no interior da escola (menos a elaboração dos programas e a decisão dos exames que não dependem nem dos docentes, nem dos alunos);
· Avaliação :como o principio que rege a educação libertaria é contra qualquer forma de controle e de burocracia, não há uma avaliação formalmente estabelecida. A aprendizagem é construída com base na na motivação pessoal de crescer dentro da vivencia grupal.
Dentro da contemporaneidade; podemos apontar que a importância de uma educação libertaria seria para trabalhar a autonomia, respeito, a responsabilidade, solidariedade, cooperação.fatores que notavelmente vem sido esquecidos pela família, e acabam deixando apenas para a escola. Então sendo assim esta seria uma das importâncias de se ter esta pedagogia nos dias de hoje.
2.2 Pedagogia libertadora.
2.2.1 Contexto histórico.
Paulo Reglus Freire, educador brasileiro, nasceu em Recife no dia 19 de setembro de 1921 e faleceu na cidade de São Paulo no dia 2 de maio de 1997. Filho de um oficial da Polícia Militar de Pernambuco e de uma dona de casa, Paulo Freire tinha três irmãos. 
O Método de Alfabetização de Paulo Freire foi criado por volta de 1960, quando seu filho, com pouco mais de dois anos de idade, associou uma imagem e a pronúncia de uma palavra que assistira na propaganda da televisão com a mesma palavra inscrita em um painel na rua. Paulo Freire refletiu profundamente sobre esse fato e concluiu, a partir desse episódio, que o educando adulto também teria capacidade de ler uma palavra anteriormente conhecida pela oralidade. A proposta de Freire era de que não se utilizassem as cartilhas na alfabetização do estudante adulto. O ensino deveria partir de situações concretas da própria realidade do aprendiz. 
2.2.2 Características. 
· Papel da escola: - Não é próprio da pedagogia libertadora falar em ensino escolar, já que sua marca é a atuação "não-formal". Entretanto, professores e educadores engajados no ensino escolar vêm adotando pressupostos dessa pedagogia. Assim, quando se fala na educação em geral, diz-se que ela é uma atividade onde professores e alunos, mediatizados pela realidade que apreendem e da qual extraem o conteúdo de aprendizagem, atingem um nível de consciência dessa mesma realidade, a fim de nela atuarem, num sentido de transformação social. Tanto a educação tradicional, denominada "bancária" - que visa apenas depositar informações sobre o aluno -, quanto a educação renovada - que pretenderia uma libertação psicológica individual - são domesticadoras, pois em nada contribuem para desvelar a realidade social de opressão;
· Relação professor e aluno: - ela deve ser horizontal, sem hierarquia nem diferenciação, de modo que educador educando se posicionem, ambos,como sujeitos envolvidos no ato do conhecimento. Segundo Libâneo o seu principal trabalho é o de conscientização e para isso é necessário que se sinta parte do grupo e não autoridade dele.(Suhr apo ut Libâneo,2012,p.145)
· Conteúdos: Denominados “temas geradores", são extraídos da problematização da prática de vida dos educandos. Os conteúdos tradicionais são recusados porque cada pessoa, cada grupo envolvido na ação pedagógica dispõe em si próprio, ainda que de forma rudimentar, dos conteúdos necessários dos quais se parte. O importante não é a transmissão de conteúdos específicos, mas despertar uma nova forma da relação com a experiência vivida. A transmissão de conteúdos estruturados a partir de fora é considerada como "invasão cultural" ou “depósito de informação’’ porque não emerge do saber popular. Se forem necessários textos de leitura estes deverão ser redigidos pelos próprios educandos com a orientação do educador”.
· Metodologia: "Para ser um ato de conhecimento o processo de alfabetização de adultos demanda, entre educadores e educandos, uma relação de autêntico diálogo; aquela em que os sujeitos do ato de conhecer se encontram mediatizados pelo objeto a ser conhecido;
· Avaliação: 
Nessa concepção não faz sentido propor ações formais de avaliação,mas,sim, acompanhar o progresso do grupo rumo a conscientizaçãopor meio da autoavaliação e de produções escritas. A medida da real aprendizagem seria a mudança no modo de agir na comunidade, promovida pela conscientização gerada nas discussões realizadas.( Suhr,2012,p.146)
Nos dias de hoje ainda existem algumas características determinantes da pedagogia libertadora, nas salas de alfabetização os professores trabalhão com palavras geradoras ( contextualizadas no meio social do aluno) e a partir desta a desmembra em silabas e assim se faz o ensino das famílias silábicas.
2.3 Pedagogia Histórico-crítica 
2.3.1 Contexto histórico.
A Pedagogia Histórico-Crítica surgiu no Brasil na década de 1980, tendo como principal expoente o professor Dermeval Saviani. Esta Teoria de Educação desenvolveu-se aos poucos, mas desde o seu princípio, assumiu alguns pressupostos teóricos vindos de outras áreas. É o caso da ontologia realista, fundamentada no materialismo histórico marxista e na epistemologia dialética; na psicologia, os trabalhos da Escola de Vigotski têm importância capital.
Dermeval Saviani, Formado em filosofia pela PUC-SP (1966), é doutor em filosofia da educação (PUC-SP), 1971 e livre docente em história da educação (UNICAMP, 1986), tendo realizado estágio sênior na Itália em 1994-1995. Foi condecorado com a medalha do mérito educacional do Ministério da Educação e recebeu da UNICAMP o Premio Zeferino Vaz de Produção Cientifica. Autor de grande número de trabalhos publicados, professor emérito da UNICAMP e coordenador geral do Grupo Nacional de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil” (HISTEDBR).
O país vivia o fim da Ditadura Militar (1964-1984) e os movimentos populares saíam às ruas para pedir a volta da democracia. A redemocratização que não era apenas entendida no âmbito político, de eleições diretas, mas em outros setores sociais, incluindo a escola. E foi alicerçado na ideia de escola para todos que Saviani se tornou conhecido no Brasil. Seu primeiro livro “Escola e Democracia”, de 1982, reuniu uma serie de artigos relacionando a escola, a Educação à necessidade de revolução social e como a Educação é uma das formas de promover as mudanças. Isso é claro na obra de Saviani. Ele não vê a escola como “salvadora da pátria”, como “redentora dos males brasileiros”, mas como uma das formas que precisa ser articulada a outras e que também influencia outras.
2.3.2 Características.
· Papel da escola: socializar os conhecimentos e saberes universais, principalmente para as camadas populares. Esse autor insiste que a escola deve tomar muito cuidado para não se desviar de sua função principal e perder tempo em mil e uma atividades secundarias sob o risco de não contribuir para a formação de pessoas criticas, autônomas e conscientes;
· Relação professor e aluno: esta relação deve ser interativa: ambos são sujeitos do processo- ensino –aprendizagem, mas com papeis distintos. O professor é a autoridade competente que interfere e cria condições necessárias a apropriação do conhecimento. Já o aluno é o sujeito ativo de sua própria aprendizagem, que participa e se esforça, mas precisa ser auxiliado e orientado pelo professor.
· Conteúdos: são os conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade, mas sempre reavaliados em face das realidades sociais.
· Metodologia: baseada na busca de relações entre o que o aluno já conhece e a forma mais elaborada desse mesmo conhecimento. O método baseado na dialética segue os passos a seguir:
· Pratica social: para Saviani professores e alunos como vivem a mesma realidade social, compartilham determinados saberes, mas em níveis diferentes de apropriação;
· Problematização:é o momento de causar ruptura em relação ao que os alunos já sabem, dominam sobre o tema.
· Instrumentalização: etapa que se introduz o novo conhecimento, seja através da exposição dialogada do professor ou através de pesquisas.
· Catarse: momento que o novo conhecimento passa a fazer parte do aluno e a dirigir seu modo de compreender o mundo a sua volta,
· Prática social: o ponto de chegada, onde o aluno sera capaz de compreender os mesmos aspectos da realidade de maneira mais orgânica,sintética e organizada.
· Avaliação :tem que ser ressignificada, diagnostica com o objetivo de apontar ao professor e aos alunos o que já foi ou não assimilado, como anda o processo ensino aprendizagem ou o que precisa ser mudado, alterado.
Dentro das características desta pedagogia na contemporaneidade podemos dizer que o que ainda é usado é a forma de avaliação onde aplicamos a diagnostica (sondagem) com o intuito de saber se o aluno assimilou ou se não foi significativa a aprendizagem.
2.4 Problematização.
Dentro das três teorias criticas de educação iremos perguntar para os presentes quais destas seriam possíveis alfabetizar com êxito nos dias de hoje as crianças. Lembrando que cada uma possui uma metodologia e forma de avaliar completamente diferentes.
Referências Bibliográficas.
Pedagogia Progressista. Professor Josias. Disponível em: http://pedagogiadidatica.blogspot.com.br/2008/11/pedagogia-progressista.html. Acesso em: 15 de setembro de2015.
Suhr,Inge Renate Frose. Teorias do conhecimento pedagógico/ Inge Renate Frose Suhr.-Curitiba: Inter saberes,2012.-(Serie Fundamentos da Educação).

Continue navegando