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6 1. Microbiologia As bactérias são procariontes. Isso significa que não possuem núcleo organizado As bactérias possuem relações: · Benéficas: Está presente na nossa microbiota, como intestino (Escherichia coli), pele (Staphylococcusepidermides), etc. · Prejudiciais: Podem causas patologias. Em condições desfavoráveis (falta de água e nutrientes) algumas bactérias formam esporos, que uma forma de vida mais resistente, assim podem sobreviver por milhões de anos. Exemplo: Clostridium tetani e Clostridium batilinum. 2. Morfologia · Esférica / Coco: - Stapylococcus aureus (cacho de uvas / doenças na pele, pneumonia...); - Stapylococcusepidermides; - Streptococcuspyogenes (cadeia / faringite...); - Streptococcuspneumoniae (pares, diplococos, extremidade não tão redondinha / meningite, pneumonia...); - Neisseniameningitidis (diplococos); - Neisseriagonorrhoeae (diplococos / gonorreia). · Batão / Bacilos / Bastonete: - Lactobacillus; - Escherichia coli (urnia, intestino...); - Mycobacterium leprae; - Mycobacteriutuberculosis ou Baar. · Espiralada / Espirilo / Espiroqueta: - Ireponemapallidium; - Leptospira. · Vírgula / Vibrião: - Vibriocholerae (cólera / causa diarreia intensa / perde 1 litro de líquido por hora). 3. Componentes Bacterianos · Cápsula: - Camada de consistência viscosa ou mucosa; - Localizada externamente a parede celular; - Constituída por polissacarídeos e ou polipeptídeos (dá consistência); - Encontrada em bactérias patogênicas; - Importantes valor de virulência, pois protege contra fagocitose (mecanismo de defesa / destrói); - Relacionado ao biofilme. · Membrana Plasmática: - Envolve o citoplasma; - Constituída por lipídeos e proteínas; - Responsável pela permeabilidade seletiva. · Mesossomo: - Invaginação (dobra) da membrana; - Participa da divisão bacteriana. · Nucleóide: - Região onde se concentra o cromossomo bacteriano; - Constituído por uma molécula de DNA; - Não possui carioteca. · Ribossomos: - Responsável pela síntese proteica; · Plasmídeo: - DNA circular extracromossômico; - Não é essencial para bactéria, mas é uma vantagem; - Conjugação (transferência de plasmídeo, através da fímbria/pilus) - Resistência a antimicrobianos / antibióticos. · Flagelo: - Longo apêndice bacteriano; - Constituído de proteínas; - Garante motilidade; - Monotríquio, lofotríquio, anfitríquio e peritríquio. · Fímbrias: - Apêndices bacterianos curtos; - Constituído por proteínas; - Garante adesão (fixação da bactéria em uma superfície) · Parede Celular: - Localizada externamente á membrana plasmática; - Constituída por peptidioglicano; - Garante proteção e forma da bactéria; - Mycoplasma não possui parede celular; - Gram Positiva; - Gram Negativa. 4. Gram Positiva - Apresenta espessa camada de peptideoglicanos; - Possui ácidos teicóicos e lipoteicóicos; - Cora-se em roxo; - Exemplo: Staphylococcus aureus. 5. Gram Negativa - Apresenta delgada (fina) camada de peptidioglicano; - Possui membrana externa; - Possui LPS (lipopolisacarídeos – associado a febre); - Cora- se em rosa; - Exemplo: Escherichia coli. Gram Positiva Gram Negativa Apresenta espessa camada de peptideoglicanos. Apresenta delgada (fina) camada de peptidioglicano. Possui ácidos teicóicos e lipoteicóicos. Possui membrana externa. Cora-se em roxo. Possui LPS (lipopolisacarídeos – associado a febre). Exemplo: Staphylococcus aureus. Cora- se em rosa. Exemplo: Escherichia coli. 6. Nutrição Bacteriana Os nutrientes são substâncias retiradas do ambiente e utilizadas para produzir novos componentes celulares ou para obtenção de energia. Pode ser dividido em: Macronutrientes e Micronutrientes. · Macronutriente: É necessário em grande quantidade por serem os principais constituintes dos compostos orgânicos celulares e utilizados como combustível. Exemplo: Carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio e enxofre. · Micronutrientes: É necessário em pequena quantidade. Atuam como componentes de proteínas, cofatores de enzimas, componentes de estruturas bacterianas, etc. Exemplo: Ferro, magnésio, manganês, cálcio, zinco, etc. . Meio de Cultura É uma mistura de nutrientes necessários para o crescimento microbiano. As bactérias apresentam exigências nutricionais diferentes, com isso há diversos meios de cultura. · Meio Líquido: A solução nutriente é gelificada (gelatina) em um polímero extraído de algas, o agar. É utilizado para obter colônias isoladas. · Meio Sintético: É preparado a partir de substâncias químicas puras e em quantidades conhecidas. · Meio Complexo: É preparado com extratos desidratados de diversos órgãos de diferentes animais, exemplo: BHI (cérebro, coração...). Não sabe exatamente sua composição e a quantidade. · Meio Seletivo / Mc Conkey (sais biliares): Contém substâncias que inibe o crescimento de um determinado grupo de microorganismo, mas permite o desenvolvimento de outros. · Meio Diferencial / Ágar Sangue: Permite a distinção de colônias de bactérias diferentes. 8. Grupo de Antibióticos · Macrolídeos: - Inibe a síntese proteica; - Usados em cocos gram-positivos aeróbios e anaeróbios; - Exemplo: Azitromicina, Eritromicina e Claritromicina. · Aminoglicosídeo: - Inibe a síntese proteica; - Usado em bactérias gram negativas aeróbias; - Possuem ototoxicidade e nefrotoxicidade; - Exemplo: Gentamicina. · Oxazolidinona: - Usado em bactérias gram positivas; - Usado em ambiente hospitalar; - Exemplo: Linesolida. · Beta-lactâmicos: - Inibem a síntese da parede celular; - Exemplos: Penicilinas, Cefalosporinas, Carbapenens e Monobactans. · Glicopeptídeos: - Inibem a síntese da parede celular; - Usado em bactérias gram positivas resistentes; - Exemplo: Vancomicina. 9. Resistência Bacteriana CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) controla todos os procedimentos invasivos, para minimizar casos de infecção hospitalar. CUCA (Comissão de Uso e Controle de Antimicrobiano). · Resistência Intrínseca: - Herdada geneticamente; - Natural; - Previsível. · Resistência Adquirida: - Alterações das caraterísticas genéticas usuais; - Imprevisível; - Necessidade de teste de sensibilidade aos antimicrobianos; - Mutação; - Transferência de genes (adquire de outra bactéria) – transformação, transdução e conjugação. · Mecanismo de Resistência: - Produção de enzimas; - Alteração no desso ao sitio-alvo (permeabilidade da membrana mecanismo de efluxo – o antibiótico não consegue entrar); - Alteração do sitio alvo. · Micro-organismos Resistentes: - Enterobactérias produtoras de beta-lactamase de espectro estendido (ESBL); - Staphylococcusspp resistente a meticilina; - Staphylococcus aureus intermediário a glicopeptideo; - Streptococcuspneumoniae resistente a penicilina; - Enterococcusspp resistentes a vancominicina; - Pseudomonas e Cicinobacter multirresistente. ESB é uma enzima produzida por bactérias. Ela traz resistência a cefalosporina e penincilina. É feito testes, pois o teste de rotina de sensibilidade não mostra que a bactéria é resistente, então é feito esses testes mais específicos para que o paciente não tome o antibiótico errado, eles são: Teste do duplo disco ou disco aproximação (surge zona fantasma) e E-teste, disco combinado (aumento do halo de inibição - quanto maior o halo maior a sensibilidade da bactéria ao antibiótico) O ácido clavulánico é associado ao antibiótico, por possuir afinidade com a enzima ESBL, assim não destrói o antibiótico. 10. Infecção no Trato Respiratório Inferior O trato respiratório superior possui mecanismos de defesa, como pelos, muco, tosse e espirro, que dificultam a entrada da bactéria. O trato respiratório inferior geralmente é estéril (sem microorganismos), devido o resultado eficiente de mecanismos de filtração e remoção. 11. Pneumonia É uma infecção do parênquima pulmonar, que pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas (ascaridíase-lumbriga). Infecção mais grave é centrada nos espaços aéreos distais dos dutos alveolares até os sacos alveolares. · Sintomas: Febre (pode ter ausência, principalmente em idosos), tosse, grau variável de produção de escarro, dispneia, dorno peito que pode ser difusa, vaga e constante ou localizada e intermitente, acentuada por respiração profunda, se houver pleurite. A respiração curta e dispneia indicam envolvimento dos bronquíolos terminais e alvéolos. · Transmissão: Inalação (ar) de patógenos respiratórios ou aspiração (microscópica e subclínica) de conteúdo das vias respiratórias superiores. A maioria dos patógenos pulmonares originam-se na flora orofaríngea. A medida que a microbiota colonizadora da orofaringe muda, também muda a natureza dos micro-organismos que infectam o pulmão. · Patógenos pulmonares comuns na nasofaringe: - Streptococcuspneumoniae; - Hemophilusinfluenzae; - Moraxellacatarrhalis. · Patógenos anaeróbios da fenda gengival e placa dentária podem causar pneumonia: - Porphyromonasgengivalis; - Prevotellamelaninogenica; - Fusobacteriumnucleatum; - Actinomycesspp; - Streptococcus. Disseminação hematogênica, a partir de um local extrapulmonar. 12. Classificação Geral de Pneumonia É classificada em: Atípica, Aguda e Crônica. · Pneumonia Atípica: - Não se assemelha a lesões clássicas; - A produção de escarro é mínima; - Patógenos primários: Mycoplasmapneumoniae, Chlamydiapneumoniae e Legionella spp. · Pneumonia Aguda: * Adquirida na comunidade: Pneumonia Bacteriana: Combinação de pneumonia atípica e clássica causada por bactéria de orofaringe (Streptococcuspneumoniae, Haemophilus influenza e Moraxellacatarrhalis). Pneumonia Viral: É rara em adultos imunocompetentes (citomegalovírus), geralmente ocorre em adultos saudáveis com gripes. * Adquirida em ambiente hospitalar: A mudança nos agentes etiológicos reflete as mudanças na natureza da microbiota colonizadora das vias aéreas superiores. Agentes: Enterobactérias, Pseudomonasspp e Staphylococcus aureus. · Pneumonia Crônica: - Curso prolongado; - Sintomas menos intensos; - Sinais e sintomas inespecíficos (febre baixa, mal estar e perda de peso); - Agentes etiológicos: micobactérias(Mycobacterium tuberculoses) e fungos. 13. Infecção do Trato Urinário / ITU A infecção do trato urinário é uma das causas mais comuns de infecção na população em geral. Também é uma importante causa de infecção hospitalar. A ITU pode ser classificada em ITU baixa (cistite/não complicada) e ITU alta (pielonefrite/complicada) / sintomática e assintomática. A ITU alta (pielonefrite) se inicia normalmente com quadro de cistite, sendo acompanhada de febre elevada, associada a calafrios e dor lombar. A infecção do trato urinário é complicada quando estão presentes alterações estruturais e funcionais ou quando se desenvolve em ambiente hospitalar e também é associada a fatores complicados (cateteres, diabetes, neoplasias...). O espectro de bactérias envolvido nesse tipo de ITU é bem mais amplo, incluindo bactérias gram negativas e positivas e resistentes. A ITU baixa (cistite) apresenta disúria, urgência miccional, polaciúria, nictúria, dor suprapubica e geralmente não apresenta febre.Na ITU não complicada a Escherichia coli geralmente é a responsável. Os sinais e sintomas associados são: polaciúria, urgência miccional, disúria, hematúria, piúria, alteração na coloração e no aspecto da urina, dor abdominal e febre. É mais prevalente no sexo feminino devido a menor extensão anatômica da uretra feminina e a maior proximidade entre a vagina e o ânus. Nos homens geralmente acontece quando atingem idade acima de 50 anos, na ocorrência de doenças prostática, homossexuais (sexo anal não protegido). Também atinge idosos e indivíduos hospitalizados, devido a presença de comorbidades, e indivíduos portadores de HIV. Os agentes etiológicos mais frequentes na comunidade são: Escherichia coli, Staylococcussaprophyticus, espécies de Proteus e Klebsiella e Enterococcusfaecalis. Os agentes etiológicos mais frequentes no ambiente hospitalar são: Enterobacterias, Proteusp, Pseudomonasaeruginosa, Klebsiellasp, Enterobactersp, Enterococcusfaecalis e de fungos (Candidasp). Os exames que podem ser realizados são: Urina de Rotina, Urocultura, Antibiograma, Hemocultura, Exames de Imagem (ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética). A escolha da terapia antimicrobiana varia de acordo com a apresentação da ITU, hospedeiro e agente. Para mulheres idosas ou diabéticas e homens em casos de cistite: ciprofloxacina/norfloxacino. Em gestantes com cistite: beta-lactâmicos e nitrofurantoina. 14. Infecção Intestinal As infecções intestinais ocorrem em função de fatores ligados ao hospedeiro, como baixa acidez gástrica, microbiota, imunidade, motilidade, etc. A procura do agente etiológico de diarreia, deve-se contar com a colaboração importante do médico, dando informações clinicas. As informações importantes são: idade o paciente, principais sintomas, diarreia contento sangue, pus ou muco, tenesmo, dor abdominal, frequência e volume das evacuações, febre, quadro simultâneo em outras pessoas do convívio, etc. As causas das síndromes gastrointestinais podem ser: infecciosa e não infecciosas. Infecciosas são causadas por bactérias (Shigellasp/enterobacteria/gram negativo/oxidade negativo, Yersiniaenterocolitica/enterobcteria), fungos, vírus, parasitas e protozoários. Não infecciosas são causadas devido alergias por alimentos, envenenamento, etc. *Coprocultura (cultura de fezes) usa-se meio de cultura seletivo: Mc Conkey, SS (Salmonella / Shigella / placas solidas), Selenito (tubo/caldo/líquido) *Escherichia coli: ETEC/EPEC/EIEC/EHEC (patógenas no intestino)
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