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Cura por Reparo e Formação de Cicatriz Prof. Ms. Samuel Ramalho Ciclo Celular e a Regulação da Replicação Celular Proliferação celular é um processo regulado -envolve um grande número de moléculas e vias inter-relacionadas Fatores de crescimento ou por sinalização dos componentes da matriz extracelular, através das integrinas Ciclo celular consiste nas fases G1 (pré-síntese), S (síntese de DNA), G2 (pré-mitótica) e M (mitótica) Epiderme e do trato GI estão continuamente no ciclo As células podem entrar em G1 a partir de G0 (células quiescentes) Neurônios e miócitos cardíacos, perderam a capacidade de proliferar Pontos de controle verificações do controle de qualidade Se lesão do DNA é grave para ser reparada, as células são eliminadas por apoptose FATORES DE CRESCIMENTO Polipeptídeos proliferar Sobrevida celular, contratilidade, diferenciação e angiogênese. Ligantes que se ligam a receptores específicos liberam sinais para as células-alvo transcrição de genes MECANISMOS DE SINALIZAÇÃO NO CRESCIMENTO CELULAR Fatores de crescimento e citocinas ativação do receptor expressão de genes específicos Três modos gerais de sinalização, denominadas autócrina, parácrina e endócrina origem do ligante e a localização de seus receptores Sinalização autócrina Células respondem às moléculas de sinalização que elas próprias secretam Ex.: Regeneração hepática E proliferação de linfócitos estimulados por antígenos células tumorais fatores de crescimento e seus receptores própria proliferação Sinalização parácrina Celular produz o ligante que age em células-alvo adjacentes que expressam o receptor Reparo de feridas de tecido conjuntivo, cura de feridas e na renovação de tecidos Fator produzido por um tipo Macrófago exerce seu efeito de crescimento sobre células adjacentes (p. ex., fibroblasto) Sinalização endócrina: Hormônios sintetizados por células de órgãos endócrinos atuam sobre células-alvo distantes de seu local Transportados pelo sangue Growth hormone (hormônio do crescimento) osteoblastos. FSH (hormônio folículo estimulante) desenvolver folículos ovarianos REGENERAÇÃO HEPÁTICA Notável capacidade de regenerar-se hepatectomia parcial Secção de aproximadamente 60% do fígado de doadores vivos resulta na duplicação do fígado remanescente em torno de 1 mês. Crescimento ocorre por aumento dos lobos que restaram após a cirurgia hiperplasia compensatória Fígado do doador, antes da operação. O lobo direito (contornado) que será usado como transplante. O painel inferior mostra a tomografia do fígado 1 semana após a hepatectomia parcial. Quase todos os hepatócitos replicam-se durante a regeneração hepática após hepatectomia parcial Levam várias horas para entrar no ciclo celular, progredir para G1 e alcançar a fase S Matriz Extracelular e Interações Célula-matriz Interações entre as células e os componentes da matriz extracelular (MEC) regeneração e o reparo MEC regula o crescimento, a proliferação, o movimento e a diferenciação das células MEC sequestra água e minerais que dão rigidez ao osso Preencher os espaços entre as células para manter a estrutura do tecido. Funções da MEC Suporte mecânico ancoragem das células Controle do crescimento celular regular a proliferação celular sinalizando através de receptores celulares da família das integrinas Manutenção da diferenciação celular tipo de proteína da MEC pode influenciar o grau de diferenciação das células nos tecido Arcabouço para renovação tecidual A manutenção da estrutura normal do tecido requer uma membrana basal ou um arcabouço de estroma MEC lesadacolágeno,cicatriz Secreção e armazenamento Fatores de Crescimento Isto permite a rápida difusão de fatores de crescimento após lesão local ou durante a regeneração. Composição MEC: três grupos de macromoléculas Proteínas estruturais fibrosas colágenos e as elastinas que promovem resistência à tensão e retração Glicoproteínas conectam os elementos da matriz uns aos outros e às células Proteoglicanos elasticidade e lubrificação Matriz intersticial entre as células epiteliais, endoteliais, musculares lisas Membranas basais estão intimamente associadas às superfícies celulares COLÁGENO Proteína mais comum no mundo animal arcabouço extracelular São conhecidos 27 tipos diferentes de colágenos Composto de três cadeias que formam um trímero na forma de hélice tripla. Colágenos fornecem resistência à tensão ELASTINA, FIBRILINA E FIBRAS ELÁSTICAS Tecidos como os vasos sanguíneos (aorta), a pele, o útero, ligamentos e o pulmão necessitam de elasticidade para suas funções Expandir e retrair (flexibilidade) depende das fibras elásticas (elastina) Estiramento e, em seguida, retornar ao seu tamanho original após liberação da tensão. PROTEÍNAS DE ADESÃO CELULAR receptores transmembrana Imunoglobulinas Caderinas ligar superfície celular ao citoesqueleto ligação da actina e filamentos intermediários. Integrinas promovendo uma conexão entre células e MEC Selectinas interações entre leucócito e endotélio PROTEOGLICANOS Longos polímeros repetidos de dissacarídeos Estão ligados a uma proteína central Função organizar a MEC Possuem diversos papéis na regulação da estrutura e permeabilidade do tecido conjuntivo Cura por Reparo, Formação de Cicatriz e Fibrose Lesão Ao Tecido É Grave (Células Parenquimatosas E Do Arcabouço De Estroma) Reparo Deposição De Colágeno E Outros Elementos Da MEC, Promovendo A Formação De Uma Cicatriz. “Remenda”, Em Vez De Restaurar O Tecido. Reparo Inflamação, Angiogênese, Migração e proliferação de fibroblastos, Formação de cicatriz, Remodelamento do tecido conjuntivo. Contribuições do reparo e da regeneração 1 Capacidade proliferativa das células do tecido 2 Integridade da matriz extracelular 3 Resolução ou cronicidade da lesão e da inflamação. ANGIOGÊNESE Associa a reações fisiológicas (p. ex., cura de feridas, regeneração, vascularização de tecidos isquêmicos e menstruação) Angiogênese a partir de Vasos Preexistentes Angiogênese a partir de Células Precursoras Endoteliais (EPC). Angiogênese a partir de Vasos Preexistentes Vasodilatação em resposta ao óxido nítrico e aumento da permeabilidade dos vasos preexistentes Degradação proteolítica da membrana basal e rompimento do contato célula-célula entre células endoteliais Migração das células endoteliais em direção ao estímulo angiogênico. Proliferação de células endoteliais, logo atrás da frente de células migratórias. Maturação das células endoteliais inibição do crescimento e remodelagem em tubos capilares Recrutamento de células periendoteliais (células musculares lisas vasculares) para formar o vaso maduro. Angiogênese a partir de Células Precursoras Endoteliais (EPC). EPC podem ser recrutadas da medula óssea para os tecidos e iniciar a angiogênese células expressam alguns marcadores de células-tronco hematopoiéticas endotelização de implantes vasculares e a neovascularização de órgãos isquêmicos, feridas cutâneas e tumores EPC influenciam a função vascular e determinam o risco de doenças cardiovasculares. CURA DE FERIDAS CUTÂNEAS três fases: inflamação, proliferação e maturação Inflamação Lesão inicial adesão e agregação das plaquetas, formando um coágulo na superfície da ferida, levando à inflamação Proliferação formação do tecido de granulação, proliferação e migração de células do tecido conjuntivo e reepitelização da superfície da ferida Maturação deposição de MEC, o remodelamento do tecido e a contração da ferida. cura por primeira intenção Ex. incisão cirúrgica morte de um número limitado de células epiteliais e células do tecido conjuntivo, bem como ruptura da continuidade da membrana basal. formação de uma cicatriz relativamente fina. cura por segunda intenção grandes defeitos na superfície da pele, provocando perda excessiva de células e tecidos. reaçãoinflamatória mais intensa, formação de abundante tecido de granulação extensa deposição de colágeno, levando à formação de cicatriz substancial Formação do Coágulo Sanguíneo A Rápida Ativação Das Vias De Coagulação Contém Fibrina, Fibronectina Detém O Sangramento E Funciona Como Arcabouço Para As Células Em Migração Em 24 Horas, Neutrófilos Bordas Da Incisão E Migram Para O Coágulo Arcabouço Produzido Pela Fibrina Removem Os Restos Necróticos E Bactérias. Formação do Tecido de Granulação 24 a 72 horas do processo de reparo fibroblastos, células endoteliais vasculares proliferam tecido de granulação Aparência granular, rósea e macia, na superfície das feridas Presença de novos e pequenos vasos sanguíneos (angiogênese) e proliferação de fibroblastos Passagem de líquido e proteínas plasmáticas para o espaço extravascular Mais proeminente na cura por união secundária 5 a 7 dias, o tecido de granulação preenche a área da ferida Proliferação Celular e Deposição de Colágeno 48 a 96 horas, os neutrófilos são amplamente substituídos por macrófagos reparo tecidual Remove resíduos extracelulares, fibrina e promove angiogênese e deposição de mec Proliferação de fibroblastos, aumentando a síntese de colágeno e fibronectina Formação da Cicatriz infiltrado leucocitário, o edema e o aumento da vascularização desaparecem 2 semanas aumento do acúmulo de colágeno na área da ferida e a regressão dos canais vasculares Fibroblastos Os anexos dérmicos são perdidos permanentemente Contração da Ferida Acontece em grandes feridas de superfície ajuda a fechar a ferida, reduzindo a área de superfície da ferida. importante na cura por união secundária. rede de miofibroblastos α-actina do músculo liso Remodelamento do Tecido Conjuntivo A substituição do tecido de granulação por uma cicatriz envolve alterações na composição da MEC equilíbrio entre síntese e degradação da MEC remodelamento do tecido conjuntivo Recuperação da Força Tênsil Colágenos fibrilares (principalmente colágeno tipo I) Acúmulo final de colágeno depende aumento de síntese e da diminuição de degradação. A recuperação da força tênsil resulta do excesso da síntese de colágeno que ultrapassa a sua degradação durante os primeiros 2 meses Volte sempre!
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