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Aula 1 – Pneumonia *O Dx é clínico, mas sempre se pede o Rx de Tórax – até para se detectar possíveis complicações Manifestações clínicas Típicas/Clássicas – febre, tosse, dispnéia, dor torácica – Agentes típicos (agentes que coram pelo gram e respondem a beta-lactâmicos) Atípicas – Gripe Arrastada – Agentes atípicos (não coram pelo gram ou não respondem bem aos beta-lactâmicos) Radiologia Típica broncopneumonia (mais comum) ou PNM lobar Atípica broncopneumonia ou intersticial Etiologia por ordem de frequência: Pneumococo típico Mycoplasma atípico Chlamydophila pneumoniae atípico Virus atípico Haemophilus típico Se pcte internado, incluir: Legionella atípico Pneumococo (na DPOC, segunda causa mais comum) Etiologia mais comum Diplococo gram positivo Pode causar: Derrame pleural Pnm redonda ou Pseudotumoral H. influenza (na DPOC, causa mais comum) Cocobacilo gram negativo Moraxella (na DPOC, terceira causa mais comum) Diplococo gram negativo Legionella Atípico bacilo gram negativo. Mas faz quadro típico grave Ar condicionado Sinal de Faget (dissociação pulso-temperatura – junto com a Febre Tifóide e Amarela) Diarréia e dor abdominal Hiponatremia e aumento de transaminases Escarro negativo Pedir antígeno urinário Klebsiella Bacilo gram negativo PNM grave em etilista com DM PNM do lobo pesado S. aureus Coco gram + Grave Lactentes, Pós-influenza, Fibrose cística, Drogadição EV, Bronquiectasias Pode causar: 1) Pneumatoceles, que podem complicar com piopneumotórax; 2) derrame pleural; 3) abscesso (> 2 cm); 4) PNM necrosante (abscesso < 2 cm) Pseudomonas Bacilo gram negativo Grave Fibrose cística, bronquiectasia, neutropênicos, CTC Mycoplasma pneumoniae (atípicos) 5 a 20 anos Clínica: otalgia com vesículas na membrana timpânica (meringite bolhosa) – Sd gripal arrastado Anemia hemolítica por IgM (crioaglutininas) Steven Johnson, Raynaud, Guillen-barré Anaeróbios Infecções polimicrobianas peptostreptococcus; prestotella; fusobacterium Normalmente tem anaeróbios e aeróbios juntos. Tratar com Vancomicina ou Clavulin Nunca usar só metronidazol Fatores de risco dentes em mau estado( hálito fétido), abscesso dentário e macroaspiração (alcóolatras, sequelados neurológicos, disfagia) Evolução lenta *Após aspiração volumosa assistida, inicialmente haverá pneumonite química (Sd de Medelson). Logo, não precisa tto com ATB. Há de se acompanhar o pcte; no surgimento de sinais de infecção/pNM, tratar cobrindo infecção polimicrobiana (Vancomicina ou Clavulin) *Abscesso clindamicina por 3 4 semanas. Drenar se não melhorar em 5 dias ou > 8 cm Derrame Pleural na PNM Abscesso Pulmonar na PNM S. aureus S. aureus Pneumococo (mais comum) Anaeróbios S. pyogenes Pneumococo Sorotipo 3 Klebsiella Klebsiella Onde tratar? (CURB-65) Conscious Uréia Respiratory Rate Blood Pressure – 65 Ages 1 ponto para cada item 0 ou 1 ponderar tto ambulatorial. Sempre levar em conta se o pcte tem comorbidades, se o acometimento é multilobar, saturação, estado socio-econômico e psicossocial e se há capacidade de deglutição do medicamento 2 ou mais, enfermaria ou UTI Critérios maiores: necessidade de VM ou choque séptico Critérios menores: PaO²/FiO² < 200; acometimento multilobar; PSA , 90 ou PAD < 60 1 maior ou 2 menores, UTI Como tratar? *quase sempre Beta-lactâmicos e/ou macrolídeos Pcte sem comorbidades: Amoxicilina ou azitromicina; se suspeitar de atípica, escolher o segundo Comorbidades ou tratamento/internamento prévio dentro de 3 meses: cefalosporina de segunda + macrolídeo ou quinilonas respiratórias (moxi ou levofloxacino) Na UTI: cefalosporina de terceira + macrolídeo ou fluroquinilona (associação possíve, mas incomum ou “deselegante”) Derrame Pleural + PNM Puncionável perfil com altura maior que 5 cm Lawrell com altura maior que 1 cm > 20% do hemitórax *Se não correr no Lawrell (decúbito lateral?), USG. Se septado, pleuroscopia. *Derrame Parapneumônico difere de empiema, pois neste sai pus. Tirar dreno 1) melhora clínica 2) débito < 50ml/dia; 3) reexpansão pulmonar no Rx Pneumonia Nosocomial *após 48 de internação ou após 48-72 horas se PNM Adquirida em Vent. Mecânica Início precoce (48 a 96 horas) e sem fatores de risco para colonização prévia pneumococos, haemophylus, enterobacterias não Multi Drug Resistent Beta-lactâmico + inibidor da beta-lactamase (clavulin, Amp + Sulbactam) ou cefalo de terceira ou quinolona respiratórias Início Tardio (>= 5 dias) ou com FR para colonização S. aureus e P. aeroginosa, enterobacterias MDR, acinetobacter (PAVM) FR: ATB > 24 horas nos últimos 15 dias CTC ou imunopssupresão NeuroCx, VM prolongada SDRA ATB? Pergunta pro CCIH A priori, beta-lactamicos + inibidor da beta (Piperacilina + Tazobactam) ou Cefalo de quarta (cefepima) *Se for ESBL, carbapenêmicos *Se MRSA, linezolida, vancomicina, teicoplamina *KPC, polimixina B *Stenotrephomonas Maltophilia, Bactrim Aula 2 – HIV/AIDS *Trofismo pelo linfócito T CD4 Estrutura Envoltório: gp120 e gp41 Core (antígeno p24): RNA e enzimas de replicação Ciclo Viral Fusão: vírus (gp120/gp41) CD4 (receptor CCR5) RNA Viral em DNA: transcriptase reversa DNA Viral integrado ao da célula: integrase Formação da proteína viral: protease Transmissão Sexual: maior risco é o sexo anal receptivo Vertical (principal causa entre os portadores menores que 13 anos): intraúteo, parto (50 a 65% dos casos, amamentação Exposição sanguínea: drogas EV, transfusão, acidente com material biológico Perfil do paciente No início, o vírus era quase exclusivadade da comunidade homossexual masculina. Contudo, hoje em dia está em um processo de: Pauperização – taxas elevadíssimas na África subsaariana e sudeste asiático Interiorização Heterossexualização e feminização Aumento de casos na população acima dos 50 anos História Natural Infecção aguda Diminuição abrupta do nível de CD4 e carga viral alta Síndrome Retroviral Aguda: até 70% dos infectados podem fazer uma síndrome mono-like (faringite, rash cutâneo, adenomegalia) O aparecimento de anticorpos (soroconversão) se dá entre 4 e 10 semanas (Elisa 4ªgeração detecta com 22 dias, até onde eu lembro). O período entre a infecção e a soroconversão é chamado de janela imunológica. Latência clínica Inicialmente, após a recuperação da infecção aguda (sintomática ou não), tem-se uma CV baixa e valores subnormais de CD4. Com o passar dos anos (cerca de 8), a CV aumenta e o CD4 diminui até o surgimento de doenças e sintomas de AIDS (normalmente, CD4 < 200) O Set Point pode ser definido como o menor nível de Carga Viral obtida pela reconstituição imune após a infecção aguda. Quanto menor, maior o tempo até o desenvolvimento da AIDS (isso, é claro, considerando que não tratamos o paciente), ou seja, melhor o prognóstico Essa fase normalmente é assintomática, porém pode haver uma adenomegalia generalizada, normalmente indolor. Sintomática/AIDS Doença Precoce (sintomas B) AIDS (doenças definidoras Cândida Oral/Vaginal Esôfago e Vias Aéreas TB Pulmonar Extrapulmonar - Miliar Infecções Virais Herpes-zoster; Leucoplasia Pilosa (EBV) CMV e Vírus JC Neoplasia Ca de colo de útero in situ; displasia cervical Ca de colo invasivo; Kaposi; Linfoma NH Outras Angiomatose Bacilar (Bartonella hensalae*) NeutoToxo; Micose Disseminada; Pneumocistose; Reativação de Chagas *Mesmo agente da Dça Arranhadura do Gato Diagnóstico em maiores de 18 meses Resumindo, dois testes de anticorpo mais um teste de RNA viral: Primeiro, Elisa terceira ou quarta geração. Depois, se positivo, PCR. Por fim, se positivo, confirmar com mais um Elisa e conclui-se o diagnóstico. Se o PCR negativo, tirar a prova dos 9 com um Western Blot Ou dois testes rápidos num primeiro momento. Ambos positivos, PCR. Se positivo, fecha-se o diagnóstico. Se negativo, Western Blot novamente. Diagnóstico em menores de 18 meses Duas amostras de RNA viral Não adianta procurar anticorpos, pois podem ser da mãe (falsos positivos) Terapia Antiretroviral (TARV) Indicações Tem de ser oferecidos a todos HIV + no momento do diagnóstico, pois há benefício para a comunidade (diminui a transmissão); não se sabe se há benefício individual, para o paciente. Se sintomáticos, indicar tto!! Se CD4 < 500, indicar tto!! Se CD4 > 500 e hepatite pelo vírus B com incação de tto, tratar HIV concomitantemente (uma vez que certas drogas – TDF, 3TC – tratam ambas infecções) Considerar tratar se CD 4> 500 e: Comorbidades cardiovasculares; CV > 100.000; HCV; Neoplasia com indicação de QT e RxT Gestantes, independente da CV ou IG, tratar!! Categorias de medicações Inibidores da Transcriptase Reversa (ITR) Nucleosídeos: AZT, 3TC, TDF Não nucleosídeos: EFZ, NVP Inibidores da Protease (IP) ...Navir Inibidores da Fusão (CCR5 é o alvo); Inibidores da Integrase Primeira linha de tratamento TDF, 3TC e EFZ Gestante AZT, 3TC e LoPinaVir/r Efeitos Adversos IP – lipodistrofia e diarréia (sobretudo o ritonavir); Efavirenz (a terceira droga) – sintomas de SNC (52%) pode dar depressão, tontura (1 a duas horas dps de tomar o remédio), sonolência, sonhos vivos, dificuldade de atenção (sintomas piores no início, abrandando ao longo de 2-4 semanas). Faz rash cutâneo (26%). E é teratogênico (classe D). Tem meia-vida mais longa, então pode atrasar um pouco; Atazanavir (icterícia sem importante clínica) faz interação com omeprazol, aumento de hiperbilirrubinemia indireta sem afetar o fígado; AZT faz anemia – geralmente nos 3 primeiros meses. Faz quase sempre macrocitose (VCM aumentado), sendo marcador de aderência. Faz também lipodistrofia (corcova de búfalo, perde a gordura de bichat, perde bunda); Faz miopatia (dosar CPK). TDF faz disfunção renal em 1% dos pctes; Abacavir – reação de hipersensibilidade (8%) apenas nos pctes HLA-B 5701: mal estar, febre, sintomais GI, letargia e sintomas respiratórios; 3TC – sem efeitos colaterais; Nevirapina: rash e hepatotixicidade – usar apenas em nadir de CD4 < 250 em mulheres e < 400 em homens, pelo risco de hepatite medicamentosa Trocas TDF por AZT se houver nefropatia prévia EFZ por NVP se hx de dças psiquiátricas ou gestação. Lembrar da necessidade do Nadir para uso da NVP NVP por Lopinavir/ritonavir. Profilaxia pós-exposição (percutânea, mucosa, pelenão-integra) Material é infectante? Sangue, secreção genital, líquidos compartimentas são! Saliva e suor não são!! Analisar envolvidos (teste rápido) Acidentado TR positivo ou pcte fonte TR negativo sem profilaxia Paciente fonte positivo ou fonte desconhecida profilaxia Idealmente, começar < 2 horas. Não fazer se passadas mais de 72 horas. Duração da profilaxia é de 28 dias TDF, 3TC e ATV/r (Atazanavir – hiperbilirrubinemia indireta) AIDS – Manifestações Sistêmicas e Profilaxia Primária Principais sítios: respiratório, neurológico e TGI RESPIRATÓRIO Doenças Risco Clínica e Exames Tratamento Pneumocistose (P. jiroveci) CD4 < 200; presença de candidíase aumenta o risco Arrastada: tosse seca; LDh > 500. Rx: infiltrado bilateral, sem derrame e adenopatia hilar Bactrim por 21 dias. Se PaO² < 70, indicando inflamação na membrana alvéolo capilar, associar CTC TB (M. tuberculosis) Qualquer CD4 Arrastada: derrame pleural, tosse seca ou produtiva. CD4: > 350, pulmonar/ápica; < 350 disseminada/miliar RIPE. Iniciar TARV após 2 semanas ou, em caso de meningite por TB, 8 semanas. Isso para evitar que a Sd da Reconstituição Imune causa um processo inflamatório muito intenso na meninge Kaposi (HHV-8) CD4 abaixo de 500; receptor anal Pele: nódulos vasculares; Rx: infiltrado bibasal Tto com Rxt, criocirurgia, QT Profilaxias Pneumocistose CD4 < 200/AIDS/Candidíase Oral Bactrim até CD4 > 200 mantidos por 3 meses TB Se PPD > 5 m; Rx com cicatriz; Contactante com TB... Não importa o CD4, Isoniazida por 6 meses (tto com Infecção Latente da TB) TRATO GASTROINTESTINAL Doenças Clínica e Exames Tratamento Candidíase Oral Pseudomembrana (placa esbranquiçada removível), eritema, queilite angular Nistatina VO Esofagite Cândida: candidíase oral + disfagia/odinofagia; tto com fluconazol. CMV: úlceras profundas em esôfago distal (pode perfurar); tto com ganciclovir. Herpes Simples: úlceras rasas; tto com aciclovir. Diarréia Crônica Diarréia aquosa prolongada; dor abdominal; febre. Criptosporídeo (+ comum), tto com Nitazoxanida. Isospora (eosinofilia), tto com bactrim NEUROLÓGICO Doenças Risco Clínica e Exames Tratamento Meningite Criptocócica (Criptococose por C. neoformans) CD4 < 100 Febre, cefaléia, confusão, raros sinais meníngeos. PL: cora com tinta nanquim (ou da China); cultura; PCR. Anfo B por 2 semanas. Depois, substituir por fluconazol Neurotoxoplasmose (T. gondii) CD4 < 100 HIC convulsão; déficites focais (paresia). TC: lesão com captação anelar de contraste; edema perilesional. Toxo: múltiplos; linfoma, única. Tratar NeuroToxo como teste terapêutico para diferencias as entidades Sulfadiazina + Pirimetamina + Ác. Folínico* (ácido fólico ativado) Linfoma Primário de SNC (EBV) CD4 < 50 Paliativo: RxT + CTC para diminuir os sintomas de HIC LeucoEncefalopatia Multifocal Progressiva (LEMP) - Vírus JC CD4 < 100 Vários distúrbios focais se acumulam (def. visual + def. auditivo + def. motor, p. ex). RNM hiperintensa em T2 Sem tto específico. Otimizar TARV *Tratar com Ác. Fólico é inútil, pois não será ativado Profilaxias Toxoplasmose CD4 < 100 e IgG + Bactrim até CD4 > 200 mantidos por 3 meses Complexo Mycobacterium Avium CD4 < 50 Macrolídeo até Cd4 > 100 mantidos por 3 meses Aula 3 – Infecções Bacterianas Endocardite (infecção do Endotélio) Endocardite Aguda: clínica < 2 semanas (drogadição EV ou lesão de pele) – agente: S. aureaus Endocardite Subaguda: quadro arrastado – agentes: S. viridas e Enterococos Fisiopatologia Bacteremia + lesão cardíaca prévia S. aureus não precisa de lesão cardíaca; pode acometer coração saudável Etiologia Válvulas nativas S. viridans (quadro subagudo) é o agente mais comum Enterococcus faecalis e faecium (quadro subagudo) Streptococcus bovis (quadro subagudo). Pedir colono, pois é relacionado a lesões colônicas (não só AdenoCa, mas DII, pólipos – lembrar do caso do Learning Radiology) S. aureus (quadro agudo) e fungos (quadro subagudo). EM usuários de drogas EV; fazem vegetações grandes; embolias sépticas Grupo HACEK (quadro subagudo): demoraram para crescer na cultura e demandam culturas diferentes Válvulas mais acometidas 1) Mitral 2) Aórtica 3) Mitro-aórtica 4) Válvulas à direita (na drogadição, normalmente é a tricúspide; agentes: S. aureus, pseudomonas e candida) Dx (critérios de Duke) Tto empírico Válvula Nativa (S. aureus; S. viridas; Enterococcus) Oxacilina + Penicilina + Gentamicina, respectivamente Drogas EV (MRSA ? e Pseudomonas) Vancomicina e Gentamicina Válvulas Artificiais > 1 ano pós Cx igual nativa < 1 anos (considerar infecções cirúrgica – S. epidermidis e S. aureus) Vancomicina + Gentamicina + Rifampicina (VO – para evitar resistência à Genta, mais comum abroad) Tto cirurgico – Indicações ICC III e IV com disfunção mitral ou aórtica Endocardite em prótese instável Endocardite fúngica Profilaxia *apenas p/ pacientes e procedimentos de alto risco; não fazer em procedimentos de TGI e TGU Pacientes Válvulas artificiais EI prévio Transplantados cardíacos com valvulopatias Algumas dças cardíacas congênitas Procedimentos Dentário Trato respiratório (cx de amígdala, adenóide, Bx de mucosa) Bx de pele ou músculo infectado Medicamentos Amoxicilina 2g VO ou Cefalosporina EV 2 horas antes do procedimento EM caso de alergia, ou Clindamicina VO, IM ou EV ou Macrolídeo VO Meningites *Infecção do espaço subaracnóide Fisiopatologia Aquisição e colonização orofaríngea INVASÃO HEMATOGÊNICA Etiologias – microbiologia: Diplococos Gram Negativos Neisseria meningitidis Diplococos Gram Positivos Pneumococo Bacilos Gram Negativos Haemophilus Bacilos Gram Positivos Listeria monocytogenes Etiologias – por faixa etária: Neonatos (E. coli; S. agalactiae; Listeria monocytogenes) Tto com Cefotaxima + Ampicilina (Esta para Listeria) 4 semanas a 3 meses (o anteriores + pneumococo e Haemophilus) Tto com Ceftriaxona + Ampicilina 3 meses a 55 anos (meningococo e pneumococo) Tto com Ceftriaxona + Vancomicina (abrod, pela resistência) Após 55 anos, gestante e imunissuprimidos (anteriores e Listeria) Tto com Ceftriaxona + Vancomicina + Ampicilina Após NeuroCx, Infecções de DVE ou DVP (S. aureus, S. epidermidis; pseudomonas; enterobacteria e listeria Tto com Cefepime + Vancomicina + Ampicilina Após TCE, fístula liquórica (pneumococo, outros estreptococos) Tto com Ceftriaxona + Vancomicina *Ceftriaxona faz Kernicterus em RNs Clínica 3 Síndromes: 1) toxêmica; 2) Irritação Meníngea; 3) HIC Febre, cefaléia, rigidez de nuca (à exceção dos RNs), diminuição do nível de consciência (75%), vômitos, fotofobia, BRUDZINSKI, KERNIG, LASÉGUE, convulsões (20 a 40%), SIADH (40%) Doença Meningocócica Meninite (55%) melhor prognóstico Meningite + Meningococcemia (30%) Meningococcemia (15%) pior prognóstico Complicações para a prova Da meningococcemia: Sd de Waterhouse-Fridrechsen destruição hemorrágica das adrenais (sepses pro pseudomonas também causam essa Sd) Da meningite por pneumococos: efusão subdural em RN e lactentes Meningite por meningogoco é a de melhor resposta, cursando com menos sequelas. Já haemophilus (surdez neurossensorial) e pneumococo (epilepsia, cegueira, surdez, retardo) deixam suas marcas Dx Líquor (infecção no sítio da punção é a única CI absoluta TC antes da PL se: 1) convulsão; 2) papiledema; 3) déficit focal; 4) imunodeprimidos PUNÇÃO LOMBAR NA MENINGITE Etiologia Celularidade Glicorraquia (NL: 2/3 da Glicemia) Bactéria Aumentada às custas de PoliMorfoNucleares Baixa Bactérias pós ATB ou Evírus 9 ou Caxumba Aumentada às custas de PoliMorfoNucleares Normal Neurocripto (ou outros fungos) ou TB Aumentada às custas de LinfoMonoNucleares Baixa Viral (asséptica) Aumentada às custas de LinfoMonoNucleares Normal Tto Os ATBs descritos acima + Dexametasona 10 mg EV de 6/6 horas por 4 dias Evidência científica do uso de CTC só há para haemophilus e pneumococo, mas é usado em toda meningite 30 minutos antes da 1ª dose de ATB. Se > 6 horas após ela, deixa quieto Profilaxia *apenas para Haemophilus e meningococo Para os: 1) familiares e íntimos (escola, creche) – precisa de 4 horas por dia por 5 a 7 dias; 2) profissionais de saúde que tenham intubado ou feito aspiração de VAS sem máscara Usar: rifampicina 600mg 12/12 hrs por 2 dias ou Ceftriaxona 250 mg IM (gestante) ou Cipro VO 750 mg VO Manter pcte em isolamento respiratório por 24 horas com precaução de gotícula, ou seja, dentro de 1 metro de raio, o profissional ou parente tem de usar máscara. Aula 4 – Síndromes Febris Dengue Arbovirose vírus transmitidos por artrópodes Vetor Aedes aegypti (Brasil) Aedes albopictus (Ásia; no Brasil não transmite) Agente etiológico DEN 1: era o + comum. DEN 2 e DEN 3: os + graves. DEN 4: voltou a circular em 2010 (> 50% dos casos de 2013). DEN 5: malásia em 2013 – não se sabe se é patogênico *A cura da doença cria imunidade duradoura para cada subtipo Classificação Dengue Sd Febril (até 7 dias pelo Mozart; até 5 dias pelo NEJM) + 2 desses PROBLEMAS: Petéquias – Rash – OrBital (dor) – Leucopenia – Êmese – Mialgia – Artralgia – “Sefaléia” *Na Chikungunya há mais artralgia e mialgia e a febre pode durar até 14 dias Dengue com sinais de alarme (internar) Disfunção leve de órgão (TGI ou neurológica) Dor abdominal intensa e contínua Vômitos persistentes Hepatomegalia > 2 cm Letargia ou irritabiliade Plaquetopenia (se menor que 20.000, mesmo sem sgto, internar) Sangramento de mucosas Aumento da permeabilidade vascular Aumento progressivo do hematócrito Hipotensão postural (lipotímia) PA sentado e em pé Derrame pericárdico, pleural e peritoneal Dengue grave Choque (3Ps): pressão, pulso e periferia Diminuição da PA ou PA convergente (diferença entre S e D < 20 mmHg) Pulso fino e rápido TE capilar > 2 segundos; extremidades frias Sangramento grave: hematêmese, melena e em SNC Disfunção orgânica grave: encefalite, hepatite (AST e ALT > 1.000), miorcadite Diagnóstico Até 5 dias de evolução Procurar vírus: Isolamento viral ou Antígeno NS1 Mais de 5 dias Procurar anticorpo: Mac - ELISA IgM Quando solicitar Sem epidemia vigente SEMPRE Durante epidemias: nos pctes B, C eD e na dúvida diagnóstica *No papel de gestor de sáude, que medidas tomar diante de uma epidemia: 1) treinar a equipe; 2) facilitar acesso ao atendimento médico CONDUTA NA DENGUE Paciente A B C D Apresentação Sem alterações Sgto de Pele; Laço +; Comorbidades; extremos de idade; gestantes Sinais de Alarme Choque Local Atenção Primária Ambulatorial Atenção Secundária (leitos de Observação) Atenção Terciária (Enf.) Atenção Terciária (UTI) Conduta Hidratação VO 80ml/kg/dia Se Ht normal, Ambulatorial; Se Ht aumentar em 10% ou > 44% ou 50% (homem), hidratação VO supervisionada ou EV Hidratação EV 20ml/Kg/Hr 2x Hidratação EV 20ml/Kg/20 min3x Se melhorar, 25 ml/kg por cerca de 6 a 8 horas. Se não melhorar, colóide. Contudo, professor não usa. Raciociona igual ao queimado: haverá saída do colóide devido ao aumento da permeabilidade vascular e perda de volume intravascular *No quarto dia, a febre tende a ceder e aí a doença decidirá: ou paciente melhorae se curá em defenitivo ou piora mesmo sem febre. Orientar o pcte a prestar atenção nesse período. Prova do laço: 1) quadrado de 2,5 cm em antebraço; 2) manguito por 5minutos na pressão entre PAS e PAD. Positivo no adulto se > 20 petéquias; na criança (3 minutos de manguito), > 10 petéquias Febre Amarela Vetor da forma silvestre: haemagogus e Sabethes Vetora da forma urbana (erradicada a – forma – do BR desde 194: Aedes aegypti *Reservatórios: macacos (sagui). Ou seja, nunca será erradicada Clínica 90% autolimitadas (dengue + Sinal de Faget) 10% forma grave, de letalidade de quase 50% Insuf. Hepática + Hemorragia + Insuf. Renal Dx e Cd são “iguais” aos da dengue *VHS próximo a zero também! Prevenção: vacina!! 10 dias antes da viagem OMS afirma que basta1x na vida; MS manda fazer de 10 em 10 anos. A nossa Epidemio disse que o MS afirma que, se feita duas vezes na vida, tá imune. Leptospirose (principal causa de Sd Pulmão-Rim no Brasil) Agente: Leptospira interrogans (“mora” no rim do rato) Transmissão: contato com a urina do rato. A espiroqueta atravessa pele íntegra Incubação de 1 a 30 dias, com média de 5 a 14 Formas Anictérias (90% dos casos) Fase leptospirêmica (até 7º dia): Sd febril + mialgia importante. Dor na panturrilha e Sufusão Conjuntival (o sinal mais característico; decorre da vasculite) são sugestivos Fase imune (após o 7º dia): meningite asséptica + uveíte Ictérico-hemorrágicas (10%) Do quarto ao nono dia, piora do quadro (Dça de Weil). Icterícia rubi + Hemoptise + Insuf. Renal (NIA) com hipokalemia (junto à nefroesclerose hipertensiva maligna e a IRA por anfotericina e aminoglicosídeo) Ou seja, Dça de Weil: icterícia + Sd pulmão-rim Principal causa de óbito: capilarite pulmonar Dx Inespecífico: plaquetopenia + aumento de CPK + IRA com hipokalemia Específico Cultura (sangue, urina, PL): 50% positivam Microaglutinação (após 2ª semana): Golden-Standard Cd: notificar Casos leve ou profilaxia: Doxiciclina ou Amoxicilina (lembrar do concurso) Casos graves: penicilina cristalina + diálise Febre Tifóide Agente: Salmonella typhi – Gram Negativo Entérico Fisiopatologia: consumo de água ou alimento contaminado com alta carga de bactérias e ou hipocloridria. Chegando ao intestino, tem tropismo pela placa de peyer, onde a bactéria é fagocitada e levadao a todo o sistema reticular (baço, fígado, MO) pelo macrófago. Por fim, gosta de se alojar na vesícula biliar, sendo detectada nas fezes seja na infecção aguda seja nos portadores assintomáticos. A hipocloridria é um fator importante para permitir a infecção pela bactéria (pctes idosos, usuários de IBP, anemia perniciosa) Tropismo pela Placa de Peyer Clínica 1ª semana (fase bacterêmica) Sd Febril + Faget + diarréia ou constipação 2ª e 3ª semana (fase hiperreativa) Piora da febre (> 40ºC), dor em FID Roséolas tifóides – 30% Estado tifóide (confuso, “nublado”) – 15% HEMG 4ª semana (fase de convalescência) Diminuição da febre; o paciente vai melhorando Complicações intestinais (10-15%) Perfuração ileal é a mais grave Sangramento é o mais comum *Portador Crônico (Mary Typhoide) – 3 a 5% multiplicação na vesícula biliar. Risco para tanto: mulheres; alteração em anatomia de VvBb; colelitíase; ITU por Schistosoma haematobium. Tto do carreador crônico: Amox (6 semanas) ou Cipro (4 semanas). Lembrar que nem todas coproculturas irão positivar Dx Inespecíficos: leve desvio para esquerda + linfomonocitose relativa com leucopenia paradoxal VHS normal (próximo a 0) paradoxalmente somando à clínica, bastante sugestivo TGO, TGP e CPK aumentados Específicos (depende da semana) 1ª semana Hemocultura + em 75 a 90% 2ª semana para frente Coprocultura + em 40 a 60% Mielocultura (90%) + sensível. Positivam mesmo depois de ATB Biópsia do Rash ou da placa de peyer Sotologias/PCR Tto MS: cloranfenicol Na vida real: Ceftriaxona ou Cipro por 10 dias Se choque ou alteração no nível de consciência, associar CTC 3 coproculturas com intervalos de 1 mês para avaliar estado de portador crônico Profilaxia Vacina é pouco imunogênica 1) contato com esgoto 2) viagem para áreas endêmicas (Índia Calazar (Leishmaniose Visceral) Agente etioógico: leishmania chagasi Vetor: Lutzomyia longipalpis Reservatório pós-urbanismo: cachorros Clínica Patogenicidade baixa; maioria sequer adoece Pctes com baixa imunidade celular baixa (Th1): AIDS, desnutrição Disseminação arrastada para fígado, baço e medula Febre, HEMG, pancitopenia, VHS e PCR aumentados *Achado clássico é de hipergammaglobulinemia e hipoalbuminemia associados (devido à manutenção da imunidade humoral normal (Th2). Essa mudança no padrão de síntese protéica é vista, mais comumente, em neoplasias (pico monoclonal no MM). Por isso, o Calazar é o câncer infeccioso Dx 1) parasitológico Aspirado de MO (+ usado) – sensibilidade de 70% Punção esplênica (+ sensível) – sensibilidade de 95% 2) sorologia (imunofluorescência, ELISA, PCR) Tto Antimonial Pentavalente (Glucantine). Apresenta toxicidade cardíaca: aumenta QT, podendo desencadear Torsade de Pointes Anfotericina B em: gestante, HIV, DRC*, transplantados*, pctes graves** e refratários ao antimonial *Anfotericina B lipossomal, uma vez que não é nefrotóxico nem interage com imunossupressores (e para pctes graves com mais de 50 anos tbm) **Graves: idade < 6 meses ou > 65 anos, desnutrição grave, comorbidades, icterícia, hemorragia, anasarca ou toxemia. Malária Vetor: Anopheles sp Agentes etiológicos Plasmodium vivax (febre terça): o agente mais comum no Brasil Plasmodium falciparum (febre terça): faz a doença mais grave Plasmodium malariae (febre quartã): o agente + raro e faz Sd Nefrótica Plasmodium ovale: no Brasil, apenas se importado 3 conceitos sobre o ciclo 2 etapas: hepática e eritrocitária (a lise das hemácias faz a febre) No mosquito, temos o ciclo assexuado; no homem; o assexuado Forma hipnozoíta (ovale e vivax): pode reativar a doença após anos; essas forma demanda tratamento específico (primaquina) Clínica Anemia hemolitica + crises febris Pq o falciparum é o mais grave?! Maior parasitemia infectam as hemácias de todas as idades Apresentam as proteína de aderência, que causam obstruções e, consequentemente, disfunção orgânica Hipercatabolismo pelo parasita: hipoglicemia e acidose lática Dx Gota espessa é o exame de escolha, mas demanda bastante qualificação do examinador Portanto, o teste rápido é o exame preferencial em áreas não endêmicas, devido à inexistência de examinador para gota espessa Tto P. vivax: Cloroquina + Pramaquina (esta mata o hipnozoíta, mas é CI na gestação) P. falciparum: Artesunato + Clindamicina Aula 5 – Parasitoses Intestinais *Nem todas cursam com eosinofilia *Clínica variada: desde assintomático a diarréia e déficites focais *Nem sempre o parasitológico de fezes é o exame indicado *Mebendazol não trata todas *Albendazol cobre todos os helmintos + Giárdia (se por 5 dias, 400 mg/dia) *Nitazoxanida (Annita), em teoria, trata tudo sim *Maioria assintomática; mesmo assim, tratar para proteger a comunidade PARASITOSES Protozoários Helmintos Entamoeba hystolitica Nematelmintos Giardia lamblia Ascaris; Ancyslostoma; Necator AIDS Isoporo bili Estrongiloides; Trichuris; Enterobius Cryptosporidium Platelmintos Sd Febris Plasmodium Schistossoma Leishmania Taenia Síndrome de Löffler (Ciclo pulmonar de nematelmintos): Tosse seca, infiltrado pulmonar migratório, eosinofilia Mnemônico SANTA – você leu NASA no Medscape – sem T. canis Strongyloides stercoralis Ancylostoma duodenalis Necator americanus Toxocara canis Ascaris lumbricoides Entamoeba hystolitica e Giardia lamblia (unicelulares; logo, sem ovos) - trofozoíta Ciclo: ingesta do cisto trofozoíta no intestino cisto nas fezes *Cisto é a forma para sobreviver em condições adversas (leia-se, fora do corpo) Não causam eosinofilia Tto com “...Nidazol” Amebíase Habitat: cólon. Faz colite (lembrar do caso da LiADD; aquele senhor) e apresenta capacidade de invasão Formas clínicas Intestinal: diarréia aguda (podendo ser disenteria) ou crônica; faz DxD com GECA. E aumento da espessura colônica, podendo ser palpável inclusive (ameboa). Dx: Exame Parasitológico de Fezes (EPF) Extra-intestinal: abscesso hepático amebiano (homem jovem e abscesso único). Dor em QSD; febre; Sinal de Torres-Homem (dor à percussão no gradil costal direito). HMG com neutrofilia e desvio a E. Dx: Imagem (na TC: “líquido achocolatado; pasta de anchova”) + Elisa (uma vez que houve invasão). *Pode fazer abscessos em outras topografias. Tto Leve Secnidazol em dose única Forma grave/extra-intestinal: metronidazol 750mg 3x/dia por 10 dias Atenção: TECLOSAN erradica formas intraluminais! E as outras amebas (Entamoeba coli, Iodamoeba butschili, Endolimax nana)? Não tratar!! São comensais Giardíase Habitat: delgado. Não invade; atapeta e causa leve inflamação do delgado! Doença não conhece classe econômica, pois é resistente à cloração da água Diarréia alta não invasiva; má absorção e atrofia de vilosidades. DxD: Celíaca; Whipple. Dx: EPF / aspirado duodenal Tto: Tinidazol ou 5 dias de Albendazol Helmintos Ciclo: ingesta de ovos larva verme (intestino) ovos nas fezes Causam eosinofilia Tto com ...bendazol; se platelmintos, praziquantel Ascaris lumbricoides (Ascaridíase) Habitat: delgado A larva faz o ciclo pulmonar antes de virar um verme adulto (Loeffler) Pode invadir a ampola de Vater e fazer cólica biliar, pancreatite (parasitismo errático) Clínica Sintomas intestinais inespecíficos Suboclusão intestinal por bolo de ascaris - pediatria Dx: EPF Tto: bendazol ou levamisol ou Pomoato de Pirantel. Se suboclusão intestinal: SNG + hidratação + Piperazina (bloqueador neuromuscular do parasita) + óleo mineral. Após eliminação: bendazol. Toxocaras canis (Toxocaríase – Larva Migrans Visceral) Cão é o hospedeiro definitivo; humanos (cças normalmente) são hospedeiros acidentais (ingesta de ovo) – lembrar do pacientinho autista do House e do Caso do NEJM (gestante com endocardite de Loeffler (eosinofílica) + micro-AVCs por êmbolos; cursou com febre e cefaleia intensa) Clínica: Hepatomegalia, ciclo pulmonar, eosinofilia (a mais alta). Tudo menos diarréia – catch para o Dx. Dx: sorológico, já que não encontramos no intestino Tto: albendazol (5d) + CTC se acometimento sistêmico, inflamatório. Doença, contudo, auto-limitada – lembrar que não somos o hospedeiro definitivo; “este verme não se cria na gente” Ancylostoma duodenalis e Necator americanus (Ancilostomíase) – Jeca Tatu, do Monteiro Lobato Hematófagos, fazem anemia hipo/micro Habitat: delgado Geo-helmintos (ou seja, precisam do solo para completar o ciclo): o ovo eclodido no solo dá luz a uma larva rabditóide (não infectante), que se transforma em filarióide (infectante), que invade a pele. Logo, a transmissão não é fecal-oral! Profilaxia: dejetos no lugar de dejetos; calçados. Clínica: intestinal inespecífica, Sd de Loeffler, Eosinofilia, Anemia ferropriva Tto: albendazol Strongyloides stercoralis (strongiloidíase) Habitat: delgado Fêmea não precisa do macho para botar ovo Geo-helminto: único parasita em que se elimina a larva (rabditóide). Ela, no solo, vira filarióide e infecta o homem. Contudo, a larva rabditóide pode virar filarióide também no intestino e causar autoinfestação (com alto risco de sepse devido à translocação bacteriana e óbito). O que impede é o sistema imune. Eis aqui a razão de que, antes de terapia imunossupressora com corticóide, é administrada Ivermectina. Clínica: lesão cutânea (larva currens) extremamente pruriginosa; Sd de Loeffler; duodenite*; autoinfestação, fazendo a forma dissemina e séptica. *Parasitose de delgado podem cursar com dispepsia – strongyloides é a que mais causa; giardíase a segunda. Dx: EPF (Baermann-Moraes para a larva) Tto: ivermectina, cambedazol, tiobendazol Schistosoma mansoni (esquistossomose) Parasita de vasos mesentérios Ciclo: ovo miracídio caramujo cercária pele vasos mesentéricos. As cercárias botam ovo no reto, que pode ter um destes três destinos: 1) lúmen retal; 2) parede do reto; 3) sistema porta. Aqui, fazem granulomas, causando a hipertensão portal intra-hepática pré-sinusoidal. Clínica: Aguda: dermatite cercariana + febre de Katayama: Febre, sudorese, mialgia, HEMG, adenomegalia, eosinofilia. Quadro parecido com a Toxocaríase, mas sem acometimento pulmonar. Diferenciar também pela anmnese. Crônica (formação dos granulomas): Hipertensão porta; hipertensão pulmonar; forma neurológica (mielite). Dx: EPF (só após 40 dias) – Lutz-Katz; Bx retal (maior sensibilidade); sorologia para forma aguda. Tto: Praziquantel, Oxaminique Enterobius vermiculares (enterobíase ou oxiuríase) Prurido anal noturno (corrimento vaginal em meninas). Dx: fita gomada (Graham) Tricuríase/Tricocefalíase (Trichuris trichuira) Prolapso retal T. solium/saginata (Teníase) Ingesta de carne mal cozida com cisticercos (larvas) Tto: praziquantel *solium: se houver ingesta de ovos, cisticercose (neurocisticercose) microcalcificações cerebrais à TC e crise convulsiva.
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