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Gestão da Cadeia de Suprimentos_Aula 8 - Gerenciamento de Depósitos

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29/05/2020 Disciplina Portal
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Gestão da Cadeia de
Suprimentos
Aula 8 - Gerenciamento de Depósitos
(Centros de Distribuição)
INTRODUÇÃO
A nossa aula hoje vai se referir a armazenagem, o que a gente chama também de centro de distribuição na
logística atual, e dentro de uma visão tradicional também nós sempre pensamos que um armazém é para
guardar estoques e hoje com o pensamento integrado da cadeia de suprimento, o centro de distribuição tem
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várias funções. Por exemplo: o centro de distribuição dos supermercados é para separar produtos e entregar, nas
grandes redes não tem estoques é o que vai chamar de pro, é a separação de produtos para entrega. Até as
transportadoras também tem centro de distribuição para separar produtos por destino. Então, se é distribuição,
ele se distingue estrategicamente armazenar produtos, a guardar estoques porque isso é uma coisa muito cara.
Essa é a função dos CDs, tanto que eles usam diversas tecnologias, também tem vários softwares de
armazenagem para gerenciar um centro de distribuição percorrendo todos os seus processos para isso
acontecer rapidamente. Desde o recebimento dos produtos até a expedição, tanto que vocês vêem por aí
verdadeiras redes de centro de distribuição para fazer esse processo de entrega do produto até ao cliente, então
nós temos o centro de distribuição é de vital importância para uma rede logística.
OBJETIVOS
Entender os conceitos de estocagem na Cadeia de Suprimentos.
Entender os princípios operacionais da armazenagem.
Compreender o papel e as estratégias de armazenagem.
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Uma questão básica do gerenciamento logístico é como estruturar sistemas de distribuição capazes de atender
de forma econômica os mercados geogra�camente distantes das fontes de produção, oferecendo níveis de
serviço cada vez mais altos em termos de disponibilidade de estoque e tempo de atendimento. Neste contexto, a
atenção se volta para as instalações de armazenagem e como elas podem contribuir para atender de forma
e�ciente as metas estabelecidas de nível de serviço.
CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO
De acordo com a Associação Brasileira de Logística (Aslog), o Centro de Distribuição (CD) é um armazém que
tem por objetivo realizar a gestão dos estoques de mercadorias na distribuição física. Em geral, este armazém
recebe cargas consolidadas de diversos fornecedores. Estas cargas são então fracionadas com intuito de
consolidar os produtos em quantidade e variedade corretas, para depois serem encaminhadas aos pontos de
venda, ou em alguns casos aos clientes �nais.
SISTEMAS SEQUENCIAIS OU ESCALONADOS
Na estrutura escalonada ou indireta, a empresa possui um ou mais armazéns centrais e um conjunto de centros
de distribuição avançados, próximos aos clientes.
Atenção
, Percebe-se que os centros de distribuição avançados destinam-se a produtos com elevado giro de estoque, baixa
amplitude de vendas, alta perecibilidade, demanda empurrada e com baixo grau de obsolência, justi�cando a localização de
estoques próximos aos clientes, ou seja, uma estrutura descentralizada de distribuição.
SISTEMAS DIRETOS OU ESTRUTURAS DIRETAS
Já nas estruturas diretas, a empresa possui um ou mais armazéns centrais, nos quais os produtos são expedidos
diretamente para os clientes.
As instalações intermediárias típicas de um sistema de distribuição direta ou centralizado, destinam-se a
produtos com um menor giro de estoque, maior sazonalidade, alta amplitude de vendas, maior risco de
obsolência, ou seja, que envolvem um maior risco quanto à previsão de sua demanda, justi�cando-se, portanto, a
prática de postergar ao máximo o envio dos produtos.
Os sistemas de distribuição diretos podem também utilizar instalações intermediárias, não para manter estoque,
mas para permitir um rápido �uxo de produtos, aliado a baixos custos de transporte. São os sistemas
denominados: transit point, cross docking e merge in transit.
Transit Point
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Cross docking
Merge in transit
SISTEMAS FLEXÍVEIS
Os denominados sistemas �exíveis são os que combinam as vantagens da estrutura escalonada com as do
sistema direto. Nestes sistemas, materiais ou produtos de grande saída permanecem em depósitos avançados,
enquanto que outros itens de maior risco, ou de maior valor, podem ser armazenados em um local central para
serem distribuídos diretamente aos consumidores.
Cross Docking
As instalações que operam com o cross docking recebem carretas completas de diversos fornecedores e
realizam, dentro das instalações, o processo de separação de pedidos através da movimentação e combinação
das cargas (ou não), transferindo-as da área de recebimento para a área de expedição, sem colocar em estoques.
As carretas partem então, com a carga completa formada pela combinação de diversos fornecedores,
principalmente para lojas de rede.
Sistemas Diretos - Transit Point
É um Centro de Distribuição localizado de forma a atender a uma determinada área de mercado, distante dos
armazéns centrais, e opera como uma instalação de passagem, recebendo cargas consolidadas e as separando
para entregas locais, sem formar estoques. É um sistema muito usado por empresas transportadoras. Os
produtos recebidos já têm os destinos de�nidos, ou seja, já estão previamente destinados aos clientes e podem
ser imediatamente expedidos para entrega local.
Atualmente, com o aumento da competitividade, diversas empresas, em segmentos bastante diferentes, vêm
fazendo uso dos CD’s, pois esses Centros passaram a ser considerados estratégicos para as empresas, por dois
motivos:
1. Porque através da utilização de CDs, é possível atender mais rápido ao cliente, garantindo sua �delidade e
melhorando o nível do serviço.
2. Porque empresas que desejam ter cobertura nacional, em países como o Brasil, precisam de pontos de apoio
estrategicamente localizados, para assegurar a e�cácia na entrega dos produtos.
Comentário
, Outro fato importante com relação aos CDs é que nos últimos anos, com a consolidação dos operadores logísticos no
cenário nacional, os CDs saíram do papel secundário que tinham até então e passaram a fazer parte da estratégia logística
das empresas nacionais (Almeida, 2004), visto os inúmeros benefícios de se ter CDs compartilhados.
Segundo Lima (2002), os armazéns de produtos acabados, antes gerenciados pelas próprias indústrias, deram
lugar aos CD’s, visto que eles têm como principal desa�o atender corretamente à crescente demanda de pedidos.
Esta demanda vem aumentando devido à maior variedade de produtos e à necessidade de melhor atendimento
ao cliente.
É possível observar também um aumento na frequência de atendimento, pois o número de entregas diretas ao
consumidor vem crescendo muito, com a utilização cada vez maior da Internet e das vendas por catálogo e pelo
telemarketing. Como resposta, os responsáveis pelos CD’s vêm investindo em tecnologias que permitem reduzir
o tempo de atendimento ao cliente e simultaneamente aumentar a sua produtividade.
Os CD’s transformaram-se em pólos geradores de carga, portanto devem �car em área de fácil acesso e com
infraestrutura adequada ao tipo de operação a ser executada. Desta forma, sua localização é de extrema
importância, tanto para a velocidade da operação como para a qualidade do serviço prestado e a infraestrutura
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deverá estar associada diretamente com as necessidades especí�cas dostipos de produtos envolvidos.
Segundo observa Lacerda (2000), além da melhora no atendimento, os CD’s permitem uma redução no custo de
transporte, já que operam muitas vezes como consolidadores de carga. Isto signi�ca que um CD, utilizado por
diversos fornecedores, permite que estes realizem as transferências entre suas fábricas e o CD com cargas
consolidadas, da mesma forma que as cargas para os clientes �nais também poderão consolidar pedidos de
diversos fornecedores, com isso reduzindo o custo total de transporte. Para os clientes, por outro lado, além do
custo de transporte ser reduzido, ainda existe a economia de tempo de operação, gerado em função do
recebimento de um único carregamento com todos os produtos necessários, ao invés de receber carregamentos
separados de cada fornecedor.
Segundo Moura (2002), os CD's podem ofertar, além dos serviços de armazenagem, serviços que agreguem valor
aos produtos, como etiquetagem, embalagem ou reembalagem, entre outros. Para Bowersox & Closs (2001), esta
é uma das vantagens em se utilizar um CD no sistema logístico. O CD tem um papel fundamental na cadeia
logística. Quando operado de forma e�ciente, permite o gerenciamento e�caz do �uxo de mercadorias e
informações, e como consequência há uma melhoria no nível de atendimento ao cliente e reduções de custo.
O CD está relacionado, portanto, com diversas áreas da empresa: marketing, vendas, �nanceira, entre outras.
Cada área interage com o CD de acordo com seus objetivos. Marketing e vendas estão interessados no pronto
atendimento ao cliente, para não ter nenhuma venda perdida, já a área �nanceira deseja que o estoque seja o
menor possível, pois estoque é sinônimo de dinheiro parado, que poderia estar gerando lucro para a empresa, se
estivesse aplicado no mercado �nanceiro. As diversas áreas da empresa possuem objetivos diferentes com
relação ao CD, e cabe à empresa de�nir a melhor estratégia de acordo com seus objetivos e missões.
Saiba mais
, Cada vez mais engajados em atender melhor ao cliente através da melhoria da relação custo-benefício, os empresários
vêm buscando alternativas para armazenar seus produtos de forma mais e�ciente e barata. Segundo Lacerda (2000), para
não manter estoque e permitir um rápido �uxo de produtos a baixos custos de transporte, é possível utilizar instalações
intermediárias entre as unidades produtoras e os clientes �nais, também conhecidos como sistemas Transit Point, Cross
Docking, e Merge in Transit.
Bowersox & Closs (2001) acrescentam ainda a operação de Break Bulk. Segundo Lacerda (2000), as instalações do tipo
Transit Point diferem-se dos CD's por não apresentarem estoque e os produtos que recebem já possuírem destinos certos,
não havendo a necessidade de espera por um pedido. Estão localizados para atender a uma determinada área geográ�ca,
distante dos armazéns centrais, ou de difícil acesso, operando como local de passagem. Sua operação consiste em receber
carregamentos consolidados, separá-los e carregá-los em veículos menores para as entregas locais a clientes individuais.
(Pires, 2004).
Segundo Bowersox & Closs (2001), a modalidade é extremamente utilizada por cadeias varejistas, com o intuito de repor os
estoques de alta rotação. O sucesso da operação no Cross Docking é associado muitas vezes à capacidade de
planejamento e seu cumprimento. Isso permite que a passagem do estoque seja a mais rápida possível. Quando isto não
ocorre, é necessário ter espaço para movimentação e estocagem de produtos, fugindo assim do conceito básico do Cross
Docking.
A operação do Merge in Transit pode ser considerada uma extensão do Cross Docking, associado a técnicas como o just in
time. Seu objetivo é montar produtos ao longo da cadeia de distribuição. Isto se torna necessário com o advento da
globalização, em que cada vez mais produtos possuem suas peças fundamentais produzidas em diversos países. Exemplo
clássico são os computadores, que podem ser montados já no momento de entregar ao cliente. Vale ressaltar que, assim
como o Transit Point e o Cross Docking , a operação Merge in Transit não consiste em ter estoques intermediários.
(Lacerda, 2000) Por �m, na operação Break Bulk, as quantidades são recebidas de vários fabricantes que enviam suas
cargas consolidadas, para atender a diversos clientes.
As principais atividades em um CD, segundo a Aslog, englobam: recebimento, movimentação, armazenagem,
seleção de pedido, expedição e, em alguns casos, agregação de valor intrínseco, como a colocação de
embalagens e de rótulos e a preparação de kits comerciais.
O recebimento dos produtos signi�ca o início das atividades do CD.
Essa fase inclui todas as atividades envolvidas no fato de aceitar os materiais.
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Durante o recebimento devem ser conferidas as quantidades e a qualidade dos produtos entregues pelos
fornecedores e a nota �scal, entre outros itens.
Qualquer diferença entre o solicitado e o entregue deve ser sinalizada neste momento, antes de os produtos
entrarem propriamente no CD.
Avarias nas embalagens também devem ser detectadas e relatadas durante a operação de recebimento. (Moura,
1997).
Um processo de recebimento de produtos inicia-se quando um veículo entra no CD, aproxima-se e estaciona na
doca. Após estacionar o veículo, retiram-se os produtos para iniciar a contagem e conferência física do material.
Em alguns CDs, poderá haver equipamentos para nivelar o caminhão com a plataforma, com isso evitam-se
eventuais acidentes durante a movimentação de mercadorias. (Moura, 1997).
Tecnologia
Atualmente, com o avanço da tecnologia, durante o recebimento é possível utilizar
código de barras e coletores de dados. Essas ferramentas agilizam o processo de
conferência e evitam erros humanos no processo. Em ambiente onde a utilização do
código de barras não é e�ciente, existe a possibilidade de substituí-lo pelo uso da
etiqueta inteligente associado ao uso da tecnologia de RFID.
Movimentação
A movimentação é realizada após o recebimento dos produtos, sendo sua primeira
atividade a descarga dos veículos. (Bowersox & Closs, 2001) Existem dois tipos de
movimentação dentro do CD: a transferência e a separação. A transferência consiste
em mudar o material da área de recebimento para o local onde �cará estocado, e a
separação em retirar o material da área onde foi estocado e levá-lo para a área de
consolidação dos pedidos.
Processo
O processo de movimentação pode ser feito através da força física humana ou por
meio de equipamentos, como empilhadeiras e/ou transpaleteiras, quando são usados
pallets ou slip sheet. A utilização de empilhadeiras tem como principal benefício uma
maior produtividade, já que torna a movimentação mais rápida. A segurança da
operação na utilização de empilhadeiras é de responsabilidade do gestor do armazém,
que deverá indicar funcionários aptos a manusear este equipamento.
Segundo Ballou (1993), a embalagem contribui para uma melhor movimentação, desde que exista uma
padronização e que ela seja su�cientemente forte para aguentar mais de uma movimentação.
Como citado anteriormente, uma das formas de padronizar a embalagem é a paletização, já que possibilita
movimentar maiores quantidades de produtos.
Entretanto, deve-se observar a correta distribuição do peso e o correto posicionamento do centro de gravidade,
para evitar possíveis acidentes com a empilhadeira em virtude do transporte, principalmente quanto à
movimentação.
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Outra maneira de se padronizar e de se usar as embalagens é através da utilização de contêineres, que são
equipamentos nos quais são colocadas as embalagens secundárias ou produtos soltos durante a armazenagem
e o transporte. Suas principais vantagens são: aumento geral da e�ciência de movimentação de materiais,
redução de avariasdurante o transporte, redução de furtos e maior proteção contra fatores ambientais. Porém,
como principal desvantagem existe a necessidade de equipamentos especí�cos de movimentação, pois sem
estes �ca impossível movimentar um contêiner. (Bowersox & Closs 2001)
Antes de passar para a próxima etapa, realize os exercícios de autocorreção desta aula. Lembre-se de que sua
freqüência está associada à realização desses exercícios.
ATIVIDADE
A estratégia competitiva de uma empresa exerce um forte impacto nas decisões sobre localização de centros de
distribuição. As empresas que priorizam custos tenderão a procurar a localização mais barata para as suas
instalações considerando os custos totais. As empresas que priorizam atendimento tenderão a colocar suas
instalações mais perto do mercado para que a empresa reaja mais rapidamente às necessidades do mercado.
Resposta Correta
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