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SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2 PARA COMPREENDER “POLÍTICAS PÚBLICAS” .................................... 4 
2.1 ELEMENTOS ....................................................................................... 4 
3 OBJETIVOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS ................................................. 5 
4 MODALIDADE DE POLÍTICAS PÚBLICAS ................................................ 6 
5 FORMAS DIFERENTES DE ENCARAR AS POLÍTICAS PÚBLICAS ........ 8 
6 A SAÚDE COMO POLÍTICA PÚBLICA..................................................... 10 
7 A RELAÇÃO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE COM A SEGURIDADE SOCIAL
 11 
8 AS PRINCIPAIS REFERÊNCIAS LEGAIS E NORMATIVAS SETORIAIS 
NACIONAIS PARA OS PROCESSOS DE PRODUÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DAS 
POLÍTICAS DE SAÚDE ............................................................................................ 13 
9 OS OBJETIVOS, PRINCÍPIOS E DIRETRIZES CONSTITUCIONAIS QUE 
ORIENTAM A FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE15 
10 COMO ERA A AÇÃO GOVERNAMENTAL EM SAÚDE ANTES DO 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE? ................................................................................. 16 
10.1 QUAL O CONTEXTO POLÍTICO DE FORMULAÇÃO DA 
PROPOSTA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE? .................................................. 19 
11 OS CAMPOS DE ATUAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE .......... 21 
12 COMO A SOCIEDADE PODE PARTICIPAR DA GESTÃO DO SISTEMA 
ÚNICO DE SAÚDE? ................................................................................................. 23 
13 DIMENSÕES ATUAIS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS ............................. 25 
Mediações Institucionais – .......................................................................... 26 
14 POLÍTICAS PÚBLICAS COMO PROCESSO ........................................ 26 
15 A PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL ........................................... 28 
16 POLÍTICAS PÚBLICAS MUNICIPAIS ................................................... 30 
17 A REALIDADE DOS MUNICÍPIOS ........................................................ 30 
 
18 COMPETÊNCIAS MUNICIPAIS ............................................................ 31 
19 A PRÁTICA DA DESCENTRALIZAÇÃO EM ALGUMAS ÁREAS: 
AVANÇOS E DESAFIOS .......................................................................................... 33 
20 SAÚDE .................................................................................................. 33 
21 EDUCAÇÃO .......................................................................................... 33 
22 ASSISTÊNCIA SOCIAL ......................................................................... 36 
23 PREVIDÊNCIA SOCIAL ........................................................................ 37 
24 POLÍTICA AGRÍCOLA ........................................................................... 38 
25 Os impasses ou dificuldades do SUS .................................................... 39 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 49 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Fonte:files.conscienciapolitica.webnode.pt 
Iniciaremos o estudo da disciplina Políticas Públicas em Saúde, e esperamos 
que ao longo das unidades de ensino propostas você possa construir um 
conhecimento mais amplo em relação às políticas educacionais para consolidar sua 
formação como profissional capacitado a exercer suas funções de forma 
fundamentada e consciente. 
Com um conceito claro de políticas públicas, todos entendem a linguagem 
usada. Vamos indicar alguns elementos do conceito, delimitar sua abrangência em 
termos de esfera de poder político (nível federal, estadual, municipal) e de conteúdo 
temático (política econômica, social saúde, educação, assistência social etc.). 
Procura-se também entender o processo que vai de sua formulação à avaliação dos 
resultados e como os movimentos populares podem dele participar, seja para tentar 
influir nas políticas já em vigor, seja para apresentar alternativas que possam atender 
aos interesses da maioria da população. Para interferir diretamente nesse processo, 
sobretudo no nível local, procura-se identificar as possibilidades e espaços existentes, 
as dificuldades e limites da atual prática, as contradições do projeto de 
municipalização e descentralização e as indicações de caminhos para se construir 
propostas articuladas de políticas de desenvolvimento integrado e sustentável. 
 
2 PARA COMPREENDER “POLÍTICAS PÚBLICAS” 
2.1 ELEMENTOS 
“Políticas públicas” são diretrizes, princípios norteadores de ação do poder 
público; regras e procedimentos para as relações entre poder público e sociedade, 
mediações entre atores da sociedade e do Estado. São, nesse caso, políticas 
explicitadas, sistematizadas ou formuladas em documentos (leis, programas, linhas 
de financiamentos) que orientam ações que normalmente envolvem aplicações de 
recursos públicos. 
 
 
Fonte: www.asboasnovas.com.br (2017) 
Nem sempre, porém, há compatibilidade entre as intervenções e declarações 
de vontade e as ações desenvolvidas. Devem ser consideradas também as “não-
ações”, as omissões, como formas de manifestação de políticas, pois representam 
opções e orientações dos que ocupam cargos. 
As políticas públicas traduzem, no seu processo de elaboração e implantação 
e, sobretudo, em seus resultados, formas de exercício do poder político, envolvendo 
a distribuição e redistribuição de poder, o papel do conflito social nos processos de 
 
decisão, a repartição de custos e benefícios sociais. Como o poder é uma relação 
social que envolve vários atores com projetos e interesses diferenciados e até 
contraditórios, há necessidade de mediações sociais e institucionais, para que se 
possa obter um mínimo de consenso e, assim, as políticas públicas possam ser 
legitimadas e obter eficácia. 
Elaborar uma política pública significa definir quem decide o quê, quando, com 
que consequências e para quem. São definições relacionadas com a natureza do 
regime político em que se vive, com o grau de organização da sociedade civil e com 
a cultura política vigente. Nesse sentido, cabe distinguir “Políticas Públicas” de 
“Políticas Governamentais”. Nem sempre “políticas governamentais” são públicas, 
embora sejam estatais. 
Para serem “públicas”, é preciso considerar a quem se destinam os resultados 
ou benefícios, e se o seu processo de elaboração é submetido ao debate público. A 
presença cada vez mais ativa da sociedade civil nas questões de interesse geral, torna 
a publicação fundamental. As políticas públicas tratam de recursos públicos 
diretamente ou através de renúncia fiscal (isenções), ou de regular relações que 
envolvem interesses públicos. Elas se realizam num campo extremamente 
contraditório onde se entrecruzam interesses e visões de mundo conflitantes e onde 
os limites entre público e privado são de difícil demarcação. Daí a necessidade do 
debate público, da transparência, da sua elaboração em espaços públicos e não nos 
gabinetes governamentais. 
3 OBJETIVOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS 
As políticas públicas visam responder a demandas, principalmente dos setores 
marginalizados da sociedade, considerados como vulneráveis. Essas demandas são 
interpretadas por aqueles que ocupam o poder, mas influenciadas por uma agenda 
que se cria na sociedade civil através da pressão e mobilização social. 
Visam ampliar e efetivar direitos de cidadania, também gestados nas lutas 
sociais e que passam a ser reconhecidos institucionalmente. Outras políticas 
objetivam promover o desenvolvimento, criando alternativas de geração de emprego 
e renda como forma compensatória dos ajustes criados por outras políticas de cunho 
mais estratégico (econômicas). 
 
 
Fonte:aaapucrio.com.br (2017) 
Ainda outras são necessárias para regular conflitos entre os diversos atores 
sociais que, mesmohegemônicos, têm contradições de interesses que não se 
resolvem por si mesmas ou pelo mercado e necessitam de mediação. 
Os objetivos das políticas têm uma referência valorativa e exprimem as opções 
e visões de mundo daqueles que controlam o poder, mesmo que, para sua 
legitimação, necessitem contemplar certos interesses de segmentos sociais 
dominados, dependendo assim da sua capacidade de organização e negociação. 
4 MODALIDADE DE POLÍTICAS PÚBLICAS 
É importante considerar alguns tipos de políticas, para que se possa definir o 
tipo de atuação que se pode ter frente a sua formulação e implementação. Vários 
critérios podem ser utilizados. 
Quanto à natureza ou grau da intervenção: 
a) estrutural – buscam interferir em relações estruturais como renda, emprego, 
propriedade etc. 
b) conjuntural ou emergencial – objetivam amainar uma situação temporária, 
imediata. 
 
Quanto à abrangência dos possíveis benefícios: 
a) universais – para todos os cidadãos 
b) segmentais – para um segmento da população, caracterizado por um fator 
determinado (idade, condição física, gênero etc.) 
c) fragmentadas – destinadas a grupos sociais dentro de cada segmento. 
 
 
Fonte:turma1v3.files.wordpress.com (2017) 
Quanto aos impactos que podem causar aos beneficiários, ou ao seu papel nas 
relações sociais: 
a) distributivas visam distribuir benefícios individuais; costumam ser 
instrumentalizadas pelo clientelismo; 
b) redistributivas visam redistribuir recursos entre os grupos sociais: buscando 
certa equidade, retiram recursos de um grupo para beneficiar outros, o que provoca 
conflitos; 
c) regulatória visam definir regras e procedimentos que regulem 
comportamento dos atores para atender interesses gerais da sociedade; não visariam 
benefícios imediatos para qualquer grupo. 
 
 
Fonte:www.portaldodesenvolvimento.com.br 
Com a predominância do neoliberalismo, o caráter das políticas se modifica. 
Uma política pública requer a intervenção do Estado em várias áreas de atuação dos 
indivíduos e, para o neoliberalismo, o equilíbrio social é resultante do livre 
funcionamento do mercado, com um mínimo de ação do Estado. Deve existir o mínimo 
de regulamentação possível, as políticas distributivas devem compensar 
desequilíbrios mais graves e, portanto, passam a ter o caráter cada vez mais seletivo 
e não universalizante; as políticas redistributivas não são toleradas, por que atentam 
contra a liberdade do mercado e podem incentivar o parasitismo social. 
É necessário, em relação a cada tipo de política, verificar quais são as 
estratégicas em determinadas conjunturas. Normalmente, as políticas estratégicas 
estão sob controle total dos tecnocratas, sem espaços de participação da sociedade, 
como ocorre com a política econômica, tributária etc. Dessas políticas, que definem 
fontes de recursos, decorrem várias outras, o que exige sua democratização. 
5 FORMAS DIFERENTES DE ENCARAR AS POLÍTICAS PÚBLICAS 
A concepção das políticas públicas varia conforme a orientação política. A visão 
liberal opõe-se à universalidade dos benefícios de uma política social. Para ela, as 
 
desigualdades sociais são resultado de decisões individuais, cabendo à política social 
um papel residual no ajuste de seus efeitos. 
 
 
Fonte:lagoadaprata.mg.gov.br 
Na visão socialdemocrata, concebem-se os benefícios sociais como proteção 
aos mais fracos, como compensação aos desajustes da supremacia do capital, o que, 
ao mesmo tempo, garante sua reprodução e legitimação; as políticas públicas têm o 
papel regulador das relações econômico-sociais, são constituídos fundos públicos 
para serem utilizados em investimentos em áreas estratégicas para o 
desenvolvimento e em programas sociais. Essa concepção foi traduzida no sistema 
do chamado Estado de Bem-Estar Social, cujo aparato cresceu muito, levando a uma 
relativa distribuição de renda e ao reconhecimento de uma série de direitos sociais, 
mas também a um controle político burocrático da vida dos cidadãos, considerados 
como objetos, como meros consumidores de bens públicos. 
A partir dos anos 70, esse modelo entra em crise devido às mudanças no 
processo de acumulação, com novas tecnologias, novos padrões de relações de 
trabalho, provocando o esgotamento das possibilidades de atendimento às 
necessidades crescentes da população, o burocratismo, a ineficiência do aparelho 
governamental. 
Com a falência do Estado protetor e o agravamento da crise social, o 
neoliberalismo, responsabilizando a política de intervencionismo pela estagnação 
 
econômica e pelo parasitismo social, propõe um ajuste estrutural, visando 
principalmente o equilíbrio financeiro, com uma drástica redução dos gastos sociais, 
uma política social seletiva e emergencial. A globalização torna o processo de 
formulação de políticas públicas mais complexo, por estarem em jogo, agora, em cada 
país, interesses internacionais representados por forças sociais com um forte poder 
de interferência nas decisões quando essas não são diretamente ditadas por 
organismos multilaterais. 
6 A SAÚDE COMO POLÍTICA PÚBLICA 
 
Fonte: image.slidesharecdn.com 
As políticas públicas de saúde correspondem a todas as ações de governo que 
regulam e organizam as funções públicas do Estado para o ordenamento setorial. 
Referem-se tanto a atividades governamentais executadas diretamente pelo aparato 
estatal quanto àquelas relacionadas à regulação de atividades realizadas por agentes 
econômicos. Configuram uma agenda bastante vasta de temas, que expressam não 
apenas o leque e a abrangência dos problemas que exigem solução política, mas 
principalmente os anseios da sociedade e o contexto e os resultados da disputa entre 
os diferentes atores sociais. 
A partir da promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988, que instituiu a Seguridade Social como o padrão de proteção social a ser 
institucionalizado no país, e, neste âmbito, a saúde como direito de todos e dever do 
 
Estado, as políticas de saúde vêm sendo amplamente discutidas e definidas com 
vistas ao reordenamento setorial necessário ao cumprimento dos preceitos 
constitucionais. 
Vale lembrar, ainda, que a concepção ampliada de saúde adotada na 
Constituição e o entendimento de que a garantia desse direito exige do Estado 
políticas econômicas e sociais orientadas à redução de riscos de doenças e outros 
agravos, não apenas ampliam o espectro das políticas públicas relacionadas à saúde 
como exigem dos formuladores das políticas de saúde a interlocução com outros 
setores. 
Pode-se afirmar que as políticas públicas setoriais e o debate político estão 
predominantemente referidos, na história recente, ao processo de reconfiguração das 
atividades governamentais relativas à saúde, particularmente no que se refere à 
organização, implementação e financiamento do Sistema Único de Saúde e às 
possibilidades e limites da efetivação dos princípios e diretrizes constitucionais em 
toda a sua extensão. 
7 A RELAÇÃO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE COM A SEGURIDADE SOCIAL 
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 inovou ao organizar 
a ação do Estado nas áreas de saúde, previdência e assistência social sob a 
inspiração de um sistema de proteção social internacionalmente reconhecido e 
associado às políticas de bem-estar e ao objetivo de se buscar maior justiça social. 
A concepção de seguridade social está diretamente associada à 
universalização dos direitos sociais para o exercício pleno da cidadania. Supõe 
políticas redistributivas e baseadas na solidariedade que assegurem ao conjunto da 
população o acesso a serviços, benefícios e auxílios sociais com os quais necessita 
contar para o enfrentamento de determinadas situações de risco à sobrevivência 
(doença, velhice, acidentes, reclusão), sem que para isso seja necessário um 
pagamento específico ou contribuição financeira prévia a um sistema de seguro social. 
Assim,requer uma estrutura de financiamento solidária e a ação articulada das áreas 
de ação governamental que a compõem. 
 
 
Fonte:localodonto.com.br 
A Assembleia Nacional Constituinte foi bem-sucedida ao aprovar no texto 
constitucional uma estrutura de financiamento solidária e com maior estabilidade 
financeira, apoiada na diversificação das receitas (impostos, contribuições sociais) e 
na socialização das bases de arrecadação (empregador, empresa, trabalhador, 
segurado da previdência, concursos de prognósticos). Tal estrutura se concretizaria 
com a criação de orçamento único – o Orçamento da Seguridade Social, (OSS) para 
o qual seriam destinados todos os recursos que financiariam essas três áreas de ação 
governamental, assegurada a cada uma a gestão dos seus recursos. A negociação e 
integração das propostas das três áreas para a partilha dos recursos se daria no 
âmbito de um Conselho Nacional de Seguridade Social, órgão superior de deliberação 
colegiada, composto por representantes da União, dos Estados, do Distrito Federal, 
dos Municípios e da sociedade civil. 
No que diz respeito à área da saúde, a universalização desse direito pela 
Constituição de 1988 promoveu de fato a ruptura da lógica de seguro social que 
presidia a ação governamental até então, e que resultava, na prática, na garantia de 
assistência médica especializada e de maior complexidade (ambulatorial e hospitalar) 
apenas aos trabalhadores do mercado formal de trabalho que contribuíam 
financeiramente para o sistema de Previdência Social. 
Os princípios e as diretrizes estabelecidos para a organização das ações e 
serviços concorreram para mudanças políticas e institucionais significativas, que vem 
estruturando desde então um único sistema público, com gestão descentralizada, para 
o atendimento gratuito a todo e qualquer cidadão, por meio de uma rede regionalizada 
 
e hierarquizada no território nacional, com direção única em cada esfera de governo, 
sem a exigência de contribuição financeira prévia à previdência social. 
No entanto, a não operacionalização do Orçamento da Seguridade Social, o 
gradual esvaziamento do Conselho Nacional de Seguridade Social até sua extinção 
em 2001, e o processo desarticulado de regulamentação infraconstitucional, 
descaracterizaram o projeto de Seguridade Social consagrado na Constituição e, em 
decorrência, a construção das políticas de previdência, assistência social e saúde se 
deu de forma isolada, não se estabelecendo na prática a integração pretendida. 
8 AS PRINCIPAIS REFERÊNCIAS LEGAIS E NORMATIVAS SETORIAIS 
NACIONAIS PARA OS PROCESSOS DE PRODUÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO 
DAS POLÍTICAS DE SAÚDE 
Toda e qualquer política de saúde deve estar em conformidade com o que 
dispõem a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e a Lei Orgânica 
da Saúde (Leis 8080/1990 e 8142/90). 
A Constituição de 1988, nos seus artigos 196 a 200, estabelece os princípios, 
diretrizes, bases de financiamento e competências gerais do Sistema Único de Saúde, 
de uma perspectiva nacional. 
A Lei 8080/90 dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e 
recuperação da saúde, e sobre a organização e o funcionamento dos serviços 
correspondentes, detalhando as seguintes matérias: 
a) a composição institucional do SUS, seus objetivos e atribuições gerais, 
princípios e diretrizes, forma de organização, direção e gestão, atribuições comuns e 
competências específicas de cada esfera político-administrativa da federação 
brasileira (União, estados e municípios); 
b) o funcionamento e participação dos serviços privados de assistência médica; 
 
 
Fonte:www.ufes.br 
c) o financiamento do sistema, contemplando disposições relativas às receitas 
necessárias à realização de suas finalidades, à gestão financeira dos recursos, ao 
planejamento e orçamentação de suas atividades. Além disso, trata de alguns 
aspectos da política de recursos humanos e de disposições transitórias relativas a 
patrimônio, hospitais universitários, convênios SUDS, alguns aspectos da relação com 
o setor privado (gratuidade das ações e serviços, participação no investimento em 
ciência e tecnologia). 
A Lei 8142/90, promulgada por força de um amplo processo de pressão e 
negociação política, complementa a Lei 8080/90 especialmente no que se refere à 
participação da comunidade na gestão do sistema e às transferências 
intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde, matérias que foram 
objeto de vetos presidenciais quando da promulgação da Lei 8080. 
Vale destacar que no ano 2000, foi aprovada uma emenda constitucional, a 
Emenda Constitucional nº 29, já incorporada ao texto constitucional, que estabeleceu 
um patamar para a aplicação de recursos dos orçamentos públicos (União, estados, 
do Distrito Federal e Municípios), para o financiamento das ações e serviços de saúde. 
Em termos normativos, destacam-se as Normas Operacionais Básicas do 
Sistema Único de Saúde (NOB-SUS). As normas operacionais, editadas em portarias 
do Ministério da Saúde e publicadas no Diário Oficial da União, se constituíram no 
instrumento normativo para a operacionalização da diretriz de descentralização das 
 
ações e serviços; para a organização da gestão descentralizada do SUS, para a 
reorganização do modelo de atenção à saúde no país, e por fim, para a orientação do 
processo de regionalização da assistência à saúde. Correspondem à síntese das 
negociações e dos pactos firmados entre os gestores dos três níveis de direção do 
SUS – nacional, estadual e municipal na Comissão Intergestores Tripartite, discutida 
e aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde. No período 1991/2002, foram 
publicadas quatro normas operacionais: a NOB-SUS 01/91, (revisada e reeditada em 
92); a NOB-SUS 01/93; a NOB-SUS 01/96; e, a Norma Operacional da Assistência à 
Saúde (NOAS-SUS) 01/2001 (revisada e reeditada em 2002). 
9 OS OBJETIVOS, PRINCÍPIOS E DIRETRIZES CONSTITUCIONAIS QUE 
ORIENTAM A FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS DE 
SAÚDE 
Os objetivos, princípios e diretrizes constitucionais para a organização da ação 
governamental em saúde constam do Capítulo II (Da Seguridade Social) do Título VIII 
(Da Ordem Social) da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
A Constituição estabelece que compete ao poder público organizar sua atuação 
nas áreas de saúde, previdência e assistência social no âmbito da Seguridade Social, 
com base nos seguintes objetivos: universalidade da cobertura e do atendimento; 
uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; equidade na 
forma de participação no custeio; diversidade da base de financiamento; caráter 
democrático e descentralizado da administração. 
No que se refere à saúde, uma rede de ações e serviços regionalizada e 
hierarquizada no território nacional deve constituir um sistema único – o Sistema Único 
de Saúde (SUS), regido pelos seguintes princípios e diretrizes principais: 
universalidade do acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; 
integralidade da assistência; igualdade na assistência; descentralização político-
administrativa, com direção única em cada esfera de governo; e participação da 
comunidade. 
O texto constitucional estabelece ainda que as ações e os serviços de saúde 
providos pelo sistema de saúde podem ser executados diretamente por instituições 
 
públicas ou, complementarmente, por instituições privadas através de pessoa física 
ou jurídica de direito privado, conveniadas ou contratadas mediante contrato de direito 
público, cabendo ao poder público sua regulamentação, fiscalização e controle. 
A operacionalização destes princípios e diretrizes no processo de implantação 
do Sistema Único de Saúde, particularmente no que diz respeito à implementação da 
gestão descentralizada das ações e serviços de saúde,vem se realizando por meio 
de normas operacionais editadas pelo Ministério da Saúde, após amplo processo de 
pactuação entre os gestores da saúde das três esferas de governo e o exame e 
aprovação pelo Conselho Nacional de Saúde. 
Para o detalhamento das disposições legais e regulamentações 
complementares que orientam a formulação e operacionalização das políticas de 
saúde, consultar as Leis nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, e nº 8142, de 28 de 
dezembro de1990 (Lei Orgânica da Saúde); a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 
(Lei Orgânica da Seguridade Social); a Lei Orgânica da Assistência Social (lei 
8742/1993); as Normas Operacionais Básicas do SUS 01/93 e 01/96 e a Norma 
Operacional da Assistência à Saúde 01/02 de 27 de fevereiro de 2002. 
10 COMO ERA A AÇÃO GOVERNAMENTAL EM SAÚDE ANTES DO SISTEMA 
ÚNICO DE SAÚDE? 
A história das políticas de saúde no Brasil pode ser contada a partir de pelo 
menos duas trajetórias institucionais distintas: a trajetória institucional do campo da 
saúde pública e a trajetória institucional do campo da assistência médica. 
 
 
Fonte:www.fimca.com.br 
Antes do SUS, o Ministério da Saúde (MS), com o apoio dos estados e 
municípios e de fundações financiadas com recursos internacionais, desenvolvia 
quase que exclusivamente, e sem qualquer tipo de discriminação com relação à 
população beneficiária, ações de promoção e proteção da saúde por meio de 
atividades educativas e preventivas, típicas do campo da saúde pública, entre as quais 
destacam-se: campanhas sanitárias para o controle e profilaxia de doenças como 
tuberculose, hanseníase, doenças sexualmente transmissíveis, serviços de combate 
a endemias; saneamento básico; imunizações, alimentação e nutrição, educação para 
a saúde. No que se refere às ações para recuperação da saúde, o Ministério da Saúde 
realizava algumas atividades de assistência médica em poucos hospitais 
especializados, nas áreas de psiquiatria e tuberculose. Essas ações eram dirigidas 
àquela parcela da população definida como indigente, não inserida no mercado de 
trabalho. Essa população contava também com as Santas Casas de Misericórdia e 
hospitais universitários. 
No campo da assistência médica, a atuação do poder público se deu no âmbito 
das instituições relacionadas à Previdência Social, inicialmente participando apenas 
na regulamentação das Caixas de Aposentadorias e Pensões CAPs (organizadas por 
empresas); depois participando na regulamentação, na gestão tripartite e, 
timidamente, no financiamento dos Institutos de Aposentadorias e Pensões IAPs 
(organizados por categorias profissionais), que substituíram as CAPs; em seguida na 
gestão do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que unificou 
 
institucionalmente os IAPs, uniformizando por cima o direito de todos os segurados a 
eles filiados, e extendeu a cobertura a todos os trabalhadores com profissão 
regulamentada e inseridos no mercado formal de trabalho. No interior destas 
instituições foi se configurando a rede de serviços de atenção à saúde, de 
complexidade crescente, que formou o sistema assistencial do Instituto Nacional de 
Assistência Médica da Previdência Social – INAMPS criado nos anos 70 como órgão 
específico para as funções da assistência à saúde no âmbito do Ministério da 
Previdência e Assistência Social, no contexto de criação do Sistema Nacional da 
Previdência e Assistência Social (SINPAS). A ação governamental no campo da 
assistência médica, portanto, foi organizada como direito restrito à parcela da 
população que contribuía, com parte do seu salário, para o sistema de previdência 
social. 
Em síntese, a história da ação do Estado nesta área social desenvolveu-se a 
partir de duas trajetórias institucionais principais: a das ações e serviços de saúde 
pública/saúde coletiva, dirigida à população em geral, sob responsabilidade das 
esferas subnacionais de governo e do Ministério da Saúde; e as ações de assistência 
médica ambulatorial e hospitalar, realizadas pela Previdência Social, dirigidas, 
principalmente, aos trabalhadores empregados no mercado formal de trabalho 
urbano. Cada uma com financiamento, administração, lógica e cultura institucional 
própria. 
Este percurso resultou no desenvolvimento de um padrão de intervenção 
estatal centralizado, fragmentado institucionalmente, e que, segmentando clientelas, 
produziu grandes disparidades no acesso da população brasileira a ações e serviços 
públicos de saúde. 
 
 
Fonte:portalbrasil10.com.br 
10.1 QUAL O CONTEXTO POLÍTICO DE FORMULAÇÃO DA PROPOSTA DO 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE? 
A proposta de construção de um único sistema de saúde foi desenvolvida no 
âmbito de um amplo movimento político pela reforma do setor saúde, identificado 
como movimento sanitário. O movimento sanitário atravessou os anos 70 e 80, 
formado por uma frente de oposição e crítica ao padrão centralizado, fragmentado e 
desigual de intervenção estatal no campo sanitário, que reuniu profissionais de saúde 
com atuação nas áreas de pesquisa, formação de recursos humanos, serviços e 
formulação de políticas, partidos políticos progressistas, movimentos populares pela 
saúde, movimento sindical, movimento municipalista. 
As críticas destacavam o acesso restrito e desigual da população brasileira a 
ações e serviços públicos de saúde para a resolução de seus problemas; a distribuição 
irracional e territorialmente concentrada da oferta de ações e serviços públicos de 
saúde; a ação fragmentada das esferas nacional e subnacionais de governo na gestão 
dos problemas sanitários; a ação desarticulada das diferentes redes de serviços 
(básica, especializada e de atendimento hospitalar); o desperdício de recursos 
financeiros; o planejamento e a gestão pública centralizados – frutos da trajetória 
fragmentada da política de saúde brasileira e da centralização da ação governamental 
no regime autoritário. 
A ideia de criação de um sistema único de saúde, assim denominado, foi sendo 
construída por este amplo movimento político, com o propósito de reorganizar a ação 
 
do Estado no território nacional, visando assegurar o acesso universal e igualitário da 
população a um cuidado integral a sua saúde, sem qualquer discriminação e 
independentemente da oferta de serviços disponível em seu lugar de moradia, por 
meio de uma rede nacional de ações e serviços descentralizada, hierarquizada e 
regionalizada, com gestão política também descentralizada e participativa, capaz de 
dar maior resolutividade, eficácia e qualidade à atenção à saúde de toda a população 
brasileira. Esta rede seria regida pelos mesmos princípios e diretrizes e seria integrada 
pelo conjunto de todas as ações e serviços públicos prestados por órgãos e 
instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração Direta e 
Indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público. Isto é, os postos de saúde 
municipais, os centros de saúde estaduais, os postos de assistência médica do 
INAMPS, os hospitais federais, estaduais e municipais, os hospitais universitários 
seriam integrados em um único sistema, com unicidade conceitual e operativa, cuja 
direção seria única em cada esfera de governo: do Ministério da Saúde, no governo 
federal; das secretarias estaduais de saúde ou órgão equivalente, nos governos 
estaduais; e, das secretarias municipais de saúde ou órgão equivalente, nos governos 
municipais. 
A repercussão deste movimento nas políticas públicas já se fez sentir durante 
a década de 80, no contexto de redemocratização do Estado brasileiro. Foram várias 
as políticas definidas para o setor da saúde que avançaram o projeto do movimento 
sanitário, dentre as quais destacamos duas de grande relevância para a estruturação 
do SUS: as Ações Integradas de Saúde (AIS), desenvolvidas no período 1981-1984, 
e o Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), vigente no período 1987-
1989. Outro marco decisivo para aformulação do SUS foi a realização, com ampla 
participação social, da VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1986, cujas 
contribuições e relatório final constituíram subsídios fundamentais para a discussão 
da Assembleia Nacional Constituinte (1987/88), que elaborou e aprovou a 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
As propostas do movimento sanitário foram amplamente veiculadas pelo 
Centro Brasileiro de Estudos de Saúde-CEBES (1976), por meio da revista Saúde em 
Debate, de livros publicados e de seu quadro de associados, e pelas atividades e 
quadro de associados da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva 
– ABRASCO (1979). 
 
 
Fonte:www.aplicativosdesaude.com.br 
11 OS CAMPOS DE ATUAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e a legislação 
infraconstitucional (Lei 8.080/1990) estabeleceram uma concepção ampliada de 
direito à saúde, afirmando-o como direito humano fundamental. O artigo 2º da Lei 
8.080, lista como fatores determinantes e condicionantes da saúde a alimentação, a 
moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o 
transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais, concluindo que os níveis 
de saúde expressam a organização social e econômica do país. Portanto, a garantia 
desse direito exige do Estado a reformulação e execução de políticas econômicas e 
sociais voltadas à redução de riscos de doenças e de outros agravos. Esta concepção 
torna bastante complexa a compreensão das fronteiras setoriais e extra setoriais da 
ação governamental em saúde. 
Os grandes objetivos e os campos de atuação do Sistema Único de Saúde 
estão apresentados nos artigos 5º e 6º da Lei 8.080/90. São objetivos do SUS: 
identificar e divulgar os fatores condicionantes e determinantes da saúde; formular a 
política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a redução 
de riscos de doenças e de outros agravos, bem como estabelecer condições que 
assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação; e, assistir às pessoas por intermédio das ações assistenciais 
e das atividades preventivas. 
Com estes objetivos, o SUS deve atuar por meio da formulação de políticas e 
da execução de ações de vigilância sanitária, vigilância epidemiológica e ambiental, 
 
saúde do trabalhador, assistência terapêutica integral (inclusive farmacêutica), 
vigilância nutricional, orientação alimentar e saneamento, e as relativas a política de 
sangue e hemoderivados. Além disso, deve incrementar em sua área de atuação o 
desenvolvimento científico e tecnológico e ordenar e formar recursos humanos na 
área. 
Ao SUS também compete expedir princípios éticos, normas e condições de 
funcionamento para os serviços privados de assistência médica no país e realizar 
convênios ou estabelecer contratos de direito público quando as suas disponibilidades 
forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial em determinada área. 
Por fim, integram o campo de atuação do SUS, atividades de articulação de 
políticas e programas de interesse para a saúde no âmbito de Comissões Inter 
setoriais de âmbito nacional, criadas com esta finalidade e subordinadas ao Conselho 
Nacional de Saúde, bem como atividades voltadas à integração entre os serviços de 
saúde e as instituições de ensino profissional e superior. 
Para detalhamento das atividades governamentais de execução e regulação 
do setor saúde, visitar o portal do Ministério da Saúde 
(http://portal.saude.gov.br/saúde) e os sites da Fundação Nacional de Saúde 
(http://www.funasa.gov.br), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(http://www.anvisa.gov.br) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar 
(http://www.ans.gov.br). 
Para o detalhamento das competências das secretarias e departamentos do 
Ministério da saúde na gestão setorial ver o Organograma e a Estrutura Regimental 
Básica do Ministério da Saúde, aprovada pelo Decreto nº 4.726 de 09/06/2003, 
disponíveis no link “Institucional” do portal do Ministério da Saúde. 
 
 
Fonte: bcard.com.br 
 
12 COMO A SOCIEDADE PODE PARTICIPAR DA GESTÃO DO SISTEMA ÚNICO 
DE SAÚDE? 
A Lei 8142/1990 instituiu duas “instâncias colegiadas” para a “participação da 
comunidade” na gestão do SUS em cada esfera de governo: a Conferência de Saúde 
e o Conselho de Saúde. Dessas instâncias, participam os seguintes segmentos da 
sociedade: usuários dos serviços de saúde, prestadores de serviços, profissionais de 
saúde e governo. Esta lei assegura aos usuários representação paritária em relação 
ao conjunto dos demais segmentos tanto nas Conferências como nos Conselhos. 
As Conferências de Saúde (municipais, estaduais e nacional) convocadas pelo 
Poder Executivo, ou extraordinariamente pelos Conselhos de Saúde, devem ser 
realizadas a cada quatro anos com a representação destes segmentos sociais, para 
avaliação da situação de saúde e proposição de diretrizes para a formulação da 
política de saúde nas esferas de governo correspondentes. Antecedendo a realização 
de cada Conferência Nacional de Saúde há uma etapa de Conferências municipais e 
uma etapa de Conferências estaduais, nas quais são escolhidos os delegados de 
cada estado na etapa nacional. Os delegados das Conferências de Saúde são eleitos 
a partir de regras estabelecidas em regimento discutido nos respectivos Conselhos de 
Saúde. Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988 e das Leis 8080 e 
8142/90, já foram realizadas quatro Conferências Nacionais de Saúde, que 
correspondem às 9ª (1992), 10ª (1996), 11ª (2000) e 12ª (2003), na história de 
conferências nacionais de saúde no país. 
 
 
Fonte:www.avseguros.com.br 
 
Os Conselhos de Saúde, cujo caráter permanente e deliberativo na 
formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde (inclusive 
nos aspectos econômicos e financeiros) é assegurado na Lei 8142, tem sua 
organização e suas normas de funcionamento definidas em regimento próprio, 
aprovado pelos próprios conselhos, respeitadas as disposições legais estabelecidas, 
como, por exemplo, a de garantir a representação paritária dos usuários já 
mencionada. O regimento é discutido e aprovado em plenária e regulamentado pelo 
órgão executivo ao qual está vinculado (o Ministério da Saúde, as Secretarias 
Estadual ou Municipal de Saúde). 
A organização e as normas de funcionamento do Conselho Nacional de 
Saúde servem de parâmetro para a organização e funcionamento dos conselhos 
estaduais e municipais. As disposições sobre suas competências, composição, 
periodicidade das reuniões, funcionamento das sessões plenárias e formalização de 
suas deliberações foram regulamentadas por meio do Decreto nº 99.438, de 07 de 
agosto de 1990, antes mesmo da promulgação das Leis 8080 (19 de setembro de 
1990) e 8142 (28 de dezembro de 1990). O regimento e informações sobre a 
composição do plenário, os temas centrais da agenda, os resultados do trabalho das 
comissões Inter setoriais permanentes, as deliberações do Conselho (resoluções), o 
conteúdo das reuniões (atas), os meios de contatar os conselheiros, entre outras, 
estão disponíveis no site do Conselho Nacional de Saúde 
(http://conselho.saude.gov.br). 
 
 
Fonte:www.estrategiasaudedafamilia.com.br 
 
Para informações mais precisas sobre órgãos e entidades representativos dos 
diferentes segmentos, processos de eleição de representantes, regras de 
funcionamento, resoluções e outras informações de interesse relativas aos conselhos 
estaduais e municipais, é preciso buscar as informações em cada conselho. Algumas 
secretarias estaduais e municipais de saúde disponibilizam estas informações em 
seus sites. A composição dos Conselhos pode sofrer modificações a cada novo 
mandato governamental. Portanto, para se manter atualizado é preciso visitar os sites 
a cada nova gestão. Outroaspecto importante é acompanhar as resoluções do 
Conselho e verificar se não ocorreu qualquer modificação no Regimento Interno, como 
por exemplo, as regras sobre a composição, o funcionamento e a estrutura de 
trabalho. 
13 DIMENSÕES ATUAIS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS 
 
Fonte:www.portalguaratiba.com.br 
Alguns aspectos precisam ser considerados no processo de formulação de 
políticas públicas, no momento em que a sociedade civil é chamada a dele participar. 
Como exemplo, 
Identidade – iniciativas de proposições para responder questões constituem 
um elemento importante no processo de formação de identidade coletiva dos atores 
sociais. 
 
Plataformas Políticas - as políticas públicas expressam o sentido do 
desenvolvimento histórico-social dos atores sociais na disputa para construir a 
hegemonia; refletem, pois, as concepções que têm do papel do Estado e da sociedade 
civil, constituindo programas de ações que respondem as suas carências e demandas. 
Mediações Institucionais – as políticas públicas traduzem mediações entre 
interesses e valores dos diversos atores que se defrontam em espaços públicos para 
negociar soluções para o conjunto da sociedade ou determinados grupos sociais. 
Dimensão Estratégica - as políticas públicas diretamente ligadas ao modelo 
econômico e à constituição de fundos públicos assumem aspecto estratégico, quando 
se constituem referência e base para a definição de outras políticas ou programas em 
determinadas áreas. As opções estratégicas devem considerar, ao mesmo tempo, as 
inovações tecnológicas e a reestruturação produtiva e os seus efeitos sobre o 
emprego e o agravamento das desigualdades sociais, buscando-se alternativas que 
redirecionem o emprego não apenas da forma compensatória que torna seus 
beneficiários meros objetos da assistência, mas que os tornem cidadãos ativos, 
contribuindo, através de novas formas de inserção social, para o desenvolvimento da 
sociedade. 
14 POLÍTICAS PÚBLICAS COMO PROCESSO 
 
Fonte:www.fsanet.com.br 
 
As políticas públicas são um processo dinâmico, com negociações, pressões, 
mobilizações, alianças ou coalizões de interesses. Compreende a formação de uma 
agenda que pode refletir ou não os interesses dos setores majoritários da população, 
a depender do grau de mobilização da sociedade civil para se fazer ouvir e do grau 
de institucionalização de mecanismos que viabilizem sua participação. 
É preciso entender composição de classe, mecanismos internos de decisão 
dos diversos aparelhos, seus conflitos e alianças internas da estrutura de poder, que 
não é monolítica ou impermeável às pressões sociais, já que nela se refletem os 
conflitos da sociedade. Na sociedade civil também há uma diversidade de interesses 
e de visões que precisa ser debatida, confrontada, negociada, buscando-se um 
consenso mínimo. Essa formulação hoje se torna complexa devido à fragmentação 
das organizações, apesar de algumas iniciativas de articulação em alguns setores. 
Alguns elementos de conteúdo e de processo na estruturação das políticas 
públicas já estão claros, tais como: sustentabilidade, democratização, eficácia, 
transparência, participação, qualidade de vida. Esses elementos precisam ser 
traduzidos, contudo em parâmetros objetivos, para que possam nortear a elaboração, 
implementação e avaliação das políticas propostas. 
Para uma participação efetiva e eficaz da sociedade civil, alguns momentos 
podem ser identificados e precisam ser devidamente acompanhados: 
a) Elaboração e formulação de um diagnóstico participativo e estratégico com 
os principais atores envolvidos, no qual se possa identificar os obstáculos ao 
desenvolvimento, fatores restritivos, oportunidades e potencialidades; negociação 
entre os diferentes atores; 
b) Identificação de experiências bem-sucedidas nos vários campos, sua 
sistematização e análise de custos e resultados, tendo em vista possibilidades de 
ampliação de escalas e criação de novas alternativas; 
c) Debate público e mobilização da sociedade civil em torno das alternativas 
mais entre os atores; 
d) Decisão e definição em torno de alternativas; competências das diversas 
esferas públicas envolvidas, dos recursos e estratégias de implementação, 
cronogramas, parâmetros de avaliação; 
e) Detalhamento de modelos e projetos, diretrizes e estratégias; identificação 
das fontes de recursos; orçamento; mobilização dos meios disponíveis e a 
providenciar; mapeamento de possíveis parcerias, para a implementação; 
 
f) na execução, publicação, mobilização e definição de papéis dos atores, 
suas responsabilidades e atribuições, acionamento dos instrumentos e meios de 
articulação; 
g) na avaliação, acompanhamento do processo e resultados conforme 
indicadores; redefinição das ações e projetos. 
15 A PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL 
 
Fonte:www.radioceres.com.br 
Para a maioria dos analistas, só há mudanças no conteúdo e na metodologia 
das políticas públicas com mudanças nas elites políticas, na composição do poder 
político. É certo que mudanças mais substantivas só podem ocorrer quando 
efetivamente se muda a composição do poder, mas pode-se obter conquistas sociais 
através da mobilização social, da ação coletiva, sobretudo quando esta passa a ter 
um conteúdo de proposição, de debate público de alternativas e não de mera crítica. 
 
Para isso, é necessário que as proposições sejam legitimadas por um amplo 
consenso e que tenham uma abrangência maior que os interesses corporativos ou 
setoriais. 
Essa é a realidade do atual processo social em que a sociedade civil, 
articulada em suas organizações representativas em espaços públicos, passa a 
exercer um papel político amplo de construir alternativas nos vários campos de 
atuação do Estado e de oferecê-las ao debate público, coparticipando, inclusive, na 
sua implementação e gestão. 
 
 
Fonte:www.faintvisa.com.br 
Há, hoje, no país, uma série de experiências desenvolvidas por ONGs e 
organizações de base que podem servir de referência para a elaboração de propostas 
e alternativas de políticas públicas. Vários canais institucionais podem ser utilizados 
para esse debate, desde os Conselhos de Gestão, até espaços autônomos já em 
funcionamento ou a serem criados em áreas específicas. 
Deve-se também usar alguns mecanismos, de natureza administrativa, judicial 
ou parlamentar, criados a partir da Constituição de 88, para exercer, junto ao Estado, 
um papel mais ativo e propositivo, inclusive de controle e avaliação de ações 
negociadas. 
 
16 POLÍTICAS PÚBLICAS MUNICIPAIS 
 
Fonte: 2kvs9z2bdnj126e1qq1q78tm.wpengine.netdna-cdn.com 
17 A REALIDADE DOS MUNICÍPIOS 
Com a Constituição de 88, os municípios adquirem a autonomia política, 
através da elaboração de sua própria lei orgânica e demais leis e da escolha direta de 
seus governantes. Ampliam sua competência em áreas importantes como a política 
urbana e transportes coletivos. 
Apesar do aumento de sua capacidade financeira, a participação dos 
municípios na receita tributária global não supera os 18 ou 20%. No entanto, eles 
assumem vários encargos e responsabilidades das outras esferas, o que os obriga a 
negociar recursos nos diversos programas federais ou estaduais. 
Com uma frágil base econômica, ao lado da ineficiência administrativa, os 
recursos próprios na maioria dos municípios não vão além dos 5% do total da receita. 
Dessa forma, a autonomia de realizar políticas próprias sem vinculação aos 
programas federais e estaduais é mínima. 
Os prefeitos, na maioria dos municípios com base político-eleitoral nas elites 
proprietárias, não assumem os riscos de uma política tributária mais realista. A política 
econômica neoliberal acentua os impactos sobre o emprego, a renda e as condições 
de vida nos municípios. Os municípios, até então alheios às questões econômicas, 
veem-se pressionados a realizar programas de geração de renda e emprego. Nem 
 
assim, elesdecidiram-se a qualquer iniciativa na questão agrícola ou rural, apesar de 
a maioria deles terem sua sustentação econômica nesse setor. 
18 COMPETÊNCIAS MUNICIPAIS 
Competências são responsabilidades e encargos atribuídos a cada esfera 
governamental para realizar sua gestão. São definidas na Constituição Federal e, no 
caso dos municípios, detalhadas nas Leis Orgânicas. 
Há competências privativas de cada esfera governamental e as comuns e 
concorrentes. O município tem ampla autonomia para definir suas políticas e aplicar 
seus recursos, no caso das competências privativas ou exclusivas. 
Elas são definidas no art. 30 da Constituição Federal: 
a) legislar sobre assuntos de interesse local, expressão bastante abrangente, 
detalhada na Lei Orgânica. 
b) instituir e arrecadar impostos sobre serviços, predial urbano, transmissão 
intervivos de bens imóveis, varejo de combustíveis líquidos. 
O município pode, ainda, regular matérias conforme peculiaridades locais, ou, 
em caso de omissão de outra esfera, não sendo competência exclusiva, preencher a 
lacuna. 
Nas áreas tradicionalmente objeto de políticas públicas, como assistência 
social, meio ambiente, habitação, saneamento, produção agropecuária, 
abastecimento alimentar, educação, saúde, o município tem competência comum com 
a União e o Estado, a ser exercida com a cooperação dessas esferas de poder, pela 
transferência de recursos, ou pela cooperação técnica. 
Até hoje não regulamentadas, as fronteiras entre as esferas de poder 
permanecem indefinidas, resultando na superposição de atividades. Importante 
lembrar que o capítulo da Ordem Social da Constituição assegura, de forma clara, a 
participação da comunidade e a gestão democrática. 
Mesmo sem definição clara, o município possui, portanto, bastante 
competências. 
O problema maior são os recursos. Em um processo de descentralização 
desordenado, muitos encargos estão sendo transferidos sem os recursos. Estes 
dependem das chamadas transferências negociadas, que consideram a posição 
 
política, o prestígio e a vinculação partidária dos prefeitos e parlamentares, cujas 
alianças se pautam, em grande parte, pelos interesses eleitoreiros e clientelistas. 
As receitas dos fundos de participação são distribuídas com critérios que 
concentram a renda tributária em poucos municípios, os de maior desenvolvimento 
econômico. As parcelas transferidas diminuem com a recessão que reduz os recursos 
e com as políticas de ajuste fiscal que repassam parte dos recursos para fundos como 
o de Estabilização Fiscal. 
 
 
Fonte:image.slidesharecdn.com 
 
A administração dos municípios fica ainda mais precária com o desmonte, nos 
últimos anos, de agências técnicas federais e estaduais que lhe prestavam 
assistência. Na política neoliberal, a descentralização é, principalmente, a 
transferência da responsabilidade da execução e custeio de políticas para a família e 
a sociedade. 
Em paralelo, mantém-se a transferência de subvenções sociais para 
entidades indicadas, com critérios político-eleitorais, por parlamentares ou outras 
instâncias do poder, pulverizando recursos sem priorizar as necessidades da 
população. 
Assim, propor, formular e participar da gestão de alternativas de políticas 
públicas é enorme desafio para a sociedade civil. E só é possível tratando da 
distribuição e alocação dos recursos públicos e da composição do poder público. 
 
19 A PRÁTICA DA DESCENTRALIZAÇÃO EM ALGUMAS ÁREAS: AVANÇOS E 
DESAFIOS 
20 SAÚDE 
Na área da saúde, ocorreu maior a descentralização, em uma política 
deliberada, resultado de um processo social dinâmico, partindo de experiências 
concretas, que propiciaram as diretrizes básicas para o modelo implantado em todo o 
país – o SUS. 
Apesar de todo o processo de participação, permanecem alguns elementos 
centralizadores: a aprovação e análise técnica de programas e projetos para repasse 
de recursos; fixação e centralização de fiscalização de tarifas no Ministério. A 
burocracia central mantém grande parcela de poder, permanecendo a influência 
clientelista no repasse de recursos. 
O SUS vive hoje sérios impasses. Não tem uma coordenação que garanta 
equidade no atendimento a municípios tão heterogêneos. 
Na prática, prevalece a lógica privada: os setores privados recebem recursos 
para atender setores sociais não carentes e, além disso, o sistema de remuneração 
dos serviços à base de fatura permite a corrupção e o descaso com custo e qualidade 
de serviços. A política de redução dos gastos leva à deterioração cada vez maior do 
atendimento à população carente. 
Apesar de sua fragilidade, a existência de mais de 3 mil Conselhos Municipais 
de Saúde indica a possibilidade de uma ação mais ofensiva e consequente diante da 
situação. 
21 EDUCAÇÃO 
Quanto à Educação, a descentralização não andou muito. Houve algum 
avanço, a exemplo da gestão da merenda escolar, mesmo que sem repasse 
automático de recursos, transferência da rede de escolas técnicas e algumas 
experiências de descentralização em municípios. 
 
 
Fonte:www.sintramformg.com 
Mas permanece a centralização institucional, os recursos centralizados no 
Fundo Nacional de Educação (FNDE) e na Fundação de Apoio ao Estudante (livro 
didático e transporte escolar) e utilizados ao sabor das conveniências político-
eleitorais e da resistência dos burocratas. 
A indefinição de competências entre os poderes tem levado os municípios a 
atuar nos vários níveis, embora a permanência da centralização de recursos contribua 
para a oferta de ensino inadequado ou de baixa qualidade. 
Os movimentos sociais precisam retomar a mobilização no setor, devido à 
importância estratégica que tem a educação, inclusive para a concretização de outros 
direitos e para atingir um mínimo de equidade social. 
É preciso garantir e efetivar as conquistas da Constituinte, sobretudo a 
gratuidade do ensino, a valorização do profissional do ensino, a garantia do padrão 
de qualidade, gestão democrática e vinculação de recursos. 
A LDB (Lei de Diretrizes e Bases) garante a instalação de Conselhos, além 
de assegurar ao cidadão e entidades representativas o direito de acionar, por 
negligência, a autoridade que não garantir o ensino obrigatório. 
 
 
Fonte:portalbrasil10.com.br 
Além do aspecto propriamente educacional, merecem atenção: 
a) efetivo cumprimento da vinculação constitucional de verbas; 
b) redistribuição de recursos do salário-educação; 
c) fixação de critérios para alocação de recursos para material escolar, 
alimentação e transporte; 
d) maior participação dos Conselhos na gestão e formulação de políticas; 
e) efetiva implementação do Plano de Valorização do Magistério, cujos 
recursos devem ser controlados por um Conselho específico. 
6.3.3- Habitação e desenvolvimento urbano 
A esfera federal permanece alheia à habitação e questão urbana. Há algumas 
iniciativas localizadas. 
A Constituição Federal cria alguns instrumentos para viabilizar a definição 
explícita da competência municipal: 
a) obrigatoriedade do Plano Diretor para cidades com população superior a 
20 mil habitantes; 
b) exigência de adequada utilização e aproveitamento do solo urbano; 
c) concessão do uso de terrenos; 
d) usucapião urbano 
A maioria desses direitos não foi ainda regulamentada. Os municípios não 
podem investir em programas de maior alcance, por falta de recursos e de apoio 
técnico. 
 
Nos últimos anos, os movimentos em torno da questão urbana têm se 
fortalecido. 
22 ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Fonte:www.larharmonia.org.br 
 
A Constituição reconhece como direito a Seguridade Social, que inclui a 
Assistência Social, a Saúde e a Previdência Social, com iguais diretrizes de 
universalidade, equidade e gestão democrática. 
A formulação de Assistência Social conseguiu superar a tradição de 
benemerência e caridade, suportes do fisiologismo e de clientelismo, embora estas 
práticasainda dominem. 
O grande salto foi conceber a Assistência como direito de cidadania, política 
pública, prevendo ações de combate à pobreza e promoção do bem-estar social, 
articulada às outras políticas, inclusive a econômica. Na prática, este compromisso 
entre o Estado e a sociedade para a criação de condições dignas de vida não vem se 
efetivando e a cultura da elite que tutela o carente ainda se mantém. 
O entendimento constitucional é definido na LOAS – Lei Orgânica de 
Assistência Social, envolvendo ações destinadas à família, maternidade, infância, 
adolescência, velhice, portadores de deficiências, inserção no mercado de trabalho. 
Seus princípios são da universalização, respeito à cidadania, igualdade de acesso aos 
 
serviços, transparência, descentralização, participação de organizações da sociedade 
civil na formulação das políticas e no controle das ações e a primazia da 
responsabilidade do Estado na condução das políticas. 
Tudo isso esbarra na precariedade e indefinição de recursos. Os municípios 
recebem a responsabilidade pelas ações, mas dependem de negociações para 
liberação de recursos, apesar da previsão de Fundos especiais. 
Os recursos previstos são do orçamento da seguridade social, já muito 
comprometido com saúde e previdência, ambas deficitárias. 
23 PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Fonte:previews.123rf.com 
 
A Previdência é uma política universal: estende-se a todos, indistintamente, 
desde que seus contribuintes. 
O governo tenta resolver a questão do déficit da Previdência, resultado de 
sonegação e fraudes, com o aumento do tempo de contribuição e revisão de 
aposentadorias. 
Na área rural, há dois problemas fundamentais: 
a) inexistência de uma regulamentação da forma de contribuição; 
b) crescente burocratização do processo de comprovação de atividade rural 
para fins de aposentadoria. O trabalhador excluído do seu direito de aposentadoria, 
amplia a necessidade da assistência social, já caótica. 
 
24 POLÍTICA AGRÍCOLA 
 
Fonte:www.manica.com.br 
 
A lei de política agrícola (8.171 de 17.01.91), do ponto de vista formal, define 
os princípios fundamentais, objetivos e competências institucionais, prevê recursos, 
estabelece ações e instrumentos. 
A lei enfatiza a questão econômica (produtividade, incremento à produção, 
regularidade de abastecimento), enquanto a Constituição tem por referência a função 
social da propriedade. Equiparar estas duas dimensões, em nossa estrutura agrária, 
significa uma opção pelo produtivismo e pela tecnificação, independente de seus 
impactos sociais e ambientais. 
A lei descentraliza a execução dos serviços de apoio ao setor rural, mas 
centraliza a elaboração da política de desenvolvimento rural, prevendo ações de 
abrangência ampla, como planejamento, crédito, mecanização ou infraestrutura. 
Apesar da existência de um Conselho Nacional, as ações são da 
responsabilidade do Ministério, com diminuta interferência do Conselho. Quanto aos 
recursos, prevê- se um Fundo Nacional de Desenvolvimento Rural, sem nenhuma 
determinação de repasse a municípios ou controle do Conselho. 
A agenda da questão agrícola e agrária, impõe, além da reivindicação pela 
posse da terra, as questões de habitação, transporte e alimentação. Torna-se urgente, 
então, diante das especificidades locais e regionais, uma política agrícola de base 
municipal, que se desenharia a partir de alguns eixos: 
 
a) apoio à reforma agrária – dotar os assentamentos de infraestrutura social 
e produtiva, mediar o escoamento da produção; 
b) desenvolvimento da agricultura familiar; 
c) alimentação e abastecimento; 
d) meio ambiente; 
e) condições de melhoria de condições de vida da população rural; 
f) adequação do currículo escolar. 
Uma importante conquista foi o PRONAF (Programa Nacional de 
Fortalecimento da Agricultura Familiar), que possibilita: 
· maior democratização do crédito rural para parte dos agricultores familiares; 
· recursos para infraestrutura no município; 
· capacitação de técnicos e agricultores familiares; 
· recursos para assistência técnica e extensão rural de infraestrutura. 
25 OS IMPASSES OU DIFICULDADES DO SUS 
Apesar dos seus inegáveis avanços, como atestam os números citados 
anteriormente, a construção do SUS encontra vários entraves, entre os quais 
destacamos, para os propósitos do presente texto, apenas dois, até porque eles com 
certeza impactam diretamente no seu trabalho como membro de uma equipe de saúde 
da família: 
a) o subfinanciamento; 
b) as insuficiências da gestão local do SUS. 
 
 
Fonte:cartaosus.org 
 
a. O subfinaciamento, isso é, os recursos destinados à operacionalização e 
financiamento do SUS, fica muito aquém de suas necessidades. Para Nelson 
Rodrigues dos Santos (SANTOS, 2007), “a atualização do financiamento federal 
segundo a variação nominal do PIB não vem sequer acompanhado o crescimento 
populacional, a inflação na saúde e a incorporação de tecnologias. Mantém o 
financiamento público anual per capita abaixo do investido no Uruguai, Argentina, 
Chile e Costa Rica e por volta de 15 vezes menor que a média do praticado no 
Canadá, países Europeus, Austrália e outros. Também é fundamental ter presente 
que a indicação de 30% do Orçamento da Seguridade Social para a Saúde, como era 
previsto nas Disposições Constitucionais Transitórias (DCT) da Constituição, era o 
mínimo para iniciar a implementação do SUS com Universalidade, Igualdade e 
Integralidade. Se tivesse sido implementada tal medida, hoje haveria R$ 106,6 bilhões 
para o financiamento do sistema e não aos R$ 48,5 bilhões aprovados para o 
orçamento federal de 2008. O financiamento do SUS é marcadamente insuficiente, a 
ponto de impedir não somente a implementação progressiva/incremental do sistema, 
como e principalmente de avançar na reestruturação do modelo e procedimentos de 
gestão em função do cumprimento dos princípios Constitucionais”. Para quem 
trabalha na Estratégia da Saúde da Família, tal insuficiência é sentida, principalmente, 
quando há necessidade de se acessar os outros níveis de maior complexidade do 
sistema, cuja oferta parece sempre aquém das demandas. Por outro lado, o autor 
destaca que “houve também a opção dos governos pela participação do orçamento 
federal no financiamento indireto das empresas privadas de planos e seguros de 
saúde por meio da dedução do IR, do co-financiamento de planos privados dos 
servidores públicos incluindo as estatais, do não ressarcimento ao SUS pelas 
empresas do atendimento aos seus afiliados, pelas isenções tributárias e outros, que 
totalizada mais de 20% do faturamento do conjunto dessas empresas”. 
 
 
 
Fonte;jornalggn.com.br 
 
 b. As insuficiências da gestão local do SUS. A gestão municipal dos 
recursos do SUS vem funcionando apenas em parte – sem desconsiderar que os 
recursos para o SUS são insuficientes. A gestão municipal é idealizada pelo projeto 
da Reforma Sanitária Brasileira como mais eficaz, porque “estaria mais próxima dos 
cidadãos” e mais sensível aos seus anseios. O SUS denomina como “gestão local” 
conjunto de atividades desenvolvidas pelos gestores municipais, visando a 
operacionalização, na prática e em seus contextos sócio-político-institucionais 
singulares, das grandes diretrizes política do Sistema Único de Saúde. Pesquisadores 
do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo 
realizaram recente pesquisa em 20 pequenos municípios de duas regiões de saúde 
próximas a São Paulo. Por serem municípios pequenos, estes funcionaram como um 
verdadeiro “laboratório” de observação das reais condições de operacionalização em 
muitos municípios brasileiros, já que pouco mais de 80% dos municípios do país têm 
menos de 20 mil habitantes. Vejamos alguns dados sobre a operacionalização real do 
SUS mostrados pelo estudo (CECÍLIO et al., 2007): 
A baixa resolutividade da rede básica de serviços montada no paísdesde a 
década de 1980, mas acelerada nos anos 1990, fruto de uma gestão do cuidado 
desqualificada, em particular pela realização de uma clínica degradada, pela baixa 
capacidade de construção de vínculo e produção de autonomia dos usuários. Tem 
havido grande dificuldade de produção de alternativas de cuidado ao modelo 
 
biomédico e sua poderosa articulação com o complexo médico-industrial e acelerado 
processo de incorporação tecnológica. 
 
 
Fonte;z1portal.com.br 
Isso tem resultado em encaminhamentos desnecessários e excessivos, e 
alimenta as filas de espera em todos os serviços de média e alta complexidade, além 
de resultar na fragmentação dos cuidados prestados; na repetição desnecessária de 
meios complementares de diagnóstico e terapêutica; numa perigosa poli prescrição 
medicamentosa; na confusão e isolamento dos doentes, e inclusive na perda de 
motivação para o trabalho por parte dos clínicos da rede básica. 
Os modelos assistenciais e consequentes modos de organização de 
processos de trabalho adotados na rede básica de saúde têm resultado, quase 
sempre, em pouca flexibilidade de atendimento das necessidades das pessoas e 
dificuldade de acesso aos serviços em seus momentos de maior necessidade, 
fazendo aumentar a demanda desordenada pelos serviços de urgência/emergência. 
 
 
Fonte;pt.slideshare.net 
Deficiência na formação dos profissionais de saúde, ainda muito centrada em 
práticas curativas e hospitalares, com consequente dificuldade de desenvolvimento 
de práticas mais integrais e resolutivas de cuidado, incluindo a capacidade de 
trabalhar em equipe, implementar atividades de promoção e prevenção em saúde e 
ter uma postura mais ética e cuidadora dos usuários do SUS. 
Deficiência na gestão dos sistemas locoregionais de saúde que se traduz em: 
 a. Baixa capacidade de fazer uma adequada regulação do acesso aos 
serviços de saúde voltada para seu uso mais racional e produtivo; 
 b. Baixíssima ou quase nula capacidade de gestão do trabalho médico, em 
particular a avaliação e acompanhamento da produtividade, qualidade do trabalho e 
resolutividade destes profissionais; 
c. Baixa capacidade de planejamento/programação de serviços a partir de 
indicadores epidemiológicos e estabelecimento de prioridades para alocação de 
recursos; 
d. Pouca ou nenhuma prática de priorização de “gestão de casos” em situação 
de alta vulnerabilidade dos pacientes com o objetivo de garantir o uso dos múltiplos 
recursos necessários para o cuidado de forma mais racional e integrada. 
 
 
Fonte:www.ncsaude.com.br 
 
O forte protagonismo dos usuários, que ainda fazem uma clara valorização do 
consumo de serviços médico-hospitalares, a garantia de acesso ao atendimento mais 
rápido em serviços de urgência/emergência e a busca por segurança e satisfação na 
utilização de tecnologias consideradas mais potentes, em particular a utilização de 
fármacos, a realização de exames sofisticados e o acesso a especialistas. Tais 
percepções seriam componente importante da explicação da demanda sem fim por 
atendimento médico que desqualifica todos os parâmetros de programação e 
planejamento dos serviços de saúde. Todas essas explicações talvez pudessem ser 
dispostas na forma de uma complexa rede causal que, mesmo tendo seus “nós 
críticos”, acabam todas, de uma forma ou de outra, contribuindo para a formação de 
filas, a demora no acesso e as longas esperas. Em última instância, reforçando a 
reconhecida insuficiência de recursos necessários para o atendimento às 
necessidades das pessoas. 
Santos, falando das dificuldades do SUS (SANTOS, 2007) aponta para 
problemas parecidos. Observe: 
 
 
 
Fonte:saudenegra.blogspot.com.br 
a. “A atenção básica expande-se às maiorias pobres da população, mas na 
média nacional estabiliza-se na baixa qualidade e resolutividade, não consegue 
constituir-se na porta de entrada preferencial do sistema, nem reunir potência 
transformadora na estruturação do novo modelo de atenção preconizado pelos 
princípios constitucionais”; 
b. “Os serviços assistenciais de média e alta complexidade cada vez mais 
congestionados reprimem as ofertas e demandas (repressão em regra iatrogênica e 
frequentemente letal) ”; 
c. “Os gestores municipais complementam valores defasados da tabela do 
SUS na tentativa de aliviar a repressão da demanda, nos serviços assistenciais de 
média e alta complexidade”; 
d. “Com o enorme crescimento das empresas de planos privados, e 
consequente agressividade de captação de clientela, as camadas médias da 
sociedade, incluindo os servidores públicos, justificam e reforçam sua opção pelos 
planos privados de saúde”; 
e. “As diretrizes da integralidade e equidade pouco ou nada avançam”; f. 
“A judicialização do acesso a procedimentos assistenciais de médio e alto custo às 
camadas média-média e média-alta da população aprofundam a iniquidade e a 
fragmentação do sistema”; 
 
g. “O modelo público de atenção à saúde vai se estabilizando em pobre e 
focalizado aos 80% pobres da população, e em complementar e menos pobre aos 
20% compradores de planos privados. 
 
 
Fonte:averdade.org.br 
O autor continua, ao afirmar que “ao lado dos inestimáveis avanços da 
inclusão, com a expansão dos serviços públicos, atendendo necessidades e direitos 
da população, permanece ainda um inaceitável porcentual de ações e serviços 
evitáveis ou desnecessários, bem como de tempos de espera para procedimentos 
mais sofisticados, geradores de profundos sofrimentos com agravamento de doenças 
e mortes evitáveis. Só de hipertensos temos 13 milhões e de diabéticos, 4,5 milhões 
na espera de agravamento com insuficiência renal, doenças vasculares e outras, mais 
de 90 mil portadores de câncer sem acesso oportuno à radioterapia, 25% dos 
portadores de tuberculose, hansenianos e de malária sem acesso oportuno e 
sistemático ao sistema, incidências anuais de 20 mil casos novos de câncer 
ginecológico e 33 mil casos novos de AIDS, entre dezenas de exemplos de repressão 
de demandas”. Santos ainda aponta que “Os gestores municipais e estaduais do SUS, 
os trabalhadores de saúde e os prestadores de serviços encontram-se no sufoco e 
angústia de atender os sofrimentos e urgências de “hoje e ontem”, obrigados a reprimir 
demandas, sabendo penosamente que ações preventivas e de diagnósticos precoces 
impediriam o surgimento da maior parte de casos graves e urgentes, mas obrigados 
 
a priorizar os casos de maiores sofrimentos e urgências devido à insuficiência de 
recursos. 
 
 
Fonte:www.blogcantinhojutavares.com 
A reprodução do complexo médico-industrial, os casos de corporativismos 
antissociais e até de prevaricações e corrupções encontram terreno fértil nesse 
sufoco. Este contexto extremamente adverso e desgastante não justifica, contudo, 
passividades e conivências com irresponsabilidades sanitárias perante os princípios 
e diretrizes constitucionais, na gestão descentralizada do SUS nem ao nível central. 
O modo de financiar e institucionalizar a política pública com base no direito à 
igualdade e à vida é ainda marginal, e muito cuidado e dedicação devem ser tomados 
para que as imprescindíveis inovações de gestão permaneçam vinculadas à visão e 
compromisso de futuro e de sociedade pautados por esse direito”. 
 
 
Fonte:vereadornatalini.com.br 
 
 
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