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Prévia do material em texto

Psicologia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Gisele de Lima Fernandes Ribeiro
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Psicologia Aplicada
• Introdução
• Psicologia como Ciência Básica
• Aplicação da Psicologia como Ciência
• Psicologia Organizacional e do Trabalho
• Psicologia da Educação
• Psicologia e Saúde
 · Objetiva-se que o estudante, ao concluir a unidade de estudo, seja 
capaz de distinguir algumas das características de uma ciência básica 
e uma ciência aplicada, especialmente a Psicologia.
 · Pretende-se ainda que o estudante possa identificar os principais 
objetivos de algumas das especializações da Psicologia, tais como, 
por exemplo, a Psicologia do Trabalho e Organizacional, a Psicologia 
da Educação e a Psicologia em Saúde.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Psicologia Aplicada
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Psicologia Aplicada
Introdução
A Psicologia é, ao mesmo tempo, uma ciência básica e uma ciência aplicada. 
Mas o que isso quer dizer? Convém que você entenda a diferença entre a ciência 
básica, ou seja, a ciência pura, sem preocupações relacionadas às aplicações prá-
ticas, e a ciência aplicada, ou seja, a aplicação prática dos conhecimentos produ-
zidos pela ciência.
É chamada de ciência básica (ou ciência pura, ou ainda, ciência fundamental) a 
pesquisa científica que não tem interesses imediatos. Ela é motivada pela busca da 
verdade e pelo avanço das fronteiras do conhecimento humano.
Importante!
Atenção, percepção, escolha, memória, pensamento, motivação, linguagem e aprendi-
zagem são alguns dos processos psicológicos básicos estudados pela psicologia como 
ciência básica.
Importante!
A chamada ciência aplicada, por sua vez, é a aplicação dos conhecimentos 
científicos na solução de um problema prático ou para um determinado fim utilitário.
Não se trata de duas ciências, separadas. Ciência básica ou aplicada são apenas 
objetivos diferentes da mesma ciência. Os fundamentos, métodos e conceitos são 
os mesmos. As expressões básica e aplicada especificam o tipo de estudo que está 
sendo feito: se é voltado para ampliar os horizontes do conhecimento, aprofundando 
algum aspecto dos fundamentos de determinada ciência é chamado de ciência 
básica; se é voltado para a aplicação prática dos conhecimentos fundamentais 
solução de algum problema, é chamado de ciência aplicada.
Importante!
Experimentos realizados dentro do Modelo de Perspectiva Comportamental (BPM) in-
vestigam a influência do ambiente e das consequências (reforçadores) no comporta-
mento de escolha de consumidor (FOXALL, 1999). Experimentos BPM é um exemplo 
de psicologia aplicada, ou seja, do estudo de um conceito básico (comportamento de 
escolha) aplicado a uma situação prática.
Você Sabia?
Não existe ciência aplicada sem ciência básica. Por outro lado, a pesquisa 
aplicada à busca de soluções para questões práticas traz, o tempo todo, novas 
descobertas, novas ideias, novos problemas e novos dados, contribuindo para o 
desenvolvimento dos próprios fundamentos da ciência.
8
9
Psicologia como Ciência Básica
Embora a ciência básica não traga retornos imediatos, em termos de resultados 
sociais ou econômicos, é ela que fornece os fundamentos sobre os quais a pesquisa 
aplicada pode desenvolver sua prática utilitária. Por isso, não há desenvolvimento 
de aplicações científicas se não existir o domínio dos fundamentos em que uma 
determinada Ciência se constrói e se desenvolve.
Pode demorar muitos anos até que seja encontrada, para uma nova descoberta 
em ciência pura, uma aplicação prática. E pode até ocorrer o caso de que 
alguma descoberta científica jamais apresentar um desdobramento utilitário. 
Mas, a ampliação dos horizontes do conhecimento proporcionado por uma nova 
descoberta poderá trazer, de modo totalmente imprevisto, desdobramentos práticos 
e utilitários.
É impossível prever qual descoberta, em pesquisa científica básica, poderá trazer 
ou não aplicações práticas. Mas, se a pesquisa científica fosse, a cada momento, 
se perguntar pelas possíveis aplicações práticas de suas investigações, ela jamais 
poderia avançar!
Por isso, os pesquisadores em ciência básica devem estar voltados para a 
ampliação dos horizontes do conhecimento, de modo desinteressado. Mas, sem 
eles, sem a pesquisa em ciência básica, não será possível o desenvolvimento da 
ciência aplicada, com seus resultados utilitários, sociais ou econômicos.
Um exemplo de conceito básico estudado pela Psicologia é a Motivação. Pesquisadores 
realizam pesquisas básicas procurando aprofundar o conhecimento desse importante 
conceito. Mas é interessante destacarmos que, considerando as diferentes abordagens da 
Psicologia, teremos diferentes formas de compreensão e de estudo de um mesmo conceito 
básico. Por exemplo, de acordo com a Psicanálise nossas motivações são pulsionais. Origina-
se de uma pulsão, de uma tensão interna contínua, cujo objetivo é a descarga de uma 
tensão acumulada. Já a Análise do Comportamento explica motivação por meio do conceito 
de “Operações Estabelecedoras”, que são defi nidas como eventos ambientais que modifi cam 
a qualidade reforçadora de um estímulo, evocando todo o comportamento que, no passado, 
foi seguido por tal estímulo. Assim, se para a Psicanálise a ação motivadora é proveniente 
da necessidade de livrar-se de uma tensão acumulada; para a Análise do Comportamento, 
a ação motivadora se dá diante da necessidade (ou privação) se um estímulo, o que evoca 
respostas que, no passado, foram seguidas daquele estímulo.
Ex
pl
or
A ciência básica comumente é desenvolvida nas Universidades e precisa de fi-
nanciamento governamental, já que ela é interesse de toda a sociedade, mas, sem 
gerar retorno imediato, não pode sustentar seus custos. A pesquisa em ciência bási-
ca é indispensável, mas não pode ser medida em termos de resultados financeiros!
9
UNIDADE Psicologia Aplicada
Aplicação da Psicologia como Ciência
A aplicação dos métodos e conhecimentos da ciência básica Psicologia na 
solução dos diversos problemas do cotidiano seja na esfera individual, no campo 
social como no mundo dos negócios, é chamada de Psicologia Aplicada. Hoje em 
dia, em praticamente todas asatividades profissionais utiliza-se conhecimentos da 
Psicologia Aplicada.
Na realidade, a todo o momento estamos utilizando conceitos da Psicologia 
Aplicada. O objetivo da Psicologia Aplicada é contribuir para suprir as necessidades 
dos diferentes aspectos da vida social.
A Psicologia Aplicada tem várias especialidades e campos de pesquisa. Tanto 
que o próprio Conselho Federal de Psicologia, no ano de 2007, instituiu por meio 
da resolução CFP nº 13/2007, por meio da qual formaliza estabelecendo normas, 
procedimentos e registros às possíveis especialidades em psicologia, que vêm a 
coincidir com a aplicação em outras áreas do conhecimento.
O Conselho Federal de Psicologia por meio da Resolução CFP Nº 013/2007, consolida os 
títulos de especialistas em Psicologia. O texto da Resolução pode ser consultado por meio 
do link: https://goo.gl/0Y0A8o
Ex
pl
or
Dentre as possíveis aplicações da ciência psicológica, que tem feito emergir 
especialistas, estão: Psicologia Organizacional e do Trabalho; Psicologia Escolar 
e Educacional; Psicologia e Saúde; Psicologia de Trânsito; Psicologia Jurídica; e 
Psicologia do Esporte, para citar algumas.
Detalharemos a seguir algumas das aplicações/especializações da psicologia 
enquanto ciência.
Psicologia Organizacional e do Trabalho
A Psicologia do Trabalho e Organizacional estuda o comportamento dos 
indivíduos e dos grupos no ambiente de trabalho. É uma aplicação bastante 
diversificada e tem por objetivos obter melhores resultados dos funcionários e 
orientar as organizações na prevenção de problemas de saúde.
Os conhecimentos em Psicologia do Trabalho e Organizacional são importantes 
para os profissionais de todas as áreas. Dentre as áreas abordadas pela Psicologia 
do Trabalho, algumas são: saúde do trabalhador e gestão de recursos humanos.
A Psicologia do Trabalho e Organizacional lida, entre outros temas, com a preven-
ção e a promoção de saúde do profissional em seu ambiente de trabalho, considerando 
a subjetividade dos indivíduos, mas sem perder o foco dos objetivos organizacionais.
10
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Nesse aspecto, os conhecimentos em Psicologia Organizacional, ajudam a 
identificar situações, presentes ou potenciais, de estresse, desgaste físico ou 
emocional, desânimo e falta de motivação e clima psicossocial desfavorável à 
saúde ou à produtividade, orientando as decisões dos administradores na adoção 
de medidas corretivas ou preventivas.
Muitas horas de trabalho contínuo podem trazer estresse, fadiga, mau humor, 
além de comprometer a qualidade do trabalho. Diante dessas situações, a Psicologia 
do Trabalho recomenda a introdução de atividades de lazer ou relaxamento, antes e 
em intervalos da jornada de trabalho. Uma das medidas que mais têm se multiplicado 
é a adoção de programas de qualidade de vida no trabalho, que têm por objetivo 
reter talentos e aumentar a produtividade dos funcionários.
Na Gestão de Recursos Humanos, a Psicologia auxilia tanto no recrutamento e 
seleção de pessoal, quanto no acompanhamento do trabalhador durante o período 
de experiência. Cuida, também, do apoio e gerenciamento ao desenvolvimento 
desse profissional dentro da organização.
Nos processos de recrutamento e seleção de pessoal a Psicologia pode auxiliar 
na escolha do profissional mais adequado para o desempenho das funções na 
empresa. Para isso, utiliza técnicas específicas, tais como: entrevista pessoal, 
dinâmicas de grupo, testes psicológicos e inventário de interesses.
O acompanhamento do funcionário no período de experiência, também pode 
ser auxiliado pela Psicologia do Trabalho, que pode desempenhar o papel de 
responsável por integrar o novo colaborador na organização. Esse trabalho de 
integração do novo funcionário inclui orientações quanto a missão, a visão e a 
cultura da organização em que ele está ingressando. E também busca adaptá-lo ao 
seu setor e aos seus colegas de trabalho.
O desenvolvimento de pessoal também pode ser auxiliado pela Psicologia do 
Trabalho, que assume a responsabilidade de agenciar a formação, especialmente 
no treinamento comportamental.
O treinamento comportamental é uma atividade importante dentro das moder-
nas organizações, e visa orientar os funcionários no sentido de apresentarem, no 
dia a dia de seu trabalho, uma postura, atitude e comportamento adequados aos 
objetivos da organização. Visa, também, prevenir ou superar problemas de relacio-
namento interpessoal entre funcionários.
Além disso, existe toda uma ampla especialidade do treinamento voltada aos 
executivos e gerentes. Administrar uma empresa, ou algum setor empresarial, é 
atividade cada vez mais complexa.
As funções básicas de gerência - como planejar, organizar, dirigir e controlar - 
são intensamente afetadas pelas mudanças na mentalidade e no comportamento 
das pessoas, exigindo dos administradores muito mais do que autoridade e 
conhecimento do negócio. Flexibilidade, liderança e sensibilidade são cada vez 
mais necessárias para motivar, integrar e dinamizar uma equipe de funcionários.
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UNIDADE Psicologia Aplicada
Somam-se a isso, a complexidade dos sistemas produtivos e administrativos, a 
dinâmica do relacionamento com os clientes, as ameaças advindas da concorrência 
e a variabilidade do contexto socioeconômico.
Desse modo, hoje, cada vez mais, torna-se necessário para executivos e 
gerentes, compreensão do comportamento individual e dos grupos em situação 
de trabalho, compreensão das variáveis que afetam os indivíduos em situação de 
trabalho, habilidades de relacionamento humano em alto grau de refinamento, 
além de capacidade de estimular o desenvolvimento dos funcionários.
Liderar equipes exige compreender o comportamento das pessoas e as 
interações de grupos, administrar conflitos, lidar adequadamente com suas 
emoções e com as dos outros, conduzir reuniões de trabalho produtivas, além e 
orientar o comportamento dos integrantes da equipe no sentido dos resultados 
desejados. No entanto, sabemos que há gerentes que não têm essas habilidades e, 
gerando situações de estresse e conflito desnecessários, acabam por prejudicar a 
produtividade da equipe.
Cursos específicos para gerentes empresariais utilizam conhecimentos da 
Psicologia para desenvolver as habilidades necessárias na liderança e gerenciamento 
de grupos. Além disso, a Psicologia Organizacional desenvolveu conhecimentos 
específicos sobre essas questões, que se constituem em importantes ferramentas 
de apoio à liderança, gerenciamento e administração de equipes.
Uma conclusão fundamental da Psicologia, com aplicação direta na adminis-
tração, é que a qualidade das nossas relações com as pessoas e a eficácia do 
nosso trabalho depende, em grande parte, da nossa capacidade de perceber e 
compreender adequadamente, no dia-a-dia, o comportamento dos outros.
E mais ainda nos dias de hoje, em que as interações sociais e interpessoais 
tornam-se mais complexas. Preparar gerentes, executivos, coordenadores, super-
visores e líderes de equipe para essa realidade é o papel do Desenvolvimento Ge-
rencial, área que utiliza, e muito, conhecimentos da Psicologia.
Há, também, no âmbito da aplicação dos conhecimentos da Psicologia nas 
organizações empresariais, um conjunto de conhecimentos chamados de Psicologia 
do Marketing ou Psicologia do Consumidor.
Na Psicologia aplicada aos negócios e ao comércio, o comportamento e os 
processos psíquicos são estudados considerando o indivíduo como consumidor 
de produtos e serviços. Nesse âmbito, a Psicologia contribui estudando hábitos, 
preferências, desejos, expectativas, modos de pensar, crenças e atitudes envolvidas 
na aquisição de bens ou contratação de serviços no mercado.
Com esses conhecimentos, a psicologia aplicada ao Marketing tem importân-
cia nas áreas de Desenvolvimento de Produtos, Planejamento de Vendas e Aten-
dimento ao Consumidor. Escolha de nichos de mercado, supervisão de vendas e 
criação publicitária também são atividades em que conhecimentos da Psicologia 
se fazem úteis.
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Importante!O estudo das cores pela Psicologia é muito utilizado pela área da Saúde e pela área de 
Negócios. Isso porque as cores estimulam diferentes áreas do cérebro, promovendo 
sensações diversas. Se o azul pode imprimir sensação de calma e maturidade; o laranja 
pode estimular o apetite e transmitir alegria; e o branco, frescor e pureza.
Você Sabia?
Psicologia da Educação
As pesquisas em Psicologia da Educação fundamentam-se na certeza de que a 
educação e o ensino podem melhorar sensivelmente com a utilização adequada dos 
conhecimentos psicológicos.
A Psicologia aplicada à Educação se preocupa em utilizar os princípios e 
informações que essa ciência oferece a respeito do comportamento humano e dos 
processos mentais, para facilitar o processo de ensino-aprendizagem.
Estuda o modo pelo qual os alunos aprendem e se desenvolvem, buscando a 
compreender o aluno, suas necessidades, características individuais, aspectos 
emocionais, intelectuais, físicos e sociais.
O conhecimento advindo da Psicologia aplicada à Educação contribui para 
que o professor compreenda o processo de ensino aprendizagem, os fatores que 
facilitam ou prejudicam esse processo, bem como além das várias formas pelas 
quais o aluno pode aprender.
É também objeto de estudo da Psicologia da Educação as relações entre aluno e 
professor e entre os alunos.
Alguns componentes da Psicologia Aplicada à Educação são: compreensão 
do processo de ensino-aprendizagem; cognição; características da aprendizagem; 
etapas do processo de aprendizagem; tipos de aprendizagem; teorias da 
aprendizagem; aprendizagem criativa; fatores que prejudicam a aprendizagem; e 
avaliação da aprendizagem.
A Psicologia aplicada à Educação busca contribuir para que os educadores 
tenham maior compreensão de suas dificuldades e mais instrumentos para 
superá-las. A Psicologia da Educação apresenta três áreas de pesquisa: Psicologia 
do Desenvolvimento, Psicologia da Aprendizagem e Psicologia Escolar.
A Psicologia do Desenvolvimento estuda, principalmente, o modo como 
se desenvolvem a cognição (os processos mentais ligados ao conhecimento, á 
memória e ao raciocínio), a motricidade (movimentos), a afetividade (sentimentos e 
emoções), a sociabilidade (os processos psicológicos envolvidos no relacionamento 
social, os modos de se relacionar com o outro e com o mundo social) e a percepção 
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UNIDADE Psicologia Aplicada
(os modos de perceber o mundo pelos sentidos, como a visão, a audição, o tato, o 
olfato e o paladar).
O estudo do desenvolvimento desses processos psicológicos é considerado mui-
to importante para a Educação, porque nós não nascemos com um tipo de com-
portamento já definido, nem com as características psicológicas já estabelecidas. 
O desenvolvimento se inicia com base em processos de origem orgânica, corporal, 
chamados reflexos, que são semelhantes em todos os indivíduos saudáveis. Mas as 
características psicológicas do sujeito se constituem em um complexo processo de 
interações com os outros, com a cultura e com as situações que se apresentam em 
sua vida. Nessas interações, o sujeito age sobre o mundo conforme suas intenções 
e sua compreensão, ao mesmo tempo em que as situações do ambiente exercem 
influência sobre o sujeito, impondo sempre seu posicionamento diante delas. São 
considerados os principais teóricos da Psicologia do Desenvolvimento: Piaget, 
Skinner, Vygotski e Wallon.
A Psicologia da Aprendizagem estuda como o sujeito se apropria do conheci-
mento existente no ambiente social em que vive. O conhecimento existe no mundo 
social, na cultura de uma sociedade. Este conhecimento, embora seja transformado 
a cada momento, tem também um aspecto de continuidade.
Os integrantes das novas gerações, as crianças e os jovens, precisam se apropriar 
do conhecimento já existente, para que possam fazer parte da sociedade e nela ter 
participação plena. Isso inclui a compreensão dos significados dos objetos, hábitos, 
comportamentos, instituições, tradições e relações existentes na sociedade. A 
apropriação desse conhecimento social pelas crianças e jovens, e também pelos 
adultos, é chamada de aprendizagem.
O ato de aprender não é reprodução ou cópia mental. Apropriar-se do 
conhecimento envolve complexos processos mentais de compreensão dos 
significados. E envolve, também, atribuição de sentidos, ou seja, constituição de 
relações subjetivas, pessoais, com o que está sendo aprendido: atribuição de valor, 
importância, gosto, utilidade, expectativas.
Por isso, temas como interesse, atenção, raciocínio, memorização, afetividade, 
motivação, conhecimentos anteriores, experiência pessoal, expectativas e interação 
entre os alunos também são estudados pela Psicologia da Aprendizagem.
Além de Piaget, Skinner, Vygotski e Wallon, já citados anteriormente e cujas 
pesquisas também têm importante repercussão nos estudos da aprendizagem, são 
importantes autores da Psicologia da Aprendizagem: Jerome Bruner, Ausubel, Carl 
Rogers, Maslow, Gardner, Leontiev, Alexander Luria, Emilia Ferreiro.
A Psicologia Escolar estuda as relações entre os diferentes sujeitos na instituição 
escolar, como a relação professor-aluno, as relações entre os próprios alunos e as 
relações de alunos, professores e funcionários entre si.
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Estuda o comportamento e a subjetividade de todos os envolvidos na instituição 
escolar, como alunos, professores, diretor, coordenador pedagógico, funcionários 
da escola e familiares dos alunos. Estuda, também, as relações entre a escola e a 
sociedade, incluindo valores, objetivos e expectativas sociais em relação à escola e 
a sua influência junto aos integrantes da comunidade escolar.
Questões como fracasso escolar, violência, indisciplina, preconceitos e 
discriminação na escola são alguns dos temas de estudo da Psicologia Escolar. 
Além desses temas, de discussão bastante ampla na sociedade, questões de menor 
repercussão, mas de grande importância, também são estudadas: violência física e 
moral contra os alunos e relacionamento entre escola e família, são alguns exemplos 
das questões complexas e polêmicas estudadas pela Psicologia Escolar.
Alguns autores importantes para a Psicologia Escolar são Georges Snyders, 
Pierre Bourdieu, Jean-Claude Passeron, Makarenko, Justa Ezpeleta, Elsie Rockwell, 
Ana Maria Poppovic, Barbara Freitag e Maria Helena Souza Patto.
Psicologia e Saúde
São muitas definições de saúde. A OMS (Organização Mundial de Saúde), 
entidade ligada à ONU (Organização das Nações Unidas) define saúde como um 
estado de perfeito bem-estar físico, mental e social.
A definição da OMS é criticada por alguns pesqui-
sadores. Segre & Ferraz, da Faculdade de Medicina da 
USP, afirmam que trata-se de uma definição irreal, pois 
sugere a existência do “perfeito bem estar”, que além 
de ser impossível definir, entra em contradição com a 
própria vida, cheia de conflitos, desafios e dificuldades 
que, não apenas não podem ser evitados, mas, muitas 
vezes, ajudam a dar sentido à existência.
”Um estado de 
completo bem-estar 
físico, mental e social 
e não somente 
ausência de afecções 
e enfermidades” 
Organização Mundial 
de Saúde
Boorse, citado por Almeida Filho e Jucá (2002), definiu saúde como ausência 
de doença: “a saúde de um organismo consiste no desempenho da função natural 
de cada parte”.
Esse conceito, por sua vez, não é aceito por muitos pesquisadores da área 
da Saúde, seja por não considerar a totalidade integrada do organismo, seja por 
desconsiderar as relações sociais, a cultura, a linguagem e a subjetividade, que dão 
sentido às práticas humanas.
Atualmente, devemos considerar que falar em promoção da saúde implica 
em pensar o homem como totalidade, isto é, como um ser que é, ao mesmo 
tempo, biológico (corpo), psicológico (mente, comportamento, intencionalidade, 
bem-estar), cultural (valores e expectativas próprios da cultura em que vive) e social 
(condições do meio ambiente e da situação).
15
UNIDADE Psicologia Aplicada
Há uma permanente interação entre o sujeito eo ambiente social em que 
ele vive. Por isso, a promoção da Saúde deve considerar, em interação com as 
condições físicas e biológicas do corpo, a atuação de diferentes fatores, como: as 
expectativas sociais em relação à Saúde (fatores culturais); a intencionalidade, os 
processos mentais e o comportamento do sujeito (fatores subjetivos ou psicológi-
cos); e, a influência do meio ambiente, conforme a situação social (fatores sociais 
e situacionais).
Nessa perspectiva, o conceito de saúde deve ser pensado no contexto do mundo 
social e da cultura, além de considerar o sujeito como totalidade, isto é, sem separar 
o aspecto biológico dos fatores sociais e psicológicos.
Lennart Nordenfelt, professor de Filosofia da Medicina na Suécia, definiu saúde 
como um “estado físico e mental em que é possível alcançar todas as metas vitais, 
dadas as circunstâncias”. A expressão “dadas às circunstâncias” fornece a devida 
relativização, para que predomine uma noção utópica de saúde condicionada a 
uma impossível realização de todos os desejos (MEDEIROS, 2010).
De modo semelhante, para o Escritório Regional Europeu da OMS saúde é a 
capacidade do indivíduo ou grupo realizar aspirações, satisfazer necessidades e lidar 
com o meio ambiente. Esse é um conceito bastante abrangente e completo, que 
considera que a realização das aspirações e a satisfação das necessidades devem 
ser consideradas, mas não são absolutas, pois estão ligadas ao meio ambiente e 
ao modo como o sujeito ou o grupo social lida com o meio ambiente em que vive 
(MEDEIROS, 2010).
De acordo com essas definições, a Psicologia tem importância ainda maior para 
a saúde, por considerar o sujeito (seus processos mentais e seu comportamento) 
nas relações com o meio ambiente.
A Psicologia Aplicada à Saúde está presente em todos os âmbitos da vida 
moderna. Quando falamos de estresse, fadiga ou mesmo mau humor, podemos 
inserir na conversa também aspectos da Psicologia voltados à busca da preservação 
ou recuperação da saúde.
E saúde envolve alimentação, lazer e prática de exercícios, entre outros aspectos, 
mas também saúde mental, prazer de viver e de estar com os outros.
Há também uma relação entre saúde mental e produtividade, quer no trabalho, 
quer no desenvolvimento acadêmico. Portanto, o acompanhamento da Psicologia 
da Saúde procurando reduzir situações de ansiedade, pressões e conflitos é 
importante para a obtenção dos objetivos das organizações empresariais e das 
instituições de ensino.
O filme Minha vida sem mim, dirigida por Isabel Coixet, lançado em 2003, retrata a história 
de Ann, uma jovem casada e mãe de duas filhas, que descobre ser portadora de uma doença 
em estágio terminal. Em vez de compartilhar a notícia com a família, Ann dedica os últimos 
meses que lhe restam para realizar seus desejos. O filme retrata, de forma leve, a questão da 
morte e dos desejos da vida, temas centrais quando se trata de Psicologia em Saúde.
Ex
pl
or
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Alguns temas ligados à aplicação da Psicologia na área da Saúde: sofrimento 
psíquico; caracterização do normal e do patológico; somatização; psiquiatria social; 
e promoção da saúde mental.
Na abordagem desses diversos temas, a Psicologia aplicada à área da Saúde tem 
se desdobrado em diversos campos de aplicação ou de pesquisa. Destacamos aqui 
a Psicologia Clínica, a Psicologia Hospitalar e a Psicologia da Saúde.
A Psicologia Clínica envolve o estudo e o atendimento do indivíduo em seus 
diferentes problemas psíquicos e comportamentais, como ansiedade, depressão, 
estresse, fobias (medos) e todas as situações que envolvem sofrimento psíquico 
(como, por exemplo, vergonha, timidez, crise conjugal etc.).
Os psicólogos clínicos efetuam o diagnóstico de problemas emocionais, distúrbios 
do comportamento, perturbações da personalidade e psicopatologias, atuando no 
tratamento e acompanhamento dessas situações.
Atuam também no aconselhamento psicológico, na atenção, cuidado e ajuda em 
situações de sofrimento emocional, dificuldades de relacionamento ou problemas 
comportamentais. Dificuldades de aprendizagem, crises familiares e traumas 
psicológicos são também situações que recebem estudos e práticas terapêuticas da 
Psicologia Clínica.
A Psicologia Hospitalar é um campo de conhecimento e tratamento dos 
aspectos psicológicos ligados ao adoecimento (como crenças, conflitos, medos, 
pensamentos); envolve o estudo e tratamento interdisciplinar da somatização 
(sintomas físicos ligados ao sofrimento psíquico); e, também, questões ligadas 
ao relacionamento do paciente e seus familiares com a equipe médica e com o 
ambiente hospitalar.
A Psicologia da Saúde, busca a prevenção de doenças mentais; atua na busca 
do bem estar social.
A Psicologia da Saúde relaciona-se com a Psicologia Social, Comunitária, do 
Trabalho, Organizacional e Hospitalar; buscando construir estratégias sociais, 
institucionais, organizacionais e de política pública de Saúde que evitem e amenizem 
as consequências de doenças mentais.
Exemplos de atividades que podem envolver a Psicologia da Saúde são os 
grupos de prevenção a comportamentos de risco (orientações sobre doenças 
sexualmente transmissíveis, prevenção e combate ao alcoolismo e ao tabagismo, 
entre outros), reabilitação de pacientes com deficiências físicas e orientação a 
idosos (envelhecimento saudável, prevenção a doenças da velhice, sexo na terceira 
idade etc.).
Não é difícil perceber que as diferentes áreas de aplicação da Psicologia não 
se constituem em campos totalmente separados. Ao contrário, as diferentes 
aplicações, muitas vezes, se misturam e se sobrepõem. Por exemplo, a atuação 
de psicólogos no sentido de promover boas relações humanas no ambiente de 
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UNIDADE Psicologia Aplicada
trabalho pode ser feita tanto pela Psicologia Organizacional como pela Psicologia 
da Saúde. O que pode mudar são os objetivos e as referências teóricas.
A Psicologia pode ser aplicada a diversas áreas de nossas vidas. O profissional 
que lida diretamente com pessoas, independente de sua área de atuação ou de seu 
nível hierárquico, deve estar atento às implicações da Psicologia em sua área de tra-
balho. Assim, poderá para utilizar conhecimentos da Psicologia científica para am-
pliar sua compreensão dos problemas que se apresentem em sua vida profissional.
E, também, poderá saber o momento em que se faz necessária a presença de 
um Psicólogo que atue em uma das áreas da Psicologia aplicada.
Como mais a Psicologia pode ser útil em sua área de formação? Você consegue pensar em 
outras formas de aplicação do conhecimento produzido por essa ciência?Ex
pl
or
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Psicologia Organizacional e do Trabalho: Retrato da Produção Científica na Última Década
CAMPOS, K. C. de L.; DUARTE, C.; CEZAR, E. de O.; e PEREIRA, G. O. de A. 
(2011). Psicologia organizacional e do Trabalho: retrato da produção científica na 
última década. Psicologia: ciência e profissão. 3, 4, Brasília.
https://goo.gl/TWtoUp
A Psicologia na Educação: Dos Paradigmas Científicos às Finalidades Educacionais
CUNHA, M. V. da (1998). A psicologia na educação: dos paradigmas científicos às 
finalidades educacionais. Revista da Faculdade de Educação. 24, 2, São Paulo.
https://goo.gl/NMiiwa
Psicologia e Saúde: Desafios Atuais
REY, Fernando González. (1997). Psicologia e Saúde: desafios atuais. Psicologia: 
Reflexão e Crítica. 10, 2, Porto Alegre.
https://goo.gl/ku1nmi
 Livros
Um Mar de Possibilidades: A Medicina no Passado, Presente e Futuro
MEDEIROS, F. (2010). Um mar de possibilidades: a medicina no passado, presente 
e futuro. São Paulo: Biblioteca 24 horas.
 Leitura
Resolução CFP nº 013/2007
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. (2007).
https://goo.gl/VIGWRl
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UNIDADE Psicologia Aplicada
Referências
ALMEIDA FILHO, N. de e JUCÁ, V. (2002) Saúde como ausência de doença: 
crítica à teoria funcionalista de Christopher Boorse. Ciência e Saúde Coletiva, 
7(4), 879-889. Disponívelon-line em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v7n/14611.
pdf, acessado em jan/2017.
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; e TEIXEIRA, Maria de Lourdes 
Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13º ed. São Paulo: 
Saraiva, 2005.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. (2007). Resolução CFP nº 013/2007. 
Disponível on-line em: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2008/08/Resolucao_
CFP_nx_013-2007.pdf, acessado em jan/2017.
Foxall, G. R., & Greenley, G. E. (1999). Consumers’ emotional responses to 
service environments. Journal of Business Research, 46, 149-158. Disponível 
on-line em: http://dx.doi.org/10.1016/S0148-2963(98)00018-6, acessado em 
jan/2017.
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