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MANEJO NUTRICIONAL DA ÉGUA EM LACTAÇÃO Introdução Ressurgimento do interesse pelos cavalos; Alimentação é responsável por mais de 60 % do desenvolvimento do animal; A nutrição e o manejo adequado, são capazes de exteriorizar a total capacidade genética do animal; Ao alimentar os eqüinos, é fundamental levar em consideração as funções desempenhadas por eles. Características Anatômicas São animais monogástricos com ceco funcional , alimentam principalmente de fibras, sendo o ceco e o cólon de grande tamanho e com população de microrganismos capazes de digerir a fibra e sintetizar vitaminas do complexo B e vitamina K. Possuem saliva com pH igual a 7,6 e ausência de enzimas digestivas e a secreção ocorre por ação mecânica do alimento. O estômago é menor em relação a outros animais, necessitando ingerir alimentos várias vezes ao dia. Relação Concentrado x Volumoso Alimentos indicados para os equinos: Fontes de Energia: Aveia, Milho e Sorgo. Fontes de Proteína: Farelo de Soja e de Trigo e feno de leguminosa. Volumosos: Pastagens de Coast-cross, Tifton, Colonião, Tanzânia e Mombaça. Capineiras:Cana-de-açúcar,Capim elefante (Napier) e Alfafa. Forragens Conservadas: Silagem (Milho, Cana, Napier ou gramíneas) e Feno (Leguminosas e Gramíneas). Água em abundância Considerações Iniciais O estabelecimento da lactação depois do parto é essencial para a sobrevivência da prole de todas as espécies de mamíferos, portanto, quantidade suficiente de leite deve ser produzida para assegurar o crescimento e desenvolvimento saudável do potro (Chavate, 1997). O período de amamentação, fase em que o crescimento dos potros é rápido e com exigências nutricionais relativamente elevadas (180 dias), é um dos mais importantes na vida do animal, e o leite de égua é o alimento primário e mais adequado para potros lactentes. Segundo Saastamoinen (1996), o crescimento de potros durante o primeiro ano é muito rápido, alcançando, aos doze meses 65% do peso definitivo e cerca de 90% da altura, portanto, conhecer a produção e composição do leite é essencial para melhor se estabelecerem as exigências nutricionais de potros e éguas. Produção de Leite Fatores hormonais ( prolactina, estrogênio, progesterona, esteróides adrenais, insulina e hormônios da tireóide). A produção diária de leite das éguas varia entre 2,0 e 3,0% do peso vivo das mesmas, dependendo do estádio de lactação. As recomendações diárias em ED e em proteína sugeridas pelo NRC (2007) para éguas de 500 kg de peso vivo, nos três primeiros meses de lactação são, respectivamente: 31,7 Mcal de ED e de 1,530 kg de PB, e a energia necessária para a produção de cada kg de leite seria 792 kcal de ED. As necessidades energéticas diárias de uma égua nos três primeiros meses de lactação poderão ser superiores em cerca de 44%, relativamente às necessidades no último mês de gestação. Raça As éguas das raças mais pesadas tendem a produzir maior quantidade de leite que as de raças consideradas ligeiras. Ordem de parto Comparando a produção de leite de éguas primíparas e multíparas, verificaram que as éguas multíparas produziram mais em kg de leite/dia, que as éguas primíparas , no entanto em alguns experimentos , não foram observadas diferenças quando se considerou o período total de lactação. Métodos Utilizados para Mensurar a Produção de Leite Ordenha das éguas; Pesagem antes e depois de os potros mamarem ; Diluição sanguínea com um isótopo radioativo; Estimativa da produção a partir do tempo de amamentação. Curva de lactação Na maioria dos trabalhos, a produção de leite é crescente até atingir um pico, próximo dos dois primeiros meses de lactação, declinando, posteriormente, de forma constante até ao término da lactação. Composição do Leite O leite de éguas é pobre em energia , em gordura e em proteína bruta , mas rico em lactose . A concentração dos diversos constituintes do leite decresce desde o início do período de lactação, com exceção da lactose, que é crescente no início e decrescente ao final da lactação. Fatores que Influenciam a Composição do Leite Nutrição e Manejo alimentar O manejo alimentar das éguas e conseqüentemente os fatores nutricionais influenciam diretamente a composição do leite. Éguas alimentadas com dietas contendo altos níveis de energia e proteína tendem a produzir leite com teores mais elevados de gordura e proteína, além de produzirem maior quantidade de leite. Estagio de lactação Há uma tendência de redução da concentração de todos os constituintes do leite ao longo da lactação, com exceção da lactose. Éguas da raça Mangalarga Marchador, nos períodos diurno e noturno, não sendo encontrada diferença entre os dois períodos durante a lactação. Por outro lado, há variação na produção de leite em horários específicos do dia . Redução acentuada na produção de leite das éguas nos horários mais quentes do dia. Não são observadas diferenças relacionadas a faixa de idade das éguas, sendo que não houve diferença na produção de leite entre faixas de idade variando de 8 a 11 anos e com 16 e 19 anos. Conclusões Nas éguas, a produção de leite varia, entre outros fatores, em função da raça e do peso vivo (onde as raças mais pesadas irão produzir mais, porém percentualmente não ocorrerá diferença comparando com raças menores), com produções que podem oscilar entre 2 e 3% do peso vivo. A curva de lactação das éguas é crescente até atingir um pico, próximo dos dois primeiros meses de lactação, declinando, posteriormente, de forma constante até ao término da lactação. O leite de égua possui baixas concentrações de gordura, proteína e energia, quando comparado com o leite de vaca. Durante a lactação, o teor de lactose vai evoluindo de forma crescente, enquanto que os demais constituintes vão diminuindo progressivamente até ao final da mesma. Os constituintes do leite irão variar de acordo com a dieta oferecida. Éguas primíparas tendem a produzir menos leite quando comparadas com multíparas. Não costuma existir diferença na produção de leite entre faixas de idade diferentes. Obrigada!
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