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Introdução à Bovinocultura de Leite

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Introdução à Bovinocultura de Leite 
IMPORTÂNCIA – 
PRODUÇÃO DE LEITE NO BRASIL – 
Em 2020, a produção brasileira de leite foi de 34,8 
bilhões de litros. Com isso, o Brasil ocupou a segunda 
posição no ranking mundial de produção de leite, atrás 
apenas dos Estados Unidos. Mesmo tendo alcançado 
essa posição, o Brasil ainda é dependente da 
importação para suprir o mercado interno. 
*Produção de leite nos EUA maior que no Brasil por 
conta do maquinárioxd 
•A produção de leite no Brasil deve diminuir 4% em 
2021 
•A diminuição da produção é devido à alta nos custos 
de produção 
•Mas compensamos pelas exportações de lácteos, 
como o leite condensado, principalmente para o 
mercado africano, e o leite em pó. 
O QUE É UMA VACA LEITEIRA? – 
Vaca com capacidade de converter grandes volumes 
de forragem em leite; 
 Garupa ampla com úbere equilibrado e pernas 
que permitam boa mobilidade; 
 Baixa deposição de massa muscular; 
 Sistema mamário bem vascularizado com 
textura macia para acumular muito leite e tetos 
médios bem posicionados (centro de cada 
quarto); 
*para cada litro de leite produzido 500 litros de sangue; 
DIAGNÓSTICO DA PECUÁRIA DE LEITE – 
•Maior parte destinada ao mercado interno 
•Baixa produtividade: animais subnutridos, 
produzindo em média 4 litros de leite por dia, uma cria 
a cada 18 meses. 
•Pastagem degradada: solos de baixa fertilidade, 
baixa capacidade de suporte. 
•Produtividade média por unidade de área: 
1200kg/ha/ano. Pode ser 10 vezes maior 
•Principais motivos: alimentação (volumoso), animais 
improdutivos, conforto (sombra e água). 
•Forragem bem conduzida: 10-12% PB; 60-65% 
energia. Dispensa concentrado para produção de até 
10L/dia 
•Exigências em qualidade e higiene, necessidade de 
modernização (conscientização, busca de modelo de 
referência e diagnóstico) 
NÍVEIS DE PRODUÇÃO – 
•Alto: >4200 kg/lactação. Empregar raça especializada 
europeia 
•Médio: 2800 a 4200 kg/lactação. Cruzamento 
alternado com repetição do europeu e uso de F1, ou 
vacas ¾ holandês x zebu. 
•Baixo: <2800 kg/lactação. Girolando e raças zebu 
leiteiras 
 
 Fornecimento de alimentação adequada 
conforme o potencial de produção. 
ÍNDICES ZOOTÉCNICOS – 
•Peso ideal para a vaca no primeiro parto: 500-
600kg 
•Idade ao primeiro parto: 900 dias 
•Duração da lactação: 270 dias; (ideal de 300-305 
dias) 
•Intervalo entre partos: 400 dias (365 dias) 
 
•Taxa de natalidade = Bezerros nascidos ÷ Matrizes 
em produção 
•Taxa de mortalidade = Perdas de animal ÷ Animais do 
rebanho 
•Taxa de crescimento do rebanho = Nº de cabeças no 
final do ano ÷ Nº de cabeças no início do ano 
•Índice de Fertilidade = Nº de fêmeas Prenhas ÷ Nº de 
fêmeas em Cobertura 
•Índice de Desmame = Nº de bezerros(as) 
desmamados ÷ Nº de bezerros(as) nascidos vivos 
Índices de mortalidade aceitáveis por categoria: 
-Vacas em lactação = 1% 
-Vacas secas = 1% 
-Bezerras de 0 a 2 meses = 4% 
-Bezerras de 2 a 6 meses = 2% 
-Bezerras de 6 a 12 meses = 1% 
-Novilhas de 12 a 18 meses = 1% 
-Novilhas de 18 a 24 meses = 1% 
 
Repasse = quando insemina a vaca e para garantir 
coloca ela com o touro depois; normalmente fazenda 
de vaca leiteira não tem macho 
•Longevidade: Menor sobrevida de raças taurinas nos 
trópicos. Média de 2300 dias (75,6 meses). 
•Vida útil: tempo que vaca permanece no rebanho 
(idade ao descarte menos idade ao primeiro parto). 
Média de 1145 dias (37,7 meses). 
•Duração da lactação: <275 dias (ideal é 305 dias). ½ 
sangue e 7/8 de europeus alcançam até 302 e 341 
dias, respectivamente. 
•Produção de leite: primíparas e com mais de 8 partos 
produzem menos. Aumenta até 5º parto e então 
começa a declinar. 
•Época da parição: maior produção quando parto 
ocorre no inverno 
ESTIMATIVA DA ESTRUTURA DE PRODUÇÃO – 
*90% das fazendas do Brasil são improdutivas 
CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS À ALTA 
PRODUÇÃO DE LEITE – 
•Persistência de produção 
•Eficiência na conversão alimentar 
•Entrada precoce na reprodução 
•Facilidade de ordenha 
•Fertilidade 
•Docilidade 
TIPOS DE LEITE – 
 Leite tipo A 
 Leite tipo B 
 Leite tipo C 
 Leite longa-vida – UHT (tipo C que foi 
pasteurizado em uma temperatura ultra alta) 
O ABC DO LEITE 
TIPO A TIPO B TIPO C 
1 único 
rebanho 
Mistura de 
vários rebanhos 
Mistura de 
vários rebanhos 
Mecânica Mecânica Pode ser 
manual 
Pasteurizado e 
embalado na 
própria fazenda 
Refrigerado na 
propriedade e 
transportado 
até a indústria 
em caminhões 
tanques 
Transporte em 
latões ou 
caminhões 
tanques até a 
indústria 
 
COMO OCORRE A PRODUÇÃO DE LEITE? – 
Glândula mamária – 
•Glândula sudorípara modificada que secreta leite para 
nutrição da prole 
•A glândula mamária é considerada uma parte do 
sistema reprodutor, e a lactação pode ser considerada 
como a fase final da reprodução. Assim, pode-se dizer 
que, para a maioria dos mamíferos, uma falha em 
aleitar, tal como a falha de ovular, é também uma falha 
em reproduzir. 
 
Anatomia da glândula mamária – 
•Localização inguinal 
•4 tetos e 4 glândulas separadas por tecido conjuntivo 
•Tetos supranumerários: 40% (teto “a mais”) 
•Ligamentos suspensórios 
•Suprimento nervoso: simpática vasoconstrição. 
•Alvéolos 
 
“pulmão invertido” 
 
 
Produção do leite – 
 
*cisterna = armazenamento do leite “só ocorre minutos 
antes da ordenha ou da amamentação” – não fica 
parado ali por muito tempo 
 
Irrigação sanguínea da glândula mamária – 
•Um intenso fluxo sanguíneo é a condição para uma 
alta produção leiteira; 
•Após o parto o fluxo sanguíneo do útero se desvia 
para as glândulas mamárias; 
•500L de sangue passa pelo úbere para sintetizar 1L 
de leite; 
•Os nutrientes chegam ao leite através da corrente 
sanguínea. 
 
*veia epigástrica superficial = também chamada de veia 
mamária 
 
 
Fases da produção – 
•Lactação = secreção e saída do leite 
•Mamogênese = desenvolvimento da glândula 
mamária; nº de células alveolares produção de leite 
Capacidade aumenta até os 6 anos. 
Hormônios crescimento, desenvolvimento, 
diferenciação da glândula mamária e lactação 
•Lactogênese = Preparação da glândula para a 
secreção do leite; Ocorre no final da gestação com a 
queda (não é absoluto) da progesterona e presença de 
prolactina e glicocorticoides 
•Galactopoiese = Manutenção da secreção do leite; 
Um complexo hormonal controla a lactação desde que 
a retirada do leite seja frequente; 
A ocitocina (responsável pela secreção) é requerida 
para a retirada do leite. – libera mais leite através da 
contração das células / alvéolos (com o uso frequente 
pode ocorrer das vacas tornarem dependentes de 
ocitocina para a contração alveolar) 
 
 
Hormônios – 
 
Reflexo de ejeção do leite: ocitocina – 
 
Estímulos visuais (ver o balde), sonoros (ouvir o 
bezerro), tatéis (mãos do ordenhador), olfatórios 
(cheiro da ração ou do ordenhador); 
 
 
 
 
Estímulo para maior produção de leite: 
•A secreção do leite é um processo continuo e está sob 
controle de um feed back negativo responsivo a alta 
pressão interalveolar; 
•A capacidade de armazenagem do leite determina a 
velocidade de secreção e a produtividade da glândula; 
•Estimulos: 
 Ato de mamar 
 Mugido do bezerro 
 Ruídos do balde de ordenha 
•A retirada frequente do leite produz aumento das taxas 
de secreção e diminuição das pressões intramamárias; 
•Quanto mais ordenhas, mais leite!!! 
•2 ordenhas aumenta a produção em torno de 25% 
comparado a uma só e 3 aumentaria mais 10% que 2 
ordenhas apenas; 
•Ideal é fazer intervalos de ordenhas de 12 horas, mas 
normalmente é de 10 horas devido ao horário da mão-
de-obra. 
Componentes do leite – 
•Açúcares 
•Gordura 
•Proteína 
•Vitaminas 
•Minerais 
•Água (80%) 
*composição depende do que a vaca come 
 
FATORES QUE AFETAM A LACTAÇÃO – 
1.Estágio da lactação: aumento da 4ª à 8ª semana 
2.Ordem de parto3.Mês de gestação: queda de 20% a partir do 8omês 
4.Quantidade de ordenha/dia 
5.Raça (+ holandesas) 
6. Condições ambientais: alteram a produção e a 
composição do leite 
*desenhar esquema das fases do ciclo produtivo slide 
18 
INVOLUÇÃO MAMÁRIA – 
-Cessação na sucção ou amamentação 
-Redução no n° de células epiteliais e na atividade 
-Liberação de enzimas lisossômicas 
-Manutenção das células mioepiteliais (estrutura) = 
células adiposas 
-50% das células epiteliais de uma lactação para outra: 
período seco nem muito curto nem muito longo: ideal 8 
semanas 
Interrupção de ordenha: 
 
Pelo menos 8 semanas (60 dias); para involuir a mama 
para se preparar para a próxima lactação e produzir o 
colostro; 
ESTRESSE TÉRMICO – trazem impacto econômico = 
fisiológico e financeiro 
TEMPERATURAS CRÍTICAS PARA RAÇAS 
LEITEIRAS – 
•Europeias 
•Holandesa: 24 e 26 °C 
•Jersey: entre 27 e 29 °C 
•Pardo-Suíça: > 29,5 °C 
•Zona de conforto térmico > -1 °C e > 21 °C 
•Efeito: queda do consumo de alimentos e da produção 
de leite 
SISTEMAS DE PRODUÇÃO – 
•SISTEMAS DE CRIAÇÃO: 
•Baseado em pastagens (EXTENSIVO) 
•Baseado em pastagens com suplementação com 
concentrados e volumosos no período da seca (SEMI-
INTENSIVO) 
•Baseado na suplementação do Rebanho o ano todo 
(INTENSIVO) – pode ser em pasto 
O objetivo do sistema de produção e obter o máximo 
de lucro com a máxima lucratividade. 
O Sistema de produção ideal é aquele que usa os 
recursos disponíveis de forma mais eficiente para 
atingir o seu objetivo. 
 
•Extensivo: 1200L/vaca/ano, alimentadas a pasto; 
•Semi-intensivo: 1200-2000L/vaca ano. Pasto com 
suplementação volumosa na seca. Concentrado no 
primeiro terço da lactação; 
•Intensivo a pasto: 2000-4500L/vaca/ano. Pasto com 
alta capacidade de suporte. Suplementação volumosa 
na seca ou durante o ano todo; 
•Intensivo em confinamento: >4500L/vaca/ano. 
Confinados e alimentados no cocho com volumoso 
conservado (silagem ou feno). 
 
 
 
 
Sistema Intensivo – divisão em lotes 
•Sistema mais adotado: “freestall” - galpão aberto com 
ventiladores e aspersores; 
•Galpão para descanso das vacas 
•Área de comedouro e bebedouro 
•Ligação facilitada aos silos e fábrica de ração 
•Controle de limpeza 
•Pé direito : 4,0 a 4,5 m 
•Sala de ordenha normalmente automatizada 
*camas feitas de areia para conforto térmico; 
Sistema Extensivo – 
•Maioria: gado mestiço, dupla aptidão 
•O leite é subproduto 
•Uma ordenha diária 
•Curral rústico e precário com pouca higiene 
•Vacas soltas em cercado com os bezerros 
•Bezerreiro 
•Não é feito controle de cobertura baixa eficiência 
reprodutiva 
 
Sistema Semi-intensivo – 
•Adoção de gado mais selecionado em relação ao 
extensivo 
•Divisão em lotes por categoria ou produtividade 
•Comum rotação de pastagem 
•Comum adotar IA Vacas problemas são descartadas 
•Instalações mais elaboradas em relação ao extensivo 
•Sistema de resfriamento e conservação do leite 
•Adota-se: capineira, currais de alimentação e de 
espera 
 
 
Local de ordenha – 
Ambiente calmo, limpo, seco, coberto e com conforto 
térmico aos animais. 
Estresse na ordenha: o estresse libera a adrenalina 
relaxando a pressão do alvéolo que inibe a descida do 
leite. E cortisol que é antagonista da ocitocina, 
impedindo a contração dos alvéolos 
 
Manejo sanitário – 
Corte e cura do umbigo – álcool iodado 6-10% / 3-4d 
(evitar infecção – presença de artéria, veia e uraco) 
Criação de bezerros – fácil acesso, bem drenado, 
evitar canalização de ventos, fácil secagem após 
chuva, boa inclinação para escoamento 
Diarreias – hidratação oral. (causa nutricional –
suspender alimentação) 
Tristeza parasitária – carrapatos Boophilus micropolus 
[Babesia sp] e insetos hematófagos [Anaplasma 
marginale] – anemia grave seguida de longo período 
de recuperação. Tratamento: imidocarb e derivados da 
diamidina. 
Verminoses (+ comuns até 2 anos) – infestação maior 
no inverno seco (pastagem baixa) – vermifugar no 
início, meio e fim da época seca. Avermectinas = maior 
poder residual (início e fim da seca) * vacas adultas 
também tem porém a maioria é assintomática 
*vacinas obrigatórias = febre aftosa e brucelose 
 
*só se vacina fêmeas porque usa uma vacina com 
organismos vivos atenuados e para não causar orquite 
nos machos e também tem poucos machos na criação 
e um macho pode servir de “sentinela”; vacinar fêmeas 
antes de ser púberes para não afetar a parte 
reprodutora e criar a própria imunidade; não se vacina 
animais mais velhos pois pode causar alguma lesão ou 
infertilidade (só vacinar adulto se não souber que ele 
foi vacinado quando jovem ou a sorologia ser muito 
baixa) 
Vacina contra febre aftosa 
Finalidade: proteger o bovino contra infecção pelo 
vírus da febre aftosa, que causa lesões ulcerativas nos 
membros e boca, podendo levar os animais à morte. 
Quais categorias devem ser vacinadas: seguir a 
orientação do órgão de defesa agropecuária da região. 
*não tem cura e altamente contagiosa mesmo em 
grande distancia por conseguir se espalhar 
rapidamente pelo vento; animal positivo todo o 
rebanho deve ser eutanasiado; 
*alguns estados não precisam vacinar 
 
 
 
 
 
 
*importante em vacas em reprodução 
 
 
 
 
 
*enquanto as vacas tiverem com mastite ou em 
tratamento para mastite o leite é descartado

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