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Peti%E7%E3o+inicial +Sal%E1rio-maternidade +Inaplicabilidade+do+prazo+decadencial+previsto+pela+MP+871+19 +Nascimento+anterior+%E0+edi%E7%E3o+da+MP

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KIT PRÁTICO DA ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA
Módulo 6 – Atualização - Reforma Previdenciária e demais legislações
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE 
 
{cliente_nomecompleto}, já cadastrada eletronicamente, vem com o devido respeito e lisura perante Vossa Excelência, por meio de seus procuradores, propor
AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE CONCESSÃO DE SALÁRIO-MATERNIDADE
Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), pelos seguintes fundamentos fáticos e jurídicos que passa a expor:
 
 
1. DOS FATOS
 A parte Autora requereu, em {data_generica}, junto à Autarquia Previdenciária, a concessão do benefício de salário-maternidade, em razão do nascimento de sua filha, {informacao_generica}, cujo parto se deu em {data_generica}, conforme certidão de nascimento carreada nos autos.
Realizado o pedido, a Autora teve sua pretensão negada na via administrativa. A alegação do Réu para o indeferimento do pedido, conforme se percebe do comunicado de decisão, foi o fato de que o requerimento teria sido efetuado mais de 180 dias após o nascimento do filho da Demandante, razão pela qual teria decaído o seu direito, nos termos do art. 71-D, da Lei 8.213/91, durante a vigência da Medida Provisória 871/2019.
Tal decisão indevida motiva a presente demanda.
 
Dados sobre o requerimento administrativo
 
	Número
	{informacao_generica}  
	Data do requerimento
	{data_generica}  
	Data do nascimento da criança:
	{data_generica}
	Razão do indeferimento
	Falta de qualidade de segurado
 
2. FUNDAMENTOS JURÍDICOS
A Constituição Federal de 1988, brilhante quanto à proteção e amparo aos trabalhadores, garantiu no art. 201, II, a “proteção à maternidade, especialmente à gestante”, na seção do capítulo atinente à Previdência Social. A legislação infraconstitucional que regula a matéria é a Lei 8.213/91, especificamente no art. 71 e seguintes.
De acordo com a legislação referida, a Segurada que comprove a gestação tem durante 120 dias direito ao benefício previdenciário em tela, podendo ser pago a partir do vigésimo oitavo dia anterior ao parto (previsão do mesmo).
Durante a vigência da Medida Provisória 871/2019, porém, foi acrescentado o art. 71-D à Lei 8.213/91, que assim dispunha:
Art. 71-D. O direito ao salário-maternidade decairá se não for requerido em até cento e oitenta dias da ocorrência do parto ou da adoção, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento. (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019)
Assim, para aqueles nascimentos ocorridos durante a vigência da MP, era necessário que o requerimento do benefício do salário-maternidade ocorresse em até 180 dias, sob pena da decadência do direito.
No caso em tela, porém, verifica-se que o nascimento ocorreu em {data_generica}, isto é, em momento anterior à edição da Medida Provisória, que entrou em vigor em 18/01/2019. Dessa forma, em atenção ao princípio do tempus regit actum, devem ser aplicadas as regras vigentes no momento do nascimento de seu filho, pois nessa ocasião a parte Autora já preenchia os requisitos para a concessão do benefício pretendido.
Com efeito, destaca-se que independe a data em que foi postulado o requerimento administrativo. O que importa, neste caso, é o fato gerador do benefício, que é concomitante ao nascimento do infante.
No que tange à qualidade de segurada, conforme se depreende do CNIS em anexo, a Sra. {cliente_nome} manteve vínculo empregatício no período de {informacao_generica}. Assim, considerando que, nos termos do inciso II, do art. 15 da Lei 8.213/91, o trabalhador mantém a qualidade de segurado por 12 meses após a cessação das contribuições, a Demandante manteve a qualidade de segurado no mínimo até {data_generica}. Ademais, ressalta-se que, por se tratar de segurada filiada na condição de empregada, a concessão do benefício em questão independe de carência, nos termos do inciso VI do art. 26 da lei 8.213/91.
Destarte, comprovado o preenchimento dos requisitos, fundamental seja deferido o benefício de salário-maternidade à Requerente.
3.TUTELA DE URGÊNCIA:
A antecipação de tutela tem previsão no art. 300 do Código de Processo Civil, e será deferida quando restar demonstrada a verossimilhança das alegações do pedido, tão como o periculum in mora da prestação jurisdicional. Disto se infere que, havendo inequívoca prova da veracidade dos argumentos exordiais e, sendo iminente a necessidade da obtenção da tutela, deve o magistrado deferir antecipadamente o objeto postulado.
No presente processo, que visa a concessão de salário-maternidade, resta evidente o periculum in mora, eis que o referido benefício servirá como (único) meio de a Demandante garantir a mantença inicial do recém-nascido. Assim, é intuitivo o risco de ineficácia do provimento final da lide, exatamente por estar a parte Autora desprovida de qualquer fonte de renda e, por consequência, de manter sua digna mantença, tão como de sua filha.
Nesta toada, verifica-se que a parte Autora necessita (urgentemente!) da concessão do benefício em tela para custear a sua vida e a do recém-nascido, eis que não reúne meios de patrocinar a já mencionada subsistência.
A verossimilhança das alegações vestibulares resta demonstrada através da certidão de nascimento da filha da Autora em anexo, tornando inconteste que o nascimento do infante se deu em momento anterior à MP 871/2019, não se aplicando o prazo decadencial previsto no art. 71-D, da Lei 8.213/2019, confome a redaçaõ da Meida Provisória, o que torna incontroverso o preenchimento da exigência legal à concessão do benefício.
ISTO POSTO, imperioso sejam antecipados os efeitos da tutela, através do deferimento, in limine litis, da prestação do benefício ora requerido, eis que evidenciados os requisitos necessários a tal medida.
 4. PEDIDO
FACE AO EXPOSTO, requer a Vossa Excelência:
1)      A concessão do benefício da Gratuidade da Justiça, pois a parte Autora não tem condições de arcar com as custas processuais sem o prejuízo de seu sustento e de sua família;
2)      O recebimento e o deferimento da presente petição inicial;
3)      A antecipação dos efeitos da tutela, sendo deferido o benefício de salário-maternidade à parte Autora, in limine litis, pelos argumentos acima expostos;
4)      A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, para, querendo, apresentar defesa;
5)       A produção de todos os meios de prova, principalmente a documental e testemunhal;
6)    O julgamento da demanda com TOTAL PROCEDÊNCIA, condenando o INSS a pagar, de forma indenizada, o benefício de salário-maternidade à Postulante, acrescido de juros de mora e corrigido.
7)    Em caso de recurso, ao pagamento de custas e honorários advocatícios, eis que cabíveis em segundo grau de jurisdição, com fulcro no art. 55 da lei 9.099/95 c/c art. 1º da Lei 10.259/01.
Nesses Termos;
Pede Deferimento.
 
Dá à causa o valor de R$ {processo_valordacausa}.
Local e data
Advogado
OAB/UF
prevadvance@gmail.com

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