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FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA

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FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA 
Professora: Paula Herandy 
 
FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA 
Século XIX – a Filosofia tem uma visão otimista da Ciência. “Saber para prever, prever 
para prover” Comte. 
O desenvolvimento social se faria por um aumento do conhecimento científico e do 
controle científico da sociedade. 
Século XX – Surgem problemas e a História é descontínua e não progressiva – cada 
sociedade tem sua própria história. 
Nos últimos cem anos, a produção filosófica foi múltipla e variada, como já 
havia ocorrido no século anterior. 
Muitas das certezas desmoronaram levando consigo várias esperanças 
contidas no projeto da modernidade. 
 Filosofia Contemporânea é aquela desenvolvida a 
partir do final do século XVIII, que tem como marco a 
Revolução Francesa, em 1789. Engloba, portanto, os 
séculos XVIII, XIX e XX. 
Note que a chamada "filosofia pós-moderna", ainda 
que para alguns pensadores seja autônoma, ela foi 
incorporada a filosofia contemporânea, reunindo os 
pensadores das últimas décadas. 
 Questões filosóficas 
O que é existir? 
Como é a vida? 
Existe liberdade na existência humana? 
Qual é o sentido do ser? 
Quais os pressupostos lógicos da linguagem? 
O que é a sociedade de massas? 
Como se origina e se organiza o poder? 
Qual é a relação entre linguagem e 
dominação? 
 
MUNDO DE CONTRASTES 
 Acontecimentos do século XX – Trágicos ou maravilhosos? 
 
• Duas guerras mundiais 
• Revolução Russa 
• Avanço da tecnologia – telescópios hiper-potentes, naves 
espaciais, 
• engenharia genética, tecnologia da informação ... 
 
Em contra partida, a tecnologia trouxe também a corrida 
armamentista, o medo da destruição atômica e a degradação 
ambiental. Aumento da pobreza, calcula-se que 80% da renda 
mundial concentram-se nas mãos de 15% da população. Mais 
da metade da humanidade enfrenta problemas de desnutrição, 
falta de moradia, desamparo à saúde e à educação. 
Impressões antagônicas 
 
Dramas humanos, massacres e guerras. 
Estima-se que as grandes violências mundiais 
chegaram a 187 milhões de mortes provocadas por 
decisão humana, o equivalente a mais de 
10% da população mundial em 1900 
(cf. Hobsbawm, Era dos extremos, p. 21). 
 
Foi um período de progresso tecnocientífico e de 
importantes conquistas sociais, como a 
emancipação feminina. 
Respostas filosóficas 
Desenvolveu-se uma mentalidade menos arrogante quanto 
aos benefícios infalíveis da racionalidade científica. 
Percebeu-se que, sem os valores éticos, a ciência e a 
tecnologia nem sempre contribuem para o desenvolvimento 
humano. Em certos casos, prestam serviço à tirania e à 
barbárie. 
Isso se refletiu na produção de correntes filosóficas como o 
existencialismo, a Escola de Frankfurt e o pensamento pós-
moderno. 
Respostas filosóficas 
 
Desenvolveu-se uma mentalidade menos arrogante 
quanto aos benefícios infalíveis da racionalidade 
científica. 
 
Percebeu-se que, sem os valores éticos, a ciência 
e a tecnologia nem sempre contribuem para o 
desenvolvimento humano. Em certos casos, 
prestam serviço à tirania e à barbárie. 
 
Isso se refletiu na produção de correntes filosóficas 
como o existencialismo, a Escola de Frankfurt e o 
pensamento pós-moderno. 
Progresso e desumanização 
 
Horkheimer escreveu em 1946, a respeito do progresso 
tecnológico, que “o avanço dos recursos técnicos de 
informação se acompanha 
de um processo de desumanização”. 
 
Reflita sobre as razões que levaram o filósofo a fazer essa 
afirmação. 
Você entendeu que essa interpretação pode ser estendida aos 
dias atuais? A tecnologia está tornando as pessoas menos 
humanas? Tem modificado sua vida? Como? 
 
Marx: a ideologia e o materialismo histórico 
AS PRINCIPAIS OBRAS 
CONCEITOS: MATERIALISMO HISTÓRICO 
IDEOLOGIA, ALIENAÇÃO 
 
 
Nietzsche: o critério da vida 
 
BIOGRAFIA 
PRINCIPAIS OBRAS 
A INFLUÊNCIA DE SCHOPENHAUES 
"O homem é uma corda, estendida entre a fera e o super-homem - 
uma corda sobre um abismo." 
 (Friedrich Nietzsche) 
Genealogia da Moral 
nega a existência das noções absolutas da bondade e da 
maldade referências morais são resultados de processos 
histórico-culturais. 
A moral de rebanho 
ponto de vista que considera que as crenças e os 
valores tradicionais são infundados e que não há 
qualquer sentido ou utilidade na existência. 
ponto de vista que considera que as crenças e os valores tradicionais são infundados 
e que não há qualquer sentido ou utilidade na existência. 
Por meio da corrente niilista, o filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche, propõe a 
“ausência de sentido” atrelado ao conceito de “Super-Homem”. Eles surgem a partir 
da “Morte de Deus”, ou seja, da ausência de qualquer princípio. 
Dessa maneira, estando os homens destituídos de normas, crenças, dogmas, 
tradições, eles regerão suas vidas (livre arbítrio). Isso resultará na criação de “homens 
novos” por meio do que ele denomina de “vontade de potência”. 
 
Fenomenologia 
 
O conhecimento da realidade essencial dos fenômenos e a 
possibilidade desse conhecimento foi preocupação constante da 
filosofia até princípios do século XX, quando a fenomenologia deixou 
de olhar para os elementos exteriores que cercam os fenômenos e 
passou a considerá-los em si mesmos, por seu reflexo na consciência, 
como única maneira de apreendê-los. 
Fenomenologia é o estudo dos fenômenos em si mesmos, 
independentemente dos condicionamentos exteriores a eles, cuja 
finalidade é apreender sua essência, estrutura de sua significação. É 
também um método de redução, pelo qual o conhecimento factual e 
as suposições racionais sobre os fenômenos como objeto, e a 
experiência do eu, são postas de lado, para que a intuição pura da 
essência do fenômeno possa ser rigorosamente analisada. É o estudo 
dos fenômenos, distinto do estudo do ser, ou ontologia. 
 
Na história da filosofia, a fenomenologia tem três significados 
especiais. Na segunda metade do século XVIII, era sinônimo 
de "teoria das aparências", expressão cunhada pelo filósofo 
Jean-Henri Lambert para distinguir a aparência das coisas do 
que elas são em si mesmas. Com Hegel, em Phänomenologie 
des Geistes (1807; Fenomenologia do espírito), é uma espécie 
de lógica do conteúdo e uma introdução à filosofia, história 
das fases sucessivas, das aproximações e das oposições pelas 
quais o espírito se eleva da sensação individual à razão 
universal, ou, para usar sua fórmula: "é a ciência da 
experiência que faz a consciência". Foi com Husserl que a 
palavra ganhou, nas primeiras décadas do século XX, o 
significado de que hoje se reveste, de estudo dos fenômenos 
em si mesmos, que visa à evidência primordial, e de 
denominação de um movimento que influiu de modo 
significativo no pensamento filosófico dessa época. 
Para Husserl, portanto, a tarefa da filosofia é a pesquisa, exame e descrição do 
fenômeno, como conteúdo da consciência. Trata-se de uma mudança radical de 
sentido na orientação filosófica, antes voltada para as coisas, para o mundo 
exterior, e que com ele passou a interessar-se pela consciência, pelo mundo 
interior. Assim, por exemplo, se alguém vê as folhas de uma palmeira serem 
agitadas pelo vento, essa experiência é, toda ela, um fenômeno interior, que se 
passa essencialmente dentro da consciência. Os objetos exteriores são apenas 
condições para que se crie a percepção, a vivência desse fenômeno interior. A 
fenomenologia se prende, por meio da atitude reflexiva, nesses fenômenos ou 
estados da consciência e prescinde da realidade exterior das coisas, ou como 
diz Husserl, coloca-se entre parênteses. É o que ele chama de epokhé, ou seja, 
o ato de liberar a atenção do exterior para que ela se detenha na análise da 
vivência ou experiência pura. 
A fenomenologia é, portanto, uma descrição daquilo que se mostra por si 
mesmo, de acordo com o "princípio dos princípios": toda intuição primordial é 
fonte legítima de conhecimento. Situa-se como anteriora toda crença e juízo e 
despreza todo e qualquer pressuposto: mundo natural, senso comum, 
proposição científica ou experiência psicológica. 
 
As contribuições da psicologia 
para os estudos da consciência 
 
O HOMEM E A CONSCIÊNCIA 
AS DIVERSAS IMPLICAÇÕES FILOSÓFICAS 
Sigmund Freud 
 BIOGRAFIA 
A RELAÇÃO ENTRE O CONSCIENTE E O INCONSCIENTE 
A PSICANÁLISE 
 
O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no início do século XIX. 
Ela defende a ideia de que o conhecimento científico seria a única forma de conhecimento 
verdadeiro. 
A partir desse saber, pode-se explicar coisas práticas como das leis da física, das relações 
sociais e da ética. 
É notável, no positivismo, duas orientações: 
a orientação científica, que busca efetivar uma divisão das ciências; 
a orientação psicológica, uma linha teórica da sociologia, a qual investiga toda a natureza 
humana verificável. 
A corrente positivista promove o culto à ciência, o mundo humano e o materialismo em 
detrimento da metafísica e do mundo espiritual. 
Características do Positivismo 
• Enquanto doutrina filosófica, sociológica e política, o positivismo tem a Matemática, a Física, a 
Astronomia, a Química, a Biologia e também a Sociologia como modelos científicos. Isso porque 
estas se destacam segundo seus valores cumulativos e transculturais. 
• Por outro lado, podemos dizer que o positivismo é a “romantização da ciência”. Ele deposita sua fé 
na omnipotência da razão, apesar de estabelecer os valores humanos como diametralmente 
opostos aos da teologia e a metafísica. 
• É também uma classificação totalmente cientificista do conhecimento e da ética humana, onde se 
desconfia da introspecção como meio de se atingir o conhecimento. 
• Assim, não há objetividade na informação obtida, tal como nos fenômenos não observáveis. Estes 
seriam inacessíveis à ciência, uma vez que ela somente se fundamenta em teorias comprovadas por 
métodos científicos válidos. 
• Desse modo, a experiência sensível seria a única a produzir dados concretos (positivos), a partir do 
mundo físico ou material. 
• A metodologia básica positivista é a observação dos fenômenos. Dela, se privilegia a observação à 
imaginação dos fatos, desconsiderando completamente todo conhecimento que não possa ser 
comprovado cientificamente. 
 
https://www.todamateria.com.br/metafisica/
https://www.todamateria.com.br/etica/
a ideia-chave do Positivismo Comtiano é a "Lei dos 
Três Estados", a saber: 
o Teológico, onde o ser humano busca explicação 
para a realidade por meio de entidades 
supranaturais; 
o Metafísico, do qual os deuses são substituídos 
por entidades abstratas, como "o Éter", para 
explicar a realidade; 
o Positivo da humanidade, onde não se explica o 
"porquê" das coisas, mas sim o "como", a partir do 
domínio sobre as leis de causa e efeito. 
 
 
• O Positivismo no Brasil 
• Essa corrente filosófica se espalhou pela Europa durante a 
segunda metade do século XIX. 
• Já no Brasil, ela chegará apenas no Século XX, quando as 
ideias de Comte, serão propagadas pelos pensadores: 
• Miguel Lemos (1854-1917) 
• Teixeira Mendes (1855-1927) 
• Benjamin Constant (1836-1891) 
• Deodoro da Fonseca (1827-1892) 
• Floriano Peixoto (1839 -1895) 
• Tobias Barreto (1839-1889) 
• Silvio Romero (1859-1914) 
 
https://www.todamateria.com.br/benjamin-constant-botelho-de-magalhaes/
https://www.todamateria.com.br/deodoro-da-fonseca/
https://www.todamateria.com.br/floriano-peixoto/
Existem correntes de outras disciplinas que se denominam 
"positivistas" sem ter nenhuma relação com o positivismo de 
Comte. 
O Positivismo é uma reação radical ao Transcendentalismo 
Idealista alemão e ao Romantismo. 
Auguste Comte foi o criador da palavra "altruísmo" para 
resumir o ideal de sua Nova Religião. 
Os termos “Ordem e Progresso” na bandeira do Brasil são de 
inspiração positivista. 
Os precursores do positivismo na França foram Mostesquieu 
(1689-1755) e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). 
As teorias de Comte foram criticadas pela tradição sociológica 
e filosófica marxista, especialmente pela Escola de Frankfurt. 
 
Escola de Frankfurt 
Surgida no século XX, mais precisamente em 1920, a Escola de Frankfurt foi 
formada por pensadores do “Instituto para Pesquisa Social da Universidade 
de Frankfurt”. 
Pautada nas ideias marxistas e freudianas, essa corrente de pensamento 
formulou uma teoria crítica social interdisciplinar. Ela aprofundou em temas 
diversos da vida social nas áreas da antropologia, psicologia, história, 
economia, política, etc. 
De seus pensadores merecem destaque os filósofos: Theodor Adorno, Max 
Horkheimer, Walter Benjamin e Jurgen Habermas. 
Indústria Cultural 
A Indústria Cultural foi um termo criado pelos filósofos da Escola de Frankfurt 
Theodor Adorno e Max Horkheimer. O intuito era analisar a indústria de 
massa veiculada e reforçada pelos meios de comunicação. 
Segundo eles, essa “indústria do divertimento” massificaria a sociedade, ao 
mesmo tempo que homogeneizaria os comportamentos humanos. 
 
https://www.todamateria.com.br/escola-de-frankfurt/
https://www.todamateria.com.br/escola-de-frankfurt/
https://www.todamateria.com.br/escola-de-frankfurt/
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https://www.todamateria.com.br/industria-cultural/
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