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Enterobius vermicularis •Família: oxyridae •Ordem: oxyroidea •Sinonímia: oxyuro •Doença: enterobiose, oxiuríase ou enterobíase •Habitat: IG (ceco e apêndice), aderidos a mucosa ou livres •Ciclo monoxeno (1 indivíduo para fase adulta) e estenoxeno ( atinge 1 só espécie) •Etiologia: Enterobius vermicularis ou Oxyurus vermiculares •Não é geoelminto Morfologia •Ovo (com 3 membranas) parece letra D com larva dentro •Dimorfismo sexual •Na posteridade anterior possui asas cefálicas (expansões vesiculosa) •Esôfago com bulbo esofagiano (esôfago oxuriforme) •Brancos brilhantes e filiformes •Alimenta-se do conteúdo intestinal •Fêmea 1cm, fusiforme com extremidade posterior afilada -Acumulam 5000 a 16000 ovos “saco de ovos” -Encontradas na região perianal •Macho: 3a 5mm e com extremidade posterior curvada ventralmente Ovos •Incolores ovóides •Uma face plana e outra convexa •Medindo 40 a 60micrometros •Geralmente larvados •Abarrotam a fêmea e evoluem L1 e L2 nela •Em média 11000 ovos, se tornam infectivos horas após eliminados •Superfície viscosa •A fêmea não faz oviposição no IG, cheia de ovos, se despreende e se fixa na região perianal e anal onde libera seus ovos (por se romper), o que explica a coproscopia negativa. •Tem exame específico (pesquisa de Enterobius Vermicularis) Ciclo Evolutivo •Monixeno e estenoxeno •Os machos morrem após a cópula •Fêmeas vivem entre 35 a 50 dias •As fêmeas grávidas abandonam o ceco e migram para o ânus a noite (porque o indivíduo está quieto e a temperatura está agradável) •Auto infecção ou heteroinfecção •Não faz postura e sim descarregam seus ovos na região perianal por rompimento da fêmea (traumatismo ou dessecamento) •Os estágios 3 e 4 evoluem na região perianal (Oxigênio) •O quinto estágio é a forma infectante para o homem •A maturação do ovo nessas condições (30°C e O2 de 4 a 6 L), no solo é mais lenta •Se ingeridos eles eclodem no ID e as larvas irão crescer, alimentar-se transformando-se em vermes adultos enquanto migram para o ceco •Ciclo completo: 1 a 2 meses •Não havendo infecção o parasitismo extingue- se Transmissão •Heteroinfecção: ingestão, inalação seguida de deglutição dos ovos disseminados por via aérea •Autoinfecção: reinfecção com ovos do mesmo indivíduo •Direta: anus-boca., principalmente crianças, que após coçar-se leva a mão à boca. Responsável pela cronicidade desta verminose; •Outros mecanismos raros (pouco convincentes): Auto-infecção interna: Eclosão dentro do reto; Retro-infecção: Eclosão na região perianal. Patologia e Sintomatologia •Assintomático •Causada pela presença dos vermes adultos •A ação é de natureza mecânica e irritação, erosões da mucosa nos pontos de fixação com lábios e inflamação catarral •Migração de fêmeas grávidas para a região anal e perianal prurido, pode produzir escoriações na pele ocasionando infecção bacteriana secundária, perda de sono, nervosismo •Fenômenos de hipersensibilidade: Prurido nasal; urticarias; •Colite crônica em infecções intensas (diarréia, falta apetite...); •Migração de fêmeas para órgãos do aparelho genital feminino causando assim vulvovaginite com leucorréia. •As manifestações clínicas mais comuns resultam de 3 mecanismos: 1) migração de fêmeas grávidas para a região anal e perianal: causa da principal manifestação clínica da doença: o prurido anal (noturno); 2) presença dos vermes adultos no intestino grosso; com manifestações clínicas não- patognonônicas; 3) migração ectópica de fêmeas: para o aparelho genital feminino como vulva, vagina, útero, ovário e trompa de Fallopio (foto - corte histológico revela ovos de E. vermicularis); causando assim vulvovaginite com leucorréia e prurido vaginal em meninas e mulheres. •Lesões ao nível da pele seguidas de infecção bacteriana; -O prurido anal explica a freqüente contaminação das mãos dos indivíduos parasitados os quais podem assim manter-se contaminados por vários anos, apesar da curta vida dos oxiuros; -Pode resultar em irritabilidade e insônia; -Em mulheres, fêmeas do E. vermicularis podem migrar da região anal para a genital, causando prurido vulvar, corrimento vaginal, masturbação e acessos de ninfomania, excitação sexual e salpingite. Profilaxia •Higiene das mãos (lavar as mãos após a defecação e antes de comer ou preparar alimentos, combater a onicofagia manter as unhas curtas e limpas e, impedir a coçagem direta da região perineal – Uso de luvas ou macacões de dormir em crianças pequenas e pomadas antipruriginosas – banhos matinais diários, de preferência de chuveiro – troca frequente das roupas de dormir e íntimas, lavando-as e fervendo-as (deve-se aquece-las no mínimo à 550C) •Tratar todos os indivíduos do grupo atingido (familiar, contatos homo e heterossexuais - sexo oral, militares em alojamentos de quartéis, presidiários e crianças em creches ou mesmo em suas casas, mantidos em ambientes não arejados e superlotados); evitando-se assim a reinfecção – •Limpeza freqüente do ambiente doméstico: uso de desinfetantes, remoção do pó, etc. •Implantar programas de educação sanitária, principalmente nos domicílios, creches e escolas. Tratamento •pamoato de pirvínio; 80 a 100% de eficácia, em dose única de 10 mg/kg, podendo colorir a urina e as fezes de vermelho; •mebendazol; 90 a 100% de eficácia, em dose única de 100 mg; •albendazol; 100% da eficácia, em dose única de 400 mg. •Apesar de eficaz a farmacoterapia, devido à auto-infecção, deve ser associada a medidas higiênicas gerais e pessoais, visando-se o controle da parasitose.
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