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Enterobius vermicularis (oxiúros) – Enterobiose Morfologia ▪ Verme adulto: • Possuem asas cefálicas; • Esôfago claviforme com bulbo esofagiano; • Cor branca; • Formato filiforme; • Vivem no intestino grosso do humano. Fêmea: • Possui um 1cm de comprimento por 0,04mm de diâmetro; • Extremidade posterior pontiaguda; • Dois úteros, ovário e vagina; • Copula na região perianal do hospedeiro. Macho: • Mede 5mm de comprimento por 0,02mm de diâmetro. • Extremidade posterior recurvada; • Um espículo (órgão de copula) e testículo. ▪ Ovo: • Mede cerca de 50 µm de comprimento por 20 µm de largura; • Aspecto de D (um lado mais reto e outro mais arredondado); • Dentro possui larvas formadas; • Possui três membranas; • Superfície viscosa. Ciclo biológico Transmissão Heteroinfecção: transmissão de um indivíduo a outro. Ex.: ingestão e inalação de ovos por via aérea (geralmente em escolas, famílias, etc). Indireta: atingem o mesmo hospedeiro que os eliminou. Ex.: ovos na poeira/alimentos. Auto-infecção: reinfecção com ovos do mesmo indivíduo. Rota fecal-oral. Habitat Machos e fêmeas: ceco e apêndice (intestino grosso); Fêmeas com ovos: região perianal. Em mulheres, às vezes pode-se encontrar esse parasito na vagina, útero e bexiga. O macho, geralmente, morre após a copula. Patologia e sintomatologia • Prurido anal; • Enterite caterral por ação mecânica irritativa (presença de muco no intestino devido a movimentação da fêmea); • Mucosa local congesta; • Hipersensibilidade – prurido nasal e urticária (coceira no nariz e na pele); • O ceco pode estar inflamado e, às vezes, o apêndice também; • Infecções bacterinas (ao coçar o ânus); • Perda de sono e irritação; • Colite crônica com fezes moles ou diarréicas; • Mulheres: invasão dos parasitos – vulvovaginite, invasão do útero, trompas e peritônio; • Granuloma (ovos) no fígado, rim e próstata; • Fêmeas vivas em líquido seminal e vias urinárias. Diagnóstico Clínico: baseado em relado de prurido anal. Laboratorial: método da fita adesiva (sempre pela amanhã e sem que o paciente haja tomado banho). O exame parasitológico de fezes não é muito indicado, pois, geralmente, não é eliminado ovos nas fezes nesse tipo de infecção. Epidemiologia • Maior prevalência em crianças e regiões de clima temperado; • Transmissão doméstica ou em ambientes coletivos; • Fêmeas eliminam grande quantidade de ovos; • Ovos em poucas horas se tornam infectantes; • Ovos podem resistir até três semanas em ambiente doméstico; • Hábito de sacudir roupa de cama pode disseminar ovos no domicílio. Profilaxia • As roupas de dormir devem ser enroladas e lavadas em água fervente diariamente; • Tratamento de todos da família (ou coletividade) e repetir o tratamento em 20 dias; • Corte rente das unhas; • Banho de chuveiro ao levantar-se; • Limpeza doméstica com aspirador de pó; • Educação sanitária; • Instalações sanitárias adequadas.
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