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HERANÇAS ANTROPOLÓGICAS DO COVID-19

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HERANÇAS ANTROPOLÓGICAS DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS
INTRODUÇÃO
Nos últimos meses, surpreendidos por um novo contexto, a pandemia de Coronavírus, todo o mundo se viu atemorizado diante de um vírus que vitimizou milhares de vidas e ainda se espalha com uma surpreendente aceleração. Como medida de contenção da doença, para que a propagação fosse minimamente sentida, muitas mudanças foram necessárias a nível mundial. São duas as principais medidas, o isolamento social e a higienização rigorosa, estas são consideradas as mais eficazes armas contra o Covid-19, dessa forma toda a humanidade, em consenso, se protegeu, e desde então, à maneira que podem, vivem a experiência do distanciamento social e um novo padrão de assepsia. 
As consequências de tais adaptações provocou mudanças profundas na forma de socializar e viver e atingiu todas as dimensões possíveis da sociedade. Nas escolas as aulas foram suspensas e os alunos buscam recursos, novas tecnologias e plataformas que os permitam continuar o seu aprendizado. Dentro das empresas profissionais diversos continuam atendendo seus clientes de suas casas em novos regimes de trabalho, os chamados home office e teletrabalho. A economia em função disso, sofre baixas catastróficas, das quais recuperar-se demandará o empenho de grandes esforços. A liberdade de ir e vir, direito individual, foi substituída pelo sentimento comum de que ficar em casa é a melhor solução, porém funcionários de setores que nunca podem parar, os chamados serviços essenciais, ainda lotam ônibus e metrôs. A decadência do sistema que já se mostrava impiedosa antes da pandemia, continua a revelar-se com o transporte público lotado, hospitais falidos, decadentes em suas estruturas, sem equipamentos e profissionais, desigualdade e injustiça social, a miséria e a fome. Sobre isso a antropóloga Carolina de Oliveira diz que, diferenças de renda, desigualdades nas condições de moradia e discrepâncias nas redes de apoio e nas responsabilidades familiares, influenciarão, significativamente, na maneira como as pessoas serão afetadas pela pandemia.
Não se pode saber ao certo qual o desfecho do mundo após o Coronavírus, mas é inegável a importância de se refletir sobre as mudanças na sociedade pós-pandemia. Certamente, a calamitosa situação que a pandemia deflagrou, trará consigo ensinamentos a toda humanidade, lições sobre si mesmo e sobre as relações sociais, como um marco ilustre, a história das relações sociais dividida em antes e depois da pandemia de COVID-19. 
DESENVOLVIMENTO
Mesmo em meio a tantas incertezas e medo, é importante refletir o quanto o Coronavírus pode provocar uma revolução nas relações humanas. Mesmo sendo um contexto coexistente há, relativamente, pouco tempo, já se pode sentir profundamente os impactos deixados pelas mudanças postas, frente à ameaça de um vírus de fácil propagação e fatal para uma parcela da sociedade (os grupos de risco). Nesse período onde novos hábitos e novas concepções são surgem, a cultura de um povo se modifica. A saber 
 [...] a cultura é considerada como o conjunto dos traços característicos do modo de vida de uma sociedade, de uma comunidade ou de um grupo, aí compreendidos os aspectos que se podem considerar como os mais cotidianos, os mais triviais ou os mais ‘inconfessáveis’. (FORQUIN, 1993, p. 11). 
Nesse sentido, segue uma exposição mais detalhada das principais áreas onde a Pandemia de COVID-19 modificou de alguma forma a cultura, o meio social e/ou o comportamento humano. 
Educação 
Durante a pandemia milhões de estudantes de todo o mundo deixaram de frequentar as escolas, obedecendo o plano de confinamento para evitar o contágio pelo Coronavírus. O cenário da Educação, no Brasil e no mundo, foi modificado drasticamente, diante do fechamento massivo de escolas muitas instituições vêm optando por transmitir suas disciplinas pelas plataformas online. 
Culturalmente a educação presencial é de mais valia que o ensino online pois existe o entendimento, mítico ou não, de que o aluno pode aprender e desenvolver-se somente com um professor e dentro de uma sala de aula. Instituições de Ensino Superior há algum tempo vem desmistificando este conceito, ofertando graduações total e parcialmente à distância, e até mesmo escolas de ensino fundamental e médio, já vinham agregando às aulas tradicionais, conteúdos e disciplinas online. 
Em tempos de pandemia, o ensino online se torna uma arma importante para a educação. Porém, um grande problema nesse tipo de ensino o torna, em muitos casos, inviável. Um bom exemplo é a grande defasagem em relação às tecnologias em escolas públicas no Brasil. Este não é no entanto um problema exclusivamente brasileiro, pois de acordo com a Unesco cerca de 826 milhões de alunos, mundialmente falando, não tem acesso à um computador. 
Outro impedimento relevante é que faltam recursos para planejar e ministrar aulas virtuais, a grande maioria dos profissionais de educação tem pouco ou nenhum contato com tecnologia, este currículo não lhes foi proposto, durante sua formação ou mesmo após, e tampouco foi oportuno se atualizar e adaptar às novas tecnologias. No entanto, a respeito da relação professor/escola e aluno, permeada por mudanças ininterruptas e por seres humanos influenciados por tais mudanças em contínuo processo de adaptação, os autores Edina Ramos e Laurenício Silva, dizem que nossos sistemas de crenças e códigos historicamente produzidos devem ser transformados de maneira fundamental pelo novo sistema tecnológico.
Em meio a tantos desafios, surge uma grande revolução no modo de ensinar mesmo já existindo o ensino a distância (bem praticado em faculdades, universidades e cursos de aperfeiçoamentos), está nascendo um novo modo de levar a educação desde a primeira a infância até o ensino superior. É um momento em que todos estão assimilando, em meio a falta de recursos tecnológicos, uma nova forma de aprender e de ensinar. 
Agora, é preciso que seja feito um grande investimento no futuro (pós Covi-19), em equipamentos tecnológicos para as escolas e também um grande investimento nos profissionais em educação, para que se possa ter enfim uma educação de qualidade e acessível a todos.
Fonte:https://abmes.org.br/noticias/detalhe/3684/covid-19-mec-libera-ensino-a-distancia-na-educacao-basica-por-30-dias) Acesso em 18 de maio de 2020.
Comércio
Diante da atual crise, o comércio vem sendo afetado de forma bastante agressiva. Para evitar que o Covid-19 se espalhasse, uma das principais deliberações, entre decretos e normatizações, em quase todos os países do mundo, foi o fechamento de estabelecimentos considerados não essenciais, evitando assim a aglomeração de pessoas. O resultado foi uma enorme queda nas vendas e um déficit financeiro que já abala a economia de muitos países.
Na contramão dessas dificuldades, o crescimento do e-commerce (atividade de comércio eletrônico) é notório. Desde que a OMS decretou a pandemia, os números referentes à circulação monetária nos comércios online apontam para um gráfico onde as vendas disparam, principalmente de itens como álcool em gel, máscaras de proteção, papel higiênico, entre outros. As empresas cada vez mais investem em aplicativos e plataformas eletrônicas e disponibilizam seus produtos e serviços, mudando os hábitos e a forma, culturalmente já constituída, de se comercializar. Desta forma, atualmente é possível fazer desde um simples sacolão até a compra de todos os tipos de serviços e utilidades domésticas. É este, um mercado promissor, apesar de ainda enfrentar grandes barreiras tecnológicas, como acessibilidade por exemplo, já que apenas 70% da população brasileira têm acesso à internet. 
Fonte da imagem: https://www.iphouse.com.br/blog/o-que-e-e-commerce/. Acesso em 20 de maio de 2020.
Relações de trabalho
Com a rápida propagação Covid-19, os poderes vêm tomando medidas para contenção da pandemia, como o fechamento do comércio, shoppings, academias, restaurantes, bares entre outros, flexibilizando apenas o funcionamento do comércio essencial, conforme decretosde cada prefeitura. Muitas empresas têm manifestado preocupações com relação à manutenção das mesmas, uma vez que o seu faturamento será fortemente impactado. Diante disto, há uma forte preocupação dos empresários e dos empregados. Há de se falar também dos autônomos e microempreendedores individuais, que também foram impactados diretamente com o fechamento do comércio. Algumas medidas foram tomadas pelo governo, estados e municípios, visando amenizar os impactos entre essas classes, entre estas, entrega de cestas básicas, auxílio merenda e auxílio emergencial em dinheiro, além de linhas de crédito de incentivo às microempresas para se manterem neste período.
O governo federal sancionou em 22.03.2020 a Medida Provisória nº 927, conhecida como a MP Coronavírus, estabelecendo algumas alternativas que podem ser utilizadas pelo empregador, com o objetivo de garantir a manutenção das relações de trabalho existentes. Esta medida foi alterada e sancionada através da Medida Provisória nº 928 em 23.03.2020. Resumidamente, dispõem sobre as seguintes medidas trabalhistas, que poderão ser adotadas pelos empregadores para preservação do emprego e da renda e para enfrentamento do estado de calamidade pública:
· Possibilidade de empregado e empregador ajustarem entre si um aditivo contratual a fim de regulamentar como se dará a relação de trabalho durante esse período de afastamento necessário do trabalho (art. 1º), que terão validade jurídica;
· Possibilidade expressa que o empregador adote algumas das seguintes medidas já existentes na CLT; 
· Teletrabalho – Trabalho executado fora do ambiente coletivo, em casa, remotamente, p.e.., seja utilizando-se de equipamento próprio ou da empresa;
· Antecipação de férias – Férias serem concedidas mesmo sem ter completado o período aquisitivo, com preferência de gozo para trabalhadores que pertençam ao grupo de risco do Covid-19. 
· Possibilidade de suspensão das férias de trabalhadores da área de saúde ou que desempenhem funções essenciais, e ainda que o terço de férias seja pago após cessada a calamidade pública;
· Férias coletivas – Todos empregados da empresa ou de determinado setor desta usufruam de férias sem necessidade de comunicação prévia dos sindicatos;
· Aproveitamento e antecipação de feriados – Os feriados (não religiosos) podem ser compensados com a folga neste período de isolamento/fechamento temporário da empresa;
· Banco de horas – A possibilidade de que as horas não trabalhadas durante o período de suspensão temporária do contrato de trabalho sejam computadas em um banco a ser compensado posteriormente com trabalho em fins de semana, feriados e/ou horas extras (até duas horas por dia). Essa compensação deve ocorrer em até dezoito meses após cessada a calamidade pública;
· Suspensão de exigências de saúde e segurança do trabalho – Ficam dispensadas formalidades como exames demissionais, treinamentos (reciclagem) de empregados, suspensão de eleições para CIPA, durante o período de calamidade pública;
· Suspensão de exigência de recolhimento do FGTS – O empregador fica desobrigado a recolher o FGTS dos meses de março a maio de 2020. O valor deverá ser recolhido posteriormente, sem acréscimo de juros ou correção, de maneira parcelada em até seis vezes.
A situação excepcional experimentada por todo o mundo exige a adoção de algumas medidas flexibilizadoras. Porém, é importante lembrar que o trabalho digno – em todas as suas formas e acepções – é garantia constitucional, sendo instrumento de realização social do ser humano. E, portanto, deve ser igualmente protegido, de modo a assegurar a dignidade do trabalhador e a manutenção do seu bem-estar.
Todos os setores estão tendo que buscar alternativas para se manter, novas formas de exercer o comércio como delivery, internet, aplicativos entre outros, mas é certo que há uma crise econômica se estabelecendo no Brasil e no mundo, e nesse sentido será necessário unir esforços para reerguer.
Fonte da imagem: <https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2020/03/15/internas_economia,1128951/pandemia-de-coronavirus-leva-a-mudanca-de-habitos-no-mercado-de-traba.shtml> 
Acesso em 20 de maio de 2020. 
Saúde
A Pandemia do Covid-19 surpreendeu todos os setores, com a área da saúde não foi diferente. Em vistas de um mundo inteiro abalado e com medo de algo invisível, instaurou-se o caos: correria para equipar hospitais com respiradores mecânicos e equipamentos de proteção para os profissionais da área da saúde, correria na procura de um medicamento que trouxesse a cura, na busca pelo desenvolvimento de uma vacina, tudo para que se pudesse reduzir o número de mortos, que, lamentavelmente, cresceu de forma nunca vista antes.
No Brasil, da mesma forma, as providências que vieram a ser tomadas para que o avanço da doença não acontecesse, causou, nas secretarias e ministérios, grande movimentação, dentro do SUS e em hospitais da iniciativa privada, um fluxo de demandas nunca vista antes. Investimentos em infraestrutura que mesmo antes já se faziam necessários e no entanto nunca saiam do papel foram implantados em uma velocidade inédita. Foram criados hospitais de campanhas, e ainda, em hospitais inacabados, retomadas obras anteriormente interrompidas, por motivos infundados, tendo sido concluídas em tempo recorde. Ainda como parte das providências governamentais, investimento em testes de Covid-19, compra de equipamentos e insumos para atendimento de casos suspeitos da doença que chegaram de forma rápida e eficaz. 
Além da criação de fluxos específicos e mobilização de força de trabalho especializada, para o atendimento prontificado à um grande número de pacientes (infectados pelo vírus), a telemedicina, sistema de atendimento eletrônico, veio como reforço para se evitar aglomerações em hospitais e Upas em todo o país, dando apoio às equipes de profissionais de saúde que estão atuando na linha de frente no combate ao Coronavírus. 
Não se pode afirmar como será o pós-pandemia Covid-19, se haverá continuação na eficiência de atendimento em nossos hospitais públicos e nos investimentos na área da saúde. Porém, um coisa ficou clara diante dessa terrível doença que assola o país e o mundo : O Brasil possui recursos e estrutura para dar continuidade e melhoria ao nosso sistema único de saúde (SUS), cabe aos poderes constitucionais um maior comprometimento com orçamentos mais robustos para a saúde pública e com a capacidade do sistema de se organizar para garantir a melhor distribuição de recursos. 
Fonte: <https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/os-impactos-da-covid-19-na-transformacao-do-sistema-de-saude/ > Acesso em 21 de maio de 2020.
Relações sociais
Após a experiência do confinamento pela pandemia de coronavírus, o comportamento da população, será, certamente, diferente. Talvez o povo brasileiro, reconhecido por seu jeito, caloroso e humano, dado à abraços e beijos, mude seu perfil, adotando costumes orientais, afinal não é por acaso que a população japonesa cumprimenta-se saudando à distância. 
Daqui em diante, as avaliações de hábitos como usar máscaras, higienizar as mãos e locais públicos, entre outros, serão as mais positivas e bem aceitas, não apenas por parte do povo, mas também pelos órgãos governamentais, que, seguramente prezarão por medidas que protejam seus civis de situações adversas como esta que se vivencia atualmente.
As relações sociais não morreram, no entanto, permanecem de um jeito afetuoso e especial, entre um rede social e outra. A tecnologia facilita a comunicação, e é possível se falar, reunir-se, festejar e entreter-se, sem estar necessariamente, num mesmo espaço físico. Os grupos de familiares, do trabalho, de amigos ou de pessoas que se identificam e as lives de artistas de todos os gêneros e para todos os gostos, exemplificam bem tal afirmação, pois unem milhões de pessoas, cada um com um intento, um propósito para tal e/ou dedicado à uma causa, todos de suas casas, relacionando com o mundo lá fora, simbolizando assim mais conexão apesar da distância. 
Um grande movimento de cantores promovendolives, ganhou destaque na mídia como sendo um modelo de entretenimento que agrada o público. As redes sociais e as transmissões ao vivo trazem uma possibilidade nova de engajamento, assim como o alcance de novos públicos. Além disso, tem se tornado um caminho alternativo de vendas e, de certa maneira, contorno da crise que a pandemia tem causado a inúmeros setores da economia. Segundo a CNN Brasil, as Lives musicais são ‘caminho sem volta’ na relação entre marcas e consumidores. 
Fonte:https://www.cnnbrasil.com.br/business/2020/04/17/lives-musicais-sao-caminho-sem-volta-na-relacao-entre-marcas-e-consumidores Acesso em 20 de maio de 2020.
Convívio Familiar
Diante do cenário de isolamento social, dentro de muitas casas prova-se uma maior convivência entre familiares. Tanta proximidade pode trazer muitos benefícios, mas alguns desafios, já que a rotina do corre-corre costumeira foi alterada bruscamente. O papel da família tem sido revisto a cada dia e um novo modelo de relacionamento vem surgindo e assim, as famílias se adaptando.
É importante salientar que desafios estão sendo vencidos, na medida que as famílias se deparam com a necessidade de uma nova organização. Para isso, manter a hierarquia, o respeito às diferenças de cada um, já que as emoções se potencializam neste momento tão intenso, é de extrema importância. Novas rotinas surgiram, rotinas fundamentais para crianças e adolescentes, para que não fiquem todo o tempo ociosos sem o que fazer, afinal é necessário frisar que não estamos de férias, e que algumas práticas precisam ser mantidas. Nessas novas rotinas, surgem horários para home-office, horários para manutenção dos estudos, independente de qual ferramenta for usada, horários pra lazer, horários para alimentação, horários para sono e sobretudo horários para outras tarefas em casa, exercitando assim, as coletividades para que a vida continue seu curso, dentro do novo possível.
Um benefício muito grande em meio a tantas novidades impostas, é o estreitamento dos laços. O maior convívio em família tem proporcionado momentos que antes não eram possíveis, devido à rotina tão corrida, refeições em família, por exemplo. 
Com tudo isso, a criatividade tem se aflorado, todos criam novos meios de comunicação, novos meios para lazer, novos meios de demonstrar afeto à distância, novas formas de se comprar, entre outras. Surgem também novas oportunidades de se cuidar e cuidar dos seus. O afeto e o amor ao próximo nunca estiveram tão em alta como agora, pois só assim podemos amenizar o sofrimento, passar e aprender com todas as mudanças deste período tão difícil para todos.
 
Fonte da imagem: <https://br.freepik.com/vetores-premium/conjunto-de-tipos-de-atividades-de-paternidade-feliz_6555646.htm>
 Acesso em 20 de maio de 2020.
CONCLUSÃO
O Coronavírus e o distanciamento social será historicamente e antropologicamente significativo, como um ativador de mudanças em práticas, costumes e até na identidade de uma sociedade, promovendo o rompimento de barreiras sociais e produzindo possíveis legados dessas vivências.
É impossível que, tendo observado o mundo antes e durante a pandemia, não se perceba o quanto a quarentena contribui para o entendimento de que o ser humano necessita se relacionar uns com os outros e como podem encontrar maneiras diversas de fazer isso. 
É sabido que a pandemia espantou a todos, confrontando-os com as mais perversas desigualdades e fragilidades sociais, porém revelou uma capacidade humana de adaptar-se e sobrepor-se à crises profundas, e mesmo em meio ao caos consegue manter o relacionamento social. 
Certamente, passada a pandemia do novo coronavírus, haverá um aprendizado comum de que a união, ainda que a distância, foi fundamental, pois não há sobrevivência individual, há atitudes individuais que somam para o bem do coletivo, e que o afeto o carinho e o cuidado ainda são os melhores remédios que curam todos os males e assim seguirão em uma nova forma de se viver.
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Medida Provisória Nº 927, de 22 de março de 2020. Dispõe sobre as medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (covid-19), e dá outras providências. Publicado no DOU em 22 de março de 2020. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/Mpv/mpv927.html>. Acesso em: 20 de maio de 2020
BRASIL. Medida Provisória Nº 928, de 23 de março de 2020. Altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, e revoga o art. 18 da Medida Provisória nº 927, de 22 de março de 2020.. Publicado no DOU em 22 de março de 2020. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/Mpv/mpv928.htm#art2l>. Acesso em: 20 de maio de 2020
FORQUIN, Jean-Claude. Escola e cultura: as bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
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LIMA, Luís. Lives musicais são caminho sem volta; CNN Brasil. Disponível em:https://www.cnnbrasil.com.br/business/2020/04/17/lives-musicais-sao-caminho-sem-volta-na-relacao-entre-marcas-e-consumidores . Acesso em 20 de maio de 2020.
MENDES, Edina Souza; SILVA, Laurenício Mendes. Antropologia e Educação. Editora UNIMONTES; 2ª edição, 2013. 
MOREIRA, Paulo. Comércio eletrônico antes e depois da pandemia; E-commerce Brasil. Disponível em: <https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/comercio-eletronico-antes-e-depois-da-pandemia-do-coronavirus/> . Acesso em 19 de maio de 2020.
OLIVEIRA, Carolina. narrativas epidêmicas, desigualdades sociais e responsabilização individual; AntropoLÓGICAS. Disponível em: <https://www.antropologicas-epidemicas.com.br/post/covid-19-e-zika-narrativas-epid%C3%AAmicas-desigualdades-sociais-e-responsabiliza%C3%A7%C3%A3o-individual> Acesso em: 21 de maio de 2020. 
OLIVEIRA, Rodrigo do Valle. As relações de trabalho e o COVID-19; Bahia Notícias. Disponível em: <https://www.bahianoticias.com.br/justica/artigo/624-as-relacoes-de-trabalho-e-o-covid-19.html>. Acesso em 20 de maio de 2020. 
TORELLY, Fernando. Os impactos da Covid-19 na transformação do sistema de saúde; VEJA Saúde. Disponível em: <https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/os-impactos-da-covid-19-na-transformacao-do-sistema-de-saude/ > Acesso em 21 de maio de 2020.
UNESCO. Comunicado à imprensa: Surpreendentes divisões digitais no ensino a distância surgem. Disponível em: <https://en.unesco.org/news/startling-digital-divides-distance-learning-emerge> Acesso em 18 de maio de 2020

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