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FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE – FAVENI
 EDUCAÇÃO INFANTIL ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
 CARMELITA FERREIRA DE SOUZA
 A IMPORTÃNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 JARU - RO
 2020
 A IMPORTÃNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
 Autor[footnoteRef:1] Carmelita Ferreira de Souza [1: E-mail do autor;carmelitadlu@gmail.com
] 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). 
RESUMO
O ser humano forma sua personalidade nos primeiros anos de sua vida. As teorias 
apresentam a importância do lúdico na educação, pois as crianças em contato com os diferentes objetos e situações podem vivenciar situações reais construindo aprendizagens para a vida. O ser humano é dotado de emoção e afetividade estes são os pontos de analise para a formação do cidadão responsável. O brinquedo e a brincadeira ainda não são reconhecidos neste processo de formação. O lúdico sempre existiu e é sinônimo de aprendizagem. A criança para se desenvolver em todas as suas capacidades precisa estar em contato com diferentes objetos e situações para que se prepare para resolver os problemas da vida. Quando a criança desde cedo é desafiada a encontrar resposta a suas curiosidades ela se desenvolve em todas as suas capacidades. A atividade lúdica tem o objetivo de produzir prazer e se divertir ao mesmo tempo quem pratica esta atividade percebe-se que ela vem acompanhada de inúmeras brincadeiras para enriquecer nossos conhecimentos de forma prazerosa na educação. O lúdico neste sentido passa a ser o intermediário entre a criança e o conhecimento. A criança vive um mundo de fantasia que lhe faz assumir diferentes papeis.
Palavras-chave: Lúdico. Escola. Aprendizagem Significativa. 	 Imaginação
1 INTRODUÇÃO
O brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e autonomia da criança, na qual ela expressa o seu sentimento com a brincadeira, para a criança ela é sim uma atividade de aprendizagem significativa. Brincando, ela não apenas de diverte, mas recria e interpreta o mundo em que vive se relaciona com este mundo.
Por isso, cada vez mais os jogos e brincadeiras devem ocupar um lugar de 
destaque nas atividades escolares. O grande problema muitas vezes está em qualificar o 
que é jogo. Analisar a importância do jogo e brincadeira nas séries iniciais tomando como 
base o lúdico no processo ensino aprendizagem. Reconhecer o que são jogos no contexto 
educativo. Identificar quais os jogos educativos que fazem parte do processo educativo. 
Comprovar a eficiência dos jogos e brincadeiras no processo de ensino através das teorias.
Os jogos são instrumentos antigos que sempre tiveram grande valor na civilização da época. Com as mudanças educacionais e o tradicionalismo das formas prontas o jogo e as brincadeiras perderam seu encanto. O lúdico na educação infantil permite que a criança tenha um desempenho frequente na sua educação, auxilia a criança no seu comportamento, desempenham papéis sociais (papai e mamãe) nas suas representações, desenvolvem a imaginação, criatividade e capacidade motora de raciocínio.
4
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O contexto escolar é um ambiente em que a aprendizagem
significativa surge por meio da brincadeira, como é possível o brincar se transformar 
em conhecimento? Nesse sentido pensando os jogos e brincadeiras na vida do ser 
humano percebe-se que todos gostam de brincar; que para eles não é apenas uma 
prática infantil. Por isso é preciso conhecer o desafio dos jogos e brincadeiras no 
contexto educacional.
Segundo Campagne (1989, apud KISHIMOTO, 	1998) existe a
presença concomitante de duas funções no jogo educativo: a função “l~dica” e a função “educativa”. Compete ao educador saber organizar as vivências garantindo a qualidade das duas funções. Kishimoto (1998) resume a questão:
: 	19). O equilíbrio entre as duas funções é o objetivo do jogo educativo. 
Entretanto, o desequilíbrio provoca duas situações: não há mais ensino, há 
apenas jogo, quando a função lúdica predomina ou, o contrário, quando a 
função educativa elimina toda brincadeira resta apenas o ensino. 
(KISHIMOTO, 1998
Valorizar suas ações e considerar seus saberes anteriores. Ao
mesmo tempo, adotar a perspectiva das crianças quanto ao “descompromisso” com o futuro, ao prazer em participar das atividades de maneira espontânea e, além disso, perceber e acolher as diferentes representações simbólicas (exercício da fantasia) que surgem durante as brincadeiras
Percebe-se que a sabedoria do educador consiste em organizar de
maneira intencional o trabalho corporal com jogos e brincadeiras.
Brougére (2000) assim se refere a essa contradição da brincadeira:
Não se pode fundamentar, na brincadeira, um programa pedagógico preciso. Quem brinca pode sempre evitar aquilo que lhe desagrada. Se a liberdade valoriza as aprendizagens adquiridas na brincadeira, ela produz, também, uma incerteza quanto aos resultados. Daí a impossibilidade de assegurar aprendizagens, de um modo preciso, na brincadeira. É o paradoxo da brincadeira, espaço de aprendizagem fabuloso e incerto. (BORUGÉRE: 2000:. 104).
5
A visão de Brougére critica a brincadeira porque ele acredita que nem
tudo pode ser aprendido com a brincadeira. Ele pode até estar certo, mas a brincadeira 
faz parte do espaço educativo quer para introduzir conteúdos ou mesmo para fixar no 
caso da educação infantil a criança aprende brincando como afirma os RCNEI.
Nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil -
RCNEI (Brasil, 1998) há uma preocupação em sensibilizar os educadores para a importância do brincar tanto em situações formais quanto em informais. Neles, brincadeira é definida como a linguagem infantil que vincula o simbólico e a realidade imediata da criança.
Do mesmo modo e a LDB, as Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação Infantil (Brasil, 1999) determinam que as instituições devem promover, além da educação formal, práticas de cuidado. I
Só está em conformidade com a visão presente na LDB de integrar
os aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais da criança, possibilitando seu desenvolvimento integral. Entre os fundamentos norteadores da educação infantil, essa resolução inclui a ludicidade e a criatividade.
E não para aí: No Estatuto da Criança e do Adolescente (Brasil, 1990)
é explicitado o direito ao lazer, à diversão e a serviços que respeitem a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
Nessa perspectiva, Moyles (2002) apresenta uma visão de brincar,
relacionada mais aos aspectos educativos. A autora entende esta atividade como um processo que ajuda a criança a confiar em si mesma e em suas capacidades para interagir socialmente com outras crianças e/ou com os adultos.
Segundo Moyles (2002) Pereira (2002), verifica-se, com base nestes
documentos, que de fato há uma preocupação legítima em promover melhores condições de desenvolvimento por meio da educação.
Por isso na educação é necessário usar do lúdico, pois segundo o que
já foi visto, é brincando que a criança consegue aprender; porque os seres humanos são diferentes e todos têm peculiaridades na questãode aprender; por isso é preciso um método dinâmico e inovador que o lúdico pode fornecer.
6
Nesse contexto, a inserção do brincar pode constituir-se em um
elemento importante para o ensino nas instituições educativas. Isso porque o brincar é um dos principais processos e uma das atividades mais presentes na infância, em que são construídas as capacidades e as potencialidades da criança.
Já Ortega e Rossetti (2000) colocam que o uso do brincar permite a articulação entre os processos de ensino e da educação e exige uma postura ativa por parte do educando, que articula o ensino e a aprendizagem em um único movimento. Assim, a inserção do brincar livre, espontâneo, no currículo educacional e, consequentemente, nos projetos pedagógicos das instituições educativas, é um processo de transformação política e social em que crianças são vistas pelos educadores como cidadãs, isto é, cada uma como sujeito histórico e sociopolítico, que participa e transforma a realidade em que vive.
Do mesmo modo como Rubens Alves (2004) afirma que a criança ao
ir a escola deve ter liberdade de fazer aquilo que sua curiosidade pede e não ser obrigada a fazer o que não gosta porque qualquer coisa pode ser um brinquedo e atender sua curiosidade veja:
Qualquer coisa pode ser um brinquedo. Não é preciso que seja comprado em lojas. Na verdade, muitos dos brinquedos que se vendem em lojas não são brinquedos precisamente por não oferecerem desafio algum. Que desafio existe numa boneca que fala quando se aperta a sua barriga? Que desafio existe num carrinho que anda ao se apertar um botão? Como os brinquedos do professor Pardal, eles logo perdem a graça. Mas um cabo de vassoura vira um brinquedo se ele faz um desafio. (ALVES, 2004).
Se para Kishimoto (1999) o uso do brinquedo ou jogo educativo com
fins pedagógicos é importante instrumento para situações de ensino-aprendizagem e de desenvolvimento infantil.
Ela limita as funções educativas apenas aos brinquedos educativos,
principalmente quando os classifica de acordo com as habilidades que desenvolve 
nas crianças, citando como relevante apenas o uso dos mesmos nas tarefas de 
ensino-aprendizagem e quando considera que a dimensão educativa surge apenas 
no instante em que as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto,
7
com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem.
Ramos (2000) se contrapõe a Kishimoto, quando afirma que ao se 
relacionar com o meio as crianças vão construindo o seu conhecimento e manipulando 
os dados da realidade através das variedades do lúdico, que são reelaborados e 
transformados.
Outros o encaram como um recurso pedagógico a mais, cuja
finalidade é ser usado no desenvolvimento das aulas, perdendo assim a sua espontaneidade; outros o conceituam como um modo de ensinar e aprender mais compatível com a própria essência da vida, que é movimento, atividade, desenvolvimento e transformação.
Para Ramos então, tanto a função “l~dica” quanto a “educativa” estão
presentes nos jogos e brincadeiras, sejam eles espontâneos ou dirigidos; ou seja, 
mesmo nas atividades lúdicas espontâneas a função educativa está presente, pois 
mesmo sem nenhum comprometimento com a produção de resultados, que é próprio 
das atividades educativas dirigidas, as atividades espontâneas são naturalmente 
educativas, por ajudar na sua formação e desenvolvimento integral (física, intelectual 
e moralmente); na constituição da sua individualidade e na formação do seu caráter e 
da sua personalidade. Implicando sempre em alguma aprendizagem, seja de regra de 
jogo, de agir adequado, de compreensão de sentimentos, da relação com o outro ou 
com o mundo.
Luckesi 	(apud RAMOS, 2000) vem enriquecer não só com um
conceito de “Ludicidade” distinguindo-a de “divertimento”.
.... Um “fazer” humano mais amplo, que se relaciona não apenas à presença das brincadeiras ou jogos, mas também a um sentimento, atitude do sujeito envolvido na ação, que se refere a um prazer de celebração em função do envolvimento genuíno com a atividade, a sensação de plenitude que acompanha as coisas significativas e verdadeiras (pág.52).
Desse modo esta relacionando com o cotidiano em geral, inclusive
com o trabalho, quando diz que essa sensação de plenitude só pode estar presente, 
em qualquer coisa que fizermos se estivermos envolvidos com toda a atenção voltada
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às nossas ações, para percebermos o seu valor; e isto para qualquer atividade humana, seja ela divertimento puro e simples ou trabalho, tarefa.
Defender o brincar na escola, por outro lado, não significa negligenciar
a responsabilidade sobre o ensino, a aprendizagem e o desenvolvimento. Como diz 
Dolto (1999): “as crianças necessitam de limites para sentirem-se em segurança, mas 
de limites que se devem apenas ao perigo real que suas transgressões implicariam 
para a integridade de seu organismo ou a dos outros”. (1999:109). Tais limites 
contribuem para a construção da aprendizagem significativa e para a formação social 
do cidadão.
O l~dico enquanto “atividade criativa”, apesar de propiciar prazer ao 
indivíduo, foi banido da dimensão educacional, pois cede lugar a uma prática 
pedagógica centrada nos aspectos cognitivos do processo de ensino-
aprendizagem. Muitos professores tornam-se reticentes no que diz respeito ao 
lúdico na sala de aula.
Defender uma prática pedagógica a partir da atividade do brincar traz
mudanças significativas para o processo de ensino-aprendizagem, pois nos remete à transformação do espaço escolar em um espaço integrador, dinâmico, onde não se prioriza apenas o desenvolvimento cognitivo do alunado, mas contempla uma dimensão onde ocorra uma formação plena do indivíduo.
Nesse contexto, a postura do professor possui grande relevância, pois
ele pode conduzir suas atividades priorizando o lúdico ou negando-lhe o espaço, o 
que o faz negar, de certa forma, as “possibilidades” de pleno desenvolvimento do seu 
aluno. Sendo assim, faz-se necessário que a escola trabalhe com a diversidade 
cultural de seus alunos, valorizando a pluralidade, o movimento e a corporeidade, 
evitando, consequentemente, a linearidade, a passividade, a homogeneidade. Pode-
se, então, pensar que, dessa forma, a escola tende a resgatar, no seu espaço, a vida, 
o dinamismo e o prazer, que há muito foram esquecidos, por conta de uma primordial 
preocupação em transmitir conteúdos, tidos como verdades universais.
O brincar é tão relevante para a criança quanto o trabalho é
necessário para o adulto, por isso com intencionalidade educativa, ou não, de um 
modo geral, ele traz os dados do cotidiano para um fazer ativo, refazendo-os ao 
relacioná-los com o imaginário. Ao brincar e experimentar o mundo dentro do seu
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contexto sócio cultural a criança constrói o seu fazer, repercutindo no futuro, o que seria a própria essência da vida.
A evolução histórica do lúdico manifestou-se no período paleolítico, a
procura por ocupações criadoras e prazerosas, veio acompanhando o homem através dos tempos.
Por meio dos estudos de Cardoso (1996) as brincadeiras foram
ocupando lugar de destaque numa sociedade que se desenvolveu do ponto de vista tecnológico e de suas relações sociais.
No que diz respeito a essa mesma perspectiva sócia histórica vale
destacar as pesquisas desenvolvidas por Szundy (2005). Em seus estudos, essa pesquisadora chama atenção para o fator histórico do jogo com uma presença marcante nas diversas atividades características das civilizações antigas, das quais o mito e o culto podem ser citados como exemplos claros dessa influência. .
Ao criar um jogo entre fantasia e realidade, o homem primitivo
procurava, através do mito, dar conta dos fenômenos do mundo. Entre os primitivos 
pode-se notar a preocupação com os enfeites do corpo, amor pela tecelagem, a 
requinte na cerâmica e nas cerimônias festivas, geralmente marcadas por canções de 
dançar, ao som de instrumentos musicais. Em rituais de fantasia e celebrações 
festivas.
Na Grécia antiga e em Roma já existiamos jogos educativos, e no século XIX o ensino de línguas é ressaltado pelo desenvolvimento comercial e pela expansão dos meios de comunicação e surgem, assim, os jogos para o ensino de línguas vivas. (KISHIMOTO, 1998, p. 15).
Desta forma o lúdico vinha formando seu espaço como meio de
aprendizagem. Partiu do mito para o culto. Para fantasia, indo para o campo pedagógico na aprendizagem das línguas.
Outro sinal é a regularidade com que surgem mais diversos povos,
jogos e competições de força ou habilidades, ampla gama de artes manuais, contos populares, danças, lendas, numa longa série de atividades, em regras associadas em sentimentos de prazer alcançadas em climas de aprovação social.
Para Kishimoto (1998, p.15), “entre os romanos, jogos destinados ao
preparo físico voltam-se para a formação de soldados e cidadãos obedientes e
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devotos e a influência grega acrescenta-lhes cultura física, formação estética e espiritual”.
Aproximadamente nos séculos XVII e XVIII foi feita uma diferenciação
entre a fase adulta e a fase da infância. Apareceram então novos conceitos a respeito 
do crescimento da criança, valorizando as características essenciais da infância. Para 
Aristóteles, o jogo aparece como contraponto do trabalho e como forma de preparo 
para a vida adulta.
Sendo assim, os jogos deveriam imitar atividades sérias. Gilles
Brougqre (1998, p.28) diz que, para Aristóteles, “o jogo que não tem fim em si mesmo está submetido ao trabalho que o justifica”.
“Só há jogo porque o trabalho supõe a reconstituição das forças, o
relaxamento, a recriação da força despendida”.
Decroly, Montessori e Froebel proponham alternativas metodológicas
diferenciadas, podemos dizer que todos concebem a criança como um ser ativo, livre de determinações sociais, não considerando, portanto, os aspectos culturais e sociais próprios do sujeito.
O início do século XIX é marcado pelo esforço de Froebel em colocar
em prática uma educação institucional baseada no brincar. Para Kishimoto (1999, p. 16), Froebel parte do pressuposto de que, “manipulando e brincando com materiais como bola, cubo e cilindro, montando e desmontando cubos, a criança estabelece relações matemáticas e adquire noções primárias de Física e metafísica, além de desenvolver noções estéticas. ”
Os jardins de infância de Froebel são organizados na Alemanha em
torno dos dons, termo que designava os materiais educativos de livre manipulação pelas crianças.
Seus estudos são centrados na evolução natural da criança na idéia
que o desenvolvimento infantil ocorre de forma integrada a partir de atividades 
espontâneas que são primordiais e construtivas para o crescimento físico, mental e 
moral.
Dentro deste contexto percebe-se que o jogo é fundamental para o
desenvolvimento humano. Os primeiros anos de vida são decisivos na formação da 
criança, pois se trata de um período em que ela está construindo a sua identidade e 
grande parte de sua estrutura física, afetiva e intelectual. Nessa faze deve-se adotar
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várias estratégias, entre elas as atividades lúdicas, que são capazes de intervir positivamente no seu desenvolvimento, suprindo suas necessidades biopsicossociais, assegurando-lhe condições adequadas para desenvolver suas competências.
Entender o ser humano principalmente a criança é fundamental para que seja possível refletir e tirar maior proveito no estudo realizado.
Henri Wallon 	(1975; 	65) medico psicólogo e filosofo Francês,
desvendou que as crianças têm corpo e emoções e não apenas “crknio”, em sala de aula. Ele considera a criança como um ser social desde a hora do nascimento e que ela proclama processo afetivo através da emoção.
Ele considera o ser humano como um todo: “afetividade, emoção,
movimento e espaço físico se encontram num mesmo plano. Acredita que a 
afetividade tem uma função principal no desenvolvimento do ser humano, é através 
dela que a criança mostra seus desejos e suas vontades.” (VALLON: 1975: 67)
Nas palavras de Wallon, a criança, nas suas mudanças fisiológicas,
revela traços importantes de caráter e personalidades. “A alegria, a raiva, o medo, a tristeza e os sentimentos mais profundos ganham função relevante da criança com o meio.” (WALLON: 1975: 67)
Para Piaget (1970: 136): “que os organismos vivos que podem
adaptar-se geneticamente a um novo meio e que existe também uma relação evolutiva entre a pessoa e o seu meio. ” Para ele a criança constrói suas ações e ideias quando se relaciona com novas experiências ambientais.
O conhecimento se constrói na interação homem-meio, sujeito objeto.
Conhecer consiste atuar sobre o real e transformá-lo a fim de compreendê-lo, é algo que se dá a partir da ação do sujeito sobre o objeto de conhecimento. 
	Segundo Piaget (1978) para a criança adquirir conhecimento e
linguagem deve passar por várias fazes de desenvolvimento psicológico, partindo do indivíduo para o social. O desenvolvimento mental se dá espontaneamente a partir da das potencialidades e da interação com o meio.
O ser humano, em todas as fases de sua vida, está sempre
descobrindo coisas novas, por meio do contato com seus semelhantes e do domínio sobre o meio em que vive.
O ser humano nasceu para aprender, para descobrir, reinventar e
apropriar-se de todos os conhecimentos, desde os mais simples até os mais
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complexos, e isso que lhe garante a sobrevivência e a interação na sociedade como ser participativo crítico e criativo.
A esse ato de busca, de troca, de interação, de apropriação é que
damos o nome de educação. Esta não existe por si só. Por isso educar não é um ato ingênuo, indefinido, imprevisível, mas um ato histórico, cultura, social, psicológico, afetivo existencial e acima de tudo político, pois, numa sociedade de classes, nem uma ação é simplesmente neutra, sem consciência de seus propósitos,
A criança deve explorar livremente o brinquedo assim desenvolvendo
seu senso de companheirismo, ao brincar com um amiguinho ela aprende a conviver, ganhando ou perdendo, procurando a lidar com as regras, respeitar o gosto do seu coleguinha para assim obter uma brincadeira satisfatória e divertida.
No jogo ela aprende a aceitar regras, esperar sua vez, aceitar o
resultado, lidar com as frustrações, e elevar o nível de motivação.
O momento em que a criança está brincando é um momento mágico
e prazeroso, em que está sendo exercitada a capacidade de observar e manter a 
atenção, concentração e que irá inferir na sua eficiência e produtividade quando 
adulto. Segundo Maria do Rosário Silva Souza, o brinquedo é oportunidade de 
desenvolvimento. Brincando, a criança, experimenta, descobre, inventa, aprende se 
diverte e desenvolve sua capacidade motora, aperfeiçoando suas habilidades etc. 
Brincar estimula a curiosidade, a autoconfiança autonomia, além de proporcionar o 
desenvolvimento da linguagem, do pensamento, atenção e concentração.
Segundo Maria do Rosário Souza psicopedagoga da PUC SP:
Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da 
criança. Ira contribuir, no futuro, para a eficiência e equilíbrio do adulto. 
Para que o brinquedo tenha sentido a criança é preciso que ele tenha 
pontos de contato com a sua realidade. Ela trata os brinquedos como 
recebe, sente quando está recebendo por razões subjetivas porque 
muitas vezes os pais dão aos filhos brinquedos que não puderam ter 
e gostaria de ter tido, ou até mesmo para servir de recurso para livrar-
se da criança, um brinquedo que distrai, que chama sua atenção, 
assim ela ao incomoda os pais. (SOUZA: 2003:30).
13
Devido a tantas preocupações a maioria são filho único ou só um
casal. O que prejudica a criança para ela ter alguém para brincar, brigar. Com tantas 
exigências do dia-a-dia, pais não dão atenção o suficiente para seus filhos, brincam 
pouco, com eles, não acompanham o filho na sua formação, passando o dia todo fora 
trabalhando, não tento tempo para as crianças, além de deixar eles em creches, 
babas, parentes, com isso as crianças sentem falta de afeto, carinho, conselho, amor, 
atenção, etc.
Brincardar atenção para a criança torna-se mais intenso os laços
afetivos, quando demonstramos o nosso amor, carinho, ternura e para a criança é um 
momento de prazer, alegria, e todas as crianças necessitam que os pais, tios, avós, 
primos, brincam com elas. Infelizmente, hoje em dia muita criança não tem limites de 
tempo em frente à televisão, jogos de play-station, mini game, deixando para traz essa 
parte tão saudável e divertida da infância que é as brincadeiras. Cada idade tem um 
modo de brincar especifico e dessas fases que a criança aprende a diferenciar a 
realidade do imaginário.
Antigamente as crianças não tinham essas liberdades que tem hoje
de sair, jogar, passear, era somente e as brincadeiras com pedaços de pau espigas de milho e de barata, mole duro, pico no alto, queimadas, futebol, petecas, alerta cor, casinhas, bonecas, as crianças se reuniam e brincavam todas juntas explorando todos os espaços e eram brincadeiras saudáveis.
Hoje devido a tantas tecnologias, as crianças quase não brincam só
fica no msn, watizape, facebok e jogos com influencias, de roubo, morte, polícia e ladrão, adrenalinas, apesar do computador ser uma fonte de aprendizagem, também é um mundo de maldades se não saberem usá-lo, as crianças precisam de outros estímulos que passam pelo contato com a natureza e exercício físico.
As brincadeiras mais simples de que participa são verdadeiros
estímulos ao desenvolvimento intelectual. Quanto mais informação receber, mais registro ocorrera em seu cérebro.
Experimentando, vendo, pegando, manipulando as coisas, a criança
descobre a possibilidade de dar forma ao mundo de acordo com suas impressões, passando não só a evocar e registrar fatos na memória, mas a recriá-lo. 
	O jogo que a criança mais gosta são aquele que seu corpo está em
movimento; elas ficam contentes quando podem movimentar-se, e é essa movimentação do corpo que torna seu crescimento físico natural e saudável.
14
Para o desenvolvimento infantil uma brincadeira especialmente no
período da infância são os jogos simbólicos e as brincadeiras de faz-de-conta. Ela é a ferramenta para a fantasia da criança.
Para construir visões criativas da realidade. O faz-de-conta possibilita
a construção de novas possibilidades de ação e novas formas de organizar os elementos do ambiente. No faz-de-conta a criança age cada vez mais guiada por imagens criadas a partir de sua experiência com outras vivencia reais, suas experiências na escola, por exemplo, adotando comportamento diferentes dos que assume em outras situações de sua vida diária.
Com o desenvolvimento da criança, o jogo simbólico das crianças
passa a apoiar-se mais nas ideias, imagens e regras construídas por ela para a sua realização. Conforme tem maior experiência de criação imaginária, as crianças passam a ter maior controle sobre a história que está sendo criada, podendo planejara-la e distribuir os papeis que a compõem, com maior facilidade.
A brincadeira favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar 
progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, 
para a interiorização de determinados modelos de adultos, no âmbito de 
grupos sociais diversos. Essas significações atribuídas ao brincar 
transformam-no em um espaço singular de constituição infantil. (BRASIL, 
RCNEI: 1998: 27).
As atividades do dia-a-dia das crianças podem tornar-se atividades de
aprendizagens, isso é importante porque a interação das crianças nessas atividades faz com que elas possam expressar os seus sentimentos.
Ao desempenharem outras funções através da brincadeira ela vai
desenvolvendo por completo e formando sua personalidade. As brincadeiras passam 
a ter uma seriedade maior na vida da criança, pois ela expressa os seus sentimentos 
e conhecimentos através das brincadeiras ela passa a se espelhar nas pessoas do 
seu convívio, imitando, faz-de-conta, e todos os tipos de brincadeiras que evidenciam 
movimentos corporais e novas descobertas, pois vê se que os mais simples tipos de 
brincadeiras são estímulos de desenvolvimento aonde ela vai aperfeiçoando o seu 
intelecto, quanto mais informações ela adquire nessas brincadeiras mais ela assimila 
o conhecimento que é passado.
15
Brincar de faz-de-conta cria condições para uma transformação
marcante da forma de a criança ter condições do mundo e de si mesmo. Na situação de faz de conta, a criança age guiada por imagens criadas imaginarias a partir se suas experiências com outras vivencias reais.
Por exemplo: uma vassoura deixa de ser percebido em suas
características de objeto utilizado para varrer o chão, e passa a ser usada pela criança 
como se fosse um cavalo, pegando a vassoura colocando entre as pernas, segurando 
um cordão, e sai troteando correndo como se fosse num cavalo de verdade, neste 
momento ela está usando a sua imaginação e satisfazendo o seu desejo de estar num 
cavalo.
A brincadeira é uma linguagem infantil que mantêm um vínculo essencial com 
aquilo que é o “não brincar”. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano 
da imaginação isto implica que aquele que brinca tem o domínio da linguagem 
simbólica isto quer dizer que é preciso haver consciência da diferença 
existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu 
conteúdo para realizar-se nesse sentido para brincar é preciso apropriar-se 
de elementos da realidade imediata de tal forma atribuir-lhes novos 
significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação 
entre a imaginação e a imitação da realidade. Toda brincadeira é uma 
imitação transformada, no plano das emoções e das ideias, de uma realidade 
anteriormente vivenciada. (BRASIL, RCNEI: 1998: 27).
O faz de conta tem um papel muito importante na vida da criança, ele
permite que a criança viva situações que lhe causam enorme excitação de alegria, ou 
alguma ansiedade, medo ou raiva, podendo, na situação mágica e descontraída da 
brincadeira expressar e trabalhar essas emoções muito fortes ou difíceis de suportar.
O jogo simbólico estimula a comunicação, sendo um instrumento que
a criança tem para relacionar com as outras. Através das brincadeiras ela aprende muito sobre o mundo que a cerca, procurando a melhor maneira de se interagir e ampliar o seu conhecimento.
Assim a criança cria situações imaginarias se sujeita a regras,
experimentam diferentes papeis sociais como: mãe, pai, professor, medico, policial etc. A partir dessa observação do mundo dos adultos.
A brincadeira simbólica ou faz-de-conta leva a construção pela
criança de um mundo de ilusões, de imaginário. Hoje, pode-se afirmar que já foi
16
superado parte do equívoco, de que o conteúdo imaginário do brinquedo determinava a brincadeira da criança. Segundo Benjamin (1984),
A criança quer puxar alguma coisa, torna-se cavalo, quer brincar com areia e torna-se padeiro, quer esconder-se, torna-se ladrão ou guarda e alguns instrumentos do brincar arcaico desprezam toda a máscara imaginária (na época, possivelmente vinculados a rituais): a bola, o arco, a roda de penas e o papagaio, autênticos brinquedos, tanto mais autênticos quanto menos o parecem ao adulto. (BENJAMIN, 1984. 76-77).
Para o autor, quando a criança brinca, além de conjugar materiais
heterogêneos (pedra, areia, madeira e papel), ela faz construções sofisticadas da 
realidade e desenvolve seu potencial criativo, transforma a função dos objetos para 
atender seus desejos. “Assim, um pedaço de madeira pode virar um cavalo; com areia, 
ela faz bolos, doces para sua festa de aniversário imaginária; e, ainda, cadeiras se 
transformam em trem, em que ela tem a função de conduto, imitando o adulto 
(Benjamin, 2002: 77) ”.
Os sonhos, desejos, fantasias da criança estão presentes na
brincadeira. Pode ser realizado facilmente, quantas vezes desejar, criando e recriando 
as situações que ajudam a satisfazer alguma necessidade presente em seu interior. 
Na educação infantil, muitas vezes o aluno mistura o aprendizado com a brincadeira.Ha um motivo para isso, sempre que brincamos aprendemos algo. A
brincadeira ocorre quando não se espera recompensa.
Na brincadeira estão envolvidos, aspectos cognitivos, emocionais e
físicos, brincar coisa de amigos quanto mais estreitos os laços de afeto, mas espaço e situações de brincar se expandem. Nossos são aqueles que partilham conosco diferentes momentos de nossa vida, com os quais passamos por muitas situações, compartilhamos experiências, convivemos e trocamos afetos, historias, em fim possuímos algo em comum gostamos da companhia um do outro.
A criança necessita muito de uma convivência com a outra criança, a sim ela 
aprende a lidar com o gênero do coleguinha, seus gostos, o seu modo de 
pensar, e os conflitos são inevitáveis, seja por um mesmo brinquedo ou 
dificuldade em estabelecimento de combinados coletivos, com isso elas
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buscam formas de resolução, esclarecendo as diversas formas de compreensão que se colocam em momentos. (Benjamin, 2002: 77)
É na escola junto com os colegas que a criança brinca e passa a
respeitar os direitos do outro nesse sentido o brincar é fundamental. Por que em 
contato com os outros é importante. Perde a individualidade que muitas vezes tem em 
casa e passa a ver mesmo que inconsciente o coletivo desta forma perde o egoísmo 
natural nas crianças, vivencia desta forma diferentes situações com diferentes objetos 
que se transformam em brinquedos. E são meios de convivência social porque 
constroem essa sociedade entre si com as diferentes relações de convivência e 
brincadeiras.
A sociedade pensada a partir da educação infantil é muito importante.
Por ser uma etapa do brincar e imaginar-se gente grande todos os objetos do cotidiano podem transformar a brincadeira em conhecimento. O poeta Manoel de Barros (1999) fala de uma das principais características do brincar:
Ele não depende de materiais sofisticados, brinquedos caros, ou qualquer 
coisa nesse sentido. O brincar é uma ação que nasce necessidade da 
criança, de criar, imaginar, compreender o mundo a sua volta. É uma 
atividade lúdica, isso quer dizer que ela é gratuita, não instrumental, surge 
liberada livre é exercida pelo simples prazer que a criança encontra em 
praticá-lo. (BARROS; 1999: 27)
As situações problemas contidas na manipulação dos jogos e brincadeiras fazem a criança crescer através da procura de soluções e de alternativas. O desempenho psicomotor da criança enquanto brinca alcança níveis que só mesmo a motivação intrínseca consegue. Ao mesmo tempo, desenvolve a concentração, a atenção, o engajamento e a imaginação. Como consequência, a criança fica mais calma, relaxada e aprende a pensar, estimulando sua inteligência.
A criança deve explorar livremente o brinquedo, mesmo que a
exploração não seja a que esperávamos. Não nos cabe interromper o pensamento da criança ou atrapalhar a simbolização que está fazendo.
Devemos nos limitar a sugerir, a estimular, a explicar, sem impor
nossa forma de agir, para que a criança aprenda descobrindo e compreendendo, e 
não por simples imitação. A participação do adulto é para ouvir, motivá-la a falar, 
pensar e inventar assim o brincar ajuda a criança há ter um dia prazeroso, onde ela
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aprende a integrar-se nos diferentes grupos. O brincar neste contexto atende a todas as atividades lúdicas que estão presentes na brincadeira.
Como os jogos que estimulam o pensamento e a resolução de
problemas. Que fazem parte da vida das pessoas que convivem em sociedade.
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3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
3.1Tema e linha de pesquisa
Acredito que a formação profissional é um processo de construção contínua e 
que se baseiam nas ações, os professores formadores têm sobre si a exigência da 
produção, construção e socialização de conhecimentos, habilidades e competências que 
permitam o desenvolvimento desses saberes o lúdico e a brincadeiras na educação infantil 
é o tema abordado, pois o lúdico é algo natural e espontâneo no ser humano e por isso 
serve de base pra a construção do saber da criança, dentro dos eixos e conteúdo da 
educação infantil e automaticamente acrescentando experiência para meu papel como 
futura pedagoga.
3.2. Justificativa
Com as atividades lúdicas, espera-se que a criança desenvolva a coordenação motora, a atenção, o movimento ritmado, conhecimento quanto à posição do corpo, direção a seguir e outros; participando do desenvolvimento em seus aspectos biopsicológicos e sociais; desenvolva livremente a expressão corporal que favorece a criatividade, adquira hábitos de práticas recreativas para serem empregados adequadamente nas horas de lazer, adquira hábitos de boa atividade corporal, seja estimulada em suas funções orgânicas, visando ao equilíbrio da saúde dinâmica e desenvolva o espírito de iniciativa, tornando-se capaz de resolver eficazmente situações imprevistas.
3.3 Problematização
Com as atividades lúdicas, espera-se que a criança desenvolva a coordenação 
motora, a atenção, o movimento ritmado, conhecimento quanto à posição do corpo, direção
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a seguir e outros; participando do desenvolvimento em seus aspectos biopsicológicos e sociais; desenvolva livremente a expressão corporal que favorece a criatividade, adquira hábitos de práticas recreativas para serem empregados adequadamente nas horas de lazer, adquira hábitos de boa atividade corporal, seja estimulada em suas funções orgânicas, visando ao equilíbrio da saúde dinâmica e desenvolva o espírito de iniciativa, tornando-se capaz de resolver eficazmente situações imprevistas.
3.4 Objetivos
✓ Averiguar como as atividades lúdicas podem ser excelentes
✓ Recursos pedagógicos no contexto da educação infantil.
✓ Estimular através de jogos recreativos a curiosidade da criança para que 
	ela aprenda brincando.
✓ Desenvolver atividades interativas 	(musicas, danças de roda) que
desenvolvam a afetividade e a socialização.
✓ Realizar atividade individual com a finalidade de desenvolver a 
	concentração e a imaginação da criança.
✓ Proporcionar através de brincadeiras momentos de lazer e 
	companheirismos.
✓ Proporcionando ao aluno norma e regra ✓ Companheirismo e socializando
3.5 Conteúdos
✓ Participação em brincadeira em jogos e canções e movimento corporal ✓ Percepção de estruturas rítmicas e a coordenação motora, Linguagem, ✓ Oralidade Jogos e brincadeiras Contar histórias.
✓ Movimento, ações básicas (pressupostos do movimento) ✓ Cantigas de roda,Danças, Jogos de construção
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3.6 Processo de desenvolvimento
O processo de desenvolvimento foi realizado de forma bem simples para que criança não ficasse muito agitada, acontecera. Dias alternativos como segunda quarta e sexta após o recreio, aonde o professor planeja qual com tipo de brincadeira será realizada nos dias sendo pular de saco, cantar música de roda e outras mais.
Na segunda vamos trabalhar com música que fala do corpo como põe mão na cabeça, o sapo não lava o pé, logo após brincaremos de faz de conta, já na quarta feira vamos viajar pela a lua vamos trabalhar ir para a lua de foguete, confeccionaremos uma caixa de papelão bem grande no formado de um avião, imaginaria que estivermos na lua à diversão ia ser demais, nessa viajar contaremos historinhas cataremos musiquinha casamento do sol, sobre o nosso planeta, tudo bem lúdico de forma bem atraente para não si perder com o objetivo da brincadeira.
Na sexta feira vamos brincar a corrida do saco com uma colher na boca segurando o ovo para não cair da colher, pular corda e pular amarelinha e cada semana renova a brincadeira, sempre trazer brincadeira diferente.
3.7 Tempo para a realização do projeto
Esse trabalho será realizado com turma do Vespertino
	Dias da semana
	Horario
	Duraçao
	Segunda feira
	15:30 a 17:00
	01 hora e 30 minuto
	Quarta feira
	15:30 a 17:00
	01 hora e 30 minuto
	Sexta feira
	15:30 a 17:00
	01 hora e 30 minuto
	
	
	
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3.8 Recursos humanos e materiais
Humanos: Professore coordenadores,acadêmicos, alunos.
Materiais: Microfone, caixa amplificada, CDs, DVD, com músicas infantis, livros de historinhas, sacos, ovo cozido, colher, caixa de papelão, tinta, papel cartolina, papel crepom amarelo
3.9 Avaliação
Será feita através de registros, de acordo com a participação, interesse e desenvolvimento de cada aluno, individual e coletivamente. 
Através de discussões, participações, produção e socialização dos trabalhos.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação infantil passou por mudanças e essas mudanças precisam 
acontecer na escola à forma como os professores se utilizam dos recursos lúdicos é de 
suma importância para que tragam benefícios para a formação da personalidade das 
crianças.
Percebemos que o lúdico fornece elementos necessários a aprendizagem 
significativa. É preciso que a educação através dos professores inclua o uso do lúdico na 
sala de aula.
E nesse novo contexto é necessário ter uma visão sobre o desenvolvimento infantil em relação ao seu emocional psicológico e cognitivo porque pelo conhecimento e possível nortear as práticas educativas
A partir do estudo realizado e possível compreender que o lúdico propicia a criança muito benefícios, pois proporciona a ela prazer, criatividade, desenvolvimento da linguagem, da coordenação motora, além de ser algo inerente a vida da criança.
A educação tem uma grande responsabilidade em relação ao aluno e por isso as discussões e as teorias apontam o lúdico como metodologia de aprendizagem significativa. Não podemos dispensar um recurso tão rico que desenvolve o pensamento e a criatividade vivenciando situações reais a partir da realidade em que vivem.
É preciso conscientizar pais e professores de que a brincadeira pode contribuir para formar uma sociedade mais responsável e coletiva que pensa no próximo e sabe lutar por seus direitos e deveres.
Espera-se que esta pesquisa sirva para a reflexão e a consciência de que não se pode mais ensinar pensando a criança como um ser passivo. Mas usufruir do ativo, para despertar o interesse e aprender sempre mais.
Acredita-se que por meio desta pesquisa aprendeu-se muito em relação ao uso dos 
recursos lúdicos nas séries iniciais e em todas as modalidades de ensino, mas 
principalmente em relação aos pequenos para a formação de sua personalidade coletiva e 
social
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REFERÊNCIAS
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BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984.
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KRAMER, Sonia e LEITE, Isabel (orgs.). Infância e produção cultural. SP: Papirus. Coleção Prática pedagógica, S.A.
25
MIRANDA, Simão. Do fascínio do jogo à alegria do aprender nas séries iniciais. SP: Papirus, s/a.
Moyles, J. R. (2002). Só brincar? O papel do brincar da educação infantil. Porto Alegre: Artmed
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SOUZA, Maria do Rosário Silva. A importância do lúdico no desenvolvimento da criança, Campinas - São Paulo, 2000,
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3
1 INTRODUÇÃO
O brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e autonomia da criança, na qual ela expressa o seu sentimento com a brincadeira, para a criança ela é sim uma atividade de aprendizagem significativa. Brincando, ela não apenas de diverte, mas recria e interpreta o mundo em que vive se relaciona com este mundo.
Por isso, cada vez mais os jogos e brincadeiras devem ocupar um lugar de 
destaque nas atividades escolares. O grande problema muitas vezes está em qualificar o 
que é jogo. Analisar a importância do jogo e brincadeira nas séries iniciais tomando como 
base o lúdico no processo ensino aprendizagem. Reconhecer o que são jogos no contexto 
educativo. Identificar quais os jogos educativos que fazem parte do processo educativo. 
Comprovar a eficiência dos jogos e brincadeiras no processo de ensino através das teorias.
Os jogos são instrumentos antigos que sempre tiveram grande valor na civilização da época. Com as mudanças educacionais e o tradicionalismo das formas prontas o jogo e as brincadeiras perderam seu encanto. O lúdico na educação infantil permite que a criança tenha um desempenho frequente na sua educação, auxilia a criança no seu comportamento, desempenham papéis sociais (papai e mamãe) nas suas representações, desenvolvem a imaginação, criatividade e capacidade motora de raciocínio.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O contexto escolar é um ambiente em que a aprendizagem
significativa surge por meio da brincadeira, como é possível o brincar se transformar 
em conhecimento? Nesse sentido pensando os jogos e brincadeiras na vida do ser 
humano percebe-se que todos gostam de brincar; que para eles não é apenas uma 
prática infantil. Por isso é preciso conhecer o desafio dos jogos e brincadeiras no 
contexto educacional.
Segundo Campagne (1989, apud KISHIMOTO, 	1998) existe a
presença concomitante de duas funções no jogo educativo: a função “l~dica” e a função “educativa”. Compete ao educador saber organizar as vivências garantindo a qualidade das duas funções. Kishimoto (1998) resume a questão:
: 	19). O equilíbrio entre as duas funções é o objetivo do jogo educativo. 
Entretanto, o desequilíbrio provoca duas situações: não há mais ensino, há 
apenas jogo, quando a função lúdica predomina ou, o contrário, quando a 
função educativa elimina toda brincadeira resta apenas o ensino. 
(KISHIMOTO, 1998
Valorizar suas ações e considerar seus saberes anteriores. Ao
mesmo tempo, adotar a perspectiva das crianças quanto ao “descompromisso” com o futuro, ao prazer em participardas atividades de maneira espontânea e, além disso, perceber e acolher as diferentes representações simbólicas (exercício da fantasia) que surgem durante as brincadeiras
Percebe-se que a sabedoria do educador consiste em organizar de
maneira intencional o trabalho corporal com jogos e brincadeiras.
Brougére (2000) assim se refere a essa contradição da brincadeira:
Não se pode fundamentar, na brincadeira, um programa pedagógico preciso. Quem brinca pode sempre evitar aquilo que lhe desagrada. Se a liberdade valoriza as aprendizagens adquiridas na brincadeira, ela produz, também, uma incerteza quanto aos resultados. Daí a impossibilidade de assegurar aprendizagens, de um modo preciso, na brincadeira. É o paradoxo da brincadeira, espaço de aprendizagem fabuloso e incerto. (BORUGÉRE: 2000:. 104).
5
A visão de Brougére critica a brincadeira porque ele acredita que nem
tudo pode ser aprendido com a brincadeira. Ele pode até estar certo, mas a brincadeira 
faz parte do espaço educativo quer para introduzir conteúdos ou mesmo para fixar no 
caso da educação infantil a criança aprende brincando como afirma os RCNEI.
Nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil -
RCNEI (Brasil, 1998) há uma preocupação em sensibilizar os educadores para a importância do brincar tanto em situações formais quanto em informais. Neles, brincadeira é definida como a linguagem infantil que vincula o simbólico e a realidade imediata da criança.
Do mesmo modo e a LDB, as Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação Infantil (Brasil, 1999) determinam que as instituições devem promover, além da educação formal, práticas de cuidado. I
Só está em conformidade com a visão presente na LDB de integrar
os aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais da criança, possibilitando seu desenvolvimento integral. Entre os fundamentos norteadores da educação infantil, essa resolução inclui a ludicidade e a criatividade.
E não para aí: No Estatuto da Criança e do Adolescente (Brasil, 1990)
é explicitado o direito ao lazer, à diversão e a serviços que respeitem a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
Nessa perspectiva, Moyles (2002) apresenta uma visão de brincar,
relacionada mais aos aspectos educativos. A autora entende esta atividade como um processo que ajuda a criança a confiar em si mesma e em suas capacidades para interagir socialmente com outras crianças e/ou com os adultos.
Segundo Moyles (2002) Pereira (2002), verifica-se, com base nestes
documentos, que de fato há uma preocupação legítima em promover melhores condições de desenvolvimento por meio da educação.
Por isso na educação é necessário usar do lúdico, pois segundo o que
já foi visto, é brincando que a criança consegue aprender; porque os seres humanos são diferentes e todos têm peculiaridades na questão de aprender; por isso é preciso um método dinâmico e inovador que o lúdico pode fornecer.
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Nesse contexto, a inserção do brincar pode constituir-se em um
elemento importante para o ensino nas instituições educativas. Isso porque o brincar é um dos principais processos e uma das atividades mais presentes na infância, em que são construídas as capacidades e as potencialidades da criança.
Já Ortega e Rossetti (2000) colocam que o uso do brincar permite a articulação entre os processos de ensino e da educação e exige uma postura ativa por parte do educando, que articula o ensino e a aprendizagem em um único movimento. Assim, a inserção do brincar livre, espontâneo, no currículo educacional e, consequentemente, nos projetos pedagógicos das instituições educativas, é um processo de transformação política e social em que crianças são vistas pelos educadores como cidadãs, isto é, cada uma como sujeito histórico e sociopolítico, que participa e transforma a realidade em que vive.
Do mesmo modo como Rubens Alves (2004) afirma que a criança ao
ir a escola deve ter liberdade de fazer aquilo que sua curiosidade pede e não ser obrigada a fazer o que não gosta porque qualquer coisa pode ser um brinquedo e atender sua curiosidade veja:
Qualquer coisa pode ser um brinquedo. Não é preciso que seja comprado em lojas. Na verdade, muitos dos brinquedos que se vendem em lojas não são brinquedos precisamente por não oferecerem desafio algum. Que desafio existe numa boneca que fala quando se aperta a sua barriga? Que desafio existe num carrinho que anda ao se apertar um botão? Como os brinquedos do professor Pardal, eles logo perdem a graça. Mas um cabo de vassoura vira um brinquedo se ele faz um desafio. (ALVES, 2004).
Se para Kishimoto (1999) o uso do brinquedo ou jogo educativo com
fins pedagógicos é importante instrumento para situações de ensino-aprendizagem e de desenvolvimento infantil.
Ela limita as funções educativas apenas aos brinquedos educativos,
principalmente quando os classifica de acordo com as habilidades que desenvolve 
nas crianças, citando como relevante apenas o uso dos mesmos nas tarefas de 
ensino-aprendizagem e quando considera que a dimensão educativa surge apenas 
no instante em que as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto,
7
com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem.
Ramos (2000) se contrapõe a Kishimoto, quando afirma que ao se 
relacionar com o meio as crianças vão construindo o seu conhecimento e manipulando 
os dados da realidade através das variedades do lúdico, que são reelaborados e 
transformados.
Outros o encaram como um recurso pedagógico a mais, cuja
finalidade é ser usado no desenvolvimento das aulas, perdendo assim a sua espontaneidade; outros o conceituam como um modo de ensinar e aprender mais compatível com a própria essência da vida, que é movimento, atividade, desenvolvimento e transformação.
Para Ramos então, tanto a função “l~dica” quanto a “educativa” estão
presentes nos jogos e brincadeiras, sejam eles espontâneos ou dirigidos; ou seja, 
mesmo nas atividades lúdicas espontâneas a função educativa está presente, pois 
mesmo sem nenhum comprometimento com a produção de resultados, que é próprio 
das atividades educativas dirigidas, as atividades espontâneas são naturalmente 
educativas, por ajudar na sua formação e desenvolvimento integral (física, intelectual 
e moralmente); na constituição da sua individualidade e na formação do seu caráter e 
da sua personalidade. Implicando sempre em alguma aprendizagem, seja de regra de 
jogo, de agir adequado, de compreensão de sentimentos, da relação com o outro ou 
com o mundo.
Luckesi 	(apud RAMOS, 2000) vem enriquecer não só com um
conceito de “Ludicidade” distinguindo-a de “divertimento”.
.... Um “fazer” humano mais amplo, que se relaciona não apenas à presença das brincadeiras ou jogos, mas também a um sentimento, atitude do sujeito envolvido na ação, que se refere a um prazer de celebração em função do envolvimento genuíno com a atividade, a sensação de plenitude que acompanha as coisas significativas e verdadeiras (pág.52).
Desse modo esta relacionando com o cotidiano em geral, inclusive
com o trabalho, quando diz que essa sensação de plenitude só pode estar presente, 
em qualquer coisa que fizermos se estivermos envolvidos com toda a atenção voltada
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às nossas ações, para percebermos o seu valor; e isto para qualquer atividade humana, seja ela divertimento puro e simples ou trabalho, tarefa.
Defender o brincar na escola, por outro lado, não significa negligenciar
a responsabilidade sobre o ensino, a aprendizagem e o desenvolvimento. Como diz 
Dolto (1999): “as crianças necessitam de limites para sentirem-se em segurança, mas 
de limites que se devem apenas ao perigo real que suas transgressões implicariam 
para a integridade de seu organismo ou a dos outros”. (1999:109). Tais limites 
contribuem para a construção da aprendizagem significativa e para a formação social 
do cidadão.
O l~dico enquanto “atividade criativa”, apesar de propiciar prazer ao 
indivíduo, foi banido da dimensão educacional, pois cede lugar a uma prática 
pedagógica centradanos aspectos cognitivos do processo de ensino-
aprendizagem. Muitos professores tornam-se reticentes no que diz respeito ao 
lúdico na sala de aula.
Defender uma prática pedagógica a partir da atividade do brincar traz
mudanças significativas para o processo de ensino-aprendizagem, pois nos remete à transformação do espaço escolar em um espaço integrador, dinâmico, onde não se prioriza apenas o desenvolvimento cognitivo do alunado, mas contempla uma dimensão onde ocorra uma formação plena do indivíduo.
Nesse contexto, a postura do professor possui grande relevância, pois
ele pode conduzir suas atividades priorizando o lúdico ou negando-lhe o espaço, o 
que o faz negar, de certa forma, as “possibilidades” de pleno desenvolvimento do seu 
aluno. Sendo assim, faz-se necessário que a escola trabalhe com a diversidade 
cultural de seus alunos, valorizando a pluralidade, o movimento e a corporeidade, 
evitando, consequentemente, a linearidade, a passividade, a homogeneidade. Pode-
se, então, pensar que, dessa forma, a escola tende a resgatar, no seu espaço, a vida, 
o dinamismo e o prazer, que há muito foram esquecidos, por conta de uma primordial 
preocupação em transmitir conteúdos, tidos como verdades universais.
O brincar é tão relevante para a criança quanto o trabalho é
necessário para o adulto, por isso com intencionalidade educativa, ou não, de um 
modo geral, ele traz os dados do cotidiano para um fazer ativo, refazendo-os ao 
relacioná-los com o imaginário. Ao brincar e experimentar o mundo dentro do seu
9
contexto sócio cultural a criança constrói o seu fazer, repercutindo no futuro, o que seria a própria essência da vida.
A evolução histórica do lúdico manifestou-se no período paleolítico, a
procura por ocupações criadoras e prazerosas, veio acompanhando o homem através dos tempos.
Por meio dos estudos de Cardoso (1996) as brincadeiras foram
ocupando lugar de destaque numa sociedade que se desenvolveu do ponto de vista tecnológico e de suas relações sociais.
No que diz respeito a essa mesma perspectiva sócia histórica vale
destacar as pesquisas desenvolvidas por Szundy (2005). Em seus estudos, essa pesquisadora chama atenção para o fator histórico do jogo com uma presença marcante nas diversas atividades características das civilizações antigas, das quais o mito e o culto podem ser citados como exemplos claros dessa influência. .
Ao criar um jogo entre fantasia e realidade, o homem primitivo
procurava, através do mito, dar conta dos fenômenos do mundo. Entre os primitivos 
pode-se notar a preocupação com os enfeites do corpo, amor pela tecelagem, a 
requinte na cerâmica e nas cerimônias festivas, geralmente marcadas por canções de 
dançar, ao som de instrumentos musicais. Em rituais de fantasia e celebrações 
festivas.
Na Grécia antiga e em Roma já existiam os jogos educativos, e no século XIX o ensino de línguas é ressaltado pelo desenvolvimento comercial e pela expansão dos meios de comunicação e surgem, assim, os jogos para o ensino de línguas vivas. (KISHIMOTO, 1998, p. 15).
Desta forma o lúdico vinha formando seu espaço como meio de
aprendizagem. Partiu do mito para o culto. Para fantasia, indo para o campo pedagógico na aprendizagem das línguas.
Outro sinal é a regularidade com que surgem mais diversos povos,
jogos e competições de força ou habilidades, ampla gama de artes manuais, contos populares, danças, lendas, numa longa série de atividades, em regras associadas em sentimentos de prazer alcançadas em climas de aprovação social.
Para Kishimoto (1998, p.15), “entre os romanos, jogos destinados ao
preparo físico voltam-se para a formação de soldados e cidadãos obedientes e
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devotos e a influência grega acrescenta-lhes cultura física, formação estética e espiritual”.
Aproximadamente nos séculos XVII e XVIII foi feita uma diferenciação
entre a fase adulta e a fase da infância. Apareceram então novos conceitos a respeito 
do crescimento da criança, valorizando as características essenciais da infância. Para 
Aristóteles, o jogo aparece como contraponto do trabalho e como forma de preparo 
para a vida adulta.
Sendo assim, os jogos deveriam imitar atividades sérias. Gilles
Brougqre (1998, p.28) diz que, para Aristóteles, “o jogo que não tem fim em si mesmo está submetido ao trabalho que o justifica”.
“Só há jogo porque o trabalho supõe a reconstituição das forças, o
relaxamento, a recriação da força despendida”.
Decroly, Montessori e Froebel proponham alternativas metodológicas
diferenciadas, podemos dizer que todos concebem a criança como um ser ativo, livre de determinações sociais, não considerando, portanto, os aspectos culturais e sociais próprios do sujeito.
O início do século XIX é marcado pelo esforço de Froebel em colocar
em prática uma educação institucional baseada no brincar. Para Kishimoto (1999, p. 16), Froebel parte do pressuposto de que, “manipulando e brincando com materiais como bola, cubo e cilindro, montando e desmontando cubos, a criança estabelece relações matemáticas e adquire noções primárias de Física e metafísica, além de desenvolver noções estéticas. ”
Os jardins de infância de Froebel são organizados na Alemanha em
torno dos dons, termo que designava os materiais educativos de livre manipulação pelas crianças.
Seus estudos são centrados na evolução natural da criança na idéia
que o desenvolvimento infantil ocorre de forma integrada a partir de atividades 
espontâneas que são primordiais e construtivas para o crescimento físico, mental e 
moral.
Dentro deste contexto percebe-se que o jogo é fundamental para o
desenvolvimento humano. Os primeiros anos de vida são decisivos na formação da 
criança, pois se trata de um período em que ela está construindo a sua identidade e 
grande parte de sua estrutura física, afetiva e intelectual. Nessa faze deve-se adotar
11
várias estratégias, entre elas as atividades lúdicas, que são capazes de intervir positivamente no seu desenvolvimento, suprindo suas necessidades biopsicossociais, assegurando-lhe condições adequadas para desenvolver suas competências.
Entender o ser humano principalmente a criança é fundamental para que seja possível refletir e tirar maior proveito no estudo realizado.
Henri Wallon 	(1975; 	65) medico psicólogo e filosofo Francês,
desvendou que as crianças têm corpo e emoções e não apenas “crknio”, em sala de aula. Ele considera a criança como um ser social desde a hora do nascimento e que ela proclama processo afetivo através da emoção.
Ele considera o ser humano como um todo: “afetividade, emoção,
movimento e espaço físico se encontram num mesmo plano. Acredita que a 
afetividade tem uma função principal no desenvolvimento do ser humano, é através 
dela que a criança mostra seus desejos e suas vontades.” (VALLON: 1975: 67)
Nas palavras de Wallon, a criança, nas suas mudanças fisiológicas,
revela traços importantes de caráter e personalidades. “A alegria, a raiva, o medo, a tristeza e os sentimentos mais profundos ganham função relevante da criança com o meio.” (WALLON: 1975: 67)
Para Piaget (1970: 136): “que os organismos vivos que podem
adaptar-se geneticamente a um novo meio e que existe também uma relação evolutiva entre a pessoa e o seu meio. ” Para ele a criança constrói suas ações e ideias quando se relaciona com novas experiências ambientais.
O conhecimento se constrói na interação homem-meio, sujeito objeto.
Conhecer consiste atuar sobre o real e transformá-lo a fim de compreendê-lo, é algo que se dá a partir da ação do sujeito sobre o objeto de conhecimento. 
	Segundo Piaget (1978) para a criança adquirir conhecimento e
linguagem deve passar por várias fazes de desenvolvimento psicológico, partindo do indivíduo para o social. O desenvolvimento mental se dá espontaneamente a partir da das potencialidades e da interação com o meio.
O ser humano, em todas as fases de sua vida, está sempre
descobrindo coisas novas, por meio do contato com seus semelhantes e do domínio sobre o meio em que vive.
O ser humano nasceu para aprender,para descobrir, reinventar e
apropriar-se de todos os conhecimentos, desde os mais simples até os mais
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complexos, e isso que lhe garante a sobrevivência e a interação na sociedade como ser participativo crítico e criativo.
A esse ato de busca, de troca, de interação, de apropriação é que
damos o nome de educação. Esta não existe por si só. Por isso educar não é um ato ingênuo, indefinido, imprevisível, mas um ato histórico, cultura, social, psicológico, afetivo existencial e acima de tudo político, pois, numa sociedade de classes, nem uma ação é simplesmente neutra, sem consciência de seus propósitos,
A criança deve explorar livremente o brinquedo assim desenvolvendo
seu senso de companheirismo, ao brincar com um amiguinho ela aprende a conviver, ganhando ou perdendo, procurando a lidar com as regras, respeitar o gosto do seu coleguinha para assim obter uma brincadeira satisfatória e divertida.
No jogo ela aprende a aceitar regras, esperar sua vez, aceitar o
resultado, lidar com as frustrações, e elevar o nível de motivação.
O momento em que a criança está brincando é um momento mágico
e prazeroso, em que está sendo exercitada a capacidade de observar e manter a 
atenção, concentração e que irá inferir na sua eficiência e produtividade quando 
adulto. Segundo Maria do Rosário Silva Souza, o brinquedo é oportunidade de 
desenvolvimento. Brincando, a criança, experimenta, descobre, inventa, aprende se 
diverte e desenvolve sua capacidade motora, aperfeiçoando suas habilidades etc. 
Brincar estimula a curiosidade, a autoconfiança autonomia, além de proporcionar o 
desenvolvimento da linguagem, do pensamento, atenção e concentração.
Segundo Maria do Rosário Souza psicopedagoga da PUC SP:
Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da 
criança. Ira contribuir, no futuro, para a eficiência e equilíbrio do adulto. 
Para que o brinquedo tenha sentido a criança é preciso que ele tenha 
pontos de contato com a sua realidade. Ela trata os brinquedos como 
recebe, sente quando está recebendo por razões subjetivas porque 
muitas vezes os pais dão aos filhos brinquedos que não puderam ter 
e gostaria de ter tido, ou até mesmo para servir de recurso para livrar-
se da criança, um brinquedo que distrai, que chama sua atenção, 
assim ela ao incomoda os pais. (SOUZA: 2003:30).
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Devido a tantas preocupações a maioria são filho único ou só um
casal. O que prejudica a criança para ela ter alguém para brincar, brigar. Com tantas 
exigências do dia-a-dia, pais não dão atenção o suficiente para seus filhos, brincam 
pouco, com eles, não acompanham o filho na sua formação, passando o dia todo fora 
trabalhando, não tento tempo para as crianças, além de deixar eles em creches, 
babas, parentes, com isso as crianças sentem falta de afeto, carinho, conselho, amor, 
atenção, etc.
Brincar dar atenção para a criança torna-se mais intenso os laços
afetivos, quando demonstramos o nosso amor, carinho, ternura e para a criança é um 
momento de prazer, alegria, e todas as crianças necessitam que os pais, tios, avós, 
primos, brincam com elas. Infelizmente, hoje em dia muita criança não tem limites de 
tempo em frente à televisão, jogos de play-station, mini game, deixando para traz essa 
parte tão saudável e divertida da infância que é as brincadeiras. Cada idade tem um 
modo de brincar especifico e dessas fases que a criança aprende a diferenciar a 
realidade do imaginário.
Antigamente as crianças não tinham essas liberdades que tem hoje
de sair, jogar, passear, era somente e as brincadeiras com pedaços de pau espigas de milho e de barata, mole duro, pico no alto, queimadas, futebol, petecas, alerta cor, casinhas, bonecas, as crianças se reuniam e brincavam todas juntas explorando todos os espaços e eram brincadeiras saudáveis.
Hoje devido a tantas tecnologias, as crianças quase não brincam só
fica no msn, watizape, facebok e jogos com influencias, de roubo, morte, polícia e ladrão, adrenalinas, apesar do computador ser uma fonte de aprendizagem, também é um mundo de maldades se não saberem usá-lo, as crianças precisam de outros estímulos que passam pelo contato com a natureza e exercício físico.
As brincadeiras mais simples de que participa são verdadeiros
estímulos ao desenvolvimento intelectual. Quanto mais informação receber, mais registro ocorrera em seu cérebro.
Experimentando, vendo, pegando, manipulando as coisas, a criança
descobre a possibilidade de dar forma ao mundo de acordo com suas impressões, passando não só a evocar e registrar fatos na memória, mas a recriá-lo. 
	O jogo que a criança mais gosta são aquele que seu corpo está em
movimento; elas ficam contentes quando podem movimentar-se, e é essa movimentação do corpo que torna seu crescimento físico natural e saudável.
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Para o desenvolvimento infantil uma brincadeira especialmente no
período da infância são os jogos simbólicos e as brincadeiras de faz-de-conta. Ela é a ferramenta para a fantasia da criança.
Para construir visões criativas da realidade. O faz-de-conta possibilita
a construção de novas possibilidades de ação e novas formas de organizar os elementos do ambiente. No faz-de-conta a criança age cada vez mais guiada por imagens criadas a partir de sua experiência com outras vivencia reais, suas experiências na escola, por exemplo, adotando comportamento diferentes dos que assume em outras situações de sua vida diária.
Com o desenvolvimento da criança, o jogo simbólico das crianças
passa a apoiar-se mais nas ideias, imagens e regras construídas por ela para a sua realização. Conforme tem maior experiência de criação imaginária, as crianças passam a ter maior controle sobre a história que está sendo criada, podendo planejara-la e distribuir os papeis que a compõem, com maior facilidade.
A brincadeira favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar 
progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, 
para a interiorização de determinados modelos de adultos, no âmbito de 
grupos sociais diversos. Essas significações atribuídas ao brincar 
transformam-no em um espaço singular de constituição infantil. (BRASIL, 
RCNEI: 1998: 27).
As atividades do dia-a-dia das crianças podem tornar-se atividades de
aprendizagens, isso é importante porque a interação das crianças nessas atividades faz com que elas possam expressar os seus sentimentos.
Ao desempenharem outras funções através da brincadeira ela vai
desenvolvendo por completo e formando sua personalidade. As brincadeiras passam 
a ter uma seriedade maior na vida da criança, pois ela expressa os seus sentimentos 
e conhecimentos através das brincadeiras ela passa a se espelhar nas pessoas do 
seu convívio, imitando, faz-de-conta, e todos os tipos de brincadeiras que evidenciam 
movimentos corporais e novas descobertas, pois vê se que os mais simples tipos de 
brincadeiras são estímulos de desenvolvimento aonde ela vai aperfeiçoando o seu 
intelecto, quanto mais informações ela adquire nessas brincadeiras mais ela assimila 
o conhecimento que é passado.
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Brincar de faz-de-conta cria condições para uma transformação
marcante da forma de a criança ter condições do mundo e de si mesmo. Na situação de faz de conta, a criança age guiada por imagens criadas imaginarias a partir se suas experiências com outras vivencias reais.
Por exemplo: uma vassoura deixa de ser percebido em suas
características de objeto utilizado para varrer o chão, e passa a ser usada pela criança 
como se fosse um cavalo, pegando a vassoura colocando entre as pernas, segurando 
um cordão, e sai troteando correndo como se fosse num cavalo de verdade, neste 
momento ela está usando a sua imaginação e satisfazendo o seu desejo de estar num 
cavalo.
A brincadeira é uma linguagem infantil que mantêm um vínculo essencial com 
aquilo que é o “não brincar”. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano 
da imaginação isto implica que aquele que brinca tem o domínio da linguagem 
simbólica isto quer dizer que é precisohaver consciência da diferença 
existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu 
conteúdo para realizar-se nesse sentido para brincar é preciso apropriar-se 
de elementos da realidade imediata de tal forma atribuir-lhes novos 
significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação 
entre a imaginação e a imitação da realidade. Toda brincadeira é uma 
imitação transformada, no plano das emoções e das ideias, de uma realidade 
anteriormente vivenciada. (BRASIL, RCNEI: 1998: 27).
O faz de conta tem um papel muito importante na vida da criança, ele
permite que a criança viva situações que lhe causam enorme excitação de alegria, ou 
alguma ansiedade, medo ou raiva, podendo, na situação mágica e descontraída da 
brincadeira expressar e trabalhar essas emoções muito fortes ou difíceis de suportar.
O jogo simbólico estimula a comunicação, sendo um instrumento que
a criança tem para relacionar com as outras. Através das brincadeiras ela aprende muito sobre o mundo que a cerca, procurando a melhor maneira de se interagir e ampliar o seu conhecimento.
Assim a criança cria situações imaginarias se sujeita a regras,
experimentam diferentes papeis sociais como: mãe, pai, professor, medico, policial etc. A partir dessa observação do mundo dos adultos.
A brincadeira simbólica ou faz-de-conta leva a construção pela
criança de um mundo de ilusões, de imaginário. Hoje, pode-se afirmar que já foi
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superado parte do equívoco, de que o conteúdo imaginário do brinquedo determinava a brincadeira da criança. Segundo Benjamin (1984),
A criança quer puxar alguma coisa, torna-se cavalo, quer brincar com areia e torna-se padeiro, quer esconder-se, torna-se ladrão ou guarda e alguns instrumentos do brincar arcaico desprezam toda a máscara imaginária (na época, possivelmente vinculados a rituais): a bola, o arco, a roda de penas e o papagaio, autênticos brinquedos, tanto mais autênticos quanto menos o parecem ao adulto. (BENJAMIN, 1984. 76-77).
Para o autor, quando a criança brinca, além de conjugar materiais
heterogêneos (pedra, areia, madeira e papel), ela faz construções sofisticadas da 
realidade e desenvolve seu potencial criativo, transforma a função dos objetos para 
atender seus desejos. “Assim, um pedaço de madeira pode virar um cavalo; com areia, 
ela faz bolos, doces para sua festa de aniversário imaginária; e, ainda, cadeiras se 
transformam em trem, em que ela tem a função de conduto, imitando o adulto 
(Benjamin, 2002: 77) ”.
Os sonhos, desejos, fantasias da criança estão presentes na
brincadeira. Pode ser realizado facilmente, quantas vezes desejar, criando e recriando 
as situações que ajudam a satisfazer alguma necessidade presente em seu interior. 
Na educação infantil, muitas vezes o aluno mistura o aprendizado com a brincadeira.
Ha um motivo para isso, sempre que brincamos aprendemos algo. A
brincadeira ocorre quando não se espera recompensa.
Na brincadeira estão envolvidos, aspectos cognitivos, emocionais e
físicos, brincar coisa de amigos quanto mais estreitos os laços de afeto, mas espaço e situações de brincar se expandem. Nossos são aqueles que partilham conosco diferentes momentos de nossa vida, com os quais passamos por muitas situações, compartilhamos experiências, convivemos e trocamos afetos, historias, em fim possuímos algo em comum gostamos da companhia um do outro.
A criança necessita muito de uma convivência com a outra criança, a sim ela 
aprende a lidar com o gênero do coleguinha, seus gostos, o seu modo de 
pensar, e os conflitos são inevitáveis, seja por um mesmo brinquedo ou 
dificuldade em estabelecimento de combinados coletivos, com isso elas
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buscam formas de resolução, esclarecendo as diversas formas de compreensão que se colocam em momentos. (Benjamin, 2002: 77)
É na escola junto com os colegas que a criança brinca e passa a
respeitar os direitos do outro nesse sentido o brincar é fundamental. Por que em 
contato com os outros é importante. Perde a individualidade que muitas vezes tem em 
casa e passa a ver mesmo que inconsciente o coletivo desta forma perde o egoísmo 
natural nas crianças, vivencia desta forma diferentes situações com diferentes objetos 
que se transformam em brinquedos. E são meios de convivência social porque 
constroem essa sociedade entre si com as diferentes relações de convivência e 
brincadeiras.
A sociedade pensada a partir da educação infantil é muito importante.
Por ser uma etapa do brincar e imaginar-se gente grande todos os objetos do cotidiano podem transformar a brincadeira em conhecimento. O poeta Manoel de Barros (1999) fala de uma das principais características do brincar:
Ele não depende de materiais sofisticados, brinquedos caros, ou qualquer 
coisa nesse sentido. O brincar é uma ação que nasce necessidade da 
criança, de criar, imaginar, compreender o mundo a sua volta. É uma 
atividade lúdica, isso quer dizer que ela é gratuita, não instrumental, surge 
liberada livre é exercida pelo simples prazer que a criança encontra em 
praticá-lo. (BARROS; 1999: 27)
As situações problemas contidas na manipulação dos jogos e brincadeiras fazem a criança crescer através da procura de soluções e de alternativas. O desempenho psicomotor da criança enquanto brinca alcança níveis que só mesmo a motivação intrínseca consegue. Ao mesmo tempo, desenvolve a concentração, a atenção, o engajamento e a imaginação. Como consequência, a criança fica mais calma, relaxada e aprende a pensar, estimulando sua inteligência.
A criança deve explorar livremente o brinquedo, mesmo que a
exploração não seja a que esperávamos. Não nos cabe interromper o pensamento da criança ou atrapalhar a simbolização que está fazendo.
Devemos nos limitar a sugerir, a estimular, a explicar, sem impor
nossa forma de agir, para que a criança aprenda descobrindo e compreendendo, e 
não por simples imitação. A participação do adulto é para ouvir, motivá-la a falar, 
pensar e inventar assim o brincar ajuda a criança há ter um dia prazeroso, onde ela
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aprende a integrar-se nos diferentes grupos. O brincar neste contexto atende a todas as atividades lúdicas que estão presentes na brincadeira.
Como os jogos que estimulam o pensamento e a resolução de
problemas. Que fazem parte da vida das pessoas que convivem em sociedade.
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3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
3.1Tema e linha de pesquisa
Acredito que a formação profissional é um processo de construção contínua e 
que se baseiam nas ações, os professores formadores têm sobre si a exigência da 
produção, construção e socialização de conhecimentos, habilidades e competências que 
permitam o desenvolvimento desses saberes o lúdico e a brincadeiras na educação infantil 
é o tema abordado, pois o lúdico é algo natural e espontâneo no ser humano e por isso 
serve de base pra a construção do saber da criança, dentro dos eixos e conteúdo da 
educação infantil e automaticamente acrescentando experiência para meu papel como 
futura pedagoga.
3.2. Justificativa
Com as atividades lúdicas, espera-se que a criança desenvolva a coordenação motora, a atenção, o movimento ritmado, conhecimento quanto à posição do corpo, direção a seguir e outros; participando do desenvolvimento em seus aspectos biopsicológicos e sociais; desenvolva livremente a expressão corporal que favorece a criatividade, adquira hábitos de práticas recreativas para serem empregados adequadamente nas horas de lazer, adquira hábitos de boa atividade corporal, seja estimulada em suas funções orgânicas, visando ao equilíbrio da saúde dinâmica e desenvolva o espírito de iniciativa, tornando-se capaz de resolver eficazmente situações imprevistas.
3.3 Problematização
Com as atividades lúdicas, espera-se que a criança desenvolva a coordenação 
motora, a atenção, o movimento ritmado, conhecimento quanto à posição do corpo, direção
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a seguir e outros; participando do desenvolvimento em seus aspectos biopsicológicos e sociais; desenvolva livremente a expressãocorporal que favorece a criatividade, adquira hábitos de práticas recreativas para serem empregados adequadamente nas horas de lazer, adquira hábitos de boa atividade corporal, seja estimulada em suas funções orgânicas, visando ao equilíbrio da saúde dinâmica e desenvolva o espírito de iniciativa, tornando-se capaz de resolver eficazmente situações imprevistas.
3.4 Objetivos
✓ Averiguar como as atividades lúdicas podem ser excelentes
✓ Recursos pedagógicos no contexto da educação infantil.
✓ Estimular através de jogos recreativos a curiosidade da criança para que 
	ela aprenda brincando.
✓ Desenvolver atividades interativas 	(musicas, danças de roda) que
desenvolvam a afetividade e a socialização.
✓ Realizar atividade individual com a finalidade de desenvolver a 
	concentração e a imaginação da criança.
✓ Proporcionar através de brincadeiras momentos de lazer e 
	companheirismos.
✓ Proporcionando ao aluno norma e regra ✓ Companheirismo e socializando
3.5 Conteúdos
✓ Participação em brincadeira em jogos e canções e movimento corporal ✓ Percepção de estruturas rítmicas e a coordenação motora, Linguagem, ✓ Oralidade Jogos e brincadeiras Contar histórias.
✓ Movimento, ações básicas (pressupostos do movimento) ✓ Cantigas de roda,Danças, Jogos de construção
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3.6 Processo de desenvolvimento
O processo de desenvolvimento foi realizado de forma bem simples para que criança não ficasse muito agitada, acontecera. Dias alternativos como segunda quarta e sexta após o recreio, aonde o professor planeja qual com tipo de brincadeira será realizada nos dias sendo pular de saco, cantar música de roda e outras mais.
Na segunda vamos trabalhar com música que fala do corpo como põe mão na cabeça, o sapo não lava o pé, logo após brincaremos de faz de conta, já na quarta feira vamos viajar pela a lua vamos trabalhar ir para a lua de foguete, confeccionaremos uma caixa de papelão bem grande no formado de um avião, imaginaria que estivermos na lua à diversão ia ser demais, nessa viajar contaremos historinhas cataremos musiquinha casamento do sol, sobre o nosso planeta, tudo bem lúdico de forma bem atraente para não si perder com o objetivo da brincadeira.
Na sexta feira vamos brincar a corrida do saco com uma colher na boca segurando o ovo para não cair da colher, pular corda e pular amarelinha e cada semana renova a brincadeira, sempre trazer brincadeira diferente.
3.7 Tempo para a realização do projeto
Esse trabalho será realizado com turma do Vespertino
	Dias da semana
	Horario
	Duraçao
	Segunda feira
	15:30 a 17:00
	01 hora e 30 minuto
	Quarta feira
	15:30 a 17:00
	01 hora e 30 minuto
	Sexta feira
	15:30 a 17:00
	01 hora e 30 minuto
	
	
	
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3.8 Recursos humanos e materiais
Humanos: Professore coordenadores, acadêmicos, alunos.
Materiais: Microfone, caixa amplificada, CDs, DVD, com músicas infantis, livros de historinhas, sacos, ovo cozido, colher, caixa de papelão, tinta, papel cartolina, papel crepom amarelo
3.9 Avaliação
Será feita através de registros, de acordo com a participação, interesse e desenvolvimento de cada aluno, individual e coletivamente. 
Através de discussões, participações, produção e socialização dos trabalhos.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação infantil passou por mudanças e essas mudanças precisam 
acontecer na escola à forma como os professores se utilizam dos recursos lúdicos é de 
suma importância para que tragam benefícios para a formação da personalidade das 
crianças.
Percebemos que o lúdico fornece elementos necessários a aprendizagem 
significativa. É preciso que a educação através dos professores inclua o uso do lúdico na 
sala de aula.
E nesse novo contexto é necessário ter uma visão sobre o desenvolvimento infantil em relação ao seu emocional psicológico e cognitivo porque pelo conhecimento e possível nortear as práticas educativas
A partir do estudo realizado e possível compreender que o lúdico propicia a criança muito benefícios, pois proporciona a ela prazer, criatividade, desenvolvimento da linguagem, da coordenação motora, além de ser algo inerente a vida da criança.
A educação tem uma grande responsabilidade em relação ao aluno e por isso as discussões e as teorias apontam o lúdico como metodologia de aprendizagem significativa. Não podemos dispensar um recurso tão rico que desenvolve o pensamento e a criatividade vivenciando situações reais a partir da realidade em que vivem.
É preciso conscientizar pais e professores de que a brincadeira pode contribuir para formar uma sociedade mais responsável e coletiva que pensa no próximo e sabe lutar por seus direitos e deveres.
Espera-se que esta pesquisa sirva para a reflexão e a consciência de que não se pode mais ensinar pensando a criança como um ser passivo. Mas usufruir do ativo, para despertar o interesse e aprender sempre mais.
Acredita-se que por meio desta pesquisa aprendeu-se muito em relação ao uso dos 
recursos lúdicos nas séries iniciais e em todas as modalidades de ensino, mas 
principalmente em relação aos pequenos para a formação de sua personalidade coletiva e 
social
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