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TRABALHO sementes

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” CÂMPUS EXPERIMENTAL DE REGISTRO
TESTE DE GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE SOJA, ARROZ E MILHO
AMANDA CHIARION ZECCHINI
LEONARDO DOS SANTOS DUARTE
KASSIANE LOPES
JÚLIA ROSSI
Registro - SP
Dezembro – 2014
INTRODUÇÃO
A germinação é um fenômeno biológico que pode ser considerado pelos botânicos como a retomada do crescimento do embrião, com o subsequente rompimento do tegumento pela radícula. Entretanto, para os tecnologistas de sementes, a germinação é definida como a emergência e o desenvolvimento das estruturas essências do embrião, manifestando a sua capacidade para dar origem a uma planta normal, sob condições ambientais favoráveis (MACHADO, et al., 2002)
A avaliação da germinação das sementes é efetuada pelo teste de germinação, conduzido em laboratório sob condições controladas e por meio de métodos padronizados que visam, principalmente avaliar o valor das sementes para a semeadura e comparar a qualidade de diferentes lotes, servindo como base para a comercialização das sementes (MACHADO, et al., 2002)
Num sistema produtivo, é comum o descarte de lotes de sementes que não se enquadram dentro dos padrões mínimos de germinação para fins de comércio, especialmente próximo à época de semeadura. Assim, é de fundamental importância uma tecnologia capaz de possibilitar a avaliação rápida e precisa da germinação e do vigor, viabilizando a eliminação de lotes de sementes de baixa qualidade. Testes precisos e de execução rápida contribuem para diminuir custos, prevenir prejuízos e para melhor aproveitamento da mão-de-obra envolvida no trabalho de controle de qualidade. (AMARAL,. et. al., 1999). 
O teste de germinação determina o potencial máximo de germinação de um lote de semente, o qualpode ser usado para comparar a qualidade de diferentes lotes e também estimar o valor para semeadura em campo (REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES, 1999).
É classificada como plântula normal aquela que mostra potencial para continuar seu desenvolvimento e dar origem a plantas normais, quando desenvolvidas em condições favoráveis. É classificada como plântula anormal aquelas que não mostra potencial para continuar seu desenvolvimento e dar origem a plantas normais, mesmo crescendo em condições favoráveis.
SOJA  (Glycine max)
A produção de sementes de alta qualidade representa uma das principais prioridades para o sucesso da cultura da soja. Essa tarefa, no entanto, é mais complexa em relação a outras plantas cultivadas, pois as sementes de soja caracterizam-se por grande sensibilidade aos agentes mecânicos, patogênicos e às condições climáticas; desta forma, situações ligeiramente desfavoráveis para outras espécies podem contribuir significativamente para acelerar sua deterioração. (MARCOS FILHO,. et al., 1985).
ARROZ (Oryza sativa)
 	A demanda por sementes de arroz de alto padrão de qualidade é crescente e deverá se intensificar, assim exigindo tecnologia moderna, eficiente e dinâmica dentro da indústria de sementes que resulta num controle de qualidade cada vez mais efetivo.
Por isso, a avaliação da qualidade fisiológica das sementes é um instrumento fundamental e de grande valia em um programa de produção de arroz.
MILHO (Zea mays)
O milho para germinar necessita de umidade adequada e de temperatura do solo superior a 10 ºC. Nas condições favoráveis o milho leva de 4 a 7 dias para emergir. Entretanto, o uso de sementes de pior qualidade, aliado à ocorrência de condições ambientais adversas por ocasião do plantio, pode resultar em baixa percentagem de germinação e menor velocidade de emergência das plantas (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000).
MATERIAIS E MÉTODOS
O trabalho foi realizado no laboratório da Universidade Estadual Paulista – UNESP - Câmpus Registro – SP. Foram utilizadas sementes de três espécies diferentes, soja, arroz e milho, armazenadas na faculdade, estando com umidade de 11,8% e temperatura de 24,1ºC a semente de soja, umidade de 13,3% e temperatura de 23,9% a semente de arroz e umidade de 14,4% e temperatura de 24,1ºC, a semente de milho.
O teste de germinação foi realizado utilizando-se quatro repetições de 100 sementes para cada espécie, colocadas entre três folhas de papel germitest (2 na base, e 1 de cobertura) , previamente umedecidas com água , utilizando-se 2,5 vezes o peso do papel seco embebido em água. (Anexo 1)
Foram confeccionados rolos, e estes foram colocados dentro de saco plástico, para que não ocorresse a perda de umidade dentro do germinador, e foram mantidos em germinadores regulados na temperatura de 25º, com fotoperíodo de 12 horas, por 5 dias.
RESULTADOS E DISCUSSÂO
Após 5 dias, foi observado que não houve uma porcentagem de germinação ideal (plântulas normais) para nenhuma das espécies utilizadas (Tabela 1 e Gráfico 1). (Anexo 2)
	Tabela 1. Porcentagem de Germinação plântulas normais
	Espécie
	R1
	R2
	R3
	R4
	Soja
	1
	0
	3
	0
	Milho
	0
	0
	0
	0
	Arroz
	0
	0
	0
	0
Para resultados de plântulas anormais, levando em consideração como plântula anormal, plântulas danificadas, deformadas ou deterioradas, obtivemos os seguintes valores, mostrado na Tabela 2 e Gráfico 2.
	Tabela 2. Porcentagem de plântulas anormais
	Espécie
	R1
	R2
	R3
	R4
	Soja
	3
	0
	4
	0
	Milho
	0
	0
	0
	0
	Arroz
	0
	0
	0
	0
Por final, avaliamos também o número de sementes mortas, que encontramos ao final do experimento (Tabela 3 e Gráfico 3)
	Tabela 3. Porcentagem de sementes mortas
	Espécie
	R1
	R2
	R3
	R4
	Soja
	31
	31
	28
	38
	Milho
	5
	7
	3
	10
	Arroz
	10
	13
	9
	14
CONCLUSÃO
Com os resultados obtidos no seguinte trabalho podemos concluir que:
1. As sementes poderiam não estar armazenadas nas condições ideias, diminuindo sua qualidade, vigor e longevidade.
2. O tempo, em dias, para análise do resultado do teste não foi suficiente para uma adequada avaliação.
3. No momento de preparo do Teste de Germinação, pode ter ocorrido alguma contaminação no material.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Regras para
análise de sementes / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria
de Defesa Agropecuária. Brasil, Brasília, 2009. 399 p.
AMARAL, Ademir dos S.; PESKE, Silmar T. Testes para avaliação rápida da qualidade fisiológica de sementes de trigo. Pelotas/RS, 1999).
MARCOS Filho, J., et al,. Tamanho da semente e o teste de envelhecimento acelerado para soja. 
MACHADO, C. F.; OLIVEIRA, J. A.; DAVIDE, A.C.; GUIMARÃES, R.M. Metodologia para a condução do teste de germinação em Ipê-amarelo. Cerne, Viçosa, v. 8, n. 2, p. 17-25, 2002. 
FANCELLI, A.L. & D. DOURADO-NETO. Produção de Milho. Ed. Agropecuária, Guaíba. 360 p., 2000.
Anexo 1 – Foto do momento da preparação do Teste de germinação
Anexo 2 – Fotos no momento da avaliação do Teste de Germinação
Gráfico 1. Porcentagem de Germinação de plântulas normais
Soja	R1	R2	R3	R4	1	0	3	0	Milho	R1	R2	R3	R4	0	0	0	0	Arroz	R1	R2	R3	R4	0	0	0	0	Gráfico 2. Porcentagem de Germinação de plântulas anormais
Soja	R1	R2	R3	R4	3	0	4	0	Milho	R1	R2	R3	R4	0	0	0	0	Arroz	R1	R2	R3	R4	0	0	0	0	Gráfico 3. Porcentagem de sementes mortas
Soja	R1	R2	R3	R4	31	31	28	38	Milho	R1	R2	R3	R4	5	7	3	10	Arroz	R1	R2	R3	R4	10	13	9	14

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