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teorico II - A criança e suas capacidades motoras, linguagem e habilidades manuais

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Corpo Movimento e 
Psicomotricidade
A criança e suas capacidades motoras, linguagem e 
habilidades manuais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Maria Stella Aoki Cerri 
Revisão Textual:
Profa. Esp. Mácia Ota 
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• O primeiro ano de nossas vidas.
• As habilidades manuais e a linguagem
Acesse no item Material didático, o conteúdo teórico.
Em seguida, leia com atenção as questões que compõem a Atividade de Sistematização 
procurando sempre interagir com a proposta apresentada.
Você encontrará indicação de Materiais Complementares, que enriquecerão ainda mais seu 
estudo sobre o tema. 
Na Atividade de Aprofundamento da unidade, participe do Fórum que o levará a refletir 
acerca da teoria estudada.
Então, bons estudos e lembre-se que em caso de dúvidas estarei em contato com você 
através do ambiente virtual.
 · Esta unidade tem por objetivo apresentar a noção de como se 
desenvolvem e aprendem as crianças pequenas. Além disso, 
estudaremos como acontece o desenvolvimento das capacidades 
motoras, linguagem e habilidades manuais na criança.
 · Assim, conheceremos autores, tais como Bassedas,Huguet 
& Solé (1999), que explicam que, na educação infantil, 
o desenvolvimento acontece no decorrer de 3 etapas: 
maturação, desenvolvimento e aprendizagem, que serão 
descritas para uma melhor compreensão.
A criança e suas capacidades motoras, 
linguagem e habilidades manuais.
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Unidade: A criança e suas capacidades motoras, linguagem e habilidades manuais
Contextualização
Reflita sobre essas questões, permita-se divagar sobre elas e dentro de um contexto educacional 
responda o que você acredita ser a verdade. Ou não há verdades, apenas suposições?
Pense
É possível conhecer uma criança observando-a, colhendo informações sobre os movimentos que ela 
executa, de maneira intencional ou reflexa? 
Que linguagem ou que tipos de linguagens ela usa que permitem o seu conhecimento? Ela expressa 
sua linguagem de maneira a se fazer entender? Como isso se processa? Ou não se processa de 
maneira alguma e apenas inferimos informações dedutíveis?
Criança tem habilidades? Ou apenas movimentos reflexos a que denominamos habilidades manuais?
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Como se desenvolvem e aprendem as crianças pequenas
Nesta unidade, estudaremos que no ser humano, do nascer até os 6 anos, ocorrem as mais 
potentes e espetaculares mudanças, que se tornam visíveis e fazem parte do dia a dia na vida 
de uma criança. Desse modo, crianças se parecem cada vez mais com adultos.
Bassedas, Huguet & Solé (1999) explicam que na educação infantil, o desenvolvimento 
acontece no decorrer de 3 etapas. Vamos conhecê-las para entender o que esses autores querem 
dizer?
1. Maturação: etapa onde ocorrem mudanças ao longo da evolução, existente no sistema 
nervoso central, sendo que o indivíduo se prepara para que todas suas condições e conexões 
nervosas cresçam e se adaptem às necessidades futuras do ser humano.
Você sabia que a maturação está ligada, indelevelmente, às mudanças quantitativas?
Isso significa o aumento de peso, dos ossos e da musculatura, assim sendo, está ligada aos 
aspectos biológicos, físicos, evolutivos, etc.
Veja a confirmação dessa afirmação, através da explicação do autor abaixo:
“quando falamos de maturação, estamos referindo-nos às 
mudanças que ocorrem ao longo da evolução dos indivíduos, as 
quais se fundamentam na variação da estrutura e da função das 
células.”(Bassedas,p.20,1999)
2. Desenvolvimento: trata-se de um processo no qual as potencialidades do ser humano 
desabrocham, e por isso mesmo não têm fim, são intermináveis.
Refere-se, então, a uma fase/período de uma vida, na qual as funções humanas – fala, 
linguagem, raciocínio, memória, estima, etc.- se formam/ampliam. Dessa forma, essa é uma 
fase de autonomia, de menor dependência em relação a outros. Crescemos ou...
Para Bassedas (1999,p.21)
“quando falamos de desenvolvimento, referimo-nos explicitamente à 
formação progressiva das funções propriamente humanas (linguagem, 
raciocínio, memória, atenção, estima).Trata-se do processo mediante 
o qual se põe em andamento as potencialidades dos seres humanos”.
3. Aprendizagem: quando estamos realizando o processo de aprendizagem, incorporam-se 
novos conhecimentos, habilidades, valores culturais e sociais próprios do meio onde vivemos. 
Toda e qualquer aprendizagem muda a conduta do ser humano. É preciso entender que esses 
valores foram e são procedentes da sociedade em que vivemos, e do qual não tivemos contato 
anterior. Somente após a aprendizagem, poderemos modificá-los a posteriori, e entender 
como as crianças se desenvolvem e qual o papel potencial da escola nesse processo vital de 
desenvolvimento educacional e humano.
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Unidade: A criança e suas capacidades motoras, linguagem e habilidades manuais
Bassedas (p.21, 1999) destaca as características do conceito de aprendizagem.”Mediante os 
processos de aprendizagem, incorporamos novos conhecimentos, valores, habilidades, que são 
próprias da cultura e da sociedade em que vivemos”.
O primeiro ano nossas vidas compreende uma fase em que o subjetivo predomina, já que 
os movimentos são expressões advindas das emoções, das interações, onde os bebês e adultos 
formam um canal privilegiado, que também pode ocorrer com outras crianças, porém em menor 
escala, já que os encontros nessa fase são mais raros entre crianças.
O diálogo que há entre o bebê e adulto nessa fase se caracteriza de modo afetivo, se dá por 
meio do toque corpóreo, pelas expressões com que adultos e crianças trocam experiências, pelo 
tom de voz que o bebê aprende a reconhecer rapidamente. Assim, eles aprendem cada vez 
que essas modulações de voz e expressão se manifestam a eles; e suas reações se fazem sentir: 
criando e imitando o parceiro levantando as pernas, virando a cabeça, esboçando reações de 
alegria/dor etc.
Ao mesmo tempo em que há toda uma série de conquistas e expressividade por parte da 
criança, ela começa também a conquistar domínio do seu corpo: aprende a virar, rolar, sentar-
se. Todas essas conquistas primárias atendem e preparam a sua locomoção propriamente dita, o 
que vai lhe propiciar um grande leque de ações independentes. Locomover-se para uma criança 
é uma conquisa extraordinária.
É importante sublinhar que há formas alternativas de locomoção (andar) que pode ser: 
arrastar-se, engatinhar.
Um bebê tem um grande tempo à sua disposição, e é grande o tempo que dedica a explorar o 
seu próprio corpo: olha suas próprias mãos, leva-as à boca, pega os pés, e diverte-se mantendo-
os presos às suas mãos.
Eles começam a descobrir o mundo exterior quando tocam um objeto que emite um som, 
tentando agarrar os móbiles que passeiam sua cama, berço. Seria uma imitação dos movimentos 
do móbile?
Essas ações, que procuram descobrir seu próprio corpo, permitem que se desenvolva uma 
coordenação sensorial e motora na descoberta do mundo exterior.
Além disso, um grande gesto que vai permitir conquistas no primeiro ano de vida é “gesto de 
preensão”, que é o movimento das mãos que opõe o polegar aos outros dedos, utilizado para 
segurar, agarrar, manipular, tec..”
A locomoção e a preensão são conquistas importantes que ocorrem neste plano de 
motricidade. E sua ação sobre o mundo que se desenrola a sua frente e lhe dá oportunidades 
de realizar atividades, que o surpreendem e o desafiam.
O primeiro ano de nossas vidas.
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Todo esse aspecto de motricidade e aceitação é algo recente na vida dos bebês e sua aceitação 
por pais, educadores, etc.
Costumava-se até bem pouco atrás, manter o bebê em posições rígidas, enrolado em cueiros, 
fraldões que o mantinham e o confinavam a uma única posição. Tudo isso sempre foi olhado 
como cuidados com a segurança e bem estar do bebê. Ao mesmo tempo em que se revelavam 
esses cuidados, impossibilita-seo bebê de se manifestar e interagir com o mundo ao seu redor. 
Para o bebê, era muito mais dificil se expressar e desenvolver todas as suas habilidades a fim de 
reagir com o mundo de maneira mais livre e consciente.
Criança de um a três anos
Andar para uma criança é algo extraordinário – não há um fim específico em andar de um 
lugar para outro, porém ela se encanta com a movimentação.
O exercício em si, somado ao amadurecimento do sistema nervoso, permitirá que a criança 
alcance logo o estágio de saltar, correr, pular, etc.
Existe uma interligação de funções altamente motivadora para a criança: logo que aprende a 
andar, liberta as mãos (que a ajudavam a engatinhar) para em tudo mexer, explorar.
Quando está andando e mexendo em tudo que puder, a criança aperfeiçoa seus movimentos. 
É o início da adequação de gestos.
Segurar uma colher ou uma xícara e levá-la a boca, pegar um lápis e uma folha de papel e 
criar um risco nela são alguns dos progressos que a gestualidade instrumental manipula objetos 
com finalidades culturais, onde só havia um exercício físico. Ex. Pegar uma colher para levar 
alimento à boca.
Outra dimensão expressiva do gesto motor são os “atos simbólicos” nos quais a criança imita, 
faz de conta. Dar um tchau, mirar e apontar para o céu. Nessas situações, o imitar desempenha 
papel fundamental.
A consciência corporal acontece por meio das interações sociais, nas quais ela distingue 
a imagem do seu corpo. Então, aprende a reconhecer as características físicas do seu corpo, 
fundamental para construir sua identidade.
Crianças de quatro a seis anos
O repertório de gestos instrumentais de crianças de quatro a seis anos, torna-se progressivo e 
preciso. Com isso, atos que exigem vários segmentos motores como recortar, colar ou encaixar 
tornam-se sofisticados.
Nessa fase, há uma maior tendência lúdica em transformar objetos e gestos em outras coisas e 
direções. Uma tesoura vira um avião, uma espada transforma-se num cavalo de pau e vice-versa.
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Unidade: A criança e suas capacidades motoras, linguagem e habilidades manuais
A contenção motora se traduz no aumento do tempo em que a criança se mantém numa 
mesma posição. Isso exige da criança uma grande disposição muscular, correspondente ao 
“tônus” (tensionamento muscular voluntário).
Segundo Fonseca (1995,p.121),
“no âmbito da organização da psicomotricidade, o fator da tonicidade 
é o seu alicerce fundamental. A tonicidade garante, por consequência, 
as atitudes, as posturas, as mímicas, as emoções, etc., de onde 
emergem todas as atividades motoras humanas. A tonicidade tem 
um papel fundamental no desenvolvimento motor - e igualmente 
no desenvolvimento psicológico, como asseguram os trabalhos de 
Wallon 1932,1956,1966 e 1970; Ajuriaguerra 1950,1955,1961 
e 1974; André-Thomas e Ajuriaguerra, 1949; Stamback, 1963; e 
muitos outros”
É válido ressaltar que o bebê é impulsivo e a criança tem maior controle motor. Então, o 
repertório infantil e o uso de suas habilidades vai variar conforme a cultura predominante no 
seu meio. Ex. Crianças que vivem próximo à beira-rio aprenderão a nadar rapidamente, ao 
contrário de uma criança urbana que precisará de uma escola de natação.
Crianças de zero a três anos
Para se comunicar, as crianças utilizam gestos, posturas, um ritmo próprio e essas dimensões, 
quase sempre subjetivas, devem ser acolhidas pelo educador de modo a propiciar a crianças o 
desenvolver-se de modo a alcançar e se apropriar dos significados que a sua expressão demonstra.
Tudo isso está relacionado à sua cultura, ao seu meio, às manifestações sociais do grupo ao 
qual ela pertence e ao qual está intimamente ligado. É preciso deixar claro que as coisas adultas 
não são as determinantes para o que as crianças fazem.
Atividades como o banho e as massagens são campos experimentais de primeira grandeza, 
onde as crianças podem experimentar sensações.
O cantar e movimentos simultâneos promovem a percepção rítmica do corpo enquanto 
linguagem e movimento, além da sonoridade e harmonia.
É importante que a criança descubra, não só em si, como também nos outros a grande 
riqueza das expressões. Assim, o professor/educador é modelo e seu repertório corporal e de 
gestos são veículos expressivos para a criança. Com isso, é primordial que se tenha um cuidado 
muito grande a fim de fazer de sua expressividade algo útil e valioso.
As habilidades manuais e a linguagem
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Então, conhecer jogos e brincadeiras é uma condição essencial do professor/educador para 
ajudar a criança a ser expressiva e desenvolver todas suas potencialidades de linguagem e 
habilidades manuais.
Crianças de quatro a seis anos
A construção de imagem corporal por meio de brincadeiras é importante também para 
crianças de quatro a seis anos. Le Bouch (2001,p.15) afirma que “a imagem corporal representa 
uma forma de equilíbrio entre as funções psicomotoras e a sua maturidade”.
Fantasias com roupas velhas de adultos, maquiagens, sapatos de jovens e adultos são 
materiais onde o “faz de conta” se torna perceptível a criança para que ela entenda outro 
mundo e construa o seu.
Nessa fase, não há o predomínio desta ou daquela parte do corpo. Não há necessidade de 
se estabelecer a hierarquização do corpo.
O professor deve estar ligado àquilo que a criança traz para a escola e adequar ao seu projeto 
ou da escola, de maneira que se possa trabalhar e aproveitar sua cultura.
É necessário trabalhar o conhecimento dos sinais vitais do corpo: batimentos cardíacos, 
respiração, as diferentes sensações de prazer, etc. Refletir sobre esses sinais ajudam a criança a 
se conhecer e ampliar o conhecimento do corpo.
Representar as diversas experiências e fantasias é uma atividade bastante divertida e cujos 
significados são relevantes para as crianças. Por exemplo: 
• correr como um rio;
• balançar como um bambuzal;
• voar como um:
 urubu(aproveitando as correntes de vento ele plana e alcança localidades 
longínquas, sem se cansar, e tornando “o voar” uma atividade natural); 
 passarinho (por ter asas menores e raramente poder aproveitar correntes de 
vento, os passarinhos necessitam bater as asas constantemente e se manterem 
no ar gastando muito mais energia).
Destarte, no Brasil, existem muitas brincadeiras que induzem a socialização. Há diversas 
brincadeiras de roda que trazem em si movimento, rítmo, harmonia, volocidades, canto coral, etc.
Temos o bumba-meu-boi, a catira, o fandango, o maracatu, o frevo, a chula, quadrilhas, cirandas, 
brincadeiras de roda, etc., que são expressivas, têm que ser realizadas em grupo, estimulam a 
cooperação e acrescentam estética, beleza dos movimentos, expressidade corporal, etc.
O professor/educador deve estar atento a limites, potencialidades e sinais corporais de saúde 
e integridade corporal das crianças.
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Unidade: A criança e suas capacidades motoras, linguagem e habilidades manuais
Equilibrio e coordenação
Ações e atitudes ligadas às brincadeiras estão interligadas ao movimento e equilíbrio.
Quando a criança vai saltar, necessita coordenar habilidades motoras, a força, a flexibilidade, 
velocidade, etc. para ter sucesso na empreitada. Ao empinar uma pipa, entra em ação 
flexibilidade, força, ideia espacial, força e agilidade nos braços e pernas, etc. Todos os jogos 
devem ter regras mínimas, pois a criança começa a jogar dentro de determinados conceitos, 
aprendendo a competir, cooperar, colaborar, respeitar o combinado (regras).
Crianças de zero a três anos
Quanto menor a criança, maior a responsabilidade do adulto ao proporcionar qualquer tipo 
de experiência motora ou postural. Ele deve agir para modificar posturas, observar nas crianças 
e nos bebês a necessidade de se sentir confortáveis e seguros.
O professor/educador necessita organizar o ambiente, com materiais condizentes, suaves e 
seguros com a idadea que se destinam.
Atividades que tragam desafios como rampas, labirintos, pontes ajudam as crianças a se 
equilibrar, andar, escorregar, ensinam a vencer desafios.
A brincadeira de estátua, onde se exige que a criança fique parada, sem movimentar quaisquer 
músculos exige uma postura muscular que promove o “tônus muscular” e o fortalece.
Crianças de quatro a seis anos
Diferentes movimentos, nos quais, atividades como descer, subir, dançar, cantar, jogar bola, 
rodar o bambolê são fundamentais para que a criança crie e perceba diferentes movimentos 
corporais, que feitos com todas as crianças, evitam o desenvolvimento de movimentos que são 
próprios só de meninas ou só de meninos. Sendo assim, situações como essa evitam estereótipo.
 
 Explore
Agora, que tal complementar a aprendizagem? Então, assista ao vídeo do youtube – Soltando Pipa:
http://www.youtube.com/watch?v=1Qw8SOxr8V4. Acesso em 25/04/2013 – 15hs
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A percepção espaço-tempo dever ser proposta à criança 
para que ela conheça o tempo-espaço e sua atividade lúdica. 
Por exemplo: pular corda, que é um jogo muito popular no 
Brasil, ensina a criança a perceber a hora de entrar no jogo, 
pós o movimento da corda; e, a batida no chão, os sons 
emitidos com a velocidade da corda irão lhe proporcionar o 
momento correto de “entrar” no jogo.
Os jogos, nos quais, as regras aparecem pela primeira vez devem ser simples, porém 
obedecidos. Então, a aprendizagem junto ao respeito às regras irão valorizar sua participação e 
formação.
Portanto, as brincadeiras e jogos vão permitir descobertas físicas, prazeres, vergonha, medo, 
afeto, respeito e o professor/educador deve estar atento para ajudar a criança a lidar com estas 
situações novas, mas que devem ser consideradas naturais.
Assim, desenvolver atividades que exijam diferentes posturas, contenção motora, ou que 
exijam posturas diferenciadas em faixas etárias diferentes, deve ser uma preocupação do 
educador/professor.
O professor deve estar atento no que se concerne à lateralidade”, isto é, ao uso que se faz 
só de um lado do corpo; afinal, após algum tempo, a criança manifesta preferência por um 
lado: ser destra ou canhota/ sinistra (direita ou esquerda). Com isso, O professor/educador ao 
observar essa tendência deve respeitá-la e jamais reprimi-la.
Foto: sxc.hu
Portanto, o espaço e tempo, onde a criança se desenvolve, devem estar integrados à sua 
rotina diária, valorizando as manifestações de motricidade/lateralidade, etc.
Fonte: Iksnigo - en.wikipedia.org
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Unidade: A criança e suas capacidades motoras, linguagem e habilidades manuais
Organização do tempo
Todo conteúdo em aprendizagem que envolva tempo e movimento devem ser planejados 
para que alcancem o objetivo proposto.
Quando se observa uma criança e seu desenvolvimento, se os movimentos que executa são 
saudáveis ou não, é necessário refletir sobre o meio-ambiente onde ela está se desenvolvendo.
Ela fica sentada muito tempo? O mobiliário é adequado à sua idade? Ela faz regularmente 
exercícios posturais?
Observar atentamente a criança e o seu grupo faz com que seja possível se obter elementos 
de grande valia para sua avaliação/formação.
São consideradas experiências válidas para crianças de zero a três anos: gestos, rítmos 
corporais, deslocamentos espaciais sem ajuda e para isso, é necessário oferecer-lhes condições 
efetivas para que explorem esses desafios.
Para as crianças de quatro a seis anos, devem ser interligados instrumentos que possibilitem 
movimentos, linguagem expressiva e participação em jogos, brincadeiras que envolvam tempo, 
movimentos e regras onde surja envolvimento de habilidades motoras e sensoriais diversas. 
Desse modo, toda criança, sem exceção, deve ser encorajada a superar-se, ser valorizada em 
seus progressos por mínimos que sejam.
Em Síntese
Sob quaisquer circunstâncias, as crianças não podem estar em situações que as comparem, tornando-
as mais ou menos inteligentes, a partir dessa observação, que será considerada sempre canhestra.
Assim sendo, o esforço é coletivo, e o progresso é individual, compará-los seria um esforço inútil.
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Material Complementar
Desse modo, você perceberá que essa matéria mostra a importância da exploração dos 
objetos e brincadeiras, pelas crianças, para o desenvolvimento da capacidade de imaginar, que 
se insere na cultura e na sociedade e aprender a viver em grupo. Sozinha ou com os amigos, ela 
usa todos os recursos de que dispõe para explorar o mundo, ampliar sua percepção sobre ele, 
e também sobre si mesma, principalmente quando o brincar envolve o chamado faz de conta. 
 
 Explore
Como material complementar sugerimos que você leia a matéria da Revista Nova Escola: As crian-
ças têm muito o que aprender na creche.
No site – Acessado em 25/04/2013- às 22h10.
Acesse: http://migre.me/ejXO8
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Unidade: A criança e suas capacidades motoras, linguagem e habilidades manuais
Referências
BRASIL Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil.Brasília: MEC/SEF, 1998.v.3
BASSEDAS, Eulália, HUGUET, Teresa & SOLÉ, Isabel; Aprender e Ensinar na Educação. 
tradução Cristina Maria de Oliveira. – Porto Alegre: Artmed, 1999.
FONSECA,Vitor da. Manual de Observação Psicomotora: significação peisoneurológica dos 
fatores psicomotores. Porto Alegre:Artes Médicas,1995.
LE BOUCH, Jean. O Desenvolvimento Psicomotor: do nascimento aos 6 anos. Trad. Por Ana 
Guardiola Brizolara. –Porto Alegre: Artes Médicas, 2001. 7ª edição.
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Anotações
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