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Exemplo 1.5 Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal em B do cano. A massa do cano é de 2 kg/m e ele está sujeito a uma força vertical de 50 N e a um momento de 70 N·m em sua extremidade ao final de A. O tubo está preso a uma parede em C. Diagrama de corpo livre A D C B 70 N.m 50 N p = 2 kg/m Cálculo da resultante do peso de cada segmento do tubo: A D C B 70 N.m 50 N p = 2 kg/m N 525,2481,925,12W N 525,2481,925,12W AD CD Cálculo da resultante do peso de cada segmento do tubo: N 525,2481,925,12W N 525,2481,925,12W AD CD A D C B 70 N.m 50 N 24,525 N 24,525 N Esforços na seção transversal do tubo no ponto B 0M , 0M , 0M 0F , 0F , 0F zyx zyx Aplicando as seis equações escalares de equilíbrio: A D B 70 N.m 50 N 24,525 N 9,81 N x y z (FB)z (MB)z (MB)y (MB)x (FB )y (FB)x A D B 70 N.m 50 N 24,525 N 9,81 N x y z (FB)z (MB)z (MB)y (MB)x (FB)y (FB)x (𝐅𝐁)𝐱 = 𝟎 (𝐅𝐁)𝐲 = 𝟎 (𝐅𝐁)𝐳 − 𝟗,𝟖𝟏 − 𝟐𝟒,𝟓𝟐𝟓 − 𝟓𝟎 = 𝟎 (𝐅𝐁)𝐳 = 𝟖𝟒,𝟑 𝐍 𝐅𝐱 = 𝟎 𝐅𝐲 = 𝟎 𝐅𝐳 = 𝟎 A D B 70 N.m 50 N 24,525 N 9,81 N x y z (FB)z (MB)z (MB)y (MB)x (FB)y (FB)x (𝐌𝐁)𝐱 = 𝟎 (𝐌𝐁)𝐱 − 𝟗,𝟖𝟏 𝐱 𝟎,𝟐𝟓 − 𝟐𝟒,𝟓𝟐𝟓 𝐱 𝟎,𝟓 − 𝟓𝟎 𝐱 𝟎,𝟓+ 𝟕𝟎 = 𝟎 (𝐌𝐁)𝐱 = 𝟗,𝟖𝟏 𝐱 𝟎,𝟐𝟓+ 𝟐𝟒,𝟓𝟐𝟓 𝐱 𝟎,𝟓+ 𝟓𝟎 𝐱 𝟎,𝟓 − 𝟕𝟎 (𝐌𝐁)𝐱 = −𝟑𝟎,𝟑 𝐍.𝐦 (𝐌𝐁)𝐲 = 𝟎 (𝐌𝐁)𝐲 + 𝟐𝟒,𝟓𝟐𝟓 𝐱 𝟎,𝟔𝟐𝟓+ 𝟓𝟎 𝐱 𝟏,𝟐𝟓 = 𝟎 (𝐌𝐁)𝐲 = −𝟕𝟕,𝟖 𝐍.𝐦 (𝐌𝐁)𝐳 = 𝟎 (𝐌𝐁)𝐳 = 𝟎 Exemplo 1.6 Uma barra tem largura constante de 35 mm e espessura de 10 mm. Determine a tensão normal média máxima na barra quando ela é submetida às cargas mostradas. 10 mm 35 mm Solução: As forças internas axiais nas regiões AB, BC e CD são constantes, mas têm valores diferentes. Essas cargas são determinadas por meio do método das seções. A A B D Diagrama da força normal: x 12 22 30 P (kN) A B C PBC = 30 kN PAB = 12 kN PCD = 22 kN 4 kN 4 kN PCD = 22 kN A B C A B D A Be Bd Ce Cd D A maior carga (força normal) ocorre na região BC, onde Como a área da seção transversal da barra é constante, a maior tensão normal média é: kN. 30BCP 01,0035,0 1030 A P 3BC BC 2 BCBC MN/m 7,85 MPa 7,85 A peça fundida mostrada é feita de aço, cujo peso específico é . Determine a tensão de compressão média que age nos pontos A e B. 3 aço kN/m 80 Exemplo 1.8 Solução: Desenhando um diagrama de corpo livre do segmento superior, a força axial interna P nesta seção é kN 042,8P 0042,8P kN 042,8W8,02,080Wvol.W 0WP ;0F aço 2 açoaço açoz Tensão de compressão média: kN/m 0,64 2,0 042,8 A P 2 2 Waço – peso do cilindro Tensão de cisalhamento média A tensão de cisalhamento é definida como a componente da tensão que atua no plano da área seccionada. Como essa tensão se desenvolve? - Considere o efeito da aplicação de uma força F à barra: - Considerando os apoios rígidos e F suficientemente grandes, o material da barra vai deformar e romper ao longo dos planos AB e CD. - Um DCL do segmento central não apoiado da barra mostra que a força de cisalhamento V=F/2 deve ser aplicada a cada seção para manter o segmento em equilíbrio: A tensão de cisalhamento média é: A V méd τméd = tensão de cisalhamento média na seção, considerada a mesma em cada ponto da seção V = força de cisalhamento interna resultante na seção determinada pelas equações de equilíbrio A = área da seção OBS: a distribuição de méd está na mesma direção de V Exemplo 1.12 O elemento inclinado está submetido a uma força de compressão de 3.000 N. Determine a tensão de compressão média ao longo das áreas de contato lisas definidas por AB e BC e a tensão de cisalhamento média ao longo do plano horizontal definido por EDB. B A C E D 3000 N Fx Fy 4 5 3 Solução: As forças de compressão agindo nas áreas de contato são: N 400.2F0000.3F ;0F N 800.1F0000.3F ;0F BC5 4 BCy AB5 3 ABx DCL 4 5 3 A força de cisalhamento agindo no plano horizontal seccionado EDB é: N 800.1 ;0 VFx Tensões de compressão médias ao longo dos planos horizontal e vertical do elemento inclinado: 2 BCBC 2 ABAB N/mm 20,1 4050 400.2 N/mm 80,1 4025 800.1 2 médméd N/mm 60,0 4075 800.1 Tensão de cisalhamento média que age no plano horizontal definido por EBD: Exercício 1 A luminária de 80 kg é sustentada por duas hastes, AB e BC, como mostra a figura. Se AB tiver diâmetro de 10 mm e BC tiver diâmetro de 8 mm, determine a tensão normal média em cada haste. Respostas: e σBC = 7,86 MPa σBA = 8,05 MPa Solução: Peso da luminária: 𝐏 = m. g = 80 x 9,81 = 784,8 kg m s2 = 784,8 N Diâmetros dos cabos: ∅BC = 8 mm = 0,008 m ∅BA = 10 mm = 0,01 m Diagrama de corpo livre: Determinação da força interna: força axial (normal) em cada haste: 𝐅𝐱 = 0 −𝐅𝐀𝐁 cos 60 0 + 𝐅𝐁𝐂 4 5 = 0 −𝐅𝐀𝐁 0,5 + 𝐅𝐁𝐂 0,8 = 0 𝐅𝐀𝐁 = 1,6 𝐅𝐁𝐂 𝐅𝐲 = 0 (1) (2) Substituindo (1) em (2): 0,866(1,6 𝐅𝐁𝐂) + 𝐅𝐁𝐂 0,6 = 748,8 𝐅𝐁𝐂 = 395,2 N (3) Substituindo (3) em (1): 𝐅𝐀𝐁 = 1,6 x 395,2 𝐅𝐀𝐁 = 632,4 N As forças FBA e FBC submetem as hastes à tensão normal em todo o seu comprimento. Determinação da área da seção transversal de cada haste: ABC = π . ∅BC 2 2 = π (0,004)2 = 5,027 x 10−5 m2 ABA = π . ∅BA 2 2 = π (0,005)2 = 7,845 x 10−5 m2 Tensão normal média: σBC = FBC ABC = 395,2 5,027 x 10−5 σBC = 7,86 MPa σBA = FBA ABA = 632,4 7,845 x 10−5 σBA = 8,05 MPa Exercício 2 Durante uma corrida, o pé de um homem com massa de 75 kg é submetido momentaneamente a uma força equivalente a 5 vezes o seu peso. Determine a tensão normal média desenvolvida na tíbia T da perna desse homem na seção média a-a. A seção transversal pode ser considerada circular, com diâmetro externo de 45 mm e diâmetro interno de 25 mm. Considere que a fíbula não suporta qualquer carga. Resposta: σm a−a = 3,346 MPa Fíbula Tíbia, T a a 75 kg Solução: Peso do homem: Força momentânea sobre o pé, na corrida: 𝐏 = m. g = 75 x 9,81 = 735,75 kg m s2 = 735,75 N 𝐅 = 5 𝐏 = 5 x 735,75 = 3678,75 N Área da seção a-a da tíbia: ∅ext t = 45 mm = 0,045 m ∅int t = 25 mm = 0,025 m Aa−a = π . ∅ext t 2 2 − π . ∅int t 2 2 = π 4 (0,0452 − 0,0252) Aa−a = 109,96 x 10 −5 m2 Tensão normal média na seção a-a da tíbia: σm a−a = F Aa−a = 3678,75 109,96 x 10−5 σm a−a = 3,346 MPa Exercício 3 A luminária de 250 N é sustentada por três hastes de aço interligadas por um anel em A. Determine qual das hastes está submetida à maior tensão normal média e calcule seu valor. Considere =300 . O diâmetro de cada haste é dado na figura. Resposta: σAC = 6,472 MPa Diagrama de corpo livre: Solução: 450 300 FAB = 250 N FAC FAD A Determinação das forças nas hastes: 𝐅𝐱 = 0 −𝐅𝐀𝐃 cos 45 0 + 𝐅𝐀𝐂 cos 30 0 = 0 𝐅𝐀𝐃 = 1,225 𝐅𝐀𝐂 𝐅𝐲 = 0 𝐅𝐀𝐃 sen 45 0 + 𝐅𝐀𝐂 sen 30 0 − 𝐅𝐀𝐁 = 0 (1) (1) em (2) (2) 𝐅𝐀𝐂 0,866 + 𝐅𝐀𝐂 0,5 = 250 𝐅𝐀𝐂 = 183,0 N 𝐅𝐀𝐃 = 224,17 N 450 300 FAB = 250 N FAC FAD A Área da seção transversal das hastes: Tensão normal média nas hastes: CONCLUSÃO: A maior tensão normal média ocorrena haste AC AAD = π . ∅AD 2 2 = π ∅AD 2 4 = π 0,00752 4 = 0,4418 x 10−4 m2 AAC = π . ∅AC 2 2 = π ∅AC 2 4 = π 0,0062 4 = 0,2827 x 10−4 m2 AAB = π . ∅AB 2 2 = π ∅AB 2 4 = π 0,0092 4 = 0,6362 x 10−4 m2 σAD = FAD AAD = 224,17 0,4418 x 10−4 σAD = 5,074 MPa σAC = FAC AAC = 183,0 0,2827 x 10−4 σAC = 6,472 MPa σAB = FAB AAB = 250 0,6362 x 10−4 σAB = 3,929 MPa Exercício 4 Um corpo de prova sob tração com área de seção transversal A é submetido a uma força axial P. Determinar a tensão de cisalhamento média máxima no corpo de prova e indicar a orientação de uma seção na qual ela ocorre. Resposta: para = 450 , a tensão média máxima de cislhamento é τméd = 𝐏 2 A A – área da seção transversal do corpo de prova Aincl – área do plano inclinado do corpo de prova Equilíbrio: Para calcular o valor da tensão cisalhante média máxima, calcula-se o valor da força interna de cisalhamento, V (não vamos calcular N porque só estamos interessados na tensão cisalhante): Solução: V N A Aincl P P cos 𝐏 cos θ − 𝐕 = 0 𝐕 = 𝐏 cos θ Tensão cisalhante média: Orientação da seção (ângulo ) onde ocorre o valor máximo da tensão cisalhante média: τméd = 𝐕 Aincl ∴ τméd = 𝐏 cos θ A/sen θ ∴ τméd = 𝐏. sen θ cos θ A ∴ τméd = 𝐏. sen(2θ) 2 A ∂ (τméd ) ∂ θ = 0 𝐏. cos(2θ) A = 0 θ = 450 ∂ (τméd ) ∂ θ = ∂ ∂ θ 𝐏. sen(2θ) 2 A = 0 Valor máximo da tensão cisalhante média: Para θ = 450 τméd = 𝐏. sen(2 x 450) 2 A τméd = 𝐏 2 A Tensão admissível Um engenheiro responsável pelo projeto de um elemento estrutural ou mecânico deve restringir a tensão atuante no material a um nível seguro. É preciso escolher uma tensão admissível que restrinja a carga aplicada a um valor menor do que a carga que o elemento pode suportar totalmente, porque: - a carga para a qual o elemento é projetado pode ser diferente das cargas realmente aplicadas; - as dimensões estipuladas no projeto podem não ser exatas, devido a erros de fabricação ou cometidos na montagem de seus componentes; - existe a possibilidade de ocorrerem problemas com vibrações, impactos ou cargas acidentais desconhecidas, que não tenham sido contemplados no projeto; - a corrosão atmosférica, deterioração ou desgaste provocado por exposição a intempéries tendem a deteriorar os materiais em serviço; - as propriedades mecânicas de alguns materiais como madeira, concreto ou compósitos reforçados com fibras podem apresentar alta variabilidade. Compósitos: materiais formados pela união de outros materiais com o objetivo de se obter um produto de maior qualidade. Ex: Solo reforçado com fibras. Compósitos naturais: madeira (a matriz de lignina é reforçada com fibras celulósicas) e ossos (a matriz composta por minerais é reforçada com fibras colágenas). Para especificar uma carga admissível para projeto ou análise de um elemento, utiliza-se o fator de segurança, FS, dado pela razão entre a carga de ruptura, Frup, e a carga admissível, Fadm . FS é maior do que 1. O valor de Frup é determinada por meio de ensaios do material e o FS é selecionado com base na experiência. FS = 𝐅𝐫𝐮𝐩 𝐅𝐚𝐝𝐦 FS = σrup σadm FS = τrup τadm Os valores de FS dependem dos tipos de materiais usados e da finalidade pretendida da estrutura: - no projeto dos componentes de um avião ou de veículos espaciais FS pode estar próximo de 1, de modo a reduzir o peso do veículo; - no projeto de alguns dos componentes de uma usina nuclear, FS pode chegar a 3. Em geral, os fatores de segurança e, portanto, as cargas e as tensões admissíveis para elementos estruturais estão bem padronizados: valores podem ser encontrados em normas de projeto e manuais de engenharia. O FS objetiva manter equilíbrio entre: garantir a segurança pública e ambiental e oferecer soluções de projeto econômicas e razoáveis. Exercício 4 A junta mostrada na figura está presa por dois parafusos. Determinar o diâmetro necessário se a tensão de ruptura por cisalhamento para os parafusos for rup= 350 MPa. Usar um fator de segurança para cisalhamento FS = 2,5. Resposta: ∅p = 0,01349 m = 13,49 mm Solução: D.C.L. Tensão cisalhante admissível : Esforço cisalhante na seção transversal dos parafusos: FS = τrup τadm Vp = 40 kN 2 ∴ Vp = 20 kN τadm = τrup FS ∴ τadm = 350 2,5 ∴ τadm = 140 MPa Como: Área da seção transversal dos parafusos: τadm = Vp Ap ∴ Ap = Vp τadm ∴ Ap = 20 kN 140 MN/m2 ∴ Ap = 0,1428 x 10 −3 m2 Ap = π ∅p 2 4 π ∅p 2 4 = 0,1428 x 10−3 ∅p = 0,01349 m = 13,49 mm Exercício 5 As hastes AB e CD são feitas de aço cuja tensão de ruptura por tração é rup = 510 MPa. Usando um fator de segurança FS=1,75 para tração, determine o menor diâmetro de cada haste de modo que elas possam suportar a carga mostrada. Considere que a viga está acoplada por pinos em A e em C. Resposta: ∅AB = 0,00602 m ∴ ∅AB = 6,02 mm ∅CD = 0,00541 m ∴ ∅CD = 5,41 mm Solução: D.C.L. Determinação das forças FAB e FCD: 𝐅𝐲 = 0 𝐅𝐱 = 0 Não há forças aplicadas nesta direção 𝐅𝐀𝐁 + 𝐅𝐂𝐃 = 15 (1) 𝐌𝐀 = 𝟎 4 x 2 + 6 x 4 + 5 x 7− 𝐅𝐂𝐃 x 10 = 0 𝐅𝐂𝐃 = 6,7 kN (2) 𝐅𝐀𝐁 + 6,7 = 15 𝐅𝐀𝐁 = 8,3 kN Tensão normal admissível: Diâmetro de cada haste: - haste AB σadm = σrup FS ∴ σadm = 510 1,75 σadm = FAB AAB ∴ 291,43 x 103 = 8,3 AAB ∴ AAB = 8,3 291,43 x 103 = 0,02848 x 10−3 m2 π ∅AB 2 2 = 0,02848 x 10−3 m2 ∅AB = 0,00602 m ∴ ∅AB = 6,02 mm Diâmetro de cada haste: - haste CD σadm = FCD ACD ∴ 291,43 x 103 = 6,7 ACD ∴ ACD = 6,7 291,43 x 103 = 0,02300 x 10−3 m2 π ∅CD 2 2 = 0,02300 x 10−3 m2 ∅CD = 0,00541 m ∴ ∅CD = 5,41 mm
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