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PECULIARIDADES DO DANO MORAL ARTIGO

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Formiga MG 
Junho 2020 
UNIFOR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA 
TAYRA RAMYNNY NUNES 
5° período de Direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formiga MG 
Junho 2020 
TAYRA RAMYNNY NUNES 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo Científico apresentado à UNIFOR-MG, 
como exigência para obtenção do título de 
nota semestral na disciplina de Direito Civil 
IV. 
Orientador: Prof. Fábio Antunes Gonçalves. 
 
 
 
 
 
 
Formiga MG 
Junho 2020 
O DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA DO DANO MORAL NO ÂMBITO 
JURÍDICO BRASILEIRO E SUAS PECULIARIDADES 
 
Tayra Ramynny Nunes 
RESUMO 
O presente artigo foi realizado por meio de uma pesquisa cientifica, a qual busca 
estabelecer de maneira fácil às peculiaridades acerca da indústria do dano moral. O 
referido artigo se destaca no seu conteúdo específico, logo ao começo é versado sobre 
historia de origem e desenvolvimento do dano moral e em seguida é averiguado no 
ordenamento jurídico brasileiro qual o meio para amenizar o dano causado de forma 
mais apropriada; pelo modo como foi afetado e pela dimensão diante a conduta do 
agente, visto que, ao alterar seu sentimento, entrar-se-á na esfera do dano moral, 
seguindo sobre o ponto de vista da relação de causalidade. 
Palavras-chave: Peculiaridades. Origem. Ordenamento Jurídico. Amenizar. Causalidade. 
 
ABSTRACT 
This article was carried out through scientific research, which seeks to establish 
in an easy way the peculiarities about the moral damage industry. This article stands out 
in its specific content, right at the beginning it’s written about the history of origin and 
development of the moral damage and then it’s analyzed in the Brazilian legal system 
which means to mitigate the damage caused in a more appropriate way; by the way it 
was affected and by the dimension before the agent's conduct, since, when changing his 
feeling, one will enter the sphere of moral damage, following from the point of view of 
the causal relationship. 
Words-key: Peculiarities. Source. Legal Order. Soften. Causality. 
 
SÚMÁRIO: 1. Introdução. 2. Do dano moral 2.1 Conceito 2.2 A evolução histórica do 
dano moral. 2.3 Classificações do dano moral. 2.3.1 Dano moral direto 2.3.2 Dano 
moral indireto 3. Relação de causalidade 3.1 Ressarcimento 3.2 Arbitramento 4. Casos 
abusivos acerca dos danos morais 5. Enunciados do CJF e Sumulas do STJ 6.Conclusão 
7.Referências. 
 
Formiga MG 
Junho 2020 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente artigo tem foco central na indústria do dano moral. 
É apresentado inicialmente o dano moral com suas peculiaridades propriamente 
ditas, o conceito, a incidência e suas características. Por conseguinte é visto o pleito e 
cabimento diante o judiciário com intuito de adquirir a obtenção da sentença 
condenatória. 
O dano moral é visto como aquele que ofende o direito da personalidade, ou 
seja, ofende o íntimo do indivíduo como sua honra, sua moral, dentre outros aspectos. 
O instituto, embora seja ate hoje controverso, não é algo atual de tal 
modernidade, pois desde o Código de Hamurabi já se tratava do assunto de certa forma. 
Ao saber de todos, nota se que no âmbito da responsabilidade civil, a reparação 
por dano moral é um dos assuntos mais controvertidos a se falar. 
Em suma, esse tema vem de longo tempo, gerando, portanto diversos 
posicionamentos tanto na ordem doutrinária, tanto no tratado ordenamento 
jurisprudencial. 
Nas duas ocasiões os argumentos são vistos dos mais variáveis no que tange 
sobre o dano moral. Em um capitulo da doutrina que não admitia a reparação por este 
tipo de dano. Todavia, com a criação da Constituição da República Federativa do Brasil 
de 1988, o debate a respeito da admissão da reparação do dano moral foi 
respectivamente cessado, pelo fato que a Carta Magna, reconhece expressamente sua 
existência no seu art.5°, V e X. 
Na atualização do Código civil de 1916 para o atual Código Civil de 2002, é 
visto expressado também a provável admissão de reparação por dano moral, 
certificando, de vez, o instituto no ordenamento jurídico e desapontando os que 
defendiam que não era admissível tal reparação. 
Embora o debate diante a reparação por dano moral seja obsoleta, tal instituto 
causa variados debates dentro da doutrina e dentro da jurisprudência no âmbito da busca 
pela justa reparação, posto que, quando o fato advém de uma reparação por dano 
material, torna se fácil calcular de modo objetivo o valor do dano, ao contrario do dano 
moral que se torna mais complexo no que tange tal situação. 
Segundo os dizeres mensurados acima, como o dano moral atinge os direitos da 
personalidade, o calculo da reparação se torna complexo. Deste modo o calculo será 
Formiga MG 
Junho 2020 
conduzido de maneira cautelosa e criteriosa. Destaca dizer que o magistrado tem a 
escolha ao arbitrar o dano, pois em via de regras, não há critérios pré-definidos. 
Deste modo, para que haja uma justa e coerente reparação, é essencial estudar o 
instituto profundamente, observando desde a sua história e evolução, os institutos e 
todos os elementos, os métodos e as técnicas utilizados, a natureza jurídica e os critérios 
para o arbitramento, posto que o magistrado seja extremamente cauteloso e técnico na 
aplicação do instituto. 
Seguindo este raciocínio, é de tal importância analisar o modo de como a 
jurisprudência age nesse tempo, se há cautela ou não, se esta aplicando tais técnicas 
adequadas ou não. Coloca se em evidencia a busca por mecanismos auxiliadores numa 
conveniente quantificação. 
Mesmo que a quantificação de reparação seja dada pelo árbitro do magistrado no 
caso concreto, é indispensável utilizar a base teórica servindo como modelo de critério, 
para a eficaz ajuda, no intuito de obter a quantificação do dano corretamente. 
Alem do mais, tendo adotado a reparação de dano moral no ordenamento 
jurídico brasileiro, a quantidade de processos aumentaram de forma excepcional, vale 
lembrar que muitos aproveitam desse instituto para tentar tirar proveito de tal situação, 
lesando a notoriedade da justiça. Ademais, o judiciário está sobrecarregado, e por 
inúmeras vezes encontra se a utilizar critérios objetivos para arbitrar tal processo 
indenizatório sobre algo, que claramente não é objetivo. 
Enfim, fica clara a utilização de caminhos para que a procura pelo dano moral 
não se configure em uma indústria, e que não sejam utilizados critérios totalmente 
objetivos, pois determinadas coisas não necessitam ser quantificadas por critérios 
objetivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formiga MG 
Junho 2020 
2. DO DANO MORAL 
Antes da criação da Constituição Federal de 1988, tanto a jurisprudência quanto 
a doutrina discordavam sobre admitir ou não a reparação pelo dano moral. A reparação 
por dano moral foi aceito no ordenamento jurídico brasileiro através da Carta Magna, a 
qual admitiu o instituto expresso no seu art. 5°, V e X da própria. 
Conforme afirmado acima, apesar do instituto ter sido aprovado somente em 
1988, à origem de tal não é nem um pouco recente, pois foram considerados elementos 
similares à reparação por dano moral em varias legislações e escritas como, por 
exemplo, na Bíblia, nas Leis de Manu e no Código de Hamurabi, dentre outros. 
Um dos primeiros registros de reparação por dano moral surgiu na 
Mesopotâmia, com o código de Hamurabi. Pablo Stolze e Rodolfo Pampolha citam 
Clayton Reis afirmando que: 
[...] “noção de reparação de dano encontra-se claramente definida no Código 
de Hamurabi. As ofensas pessoais eram reparadas na mesma classe social, à 
custa de ofensas idênticas. Todavia o Código incluía ainda a reparação do 
dano à custa de pagamento de um valor pecuniário.” (STOLZE, Pablo; 
PAMPOLHA FILHO, Rodolfo, op. cit. p. 107.). 
O código de Hamurabi tratava como prioridade, a reparação de um danopor 
meio de uma ofensa na mesma medida (por igual), semelhante à Lei de Talião. 
Já o Código de Manu, ao contrario do Código de Hamurabi tinha prioridade, 
uma sanção perante o pagar de um valor pecuniário. Isso caracterizou se como uma 
evolução ao Código de Hamurabi. 
Na ideia das escrituras bíblicas, o adultério, por exemplo, caracterizava uma 
lesão moral. A espécie de condenação diante o adultério seria a restrição ao casamento 
dos que o cometiam. No seguinte fragmento retirado da Bíblia, são encontrados 
elementos que representam o dano moral. 
Se um homem tomar uma mulher por esposa e, tendo coabitado com ela, vier 
a desprezá-la, e lhe imputar falsamente coisas escandalosas e contra ela 
divulgar má fama, dizendo: ‘Tomei esta mulher e, quando me cheguei a ela, 
não achei nela os sinais da virgindade’, então o pai e a mãe da jovem tomarão 
os sinais da virgindade da moça, e os levarão aos anciãos da cidade, à porta; e 
o pai da jovem dirá aos anciãos: ‘Eu dei minha filha para esposa a este 
homem, e agora ele a despreza, e eis que lhe atribui coisas escandalosas, 
Formiga MG 
Junho 2020 
dizendo: — Não achei na tua filha os sinais da virgindade; porém eis aqui os 
sinais da virgindade de minha filha’. E eles estenderão a roupa diante dos 
anciãos da cidade. Então os anciãos daquela cidade, tomando o homem, o 
castigarão, e, multando-o em cem ciclos de prata, os darão ao pai da moça, 
porquanto divulgou má fama sobre uma virgem de Israel. Ela ficará sendo 
sua mulher, e ele por todos os seus dias não poderá repudiá-la. (Bíblia, 
Deuteronômio 22:13-22) 
Aqui nesse fragmento, fica clara a noção do dano moral no contexto bíblico. 
Ocorre que, quando um homem denegrir a imagem da sua esposa, diante da 
comprovação de mentira, ele era obrigado a reparar a família da esposa, visto que era 
obrigado a permanecer casado com ela. Diante disso, tinha duas vias de sanções para o 
causador dessa espécie de dano moral á sua esposa. Destaca-se que seria o caso, quando 
o homem se envolvia com uma mulher virgem: 
“Se um homem encontrar uma moça virgem não desposada e, pegando nela, 
deitar se com ela, e forem apanhados, o homem que dela abusou dará ao pai 
da jovem cinquenta ciclos de prata, e, porquanto a humilhou, ela ficará sendo 
sua mulher; não a poderá repudiar por todos os seus dias”. (Bíblia, 
Deuteronômio 22:13-30 AA). 
2.1 CONCEITO 
São numerosas as definições acerca do dano moral. Alguns doutrinadores como 
Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona compreendem o dano moral como “uma lesão de 
direitos o qual conteúdo não é pecuniário, nem comercialmente redutível a dinheiro” 
(GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2003, p. 55). 
Na linha do mesmo pensamento MELO diz que “o dano moral seria toda 
agressão injusta aos bens imateriais, ou seja, tanto a pessoa física quanto a pessoa 
jurídica, insuscetível de quantificação pecuniária.”. (MELO, Nehemias Domingos de. 
2004, p. 9). 
Ao analisar a ideia desses dois autores, fica fácil entender que o dano moral está 
vinculado a noção de dor, sofrimento, constrangimento e tristeza. Porem é necessário 
destacar que no tempo atual não se aceita mais restringir o dano moral por esses 
elementos, pois engloba em todos os bens personalíssimos. 
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Junho 2020 
Cabe esclarecer que a que a dificuldade não é definir um conceito para o dano 
moral e nem sobre sua probabilidade de reparação, mas sim como aplica-lo de forma 
coerente e justa, precavendo a veracidade de fatos para que não haja casos abusivos. 
 
2.2 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DANO MORAL 
No âmbito da jurisprudência e da doutrina, ao longo da historia, pode se notar 
inúmeros argumentos sobre o dano moral. É de suma importância também mencionar 
que existia uma parte na doutrina que não admitia a reparação por dano moral, e a outra 
parte a admitia a reparação por dano moral, porem era abrangida dentro do ciclo do 
dano patrimonial, visando que alguns a admitia somente de modo independente do dano 
material, ou seja, não poderia ter cumulação. 
Com a criação da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, não 
houve mais discussão acerca da admissão de reparação por dano moral, pois a Carta 
Magna admitiu o instituto expresso no seu art. 5°, V e X. A partir desse momento, foi 
admitida a reparação por dano moral, tano de modo independente como cumulativo ao 
dano material. 
O antigo Código Civil de 1916, não era reconhecido expressamente tal instituto, 
porem com sua atualização do Código Civil de 2002, foi expressamente reconhecido tal 
viabilidade da reparação por dano moral, provendo tal instituto de vez no ordenamento 
jurídico brasileiro, causando certa frustração naquelas que não admitia a reparação por 
dano moral. 
 
2.3 CLASSIFICAÇÕES DO DANO MORAL 
Em uma analise pelo ordenamento jurídico brasileiro, nota-se distintos tipos de 
dano moral, que podem ser definidos em duas espécies: a) dano moral direto e b) dano 
moral indireto; são oriundos no requisito de “causalidade entre dano e o fato”, sendo 
necessária a composição do dano passível de indenização. 
2.3.1 Dano moral direto 
Esse dano ocorre em decorrência da existência de agressões diretas aos direitos 
do individuo, ou seja, é causada uma lesão em um dano imaterial. Nas palavras de 
Maria Helena Diniz, o “dano moral direto seria aquele que consiste numa lesão a um 
interesse que visa à satisfação de um bem jurídico extrapatrimonial que está introduzido 
Formiga MG 
Junho 2020 
nos direitos da personalidade ou nos atributos do individuo, abrangendo também lesão á 
dignidade da pessoa humana” (CF/88, art. 1º, III).” (DINIZ, 2008, p. 93). Pablo Stolze 
profere com igualdade em mesmo pensamento que “(...) uma lesão especifica de um 
direito extrapatrimonial, como os direitos da personalidade.”. (GAGLIANO,Pablo 
Stolze.op.cit. p.67). 
Para um melhor entendimento, o exemplo seria quando o individuo é injuriado 
em publico ou possui seu nome apontado em algum cadastro de mau pagador, isso se 
trata de dano moral direto, pois viola a honra e a imagem do individuo. 
 
2.3.2 Dano moral indireto 
Esta espécie de dano ocorre quando há lesão a um bem ou interesse de natureza 
jurídica, ou seja, ele é decorrente de um bem de valor e seu afeto para com ele, ou ate 
mesmo que não possua aspecto econômico, mas ainda assim causa consequências 
sentimentais danosas na vitima. 
No Código civil de 2002, está expresso a respeito do dano moral indireto, que 
dispõe: 
 “Art. 952. Parágrafo único. Para se restituir o equivalente, quando não exista 
a própria coisa, estimar-se-á ela pelo seu preço ordinário e pelo de afeição, 
contanto que este não se avantaje àquele”. 
É importante mencionar que o dano moral indireto se difere do dano moral 
reflexo, pois no dano moral indireto ocorre uma violação em um direito 
extrapatrimonial de um individuo, em função de algum dano material. Já no dano moral 
reflexo, é quando um individuo sofre algum dano moral, em função de outro dano de 
que foi vítima a outra pessoa que esteja ligado a ele, onde não se importa a natureza do 
dano, seja ele material ou moral. 
3. RELAÇÃO DE CAUSALIDADE 
Caracteriza se a relação de causalidade como o vinculo existente entre a conduta 
lesiva do agente e o dano sofrido pela vitima. Não ocasionando o dano ocorrido pela 
conduta do agente, não existe a relação de casualidade. 
A propósito Venosa define o nexo de causalidade como: 
"O conceito de nexo causal, nexo etimológico ou relação de causalidade 
deriva das leis naturais. É o liame que une a conduta do agente ao dano. É por 
Formiga MG 
Junho 2020 
meio do exame da relação causal que concluímos quem foi o causador do 
dano. Trata-se de elemento indispensável. A responsabilidade objetiva 
dispensa a culpa, mas nunca dispensará o nexo causal. Se a vítima, que 
experimentou um dano, não identificar o nexo causal que leva o ato danoso 
ao responsável, não há como ser ressarcida". (VENOSA, Silvio de Salvo. 
DireitoCivil.p.39 ) 
O valor de calculo se acometera por sua medida na relação causal. A relação de 
causalidade terá a função de fixar ate onde se estende a obrigação e qual será a 
reparação exata. 
A relação de causalidade se vincula com a ação ou omissão do individuo e com 
o dano, que no caso será o resultado. Transfigurando para linhas claras, é o mesmo que 
dizer, para o agente ser imputado, será necessário que haja ação ou omissão. Demogue 
explica sobre isso: 
“Não pode mesmo haver uma relação necessária entre o fato incriminado e o 
dano. É preciso que esteja certo que, sem este fato o dano não teria ocorrido. 
Logo, não basta que uma pessoa tenha transgredido certas regras que sem 
esta contravenção o dano não teria ocorrido” (DEMOGUE, René in Carvalho 
Neto, Inácio de. Responsabilidade Civil no Direito de Família.p.60.) 
3.1 RESSARCIMENTO 
Cabe relembrar que a fixação de indenização por dano moral, será concedida 
sobre a reparação pela dor, tristeza e pela exposição da imagem da vitima causando um 
grande constrangimento. 
Contudo, vale mencionar que se torna complexo fixar um valor para uma dor 
sofrida. Por isso são seguidos alguns critérios para o estabelecimento da quantificação. 
Coelho reflete sobre em um trecho: 
“De início, convém assentar que não há critério de mensuração objetivo. A 
quantitativamente. Desse modo, embora fosse desejável eliminar as 
diferenças entre os valores das condenações em casos semelhantes, estas têm 
sido significativas. Do exame da jurisprudência, de qualquer modo, pode-se 
concluir um padrão geral, a alguns fatores de redução, aqueles e estes sempre 
subjetivos, isto é, atentos às peculiaridades dos sujeitos envolvidos. Dor não 
se mede por variáveis controladas.”. (COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de 
direito civil. 2 ed. São Paulo. Saraiva, 2009. v. 2. p. 428). 
Formiga MG 
Junho 2020 
Assim, vale lembrar que cada um possui uma maneira distinta de sofrimento. De 
modo que tal perda ou a violação de um direito é diferente para cada individuo. 
Podendo alguns se sentir mais frágeis e desolados do que outros. 
O quantum debeatur é usado na reparação por um dano moral, vindo a ser fixado 
pelo juiz, por equidade. O mesmo é feito através de critérios de proporcionalidade e 
razoabilidade, e são consideradas tais circunstancias do caso concreto. 
Em sua obra, GABURRI expõe alguns critérios para o magistrado poder utilizar, 
com intuito de que haja uma fixação de indenização de reparação por danos morais, 
justa e equivalente. 
Assim como GABURRI e demais doutrinadores, a jurista Maria Helena de Diniz 
apontam os seguintes critérios: a) Não deve haver indenização simbólica e deve se 
evitar enriquecimento sem justa causa, injusto ou ilícito da vitima. Não cabe 
indenização de valor maior que o dano e não deverá subordinar-se à situação de penúria 
do lesado; A indenização a uma vitima rica não poderá ser inferior ao prejuízo sofrido, 
com alegação de que sua fortuna permitiria suportar o excedente do menoscabo; b) Não 
é admitido aceitar tarifação, pois é necessária a desumanização e a despersonalização, 
acabando por si evitar tal porcentagem sobre o dano patrimonial; c) É importante 
distinguir o montante indenizatório segundo a natureza, gravidade e a extensão da lesão 
causada; d) Deve ser verificado o campo de repercussão publico causado pelo fato 
lesivo e as circunstâncias fáticas; e) observar com atenção a todos os detalhes do caso e 
ao caráter antissocial conduta lesiva. (DINIZ, Maria Helena. op. cit. p. 101 e 102.). 
3.2 ARBITRAMENTO 
No que se fala no arbitramento, REALE, ensina que quando se trata de 
ressarcimento se trata então de um domínio o qual não se pode deixar de conferir a 
ampla discricionariedade ao magistrado, que tem função de examinar os fatos em sua 
concretude. (REALE, Miguel in GAGLIANO, Pablo SATOLZE. Novo Curso de Direito Civil. 
p.352). 
Ao serem aplicados os critérios no arbitramento, os resultados deles serão de 
natureza jurídica do dano moral, ou seja, seu propósito deverá satisfazer mediante a 
indenização. 
Em virtudes GAGLIANO leciona que, o arbitramento seria um procedimento 
natural da liquidação por dano moral (GAGLIANO, Pablo Satolze. Novo Curso de Direito 
Formiga MG 
Junho 2020 
Civil. p.353). Com vista no art. 475-C do Código de Processo Civil brasileiro, que 
dispõe: 
Art. 475-C. Far-se-á a liquidação por arbitramento quando: (Incluído pela Lei 
nº 11.232, de 2005). 
I - determinado pela sentença ou convencionado pelas partes; (Incluído pela 
Lei nº 11.232, de 2005). 
II - o exigir a natureza do objeto da liquidação. (Incluído pela Lei nº 11.232, 
de 2005). 
 
4. CASOS ABUSIVOS ACERCA DOS DANOS MORAIS 
Ao tocante ressarcimento por dano moral, nota se que os autores dirigentes da 
ação desses pedidos por inúmeras vezes utilizaram o instituto de forma incorreta e 
maliciosa no intuito de tira vantagens no aumento dos valores das indenizações pelo 
dano patrimonial, até mesmo se houvesse caso de o fornecedor não dar causa alguma de 
dano inexistente. 
Vale ressaltar que em algumas situações não poderá haver dano moral. No caso 
do consumidor fazer o pagamento de forma espontânea de algo que lhe foi cobrado, 
após isso, caso ele entenda que haja algo indevido e tenha desejo de levar o caso o juízo, 
não poderá haver dano moral. 
Um caso que ocorre com frequência podendo se notar o abuso do instituto, é 
visto em processos que se discute a probabilidade de empresas operadoras de serviços 
de telefonia fixa, cobrarem a parte de determinado preço dos serviços com foco na 
rubrica “assinatura básica”. 
Muitos consumidores ingressarão com ações, para banir o pagamento desses 
valores, tendo acrescentado aos seus pleitamentos pedidos de indenizações de dano 
morais. 
O Judiciário estadual e federal, através da grande maioria de seus Juízes, 
reconhecem legitimidade dessas cobranças pelo valor da assinatura básica, colocando o 
encerramento de toda pretensão decorrente dela. 
5. ENUNCIADOS DO CJF E SUMULAS DO STJ 
Fica evidente notar, alguns julgados que embasaram um sentido de banalização 
do instituto, de tal tema transcorrido no artigo. Consequentemente, as jurisprudências 
Formiga MG 
Junho 2020 
apresentadas demonstram as demandas que vem a banalizar o instituto na questão e que 
devem ser afastadas: 
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. CONSUMIDOR. 
VÍCIO DO PRODUTO. APARELHO DE CELULAR DEFEITUOSO. 
DANO MORAL INEXISTENTE. MERO DISSABOR. É cediço que o mero 
transtorno ou aborrecimento não se revela suficiente à configuração do dano 
moral, devendo o direito reservar-se à tutela de fatos graves, que atinjam bens 
jurídicos relevantes, sob pena de se levar à banalização do instituto com a 
reparação de minutos contratempos do cotidiano. Em que pese o incômodo 
sofrido pelo autor, tal fato não desbordou dos limites comuns no 
enfrentamento de problemas da vida do cotidiano. Inviável o deferimento do 
pedido de indenização fundamentado em defeito no aparelho celular, não 
caracterizando assim o dano in re ipsa. Sentença de improcedência mantida 
no ponto. 
HIPÓTESE DA NEGATIVA DE SEGUIMENTO DA APELAÇÃO. 
(Apelação Cível Nº 70044684454, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça 
do RS, Relator: Paulo Roberto Lessa Franz, Julgado em 30/08/2011). 
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS. 
AGÊNCIA BANCÁRIA. PORTA GIRATÓRIA. DETECTOR DE METAL. 
ACESSO DE CLIENTE IMPEDIDO POR TRÊS VEZES. CONDUTA 
ILÍCITA INDEMONSTRADA. DANOS MORAIS NÃO 
CONFIGURADOS. PRETENSÃO INDENIZATÓRIA AFASTADA. As 
instituições financeiras têm obrigação legal no uso das portas giratórias, que 
impeçam o ingresso de quem porte qualquer objeto metálico e, sendo isso 
prática rotineira, não há porque se imputar a prática de conduta abusiva 
quando do impedimento da entrada no estabelecimento bancário de pessoa 
que barrada pelo detector de metal por diversas vezes. APELAÇÃO 
DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº 70033201120,Nona Câmara Cível, 
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marilene Bonzanini Bernardi, Julgado em 
28/04/2010). 
PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. CONTRATO DE 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PARA APRENDIZADO DA LÍNGUA 
INGLESA. CERCEAMENTO DE DEFESA INOCORRENTE. FALTA DE 
COMPARECIMENTO DA REPRESENTANTE DO AUTOR À 
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. JUNTADA 
INTEMPESTIVA DA JUSTIFICAÇÃO. PROVAS REQUERIDAS 
DISPENSADAS. FACULDADE DO JUIZ DE DIREITO. PRELIMINAR 
INACOLHIDA. MÉRITO. PRETENSA ABUSIVIDADE NÃO 
Formiga MG 
Junho 2020 
CARACTERIZADA. LISURA DO CONTRATO - DANO MORAL 
INEXISTENTE. SIMPLES DISSABOR A NÃO JUSTIFICAR A 
INDENIZAÇÃO PRETENDIDA. RECURSO DESPROVIDO. (Apelação 
Cível n. 2011.062260-4, da Capital, 6ª Vara Cível, Tribunal de Justiça de SC, 
Relator: Des. Luiz Carlos Freyesleben, julgado em 26/09/2011). 
CONSUMIDOR. FATO DO PRODUTO. CONSTATAÇÃO DE OBJETO 
ESTRANHO (PEDAÇO DE MADEIRA) NO PÓ DE GELATINA. 
INOCORRÊNCIA DE INGESTÃO DO ALIMENTO. DANO MORAL 
NÃO CONFIGURADO NO CASO CONCRETO. SENTENÇA DE 
IMPROCEDÊNCIA MANTIDA. Constatação pela consumidora de pedaço 
de madeira junto ao pó de gelatina adquirido. - Incontroverso o contato da 
consumidora com a fornecedora para comunicação do fato, dispondo-se esta, 
prontamente, à substituição do alimento. - Inocorrência da ingestão do 
aludido alimento, não podendo se configurar a repugnância no caso em liça. 
Hipótese, portanto, em que não configurados, danos morais passíveis de 
indenização, porquanto não houve a efetiva violação ao postulado da 
segurança alimentar do consumidor. - Sentença de improcedência que resta 
mantida conforme autoriza o art. 46 da Lei nº 9.099/95. NEGADO 
PROVIMENTO AO RECURSO. Recurso Cível Nº 71002012003, Primeira 
Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Tribunal de Justiça do RS, Relator: 
Heleno Tregnago Saraiva, Julgado em 05/11/2009. 
DANOS MATERIAIS. Indevida cobrança de encargos por suposto excesso 
de limite de crédito de cheque especial. Procedência mantida. DANOS 
MORAIS. Não caracterização. Danos que não ultrapassaram a esfera 
patrimonial do consumidor. Ausência de real penetração de conduta ilícita e 
indevida na esfera da personalidade humana. Banalização do dano moral que 
deve ser evitada. Sentença reformada. Recurso parcialmente provido. 
(9086517742008826 SP 9086517-74.2008.8.26.0000, Relator: Rômolo 
Russo, Data de Julgamento: 19/01/2012, 11ª Câmara de Direito Privado, Data 
de Publicação: 20/01/2012) 
EMENTA: INDENIZATÓRIA. INSTITUIÇÃO DE ENSINO. CENTRO 
UNIVERSITÁRIO. IMPOSSIBILIDADE DE REMATRÍCULA “ON-LINE” 
DO ALUNO NO DIA DESEJADO. PENDÊNCIA FINANCEIRA 
SINGELA, DECORRENTE DE PAGAMENTO DE MENSALIDADE EM 
ATRASO. MATRÍCULA EFETIVADA APÓS O ACERTO. DANOS 
MORAIS NÃO CONFIGURADOS NO CASO CONCRETO, SOB PENA 
DE BANALIZAÇÃO DO INSTITUTO. AUSENTE QUALQUER PROVA 
DE MÁCULA A ATRIBUTO DE PERSONALIDADE. SENTENÇA 
MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. RECURSO CÍVEL Nº 
71002917813, TERCEIRA TURMA RECURSAL CÍVEL, TRIBUNAL DE 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11307601/artigo-46-da-lei-n-9099-de-26-de-setembro-de-1995
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103497/lei-dos-juizados-especiais-lei-9099-95
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Junho 2020 
JUSTIÇA DO RS, RELATOR: CARLOS EDUARDO RICHINITTI, 
JULGADO EM 14/07/2011. 
DANO MORAL - RESPONSABILIDADE CIVIL - COMPRA E VENDA - 
Entrega de faqueiro acondicionado em caixa de papelão em vez de estojo de 
madeira, em desacordo com o que fora adquirido - Posterior entrega desse 
produto como presente de casamento - Inocorrência de dano moral - 
Caracterização como aborrecimento do diaadia que não dá ensejo à referida 
indenização, pois se insere nos transtornos que normalmente ocorrem na vida 
de qualquer pessoa, insuficientes para acarretar ofensa a bens personalíssimos 
- Indenizatória improcedente - Recurso improvido”. (Primeiro Tribunal de 
Alçada Civil de São Paulo, PROCESSO: 1114302-1, RECURSO: Apelação, 
ORIGEM: São José dos Campos, JULGADOR: 5ª Câmara, JULGAMENTO: 
02/10/2002, RELATOR: Álvaro Torres Júnior, DECISÃO: Negaram 
Provimento, VU) 
CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: CABIMENTO. 
INDENIZAÇÃO: DANO MORAL. I. - O dano moral indenizável é o que 
atinge a esfera legítima de afeição da vítima, que agride seus valores, que 
humilha, que causa dor. A perda de uma frasqueira contendo objetos 
pessoais, geralmente objetos de maquiagem da mulher, não obstante 
desagradável, não produz dano moral indenizável. II. - Agravo não provido” 
(STF, RE 387014 AgR / SP - SÃO PAULO, AG. REG. NO RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO, Relator (a): Min. CARLOS VELLOSO, Julgamento: 
08/06/2004 Órgão Julgador: Segunda Turma, Publicação: DJ DATA-25-06-
2004 PP-00057 EMENT VOL-02157-05 PP-00968). 
No tocante do AgRg no Ag: 1240404/SP, sob relatoria do Min. Luis Felipe 
Salomão, acerca do valor da indenização ser reduzido, ressalta se que não existe 
motivos claros para a justificar um valor exorbitante aplicado antes, sobre a extensão do 
dano sofrido pela vitima, averigua a seguir: 
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO 
RESCISÓRIA. INCLUSÃO INDEVIDA EM CADASTRO DE 
INADIMPLENTES. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS EM 100 
VEZES O VALOR DO APONTAMENTO INDEVIDO, QUE ALCANÇA A 
CIFRA DE MAIS DE MEIO MILHÃO DE REAIS. VALOR 
DESPROPORCIONAL COM A EXTENSÃO DO DANO. ACÓRDÃO 
RESCINDIDO. FIXAÇÃO DE VALOR INDENIZATÓRIO 
CONSONANTE COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE 
SUPERIOR. MANUTENÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. 1. A ação 
rescisória é o instrumento processual hábil à desconstituição da coisa julgada 
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quando a decisão rescindenda violar literal disposição de lei. 2. Na espécie, 
houve a condenação em danos morais por indevida inscrição da ora agravante 
em cadastros de devedores inadimplentes em valor que alcança R$ 
575.400,06, sem que tenha sido apontada qualquer excepcionalidade que 
justifique uma quantia tão elevada e desproporcional. 3. Assim, rescindido o 
julgado, a fixação da indenização por danos morais em R$ 25.500,00, à luz 
dos contornos fáticos da lide, guarda consonância com a jurisprudência desta 
Corte Superior em hipóteses semelhantes. 4. Agravo regimental não provido. 
Para a aplicação da fixação de danos morais, vale obedecer aos critérios da 
solidariedade e exemplaridade, afirma em um acórdão de relatoria o Min. Luiz Fux, 
visando que o STJ adere também expresso, o princípio da exemplaridade. Esses dois 
princípios implicam totalmente na valoração da proporcionalidade de quantum e na 
capacitação econômica do sucumbente. 
O Min. Humberto Martins, pronuncia brilhantemente acerca de como é a 
aplicabilidade do princípio da exemplaridade no REsp 776732/RJ: 
ADMINISTRATIVO - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - 
DECISÃO CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO - 
LIQUIDAÇÃO - EXTENSÃO DOS DANOS - PRETENSÃO DE REVISÃO 
DAS PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 07/STJ - CRITÉRIO DA 
RAZOABILIDADE DA INDENIZAÇÃO. 1. Hipótese em que o cidadão 
(vítima) em 7.7.1984 foi arbitrariamente detido por oficiais da Marinha do 
Brasil em razão de simples colisão de seu veículo com outro conduzido por 
aspirante daquela Arma. Após colidir, a vítima sofreu agressão física e verbal 
e foi ilegalmente preso por seis dias em cela da Marinha. Ficou 
incomunicável e sem cuidados médicos, comprovadamente diante do acórdão 
transitado em julgado no processo de cognição plena. O fato resultou em 
danos físicos e morais, e causou-lhe a deterioração da saúde. Devido o 
desenvolvimento de isquemia e diabetes, teve, inclusive os dedos dos pés 
amputados. 2. Ato ilícito, nexo direto e imediato, bem como danos 
comprovados e ratificados na instância ordinária. Liquidação de sentença que 
reconheceu pormenorizada e fundamentadamente a extensão dos abalos 
psíquicos sofridos pela vítima. Valor arbitrado de forma fundamentada, 
incluindo-se juros de 0,5% ao mês a partir da sentença de liquidação, no 
montante de R$ 72.600,00 (setentae dois mil e seiscentos reais), mais 
honorários advocatícios no montante de R$ 3.630,00 (três mil, seiscentos e 
trinta reais). 3 Em casos excepcionais, a jurisprudência do STJ tem 
entendido, diante da abstração das teses, ser possível a revisão do montante 
arbitrado a título de danos morais, quanto teratológica a fundamentação da 
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decisão condenatória ou absolutamente desarrazoado o valor, desde que não 
implique revisão do acervo fático-probatório. 4. No caso dos autos, ao revés, 
a peculiaridade é justamente a dor, a tristeza e o sofrimento vividos pela 
vítima, não havendo razão para tachar a condenação de desarrazoada, 
também não se pode ir além para revolver, como pretende a União, o 
substrato fático dos autos, por óbvio óbice da Súmula 07/STJ. 5. Razoável o 
quantum indenizatório devido a título de danos morais, que assegura a justa 
reparação do prejuízo sem proporcionar enriquecimento sem causa do autor, 
além de levar em conta a capacidade econômica do réu, devendo ser arbitrado 
pelo juiz de maneira que a composição do dano seja proporcional à ofensa, 
calcada nos critérios da exemplaridade e da solidariedade. Recurso especial 
improvido. 
Sob a relatoria da Min. Nancy Andrighi, vejamos sobre o princípio da 
proporcionalidade, retirado do REsp 1042208/RJ: 
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. 
REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. FALSA IMPUTAÇÃO DE 
FURTO. CONSTRANGIMENTO E HUMILHAÇÃO A QUE É 
SUBMETIDO O CONSUMIDOR, EM VIA PÚBLICA, PARA RETORNAR 
AO ESTABELECIMENTO COMERCIAL E SER REVISTADO. 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO E 
PREQUESTIONAMENTO AUSENTES. VEDAÇÃO DO 
REVOLVIMENTO DO SUBSTRATO FÁTICO E PROBATÓRIO EM 
RECURSO ESPECIAL. VALOR DOS DANOS MORAIS. 
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. - Não padece de omissão 
o acórdão recorrido se o Tribunal de origem decide fundamentadamente 
todas as questões pertinentes à resolução da controvérsia, embora sem 
adentrar expressamente na análise de dispositivos de lei invocados pelo 
recorrente, notadamente porque o julgador não está adstrito a decidir com 
base em teses jurídicas predeterminadas pela parte, bastando que fundamente 
suas conclusões como entender de Direito. - Se o Tribunal de origem atesta a 
presença dos pressupostos para a configuração da responsabilidade civil: (i) o 
fato, consubstanciado no comportamento do preposto da recorrente; (ii) o 
dano, caracterizado pela humilhação e situação vexatória a que foi submetido 
o recorrido, ao ser instado, em via pública a retornar ao estabelecimento 
comercial para ser revistado por falsa imputação de furto; (iii) o nexo de 
causalidade entre a conduta da recorrente e o constrangimento experimentado 
pelo consumidor, não há como revolver, na via especial, o substrato fático e 
probatório colhido no processo e delineado no acórdão recorrido. - O valor 
dos danos morais, indiscutivelmente sofridos pelo consumidor, fixado em R$ 
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7.000,00, não destoa da jurisprudência do STJ, em julgamentos de situações 
similares, que manteve a condenação em patamares inclusive superiores ao 
estabelecido no acórdão impugnado. Houve, portanto, razoabilidade e 
proporcionalidade no arbitramento da condenação, consideradas as 
peculiaridades do processo. - A não demonstração da similitude fática entre 
os julgados confrontados, afasta a apreciação do recurso especial pela alínea 
“c” do permissivo constitucional. Recurso especial não conhecido. 
Averigua se, enfim as Súmulas do STJ e os enunciados do CJF (Conselho da 
Justiça Federal), lecionadas acerca do instituto dos danos morais: 
S Ú M U L A n. 227A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. Referência: 
CF, art. 5o, X. CC/1916, arts. 159 e 1.553. 
S Ú M U L A n. 281 A indenização por dano moral não está sujeita à 
tarifação prevista na Lei de Imprensa. Referência: CC/1916, art. 159. Lei n. 
5.250, de 09/02/1967, art. 49. 
S Ú M U L A n. 326 Na ação de indenização por dano moral, a condenação 
em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência 
recíproca. Referência: REsp 265.350-RJ (2a S 22/02/2001 – DJ 27/08/2001). 
EDcl nos EDcl nos EDcl no AgRg no AgRg nos EDcl nos. 
S Ú M U L A n. 362 A correção monetária do valor da indenização do dano 
moral incide desde a data do arbitramento. Referência: REsp 436.070-CE (2a 
S 26/09/2007 – DJ 11/10/2007). 
S Ú M U L A n. 370 Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de 
cheque pré-datado. Referência: Lei n. 7.357, de 02/09/1985, art. 32. 
S Ú M U L A n. 385 Da anotação irregular em cadastro de proteção ao 
crédito, não cabe indenização por dano moral, quando preexistente legítima 
inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento. Referência: CDC, art. 43, § 
2o. CPC/1973, art. 543-C. Res. n. 8-STJ, de 07/08/2008, art. 2o, § 1o. 
S Ú M U L A n. 387 É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e 
dano moral. Referência: CC/1916, art. 1.538. Dec. n. 2.681, de 07/12/1912, 
art. 21. 
S Ú M U L A n. 388 A simples devolução indevida de cheque caracteriza 
dano moral. Referência: CC/1916, art. 159. 
S Ú M U L A n. 624 É possível cumular a indenização do dano moral com a 
reparação econômica da Lei n. 10.559/2002 (Lei da Anistia Política). 
https://www.cjf.jus.br/cjf
https://www.cjf.jus.br/cjf
https://www.cjf.jus.br/cjf
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Referência: CF/1988, art. 5o, V e X. ADCT, art. 8º Lei n. 10.559, de 
13/11/2002, Arts. 1o, 4o, 5o e 16. Súmula n. 37-STJ. (JURISPRUDENCIA, 
Súmulas Comissão de. Assessoria das Comissões Permanentes de Ministros. 
Ed. Plenário – 1o andar STJ Ramais 8895/8917/8327. 02 de dezembro de 
2019) 
Enunciados do Conselho da Justiça Federal, referentes ao instituto dos danos 
morais: 
Art. 943: O direito de exigir reparação a que se refere o art. 943 do Código 
Civil abrange inclusive os danos morais, ainda que a ação não tenha sido 
iniciada pela vítima. 
Art. 944: Embora o reconhecimento dos danos morais se dê, em numerosos 
casos, independentemente de prova (in re ipsa), para a sua adequada 
quantificação, deve o juiz investigar, sempre que entender necessário, as 
circunstâncias do caso concreto, inclusive por intermédio da produção de 
depoimento pessoal e da prova testemunhal em audiência. 
Art. 186: O dano moral, assim compreendido todo dano extrapatrimonial, não 
se caracteriza quando há mero aborrecimento inerente a prejuízo material. 
Art. 186: O descumprimento de contrato pode gerar dano moral quando 
envolver valor fundamental protegido pela Constituição Federal de 1988. 
Art. 927: O dano moral indenizável não pressupõe necessariamente a 
verificação de sentimentos humanos desagradáveis como dor ou sofrimento. 
Art. 944: O grau de culpa do ofensor, ou a sua eventual conduta intencional, 
deve ser levado em conta pelo juiz para a quantificação do dano moral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.cjf.jus.br/cjf
https://www.cjf.jus.br/cjf
https://www.cjf.jus.br/cjf
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6. CONCLUSÃO 
O artigo cientifica buscou analisar a história do surgimento da indústria do dano 
moral, desde os conceitos de dano até seu desenvolvimento, à evolução do dano moral 
no ordenamento jurídico brasileiro, sobretudo, colocado como expoente a enorme 
dificuldade para a quantificação do dano moral, tendo em mente os variáveis elementos 
apontados pela doutrina. 
Alem disso, coloca se em evidencia alguns elementos que contribuem para que 
diminua a dificuldade na reparação, pois não é possível eliminar, e sim apenas diminuir 
pelo fato de subjetividade e complexidade do dano moral. 
Como visto ao longo do artigo, não transita mais a discussão acerca da 
probabilidade da admissão ou negação pela reparação por dano moral, pois foi superada 
com a construção da Constituição Federal de 1988, que constava no seu art. 5°, incisos 
V e X, sobre tal instituto. 
Assim como foi verificado no artigo, a quantificação da indenização por dano 
moral devera ser feita peloarbitramento. De acordo, com esse critério, não são 
utilizados valores prefixados para atingir o valor da indenização, como ocorre em caso 
de tarifação. Em decorrência disso, o magistrado possui livre-arbítrio e tem suma 
importância para tal quantificação do dano moral. 
Foi analisada também a possível indenização não pecuniária. Esta porem não é 
muito usual, porem, pode vir a ser muito importante quando se refere ao limite existente 
entre o enriquecimento ilícito e a ineficácia do valor arbitrado, pois no caso do 
magistrado entender que a vitima tenha recebido o suficiente valor pra suprir o dano 
sofrido, e o valor acima deste será enriquecimento ilícito, contudo perceba que ao 
mesmo tempo em que o valor arbitrado não foi suficiente para fazer com que o ofensor 
se desestimula a cometer novamente o mesmo dano, poderá deixar essa técnica, 
desestimulando o autor, sem que cause enriquecimento ilícito à vítima. 
Em tese, o Superior Tribunal de Justiça utiliza da nova técnica que mostra ser 
bastante eficaz no que fale da redução da dificuldade na quantificação e redução 
também no âmbito da disparidade de valor arbitrado por distingues magistrados. O 
Superior Tribunal de Justiça aplica o denominado método bifásico, que a principio 
busca analisar um valor, tendo como base um grupo de casos semelhantes, assim 
posteriormente analisam-se as circunstancias específicas de cada caso concreto. 
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Por fim, cabe mencionar que apenas existem formas para a redução da 
dificuldade na quantificação do dano, não existindo uma solução para o fim definitivo 
desta, ressaltando ser algo subjetivo e complexo. Contudo, há de como se deixar a tarefa 
menos árdua com emprego de critério, métodos, técnicas e mecanismos. 
Consequentemente isso reduzira a disparidade de valores aplicados, incluindo também 
indivíduos que tentam de alguma maneira aproveitarem do instituto para tentar ganhar 
dinheiro, e em decorrência dessas ocorrências, ocasionar um conforto ao Judiciário, para 
este conduzir com maior celebridade, promovendo do melhor modo possível, a justiça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. REFERENCIAS 
BÍBLIA, Deuteronômio 22:13-22. Disponível em: 
<https://www.bibliaon.com/deuteronomio/ > 
BÍBLIA, Deuteronômio 22:13-30 AA. Disponível em: 
<https://www.bibliaon.com/deuteronomio/ > 
BRASIL. Código Civil (Lei N.º 10406, de 10 de janeiro de 2002). Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm> 
BRASIL. Código de Processo Civil. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm> 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> 
BRASIL. Conselho da Justiça Federal. Enunciado art. 186. Disponível em: 
<https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-
judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf > 
Acesso: Março 2012 
BRASIL. Conselho da Justiça Federal. Enunciado art. 927. Disponível em: 
<https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-
judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf > 
Acesso: Março 2012 
BRASIL. Conselho da Justiça Federal. Enunciado art. 943. Disponível em: 
<https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-
judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf > 
Acesso: Março 2012 
BRASIL. Conselho da Justiça Federal. Enunciado art. 944. Disponível em: 
<https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-
judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf > 
Acesso: Março 2012 
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 227. Disponível em: < 
https://ww2.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/Sml/article/view/64/4037 > 
https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf
https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf
https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf
https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf
https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf
https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf
https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf
https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf
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Junho 2020 
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 281. Disponível em: < 
https://ww2.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/Sml/article/view/64/4037 > 
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 326. Disponível em: < 
https://ww2.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/Sml/article/view/64/4037 > 
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 362. Disponível em: < 
https://ww2.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/Sml/article/view/64/4037 > 
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 370. Disponível em: < 
https://ww2.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/Sml/article/view/64/4037 > 
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 385. Disponível em: < 
https://ww2.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/Sml/article/view/64/4037 > 
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 387. Disponível em: < 
https://ww2.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/Sml/article/view/64/4037 > 
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 388. Disponível em: < 
https://ww2.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/Sml/article/view/64/4037 > 
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 642. Disponível em: < 
https://ww2.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/Sml/article/view/64/4037 > 
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito civil. 2 ed. São Paulo. Saraiva, 2009. v. 2. p. 
428 
DEMOGUE, René in Carvalho Neto, Inácio de. Responsabilidade Civil no Direito de 
Família. São Paulo. Saraiva, 2006. p.60 
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, 7º volume: responsabilidade 
civil. 21. ed. rev. e atual. de acordo com a Reforma do CPC. São Paulo: Saraiva 2007. 
ISBN 978-85-020-5993-9. Pág. 88. 
DINIZ, op. cit. p. 101 e 102. 
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Junho 2020 
GABURRI, Fernando. Dano material. In: HIRONAKA, Giselda M.F. Novaes (Orient.) 
e ARAÚJO, Vaneska Donato de (Coord.). Direito civil: responsabilidade civil. São 
Paulo: RT, 2008. v.5. p. 95. 
GAGLIANO, Pablo Satolze.Novo Curso de Direito Civil. 4° Ed. V.3- São Paulo: Ed. 
Saraiva. 2006. p.353 
GAGLIANO,Pablo Stolze.op.cit. p.67 
MELO, Nehemias Domingos de. Dano moral nas relações de consumo: doutrina e 
jurisprudência. São Paulo: Saraiva. 2004, p. 9 
REALE, Miguel in Gagliano, Pablo Satolze. Novo curso de Direito Civil. P.352 
STOLZE, Pablo; PAMPOLHA GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2003, p. 55 
FILHO, Rodolfo, op. cit. p. 107 
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2013.p.39.

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