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PSICOBIOLOGIA DAS FUNÇÕES INTELECTUAIS DO CÉREBRO Características gerais sobre pensamento, consciência e inteligência Pensamento forma de processo mental ou faculdade do sistema mental. fundamental no processo de aprendizagem construto e construtivo do conhecimento. principal veículo do processo de conscientização Descartes (1596-1650) "A essência do homem é pensar". (Por isso dizia): "Sou uma coisa que pensa, isto é, que duvida, que afirma, que ignora muitas, que ama, que odeia, que quer e não quer, que também imagina e que sente". (Logo quem pensa é consciente de sua existência) "penso, logo existo." Consciência qualidade da mente Abrange - subjetividade, autoconsciência, sapiência e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. Filosofia da mente, psicologia, neurologia e ciência cognitiva Filósofos - consciência fenomenal (experiência propriamente dita) e consciência de acesso (processamento das coisas que vivenciamos durante a experiência) qualidade psíquica - que pertence à esfera da psique humana (atributo do espírito, da mente ou do pensamento humano). ** Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo e do mundo, para isso, a intuição, dedução e indução tomam parte Alterações do estado de consciência CONSCIÊNCIA: capacidade de reconhecimento da realidade externa e interna e a capacidade de responder aos estímulos: refere-se ao grau de vigília que se encontra uma pessoa. Alterações do estado de consciência Coma: estado em que não é possível despertar uma pessoa mesmo com fortes estímulos. Estupor: estado em que apenas estímulos externos vigorosos e diretos são capazes de despertar o paciente. Confusão/Obnubilação: compreensão inadequada das impressões exteriores, com perplexidade e prejuízos de atenção e orientação; é estar "sonolento". Hiperalerta: estado de hiperatividade autonômica e respostas exageradas (causadas por uso de drogas (anfetaminas, cocaína), abstinência (benzodiazepínicos), ou estresse pós-traumático. Inteligência "uma capacidade mental bastante geral que, entre outras coisas, envolve a habilidade de raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de forma abstrata, compreender ideias complexas, aprender rápido e aprender com a experiência. Não é uma mera aprendizagem literária, uma habilidade estritamente acadêmica ou um talento para sair-se bem em provas. Ao contrário disso, o conceito refere-se a uma capacidade mais ampla e mais profunda de compreensão do mundo à sua volta - 'pegar no ar', 'pegar' o sentido das coisas ou 'perceber' uma coisa." Teoria das inteligências múltiplas psicólogo norte-americano Howard Gardner (1983) conceito de inteligência - testes de QI; insuficiente para descrever variedade de habilidades cognitivas humanas TEORIA - uma criança que aprende a multiplicar números facilmente não é necessariamente mais inteligente do que outra que tenha habilidades mais forte em outro tipo de inteligência. A criança que leva mais tempo para dominar uma multiplicação simples, (a) pode aprender melhor a multiplicar através de uma abordagem diferente; (b) pode ser excelente em um campo fora da matemática; (c) pode até estar a olhar e compreender o processo de multiplicação em um nível profundo. Leonardo da Vinci – raro caso de genialidade - pintor, botânico, matemático, anatomista e inventor. Desenvolvimento de determinadas inteligências: estímulos e o ambiente social Ex.: uma pessoa, por exemplo, nasce com uma inteligência musical, porém as condições ambientais (escola, família, região onde mora) não oferecem estímulos para o desenvolvimento das capacidades musicais, dificilmente este indivíduo será um músico. "Todo mundo é um gênio. Mas, se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em uma árvore, ela vai gastar toda a sua vida acreditando que ele é estúpido.“ Albert Einstein MEMÓRIA RECENTE Hipocampo e corpo amigdalóide: memória recente (instantânea ou episódica) Lesão hipocampo -- incapacitam a recordação de fatos acontecidos há poucos minutos Memória remota mais estável permanece inalterada mesmo após graves danos cerebrais não está associada com nenhuma estrutura encefálica em particular - estaria gravada por todo o neocórtex “A memória... humana não depende de nenhuma estrutura nervosa isolada, mas da intensa interação entre elas” Sistema límbico e as emoções Bases neurais dos processos emotivos (final do século XX) neuroimagem e da neurofisiologia descobertas novas conexões do Sistema Límbico órgão subcortical, com áreas corticais cerebrais atuam sobre o hipotálamo e o tronco encefálico EMOÇÃO do latim movere, mover, por em movimento. movimento de dentro para fora; comunicação dos estados e necessidades internas agitação de sentimentos; abalo afetivo ou moral; turbação, comoção SISTEMA LIMBICO responsável pelas emoções secundariamente, responsável pela aprendizado e memória região constituída de neurônios células formam uma massa cinzenta denominada de lobo límbico conjunto de estruturas formando um anel cortical Estruturas envolvidas no sistema límbico hipotálamo tálamo amígdala hipocampo corpos mamilares giro do cíngulo Funções Comportamento Emocional Memória e Aprendizado (hipocampo) Emoções e reações emocionais Vida vegetativa (digestão, circulação, excreção etc.) Funções subjetivas - evocação da memória, do raciocínio, da consciência e do pensamento Giro do Cíngulo Estimulação elétrica no giro do cíngulo e no giro para-hipocampal: - alterações de humor - sensação de familiaridade em pacientes humanos Cingulotomias bilaterais - tratamento de depressão profunda - síndromes obsessivo-compulsivas. Lesões cingulares - podem provocar apatia e mudança de personalidade. Lesão da amígdala em primatas não humanos - objetos ameaçadores não provocam medo e não se distingue mais comida de não-alimentos. Inversamente, a estimulação elétrica da amígdala em carnívoros gera reações viscerais e defensivas Ablação bilateral da amígdala - ausência de respostas agressivas, pela cortesia exagerada, hipersexualidade. Teorias da emoção Teoria de James-Lange (William James + Carl Lange) Experimentamos a emoção em resposta a alterações fisiológicas em nosso organismos Ex.: sentimos tristeza porque choramos, e não choramos porque estamos tristes sistemas sensoriais enviam informação de uma situação para o nosso encéfalo, e como resultado, o encéfalo envia sinais para o organismo desencadeando eventos para lidarmos com a situação: alteração do tônus muscular, freqüência cardíaca e respiratória. alterações fisiológicas são a emoção Teoria de James-Lange: o homem percebe o animal ameaçador e reage, como conseqüência das respostas de seu corpo à situação, ele fica aterrorizado Teoria de Cannon-Bard (Walter Cannon + Philip Bard) A experiência emocional pode acontecer independente de uma expressão emocional emoção mesmo sem alterações fisiológicas Estudos com animais após transecção medula espinhal – mesmo assim exibiam sinais de emoção observação em humanos – mesma resposta eliminação das sensações deveria eliminar as emoções, mas não! Ex.: medo – como pode o medo ser uma conseqüência de mudanças fisiológicas que também estão presentes noutros eventos (raiva)? Teoria de Cannon-Bard, o estimulo ameaçador leva primeiro à sensação de medo, e, então, ocorre a reação James Papez Baseada nos trabalhos anteriores (Cannon, Bard) propôs a existência de um ‘sistema de emoção’ – ligaria o córtex ao hipotálamo Experiência da emoção determinada pela atividade no córtex cingulado Menos diretamente em outras áreas corticais Expressão emocional governada pelo hipotálamo áreas cerebrais controle motivacional, cognição e memória fazem conexões com diversos circuitos neurais, os quais, através de seus neurotransmissores, promovem respostas fisiológicas relacionam o organismo ao meio externo e interno homeostasia
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