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AGRAVO INTERNO - RESUMO

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AGRAVO INTERNO
· Contra decisões monocráticas do relator será cabível agravo interno para o respectivo órgão colegiado – Art. 1.012, CPC. 
· O caput do Art. 1.021 do CPC não traz um rol taxativos estabelecendo em quais decisões monocráticas cabe agravo interno, então, será cabível quando houver decisão monocrática do relator em julgamento de qualquer espécie de recurso, ação ou reexame necessário. Sendo irrelevante a natureza da decisão monocrática. Podendo ser uma decisão interlocutória ou uma decisão final, que decida no plano do juízo de admissibilidade ou do mérito o recurso, reexame necessário e o processo de competência originária do tribunal.
· Prazo de 15 dias para interposição do recurso, impugnando especificamente os fundamentos da decisão agravada que pretende reformar – Art. 1.012, §1, CPC. Evitando a repetição de argumentos postos nas razões do agravo de instrumento.
· Será dirigido ao relator da decisão agravada, que intimará o agravado para se manifestar no prazo de 15 dias, a fim de cumprir o contraditório – Art. 1.012, §2, CPC. Escoando o prazo para manifestação do agravado, não havendo retratação, o relator deverá apresentar o recurso para julgamento pelo órgão colegiado. Ou seja, para o órgão que teria proferido o julgamento colegiado caso não tivesse ocorrido o julgamento unipessoal pelo relator. Devendo, expressamente, inclui-lo em pauta.
· É permitido ao relator se retratar de sua decisão monocrática e remeter o recurso que gerou tal decisão ao conhecimento do órgão colegiado, sem a necessidade de julgamento do agravo interno interposto, que restará prejudicado. Também é possível que a retratação gere um novo julgamento monocrático, em sentido contrário ao primeiro, ainda que tal situação seja extremamente improvável. Partindo dessa premissa, é logico concluir que o relator, ao admitir seu equívoco no julgamento monocrático em razão de o recurso não ser manifestamente inadmissível, tem novamente o recurso em suas mãos para dar a ele andamento com as mesmas possibilidades que tinha quando recebeu no primeiro momento.
· A retratação da decisão monocrática simplesmente dá uma sobrevida ao recurso, fazendo com que o relator passe novamente a cogitar a possibilidade de enviá-lo ao órgão colegiado para que ocorra seu julgamento.
· A retratação da decisão monocrática será sempre prejudicial ao agravado, que por tal razão deve ser intimado para se manifestar antes da decisão do relator.
· O relator, monocraticamente, só poderá inadmitir o recurso por INTEMPESTIVIDADE.
· É vedado ao relator negar o provimento do agravo interno pelas mesmas razões da decisão recorrida.
· Art. 1.012, §4, CPC – haverá aplicação de multa, fixada entre 1 a 5% do valor atualizado da causa, nas hipóteses em que o recurso for declarado manifestamente inadmissível ou improvido. Entende-se por manifesta inadmissibilidade, a ausência flagrante e indiscutível de um dos pressupostos de admissibilidade recursal, ou seja, um vício formal que se pode notar de plano, sem maiores dificuldades.
· Efeitos:
· Efeito devolutivo: transferência da matéria decidida para que seja novamente analisada e decidida. É determinada a devolução a partir da matéria impugnada pelo recorrente.
· Efeito suspensivo: impossibilidade de a decisão impugnada gerar efeitos enquanto não for julgado o recurso interposto. Existem dois critérios para a concessão do efeito suspensivo:
1) OPE LEGIS, em que a própria lei se encarrega da previsão de tal efeito. A decisão que recebe o recurso no efeito suspensivo, além de não depender de provocação da parte, tem uma natureza declaratória, com efeitos ex tunc.
2) OPE JUDICIS, no qual caberá ao juiz, a partir do caso concreto e preenchidos os requisitos legais, a concessão do efeito suspensivo. A decisão que depende de expresso pedido do recorrente, é a responsável pela concessão do efeito suspensivo, que somente existirá a partir dela, sendo um pronunciamento de natureza constitutiva, com efeitos ex nunc. Deve ser formulado pedido expresso ao relator, sendo esse, um dos requisitos para a concessão do efeito suspensivo. Requisitos para sua concessão: (i) risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, gerado pela geração imediata de efeitos da decisão e, (ii) ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso. Sua concessão não está condicionada apenas aos requisitos da tutela de urgência, mas também aos requisitos da tutela de evidência – Art. 995, § único, CPC.

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