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9.º PERÍODO PRÁTICA JURÍDICA SIMULADA – TRABALHISTA UNICALDAS – FACULDADE DE CALDAS NOVAS PROCESSO TRABALHISTA SIMULADO PROCESSO N.º:0001234-56.2020.5.18.0161 DATA DA AUTUAÇÃO: 25/05/2020 VALOR DA CAUSA: R$ ........ RECLAMANTE: ANTÔNIO VAGNO SOUSA SILVA ADVOGADO (A): ANNA KAROLINE FAGUNDES FERRO ADVOGADO (A): VAGNER BATISTA VIEIRA RECLAMADO (A): REGIANE FERNANDES FERREIRA BESSA LTDA ADVOGADO (A): ADVOGADO (A): Rua A, esq. com Rua B, Qd. 25, Lt. 15, n.º 10, Setor Centro, Caldas Novas/GO. ferrovieira.adv@gmail.com│(64) 3454-2252 │ 9.9300-8807│ 9.8419-0392 Página 1 de 5 Anna Karoline Fagundes Ferro OAB/GO Vagner Batista Vieira OAB/GO EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (ÍZA) DA VARA DO TRABALHO DE CALDAS NOVAS – GOIÁS. ANTÔNIO VAGNO SOUSA SILVA , brasileiro, solteiro, recepcionista, portador do RG sob o n. º 123456 SSP/GO, do CPF sob o n. º 123.456.789-10, da CPTS n. º 2563-5, Série 00023-GO, do PIS n. º 98.765.4321- 11, nascido em 02/12/1987, filho de Melhor Mãe Amorosa, e-mail: reclamante@pedemesmo.com.br, residente e domiciliado na Rua 12, Qd. 21, Lt. 11, Centro, Caldas Novas/Go, CEP: ..., por seus advogados que ao final subscreve (procuração anexa), vem à ilustre presença Vossa Excelência, com fulcro no art. 840, § 1º da CLT e art. 319 do CPC propor a presente: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Pelo rito sumaríssimo, em face REGIANE FERNANDES FERREIRA BESSA LTDA, portadora CNPJ nº 12.345.654/0001-00, com sede na Rua P, n. º 123, Centro, Caldas Novas/GO, CEP: ..., pelos motivos de fato e de direito a seguir delineados: I. DO CONTRATO DE TRABALHO. O Reclamante iniciou suas atividades laborativas na Reclamada em 10/03/2012, exercendo a função de recepcionista, mailto:reclamante@pedemesmo.com.br Rua A, esq. com Rua B, Qd. 25, Lt. 15, n.º 10, Setor Centro, Caldas Novas/GO. ferrovieira.adv@gmail.com│(64) 3454-2252 │ 9.9300-8807│ 9.8419-0392 Página 2 de 5 Anna Karoline Fagundes Ferro OAB/GO Vagner Batista Vieira OAB/GO trabalhando entre 08h00min e 18h00min, de segunda a sábado, sempre com intervalo de 30 minutos para refeição e descanso. O trabalhador teve seu contrato rescindido sem justa causa em 06/05/2018, quando então, percebia o salário R$ 1.900,00 por mês, tendo recebido as verbas rescisórias em 15/05/2018. II. DO INTERVALO INTRAJORNADA. Conforme narrado em linhas pretéritas o Reclamante trabalhou para a Reclamada de segunda a sábado no período de 08h00min das 18h00min, sempre usufruindo de 30 minutos intrajornada. Contudo, o art. 71 “caput” da CLT, nos traz que quando a jornada de 6 horas for ultrapassada habitualmente, como no caso em tela, será devido o intervalo intrajornada mínimo de 1 hora, o qual jamais fora usufruído pelo autor, já que conforme mencionado anteriormente o mesmo gozava de apenas 30 minutos para descanso e refeição, pois a Reclamada possui apenas 12 funcionários, assim não havia ninguém para lhe substituir durante a integralidade do intervalo. Nessa senda, do período de 25/05/2015 até a data de 10/11/2017, faz jus ao obreiro o pagamento total do período correspondente de 1 hora, por dia trabalhado, acrescida do adicional de 50 %, em harmonia com Súmula 437, I e IV, do TST. Outrossim, considerado sua habitualidade e natureza salarial, pleiteia seus reflexos nas verbas contratuais especificadas no item anterior. Já a partir de 11/11/2017, tendo em vista a entrada em vigor da Reforma Trabalhista (Lei n.° 13.467/2017), que alterou o § 4º do art. 71 da CLT, requer o pagamento da indenização do intervalo intrajornada referente ao período suprimido diário de 30 minutos, acrescidos do adicional de 50%. Rua A, esq. com Rua B, Qd. 25, Lt. 15, n.º 10, Setor Centro, Caldas Novas/GO. ferrovieira.adv@gmail.com│(64) 3454-2252 │ 9.9300-8807│ 9.8419-0392 Página 3 de 5 Anna Karoline Fagundes Ferro OAB/GO Vagner Batista Vieira OAB/GO III. DAS HORAS EXTRAS. Durante o pacto laboral, o autor cumpriu com a jornada de trabalho de 9h30min diárias, pois o mesmo laborava de segunda a sábado, sempre das 08h00min ás 18h00min, usufruído de apenas 30 minutos de intervalo intrajornada. Desta forma, o autor laborava 57 horas semanais, ultrapassando assim, o limite máximo de 44 horas semanais consoante ao art. 7°, inciso XIII da CF. Por essa razão, faz jus o autor ao pagamento de 13 horas extras semanais, como adicional de 60%, nos termos do art. 7°, XVI, da CF, bem como a convenção coletiva da categoria. Em linhas finais, diante da habitualidade e natureza salarial das horas extras, requer seus reflexos nas verbas contratuais (13° salário, férias + 1/3, DSR e FGTS), bem como nas rescisórias (saldo do salário, aviso prévio, 13° proporcional, férias proporcionais + 1/3 e multa de 40% sobre o FGTS). IV. DA MULTA DO ART. 467 DA CLT. Em não sendo adimplidas as verbas incontroversas na primeira audiência, requer a aplicação da multa do art. 467 da CLT. V. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS. Requer, ainda, seja a Reclamada condenada nos honorários de sucumbência previsto no art. 791-A, “caput”, da CLT (alterada pela lei n. º 13.467/2017), a serem fixados de 5% a 15% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença. Rua A, esq. com Rua B, Qd. 25, Lt. 15, n.º 10, Setor Centro, Caldas Novas/GO. ferrovieira.adv@gmail.com│(64) 3454-2252 │ 9.9300-8807│ 9.8419-0392 Página 4 de 5 Anna Karoline Fagundes Ferro OAB/GO Vagner Batista Vieira OAB/GO VI. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA. Considerando que o Reclamante não possui rendimentos suficientes para arcar com as custas processuais, conforme declaração de hipossuficiência anexa, bem como que seu salário é inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, requer seja concedido o benefício da justiça gratuita, nos termos do art. 5°, inciso LXXIV da CF, bem como do art. 790, §§ 3° e 4° da CLT e, ainda, do art. 99, § 3°do CPC, sem olvidar da Súmula 463 do TST. VII. DOS PEDIDOS. Pelo exposto, requer a condenação da Reclamada nas obrigações e verbas abaixo descritas, com a dedução dos valores licitamente pagos, com a apresentação dos recibos: a. 1 hora extra de intervalo Intrajornada de 25/05/2015 a 10/11/2017------------------------------------------------------------------ R$ xxx b. Reflexos do intervalo nas verbas contratuais já descritas -------------------------------------------------------------------- R$ xxx c. Reflexo do intervalo das verbas rescisórias já descritas R$ xxx d. Indenização de 30 minutos, por dia trabalhado, referente ao intervalo intrajornada suprido no período de 11/11/2017 a 06/05/2018 ----------------------------------------- R$ xxx e. 13 horas extras semanais do período 25/05/2015 a 06/05/2018, com adicional de 60% ------------------------------- R$ xxx f. Reflexos das horas extras nas verbas contratuais já descritas -------------------------------------------------------------------- R$ xxx g. Reflexos das horas extras nas verbas rescisórias já descritas--------------------------------------------------------------------- R$ xxx h. Multa do art. 467 da CLT ------------------------------------------ R$ xxx Rua A, esq. com Rua B, Qd. 25, Lt. 15, n.º 10, Setor Centro, Caldas Novas/GO. ferrovieira.adv@gmail.com│(64) 3454-2252 │ 9.9300-8807│ 9.8419-0392 Página 5 de 5 Anna Karoline Fagundes Ferro OAB/GO Vagner Batista Vieira OAB/GO i. Honorários advocatícios sucumbenciais de 15% --------- R$ xxx TOTAL DOS PEDIDOS (=) R$ xxx VIII. DAS PROVAS. Protesta provar a alegada por todos os meios de provas admitidos em direito, especialmente pelo depoimento pessoal do preposto da Reclamada, oitiva de testemunhas,sem prejuízo de outras provas eventualmente cabíveis. IX. DA NOTIFICAÇÃO. Requer, por fim, a notificação da Reclamada para que, querendo, conteste os itens supra-arguidos, sob pena de serem admitidos como verdadeiro, o que, por certo, ao final restará comprovado, com a consequente decretação da TOTAL PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS, nos termos expostos. X. DO VALOR DA CAUSA. Dá se à causa o valor de R$ ... (..). Termos em que, pede deferimento. Caldas Novas/GO, 25 de maio de 2020. ANNA KAROLINE FAGUNDES FERRO OAB/GO - assinado digitalmente – VAGNER BATISTA VIEIRA OAB/GO - assinado digitalmente - 9.º PERÍODO PRÁTICA JURÍDICA SIMULADA – TRABALHISTA UNICALDAS – FACULDADE DE CALDAS NOVAS DESPACHO SIMULADO PROCESSO N.º:0001234-56.2020.5.18.0161 RECLAMANTE: ANTÔNIO VAGNO SOUSA SILVA RECLAMADO (A): REGIANE FERNANDES FERREIRA BESSA LTDA Na data de hoje, às 08h45min, a advogada do autor protocolizou, via e-mail, documento denominado “Convenções Coletivas 2015-2020”, sem, no entanto, apresentar qualquer petição informando o motivo do protocolo e/ou requerimento de juntada. Não obstante à ausência de petição (ficando a referida advogada ciente que a boa prática exige, para juntada de documento, petição informando o porquê daquele protocolo), entendo que os documentos protocolizados são para instruir a inicial, pelo que defiro a juntada deles nos autos do processo. Por conseguinte, caso já tenha sido citada/notificada a Reclamada, determino à Diretora de Secretaria que promova a intimação da ré desses documentos ora juntados, o que poderá se dar por meio do aplicativo WhatsApp ou por e-mail ou, ainda, caso já tenha advogados habilitados nos autos, diretamente por meio deles, também por WhatsApp ou e-mail. Intimem-se. Cumpra-se. Caldas Novas/GO, 26 de maio de 2020. REGINALDO ROMUALDO PEREIRA Professor de Prática Simulada CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2015/2016 NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: GO000164/2015 DATA DE REGISTRO NO MTE: 16/03/2015 NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR010256/2015 NÚMERO DO PROCESSO: 46208.001940/2015-85 DATA DO PROTOCOLO: 06/03/2015 Confira a autenticidade no endereço http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/. TERMOS ADITIVO(S) VINCULADO(S) Processo n°: e Registro n°: SIND EMPREG COM HOTELEIRO SIML MUNC CALDAS NOVAS, CNPJ n. 24.852.923/0001-30, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). EURIPEDES BALSANUFO CRUZEIRO; E SINDICATO DE HOTEIS REST BARES SIM MUN C NOVAS R QUENTE, CNPJ n. 24.854.176/0001-79, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). WELLINGTON LUIZ; celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho previstas nas cláusulas seguintes: CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de fevereiro de 2015 a 31 de janeiro de 2016 e a data-base da categoria em 01º de fevereiro. CLÁUSULA SEGUNDA - ABRANGÊNCIA A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) Empregados em hotéis, motéis, bares, restaurantes, "pit-dogs", choperias, lanchonetes, churrascarias, cassinos, cafés, "boites", sorveterias, casas de chá, "buffet's", pizzarias, pensões, casas de cômodos, hospedarias e similares, bem como em estabelecimentos equivalentes e semelhantes e prestadoras de serviços, com abrangência territorial em Caldas Novas/GO. SALÁRIOS, REAJUSTES E PAGAMENTO PISO SALARIAL CLÁUSULA TERCEIRA - SALÁRIO NORMATIVO É assegurado aos empregados da categoria, representados pelo Sindicato profissional, o Piso Salarial de R$ 835,00 (oitocentos e trinta e cinco reais), a partir de 1º (primeiro) de fevereiro de 2.015. REAJUSTES/CORREÇÕES SALARIAIS CLÁUSULA QUARTA - REAJUSTE SALARIAL Aos empregados que tiverem salário superior ao piso da categoria, será aplicado sobre o último salário percebido, o percentual de 9% (nove por cento) de aumento. Parágrafo Único - Aos empregados com menos de 1 (um) ano de serviços prestados, e perceberem salário superior ao piso salarial da categoria em janeiro de 2015, fica assegurado o reajuste da cláusula anterior, proporcional ao tempo de serviço. PAGAMENTO DE SALÁRIO – FORMAS E PRAZOS CLÁUSULA QUINTA - DOS CONTRACHEQUES Ficam as empresas obrigadas a fornecer mensalmente, contracheque ou recibo a seus empregados, especificando todas as verbas que compõem a remuneração ajustada e os respectivos descontos. DESCONTOS SALARIAIS CLÁUSULA SEXTA - DOS DESCONTOS - PREJUIZOS É expressamente proibido o desconto, por parte do empregador na remuneração do empregado, de prejuízos decorrentes de perda de laticínios, frutas, ou quaisquer outros produtos perecíveis, de peças de guarnição dos quartos (toalhas, cinzeiros, copos, etc.), exceto se a perda houver ocorrido por culpa ou dolo do empregado. Parágrafo Único - Fica vedado aos empregadores descontar de seus empregados os prejuízos decorrentes de recebimento de cheques sem previsão de fundoas, previamente vistados, ou dinheiro falso, salvo se houver dolo ou culpa do empregado. CLÁUSULA SÉTIMA - DOS CONVÊNIOS Fica acordado que a partir desta convenção, o empregado poderá optar por livre adesão, aos convênios estabelecidos pelo Sindicato Laboral, sendo que poderá ou não haver participação das empresas, de acordo com os interesses de cada uma, limitando-se em conformidade com a lei, no valor máximo de descontos em 20% (vinte por cento) do salário do empregado inscrito. OUTRAS NORMAS REFERENTES A SALÁRIOS, REAJUSTES, PAGAMENTOS E CRITÉRIOS PARA CÁLCULO CLÁUSULA OITAVA - GARANTIAS SALARIAIS Os reajustes salariais decorrentes desta CCT, não poderão ser, em hipótese alguma, motivo para redução ou suspensão de vantagens, quotas, prêmios, gratificações, adicionais ou percentuais que vinham sendo pagas aos trabalhadores. GRATIFICAÇÕES, ADICIONAIS, AUXÍLIOS E OUTROS GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO CLÁUSULA NONA - GRATIFICAÇÃO DE QUEBRA DE CAIXA Fica garantida a gratificação de quebra de caixa, no valor de R$ 25,00 (vinte e cinco reais), aos empregados que exercerem a função de caixa. ADICIONAL DE HORA-EXTRA CLÁUSULA DÉCIMA - HORAS-EXTRAS Em caso de prestação de jornada de trabalho extraordinária, observar-se-á o seguinte: a) intervalo mínimo de 15 (quinze) minutos entre o término da jornada normal e o início da jornada extraordinária; b) fornecimento de lanche ao empregado, pelo empregador. Parágrafo Primeiro - Fica estabelecido que serão remuneradas as horas extras, com adicional de 60% (sessenta por cento) sobre o valor da hora normal. Parágrafo Segundo - Aplica-se ao recebimento de verbas rescisórias, 13° salário e férias anuais a média de todos os rendimentos variáveis recebidos nos últimos 04 (quatro) meses efetivamente trabalhados ou fração superior a 15 (quinze) dias. Parágrafo Terceiro - Será permitido celebração de acordo individual de trabalho entre empregado e empregador, estabelecendo a elasticidade da jornada de trabalho em até 2 (duas) horas por dia, mediante a compensação em outro dia, conforme artigo 59 da CLT. ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - TRIÊNIO E QUINQUÊNIO A todos os trabalhadores fica concedido, a título de prêmio permanência, os percentuais de 3% (três por cento) como triênio, e 5% (cinco por cento) como quinquênio, não cumulativos. OUTROS ADICIONAIS CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - ADICIONAL DE PRODUTIVIDADE Fica concedido um adicional de produtividade de 6 % (seis por cento) do salário fixo do trabalhador integrante da categoria, excluindo aqueles que tiverem mais de 01 (uma) falta injustificada no mês trabalhado. Este adicional só será devido ao trabalhador após o término do contrato de experiência, que é de 60 (sessenta) dias. CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - TAXA DE SERVIÇO Os bares, restaurantes, pizzarias e similares poderão cobrar taxa de serviço de 10% (dez por cento) nos estabelecimentos abrangidos por esta convenção,que serão revertidos integralmente aos garçons, como contra- prestação ao seu labor. Parágrafo Primeiro - Aos garçons que perceberem a base de comissão ou 10% (dez por cento) de suas vendas brutas exigidas pelo empregador, o ajuste na segunda hipótese, deverá ser expresso e homologado pelos sindicatos convenentes. Parágrafo Segundo - Também os empregadores de restaurantes tipo "self service", poderão fazer uso da taxa de serviço em seus estabelecimentos, mediante acordo escrito firmado entre as empresas e o Sindicato Profissional. CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - DISTRIBUIÇÃO DA TAXA DE SERVIÇO Os hotéis e similares poderão acrescentar nas despesas dos hóspedes ou clientes taxa de serviço, no valor de 10% (dez por cento), sendo que o montante arrecadado será assim distribuído: A - 30% (trinta por cento) para empresa; B - 65% (sessenta e cinco por cento) distribuídos entre os empregados, e C - 5% (cinco por cento) ao sindicato profissional. Parágrafo Único - A cobrança da taxa de serviço apenas será possível mediante acordo escrito, firmado entre a empresa e o Sindicato Profissional. PRÊMIOS CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - PRÊMIO ASSIDUIDADE Será concedido por prêmio de assiduidade, sobre o vencimento dos empregados, o percentual de 10%, na ocasião da concessão e gozo das férias, quando o trabalhador não tiver nenhuma falta justificada ou não, durante o período aquisitivo, que não se incorporará ao salário. AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES As empresas fornecerão a seus empregados uma refeição a cada jornada de trabalho, calculada sobre um centésimo do salário mínimo vigente, quando assim se fizer necessário, não caracterizando salário in natura. CONTRATO DE TRABALHO – ADMISSÃO, DEMISSÃO, MODALIDADES NORMAS PARA ADMISSÃO/CONTRATAÇÃO CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - RETENÇÃO DA CTPS Quando houver retenção da CTPS do obreiro por mais de 05 (cinco) dias por parte do empregador, além dos prazos assinalados por lei, este estará obrigado a pagar ao empregado uma indenização de um dia de salário por dia de atraso, exceto se ocorrer por culpa comprovada do obreiro. DESLIGAMENTO/DEMISSÃO CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - GARANTIAS NA RESCISÃO CONTRATUAL O Sindicato laboral se obriga a homologar as rescisões de contrato de trabalho, de acordo com a súmula 330 do TST, ressalvando as horas extras pleiteadas pelo empregado. O não cumprimento desta ressalva implicará na perda do direito do empregado de pleitear esta verba futuramente, sob pena de ser considerada litigância de má fé. Se ocorrer rescisão contratual no período de 30 dias que antecede à data-base, observado o enunciado 182 do TST, o pagamento das verbas rescisórias com salário já corrigido não afasta o direito à indenização adicional prevista nas Leis 6.708/79 e 7.238/84. CLÁUSULA DÉCIMA NONA - GARANTIAS NA RESCISÃO CONTRATUAL (MENOS DE 1 ANO DE CONTRATO) As rescisões com menos de 01 (um) ano de contrato poderão ter assistência do Sindicato obreiro, com a presença do representante do empregador, para em seu nome, intermediar as negociações de acordos rescisórios, caso seja de interesse do trabalhador e da empresa, observando os preceitos da cláusula anterior. CLÁUSULA VIGÉSIMA - MULTA PELO ATRASO NO PAGAMENTO RESCISÓRIO As empresas que não efetuarem o acerto de contas e homologação das rescisões de contrato de trabalho, conforme determina a legislação em vigor, se obrigam a pagar, após o 10° dia sucessivo de atraso, multa de 1% (um por cento) ao dia para o trabalhador, calculado sobre o valor líquido da rescisão, com a limitação do artigo 412 do Código Civil. CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA - DISPENSA DA EMPREGADA GESTANTE Quando da dispensa da empregada, no caso de gestação, fica esta obrigada a comunicar a empresa seu estado de gravidez, além de comprová-lo através de exame laboratorial, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da comunicação da dispensa. Havendo esta comunicação e comprovação, a empresa procederá à reintegração. Em não havendo a comunicação e/ou comprovação da gravidez dentro do trintídio, a empregada não poderá pleitear reintegração ou indenização. Parágrafo Único - A trabalhadora gestante poderá ser removida de função para uma melhor adequação de suas atividades durante seu estado de gestação, com sua devida concordância, podendo após o retorno da licença maternidade voltar a função de origem. AVISO PRÉVIO CLÁUSULA VIGÉSIMA SEGUNDA - AVISO PRÉVIO Os empregadores, quando tiverem dado aviso prévio a seus empregados, caso estes comprovem, no curso do mesmo, a obtenção de novo emprego, ficam obrigados a dispensá-los do restante do cumprimento, sem ônus para ambas as partes. Parágrafo Primeiro - Com o advento da Lei n°. 12.506/2011 e nos termos da Nota Técnica n°. 184/2012/CGRT/SRT/TEM de 07/05/2012, o aviso prévio proporcional terá uma variação de 30 a 90 dias, dependendo do tempo de serviço prestado pelo empregado à empresa. Dessa forma, todos os empregados terão, no mínimo, 30 dias de aviso prévio durante o primeiro ano de trabalho, somando-se a cada ano mais três dias, devendo ser considerada a projeção do aviso prévio para todos os efeitos. Assim, o acréscimo de que trata o parágrafo único da referida lei somente será computado a partir do momento em que se configure uma relação contratual que supere um ano na mesma empresa. Nesse sentido, a contagem do acréscimo ao tempo de aviso prévio deverá ser calculada a partir do primeiro ano completo, conforme tabela abaixo: Tempo de serviço (anos completos) Aviso prévio proporcional (n°. de dias) 0 30 1 33 2 36 3 39 4 42 5 45 6 48 7 51 8 54 9 57 10 60 11 63 12 66 13 69 14 72 15 75 16 78 17 81 18 84 19 87 20 90 Parágrafo Segundo – A proporcionalidade de que trata o parágrafo único do artigo 1° da norma em comento aplica-se, exclusivamente, para os casos de rescisão do contrato de trabalho, sem justa causa, promovida pelo empregador. Parágrafo Terceiro – A jornada reduzida ou a faculdade de ausência no trabalho, durante o aviso prévio, previstas no artigo 488 da CLT, não foram alteradas pela nova lei. MÃO-DE-OBRA TEMPORÁRIA/TERCEIRIZAÇÃO CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA - EMPRESAS INTERPOSTAS (PRESTADORAS DE SERVIÇOS) As empresas que contratarem na forma de prestação de serviços, ficam obrigadas a fornecer ao Sindicato Profissional, o documento de contrato de prestação de serviços. Parágrafo único - O Sindicato Profissional, na defesa de seus representados, poderá intervir junto aos órgãos competentes, a busca da literalidade e legalidade das empresas prestadoras de serviços, ressalvando o disposto na Súmula 331, inciso IV, do colendo TST. CONTRATO A TEMPO PARCIAL CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA - DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA O contrato de experiência será de 60 (sessenta) dias, podendo ocorrer dentro deste período apenas uma prorrogação. CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA - ACORDO DE CONTRATO POR TEMPO DETERMINADO Fica acertado que poderá ser realizado contrato de trabalho por tempo determinado, segundo o que determina a Lei 9.601, de 21 de janeiro de 1998. JORNADA DE TRABALHO – DURAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, CONTROLE, FALTAS COMPENSAÇÃO DE JORNADA CLÁUSULA VIGÉSIMA SEXTA - COMPENSAÇÃO DE TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS Devido às características especiais que determinam o fluxo turístico, maior nos finais de semana e feriados no município de Caldas Novas-GO, fica pactuado que o trabalho realizado em domingos e feriados poderão ser compensados por folgas em outros dias, de acordo com o Decreto 27.048/49. Ocorrendo a compensação por folgas em outros dias, não haverá pagamento dos domingos ou feriados laborados. Parágrafo Único - As empresas poderão conceder folgas de seis em seis dias para compensar os feriados e descanso semanal remunerado durante a vigência desta CCT. CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA - BANCO DE HORAS Fica instituído a partir da vigência desta CCT o regime de Banco de Horas criado pela Lei n°. 9.601/98, obedecidas as disposições constantes do referido texto legal, e se regulará conforme o disposto nos parágrafos seguintes: ParágrafoPrimeiro - As empresas poderão implantar, a partir da vigência desta CCT, o regime de Banco de Horas, onde através de demonstrativo mensal serão anotadas todas as horas excedentes à jornada normal diária e ou horas a serem repostas, com a finalidade de proceder a respectiva compensação ou reposição, no prazo máximo de 12 (doze) meses. Neste caso, as horas excedentes não serão remuneradas, serão compensadas com a redução da jornada de trabalho em outros dias. Parágrafo Segundo - O regime de banco de horas poderá ser aplicado tanto para a antecipação de horas de trabalho com liberação posterior, quanto para liberação de horas com reposição posterior, a critério do empregador. Parágrafo Terceiro - Na vigência do Banco de Horas a jornada de trabalho não poderá ultrapassar o limite máximo de 10 (dez) horas diárias. Parágrafo Quarto - Ao final do período 12 (doze) meses estabelecidos no parágrafo primeiro desta cláusula, as horas extras eventualmente trabalhadas e não compensadas serão pagas com o acréscimo de 60% (sessenta por cento) do valor da hora normal. Parágrafo Quinto - Ocorrendo extinção do contrato de trabalho motivado pelo empregador e havendo saldo de horas extras a serem compensadas, as mesmas serão remuneradas com acréscimo de 60% (sessenta por cento) sobre o valor da hora normal. INTERVALOS PARA DESCANSO CLÁUSULA VIGÉSIMA OITAVA - HORÁRIO INTRAJORNADA Fica estipulado que, conforme artigo 71 da CLT, o intervalo para repouso e ou alimentação, poderá ser superior a 2 (duas) horas. FALTAS CLÁUSULA VIGÉSIMA NONA - ABONO DE FALTA DO ESTUDANTE O empregado que se submeter aos exames vestibulares ou supletivos, terá abonadas as faltas nos dias de exames, desde que comprove o comparecimento e avise o empregador com antecedência mínima de 10 (dez) dias. CLÁUSULA TRIGÉSIMA - DA FALTA AO SERVIÇO O atestado médico ou odontológico supre a falta do trabalhador, garantindo o abono, desde que apresentado até o quinto dia consecutivo após o primeiro dia de afastamento do funcionário, e contendo o carimbo do profissional (CRM/CRO). CLÁUSULA TRIGÉSIMA PRIMEIRA - TRATAMENTO DE SAÚDE DOS FILHOS Fica garantido ao empregado o direito à ausência remunerada de 02 (dois) dias úteis por mês, para tratamento de saúde de filhos menores de 12 (doze) anos ou maiores inválidos, com comprovação no prazo de 05 (cinco) dias consecutivos após o primeiro dia de afastamento do funcionário, e contendo o carimbo do profissional (CRM/CRO). TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEGUNDA - SISTEMA 12X36 Fica permitido que os empregadores implantes opcionalmente a jornada de 12x36 (doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso), na forma do inciso XIII do artigo 7° da Carta Magna. Parágrafo primeiro - Os empregados que trabalharem na jornada de 12x36, não terão direito à hora extraordinária normal, em razão da natural compensação de trabalho nas 36 (trinta e seis) horas seguintes, não havendo distinção entre trabalho diurno e noturno realizado. Parágrafo segundo - Aos empregadores que implantarem o sistema 12x36, fica assegurado ao empregado do período diurno e noturno, um intervalo de 01 (uma) hora para refeição no local de trabalho, e no máximo, 02 (duas) em outro local, sendo que esse período de intervalo estará incluso nas 12h (doze) horas de trabalho. OUTRAS DISPOSIÇÕES SOBRE JORNADA CLÁUSULA TRIGÉSIMA TERCEIRA - DIA DO COMERCIÁRIO Fica estabelecido o dia 30 de outubro como dia do comerciário de hotelaria. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR CONDIÇÕES DE AMBIENTE DE TRABALHO CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUARTA - ASSISTÊNCIA JURÍDICA AOS TRAB. NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO (GUARDAS E VIGIAS) As empresas prestarão assistência jurídica a seus trabalhadores (guardas e vigias), quando os mesmos, no exercício de suas funções, em defesa do legítimo interesse e direito do empregador, incidirem em práticas de atos que os levem a responder Ação Penal. UNIFORME CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUINTA - UNIFORMES Quando as empresas exigirem uniformes, com ou sem logotipo fornecerão aos seus empregados, no mínimo 2 (dois) uniformes por ano, gratuitamente, tendo como referência a data da entrega dos mesmos, para substituição. RELAÇÕES SINDICAIS ACESSO DO SINDICATO AO LOCAL DE TRABALHO CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEXTA - ACESSO DOS DIRIGENTES SINDICAIS NAS EMPRESAS As empresas permitirão que dirigentes sindicais e assessores credenciados tenham acesso às mesmas, em local e horário previamente combinados com a diretoria da empresa, para promover filiações, recolher mensalidades dos associados, entregar jornais e boletins periódicos, e outras atividades sindicais. LIBERAÇÃO DE EMPREGADOS PARA ATIVIDADES SINDICAIS CLÁUSULA TRIGÉSIMA SÉTIMA - LICENÇA AOS DIRIGENTES SINDICAIS Será concedida licença remunerada aos dirigentes sindicais, para participação em congressos cursos, conferências, reuniões sindicais e, sempre que houver necessidade do Sindicato, pelo período de 07 (sete) dias, duas vezes por ano e com prévia comunicação à empresa. GARANTIAS A DIRETORES SINDICAIS CLÁUSULA TRIGÉSIMA OITAVA - PARTICIPAÇÃO DOS DIRIGENTES SINDICAIS EM REUNIÕES DA DIRETORIA Nenhuma empresa poderá impedir o afastamento dos diretores do Sindicato Profissional, quando convocados, pela referida entidade um dia por mês, e no mês da negociação, um dia por semana, a fim de participarem de reuniões da diretoria, sem prejuízo da remuneração. CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS CLÁUSULA TRIGÉSIMA NONA - CONTRIBUIÇÃO ASSOCIATIVA As empresas se obrigam ao recolhimento mensal ao Sindicato obreiro, da contribuição associativa descontada do associado, sendo que o repasse por parte da empresa deverá ser feito até o décimo dia do mês subseqüente ao desconto, sob pena de multa no valor de 10% (dez por cento), juros legais e correção monetária sobre o montante retido. CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL PATRONAL As empresas sindicalizadas ou não, por força da Assembléia Geral, se obrigam a recolher ao Sindicato Econômico, até o 15º dia de cada mês a Contribuição Assistencial com destinação prevista na Assembléia Geral que autorizou a presente convenção nos valores seguinte: a) Restaurantes - 20% do salário mínimo nacional; b) Pit Dog - 10% do salário mínimo nacional; c) Padarias - 10% do salário mínimo nacional; d) Lanchonetes - 10% do salário mínimo nacional; e) Hotéis, Motéis, Pensões, classificados conforme o número de apartamentos existentes: * 01 a 30 apartamentos - 20% do salário mínimo nacional; * 31 a 60 apartamentos - 30% do salário mínimo nacional; * 61 a 100 apartamentos - 70% do salário mínimo nacional; * Acima de 100 apartamentos - 01 salário mínimo nacional; f) Camping - 20% do Salário mínimo nacional. Parágrafo Único - Fica proibido o desconto destas importâncias no salário dos empregados. CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL PROFISSIONAL O empregador descontará na folha de pagamento de todos os empregados, independente de sindicalização, a contribuição assistencial correspondente a 4% (quatro por cento) da remuneração do empregado, sobre os meses de maio e novembro, totalizando 8% (oito por cento) da remuneração do empregado, que será repassada ao Sindicato Profissional através de guia própria, até o prazo máximo do 10º (décimo) dia do mês de junho e dezembro, sob pena de incorrer no pagamento da correção monetária, do juros de mora no percentual instituído pela lei e da multa de 10% (dez por cento) sobre o montante retido, conforme estabelece o artigo 513, alínea “e” da CLT, garantido o exercício do direito de oposição por parte dos empregados não filiados ao Sindicato, devendo este se manifestar individualmente, na sede ou subsede do Sindicato Profissional, no prazo máximo de 10 (dez) dias após o desconto de cada parcela, conforme recomendação de n° 01/2007, PRT – 18ª Região – IC 729/2004 do MPT. A restituição de eventuais valores somente será efetuada ao empregado após o repasse da contribuição descontada pelo empregador ao Sindicato Profissional, também no prazo de 10(dez)dias. Parágrafo Primeiro – Em se tratando de empregados comissionados mistos, ou seja, aqueles que recebem salário fixo mais comissão, a contribuição assistencial incidirá apenas sobre a parte fixa da remuneração (salário e adicionais), não incidindo sobre o valor da comissão. Parágrafo Segundo – O desconto será feito no primeiro mês subsequente, quando se tratar de trabalhador admitido após o mês de maio ou novembro, ou que não esteja recebendo salário na data dos descontos, cujo repasse obedecerá a mesma forma desta cláusula. Parágrafo Terceiro – Após o pagamento o empregador deverá remeter uma das vias da guia, com autenticação mecânica do agente arrecadador, ao Sindicato obreiro, que em seguida procederá a devida anotação de quitação em relação à empresa. OUTRAS DISPOSIÇÕES SOBRE RELAÇÃO ENTRE SINDICATO E EMPRESA CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEGUNDA - DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA Poderá ser criada no âmbito do Sindicato Profissional Comissão de Conciliação Prévia, nos termos da Lei 9.958/2.000, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais de trabalho, obedecendo aos termos seguintes: a - composição paritária; b - a metade dos membros será indicada pelo Sindicato dos empregadores, e a outra metade será composta pelos membros da diretoria do Sindicato obreiro ou por ela indicados; c - haverá na comissão tantos suplentes quantos forem os representantes titulares; d - o mandato de seus membros será de 01 ( um ) ano , permitida uma recondução. Parágrafo primeiro - É vedada a dispensa dos representantes dos empregados, membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave , nos termos da Lei. Parágrafo segundo - Os representantes dos empregados desenvolverão seus trabalhos normalmente nas empresas, afastando-se de suas atividades apenas quando convocado para atuar como conciliador, sendo computado como tempo de trabalho efetivo o despendido nesta atividade. Parágrafo terceiro - A despesa com a constituição da Comissão será rateada entre os sindicatos dos empregadores e dos empregados. Parágrafo quarto - Poderá ser cobrada taxa vinculada proporcionalmente ao valor do acordo formalizado perante a Comissão. Parágrafo quinto - Será obrigado o acompanhamento das Sessões por profissionais do Direito. CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA - COMPETÊNCIA E FUNCIONAMENTO DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA Qualquer demanda de natureza trabalhista da categoria será submetida à Comissão de Conciliação Prévia, após a instituição da Comissão. Parágrafo primeiro - A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo por qualquer dos membros da Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro aos interessados. Parágrafo segundo - Não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador declaração de tentativa conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, firmada pelos membros da Comissão, que deverá ser juntada a eventual reclamação trabalhista. Parágrafo terceiro - Em caso de motivo relevante que impossibilite a observância do procedimento previsto no caput desta cláusula, será a circunstância declarada na petição inicial da ação intentada perante a Justiça do Trabalho. Parágrafo quarto - É indispensável à presença do empregado na sessão de conciliação, sob pena de ser lavrado termo de ausência, ficando prejudicada a conciliação. Parágrafo quinto - Aceita a conciliação, será lavrado termo, assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu preposto e pelos membros da Comissão, fornecendo cópia às partes. Parágrafo sexto - O termo de Conciliação terá força de título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. Parágrafo sétimo - As Comissões de Conciliação Prévia têm um prazo de 10 (dez) dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a partir da data da provocação de qualquer uma das partes. Parágrafo oitavo - O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir a partir da tentativa frustrada de conciliação ou esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior. Parágrafo nono - Será elaborado regimento interno com as normas da Comissão de Conciliação Prévia. DISPOSIÇÕES GERAIS REGRAS PARA A NEGOCIAÇÃO CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUARTA - ACORDOS COLETIVOS É facultado às partes convenentes celebrar acordos coletivos complementares à presente CCT. APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO COLETIVO CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUINTA - DO ADITIVO A CCT Fica pactuado que as partes convenentes, após realização de estudos relativos às cláusulas sociais e jurídicas, poderão fazer aditivos a esta CCT, atendendo às necessidades de aperfeiçoamento da relação capital/trabalho. DESCUMPRIMENTO DO INSTRUMENTO COLETIVO CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEXTA - DESCUMPRIMENTO DE CLÁUSULA DA CCT Atendendo à exigência do inciso VIII, do artigo 613, da CLT, fica acordado que em caso de violação e ou não cumprimento de qualquer das cláusulas em obrigação de fazer pelas partes signatárias, incidirá a parte faltosa em multa equivalente a 10% (dez por cento) do piso salarial da categoria, revertida ao trabalhador prejudicado. EURIPEDES BALSANUFO CRUZEIRO PRESIDENTE SIND EMPREG COM HOTELEIRO SIML MUNC CALDAS NOVAS WELLINGTON LUIZ PRESIDENTE SINDICATO DE HOTEIS REST BARES SIM MUN C NOVAS R QUENTE CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2016/2016 NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: GO000037/2016 DATA DE REGISTRO NO MTE: 01/02/2016 NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR079553/2015 NÚMERO DO PROCESSO: 46208.000040/2016-00 DATA DO PROTOCOLO: 05/01/2016 Confira a autenticidade no endereço http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/. SIND EMPREG COM HOTELEIRO SIML MUNC CALDAS NOVAS, CNPJ n. 24.852.923/0001-30, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). EURIPEDES BALSANUFO CRUZEIRO; E SINDICATO DE HOTEIS REST BARES SIM MUN C NOVAS R QUENTE, CNPJ n. 24.854.176/0001-79, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). WELLINGTON LUIZ; celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho previstas nas cláusulas seguintes: CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de fevereiro de 2016 a 31 de dezembro de 2016 e a data-base da categoria em 01º de janeiro. CLÁUSULA SEGUNDA - ABRANGÊNCIA A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) Empregados em hotéis, motéis, bares, restaurantes, "pitdogs",choperias, lanchonetes, churrascarias, cassinos, cafés, "boites", sorveterias, casas de chá, "buffet's", pizzarias, pensões, casas de cômodos, hospedarias e similares, bem como em estabelecimentos equivalentes e semelhantes e prestadoras de serviços, com abrangência territorial em Caldas Novas/GO, com abrangência territorial em Caldas Novas/GO. SALÁRIOS, REAJUSTES E PAGAMENTO PISO SALARIAL CLÁUSULA TERCEIRA - SALÁRIO NORMATIVO É assegurado aos empregados da categoria, representados pelo Sindicato profissional, o Piso Salarial de R$ 915,00 (novecentos e quinze reais), a partir de 1º (primeiro) de fevereiro de 2.016. REAJUSTES/CORREÇÕES SALARIAIS CLÁUSULA QUARTA - REAJUSTE SALARIAL Aos empregados que tiverem salário superior ao piso da categoria, será aplicado sobre o último salário percebido, o percentual de 9,5% (nove vírgula cinco por cento) de aumento. Parágrafo Único - Aos empregados com menos de 1 (um) ano de serviços prestados, e perceberem salário superior ao piso salarial da categoria em janeiro de 2016, fica assegurado o reajuste da cláusula anterior, proporcional ao tempo de serviço. PAGAMENTO DE SALÁRIO – FORMAS E PRAZOS CLÁUSULA QUINTA - DOS CONTRACHEQUES Ficam as empresas obrigadas a fornecer mensalmente, contracheque ou recibo a seus empregados, especificando todas as verbas que compõem a remuneração ajustada e os respectivos descontos. DESCONTOS SALARIAIS CLÁUSULA SEXTA - DOS DESCONTOS / PREJUÍZOSÉ expressamente proibido o desconto, por parte do empregador na remuneração do empregado, de prejuízos decorrentes de perda de laticínios, frutas, ou quaisquer outros produtos perecíveis, de peças de guarnição dos quartos (toalhas, cinzeiros, copos, etc.), exceto se a perda houver ocorrido por culpa ou dolo do empregado. Parágrafo Único - Fica vedado aos empregadores descontar de seus empregados os prejuízos decorrentes de recebimento de cheques sem previsão de fundoas, previamente vistados, ou dinheiro falso, salvo se houver dolo ou culpa do empregado. CLÁUSULA SÉTIMA - DOS CONVÊNIOS Fica acordado que a partir desta convenção, o empregado poderá optar por livre adesão, aos convênios estabelecidos pelo Sindicato Laboral, sendo que poderá ou não haver participação das empresas, de acordo com os interesses de cada uma, limitando-se, em conformidade com a lei, no valor máximo de descontos em 20% (vinte por cento) do salário do empregado inscrito. OUTRAS NORMAS REFERENTES A SALÁRIOS, REAJUSTES, PAGAMENTOS E CRITÉRIOS PARA CÁLCULO CLÁUSULA OITAVA - GARANTIAS SALARIAIS Os reajustes salariais decorrentes desta CCT, não poderão ser, em hipótese alguma, motivo para redução ou suspensão de vantagens, quotas, prêmios, gratificações, adicionais ou percentuais que vinham sendo pagas aos trabalhadores. GRATIFICAÇÕES, ADICIONAIS, AUXÍLIOS E OUTROS GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO CLÁUSULA NONA - GRATIFICAÇÃO DE QUEBRA DE CAIXA Fica garantida a gratificação de quebra de caixa, no valor de R$ 30,00 (trinta reais), aos empregados que exercerem a função de caixa. ADICIONAL DE HORA-EXTRA CLÁUSULA DÉCIMA - HORAS-EXTRAS Em caso de prestação de jornada de trabalho extraordinária, observar-se-á o seguinte: a) intervalo mínimo de 15 (quinze) minutos entre o término da jornada normal e o início da jornada extraordinária; b) fornecimento de lanche ao empregado, pelo empregador. Parágrafo Primeiro - Fica estabelecido que serão remuneradas as horas extras, com adicional de 60% (sessenta por cento) sobre o valor da hora normal. Parágrafo Segundo - Aplica-se ao recebimento de verbas rescisórias, 13° salário e férias anuais a média de todos os rendimentos variáveis recebidos nos últimos 04 (quatro) meses efetivamente trabalhados ou fração superior a 15 (quinze) dias. Parágrafo Terceiro - Será permitido celebração de acordo individual de trabalho entre empregado e empregador, estabelecendo a elasticidade da jornada de trabalho em até 2 (duas) horas por dia, mediante a compensação em outro dia, conforme artigo 59 da CLT. ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - TRIÊNIO E QUINQUÊNIO A todos os trabalhadores fica concedido, a título de prêmio permanência, os percentuais de 3% (três por cento) como triênio, e 5% (cinco por cento) como quinquênio, não cumulativos. OUTROS ADICIONAIS CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - ADICIONAL DE PRODUTIVIDADE Fica concedido um adicional de produtividade de 6 % (seis por cento) do salário fixo do trabalhador integrante da categoria, excluindo aqueles que tiverem mais de 01 (uma) falta injustificada no mês trabalhado. Este adicional só será devido ao trabalhador após o término do contrato de experiência, que é de 60 (sessenta) dias. CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - TAXA DE SERVIÇO Os bares, restaurantes, pizzarias e similares poderão cobrar taxa de serviço de 10% (dez por cento) nos estabelecimentos abrangidos por esta convenção, que serão revertidos integralmente aos garçons, como contraprestação ao seu labor. Parágrafo Primeiro - Aos garçons que perceberem a base de comissão ou 10% (dez por cento) de suas vendas brutas exigidas pelo empregador, o ajuste na segunda hipótese, deverá ser expresso e homologado pelos sindicatos convenentes. Parágrafo Segundo - Também os empregadores de restaurantes tipo "self service" poderão fazer uso da taxa de serviço em seus estabelecimentos, mediante acordo escrito firmado entre as empresas e o Sindicato Profissional. CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - DISTRIBUIÇÃO DA TAXA DE SERVIÇO Os hotéis e similares poderão acrescentar nas despesas dos hóspedes ou clientes taxa de serviço, no valor de 10% (dez por cento), sendo que o montante arrecadado será assim distribuído: A) 30% (trinta por cento) para empresa; B) 65% (sessenta e cinco por cento) distribuídos entre os empregados, e C) 5% (cinco por cento) ao sindicato profissional. Parágrafo Único - A cobrança da taxa de serviço apenas será possível mediante acordo escrito, firmado entre a empresa e o Sindicato Profissional. PRÊMIOS CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - PRÊMIO ASSIDUIDADE Será concedido por prêmio de assiduidade, sobre o vencimento dos empregados, o percentual de 10% (dez por cento), na ocasião da concessão e gozo das férias, quando o trabalhador não tiver nenhuma falta justificada ou não, durante o período aquisitivo, que não se incorporará ao salário. AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES As empresas fornecerão a seus empregados uma refeição a cada jornada de trabalho, calculada sobre um centésimo do salário mínimo vigente, quando assim se fizer necessário, não caracterizando salário in natura. CONTRATO DE TRABALHO – ADMISSÃO, DEMISSÃO, MODALIDADES NORMAS PARA ADMISSÃO/CONTRATAÇÃO CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - RETENÇÃO DA CTPS Quando houver retenção da CTPS do obreiro por mais de 05 (cinco) dias por parte do empregador, além dos prazos assinalados por lei, este estará obrigado a pagar ao empregado uma indenização de um dia de salário por dia de atraso, exceto se ocorrer por culpa comprovada do obreiro. DESLIGAMENTO/DEMISSÃO CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - GARANTIAS NA RESCISÃO CONTRATUAL O Sindicato laboral se obriga a homologar as rescisões de contrato de trabalho, de acordo com a súmula 330 do TST, ressalvando as horas extras pleiteadas pelo empregado. O não cumprimento desta ressalva implicará na perda do direito do empregado de pleitear esta verba futuramente, sob pena de ser considerada litigância de má fé. Se ocorrer rescisão contratual no período de 30 dias que antecede à database, observado o enunciado 182 do TST, o pagamento das verbas rescisórias com salário já corrigido não afasta o direito à indenização adicional prevista nas Leis 6.708/79 e 7.238/84. CLÁUSULA DÉCIMA NONA - GARANTIAS NA RESCISÃO CONTRATUAL (MENOS DE 1 ANO DE CONTRATO) As rescisões com menos de 01 (um) ano de contrato poderão ter assistência do Sindicato obreiro, com a presença do representante do empregador, para em seu nome, intermediar as negociações de acordos rescisórios, caso seja de interesse do trabalhador e da empresa, observando os preceitos da cláusula anterior. CLÁUSULA VIGÉSIMA - MULTA PELO ATRASO NO PAGAMENTO RESCISÓRIO As empresas que não efetuarem o acerto de contas e homologação das rescisões de contrato de trabalho, conforme determina a legislação em vigor, se obrigam a pagar, após o 15° (décimo quinto) dia sucessivo de atraso, multa de 1% (um por cento) ao dia para o trabalhador, calculado sobre o valor líquido da rescisão, com a limitação do artigo 412 do Código Civil. CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA - DISPENSA DA EMPREGADA GESTANTE Quando da dispensa da empregada, no caso de gestação, fica esta obrigada a comunicar a empresa seu estado de gravidez, além de comprová-lo através de exame laboratorial, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da comunicação da dispensa. Havendo esta comunicação e comprovação, a empresa procederá à reintegração. Em não havendo a comunicação e/ou comprovação da gravidez dentro do trintídio, a empregada não poderá pleitear reintegração ou indenização. Parágrafo Único - A trabalhadora gestante poderá ser removida de função para uma melhor adequação de suas atividades durante seu estado de gestação, com sua devida concordância, podendo, após o retorno da licença maternidade, voltar a função de origem. AVISO PRÉVIO CLÁUSULA VIGÉSIMA SEGUNDA - AVISO PRÉVIO Os empregadores, quando tiverem dado aviso prévio a seus empregados, caso estes comprovem, no curso do mesmo, a obtenção de novo emprego, ficam obrigados a dispensá-losdo restante do cumprimento, sem ônus para ambas as partes. Parágrafo Primeiro - Com o advento da Lei n°. 12.506/2011 e nos termos da Nota Técnica n°. 184/2012/CGRT/SRT/TEM de 07/05/2012, o aviso prévio proporcional terá uma variação de 30 a 90 dias, dependendo do tempo de serviço prestado pelo empregado à empresa. Dessa forma, todos os empregados terão, no mínimo, 30 dias de aviso prévio durante o primeiro ano de trabalho, somandose a cada ano mais três dias, devendo ser considerada a projeção do aviso prévio para todos os efeitos. Assim, o acréscimo de que trata o parágrafo único da referida lei somente será computado a partir do momento em que se configure uma relação contratual que supere um ano na mesma empresa. Nesse sentido, a contagem do acréscimo ao tempo de aviso prévio deverá ser calculada a partir do primeiro ano completo, conforme tabela abaixo: Tempo de serviço (anos completos) Aviso prévio proporcional (n°. de dias) 0 30 1 33 2 36 3 39 4 42 5 45 6 48 7 51 8 54 9 57 10 60 11 63 12 66 13 69 14 72 15 75 16 78 17 81 18 84 19 87 20 90 Parágrafo Segundo – A proporcionalidade de que trata o parágrafo único do artigo 1° da norma em comento aplica- se, exclusivamente, para os casos de rescisão do contrato de trabalho, sem justa causa, promovida peloempregador. Parágrafo Terceiro – A jornada reduzida ou a faculdade de ausência no trabalho, durante o aviso prévio, previstas no artigo 488 da CLT, não foram alteradas pela nova lei. MÃO-DE-OBRA TEMPORÁRIA/TERCEIRIZAÇÃO CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA - EMPRESAS INTERPOSTAS (PRESTADORAS DE SERVIÇOS) As empresas que contratarem na forma de prestação de serviços, ficam obrigadas a fornecer ao Sindicato Profissional, o documento de contrato de prestação de serviços. Parágrafo único - O Sindicato Profissional, na defesa de seus representados, poderá intervir junto aos órgãos competentes, a busca da literalidade e legalidade das empresas prestadoras de serviços, ressalvando o disposto na Súmula 331, inciso IV, do colendo TST. CONTRATO A TEMPO PARCIAL CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA - DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA O contrato de experiência será de 60 (sessenta) dias, podendo ocorrer dentro deste período apenas uma prorrogação. CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA - ACORDO DE CONTRATO POR TEMPO DETERMINADO Fica acertado que poderá ser realizado contrato de trabalho por tempo determinado, segundo o que determina a Lei n°. 9.601, de 21 de janeiro de 1998. JORNADA DE TRABALHO – DURAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, CONTROLE, FALTAS COMPENSAÇÃO DE JORNADA CLÁUSULA VIGÉSIMA SEXTA - COMPENSAÇÃO DE TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS Devido às características especiais que determinam o fluxo turístico, maior nos finais de semana e feriados no município de Caldas Novas/GO, fica pactuado que o trabalho realizado em domingos e feriados poderão ser compensados por folgas em outros dias, de acordo com o Decreto 27.048/49. Ocorrendo a compensação por folgas em outros dias, não haverá pagamento dos domingos ou feriados laborados. Parágrafo Único - As empresas poderão conceder folgas de seis em seis dias para compensar os feriados e descanso semanal remunerado durante a vigência desta CCT. CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA - BANCO DE HORAS Fica instituído a partir da vigência desta CCT o regime de Banco de Horas criado pela Lei n°. 9.601/98, obedecidas as disposições constantes do referido texto legal, e se regulará conforme o disposto nos parágrafos seguintes:Parágrafo Primeiro - As empresas poderão implantar, a partir da vigência desta CCT, o regime de Banco de Horas, onde através de demonstrativo mensal serão anotadas todas as horas excedentes à jornada normal diária e ou horas a serem repostas, com a finalidade de proceder a respectiva compensação ou reposição, no prazo máximo de 12 (doze) meses. Neste caso, as horas excedentes não serão remuneradas, serão compensadas com a redução da jornada de trabalho em outros dias. Parágrafo Segundo - O regime de banco de horas poderá ser aplicado tanto para a antecipação de horas de trabalho com liberação posterior, quanto para liberação de horas com reposição posterior, a critério do empregador. Parágrafo Terceiro - Na vigência do Banco de Horas a jornada de trabalho não poderá ultrapassar o limite máximo de 10 (dez) horas diárias. Parágrafo Quarto - Ao final do período 12 (doze) meses estabelecidos no parágrafo primeiro desta cláusula, as horas extras eventualmente trabalhadas e não compensadas serão pagas com o acréscimo de 60% (sessenta por cento) do valor da hora normal. Parágrafo Quinto - Ocorrendo extinção do contrato de trabalho motivado pelo empregador e havendo saldo de horas extras a serem compensadas, as mesmas serão remuneradas com acréscimo de 60% (sessenta por cento) sobre o valor da hora normal. INTERVALOS PARA DESCANSO CLÁUSULA VIGÉSIMA OITAVA - HORÁRIO INTRAJORNADA Fica estipulado que, conforme artigo 71 da CLT, o intervalo para repouso e ou alimentação, poderá ser superior a 2 (duas) horas. FALTAS CLÁUSULA VIGÉSIMA NONA - ABONO DE FALTA DO ESTUDANTE O empregado que se submeter aos exames vestibulares ou supletivos, terá abonadas as faltas nos dias de exames, desde que comprove o comparecimento e avise o empregador com antecedência mínima de 10 (dez) dias. CLÁUSULA TRIGÉSIMA - DA FALTA AO SERVIÇO O atestado médico ou odontológico supre a falta do trabalhador, garantindo o abono, desde que apresentado até o quinto dia consecutivo após o primeiro dia de afastamento do funcionário, e contendo o carimbo do profissional (CRM/CRO). CLÁUSULA TRIGÉSIMA PRIMEIRA - TRATAMENTO DE SAÚDE DOS FILHOS Fica garantido ao empregado o direito à ausência remunerada de 03 (três) dias úteis por mês, para tratamento de saúde de filhos menores de 12 (doze) anos ou maiores inválidos, com comprovação no prazo de 03 (três) dias consecutivos após o primeiro dia de afastamento do funcionário e contendo o carimbo e assinatura do profissional (CRM/CRO). TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEGUNDA - SISTEMA 12X36 Fica permitido que os empregadores implantes opcionalmente a jornada de 12x36 (doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso), na forma do inciso XIII do artigo 7° da Carta Magna. Parágrafo primeiro - Os empregados que trabalharem na jornada de 12x36, não terão direito à hora extraordinária normal, em razão da natural compensação de trabalho nas 36 (trinta e seis) horas seguintes, não havendo distinção entre trabalho diurno e noturno realizado. Parágrafo segundo - Aos empregadores que implantarem o sistema 12x36, fica assegurado ao empregado do período diurno e noturno, um intervalo de 01 (uma) hora para refeição no local de trabalho, e no máximo, 02 (duas) em outro local, sendo que esse período de intervalo estará incluso nas 12h (doze) horas de trabalho. OUTRAS DISPOSIÇÕES SOBRE JORNADA CLÁUSULA TRIGÉSIMA TERCEIRA - DIA DO COMERCIÁRIO Fica estabelecido o dia 30 de outubro como dia do comerciário de hotelaria. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR CONDIÇÕES DE AMBIENTE DE TRABALHO CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUARTA - ASSISTÊNCIA JURÍDICA AOS TRAB. NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO (GUARDAS E VIGIAS) As empresas prestarão assistência jurídica a seus trabalhadores (guardas e vigias), quando os mesmos, no exercício de suas funções, em defesa do legítimo interesse e direito do empregador, incidirem em práticas de atos que os levem a responder Ação Penal. UNIFORME CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUINTA - UNIFORMES Quando as empresas exigirem uniformes, com ou sem logotipo fornecerão aos seus empregados, no mínimo 2 (dois) uniformes por ano, gratuitamente, tendo como referência a data da entrega dos mesmos, para substituição. RELAÇÕES SINDICAIS ACESSO DO SINDICATO AO LOCAL DE TRABALHO CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEXTA - ACESSO DOS DIRIGENTES SINDICAIS NAS EMPRESAS As empresas permitirão que dirigentes sindicais e assessores credenciados tenham acesso às mesmas, em local e horário previamente combinados com a diretoria da empresa, para promover filiações, recolher mensalidades dos associados, entregar jornais e boletins periódicos, e outras atividades sindicais. LIBERAÇÃO DE EMPREGADOS PARA ATIVIDADES SINDICAIS CLÁUSULA TRIGÉSIMA SÉTIMA - LICENÇA AOS DIRIGENTES SINDICAIS Será concedida licença remunerada aos dirigentes sindicais, para participação em congressos cursos, conferências, reuniões sindicais e, sempre que houver necessidade do Sindicato, pelo período de 07 (sete) dias, duas vezes por ano e com prévia comunicação à empresa. GARANTIAS A DIRETORES SINDICAIS CLÁUSULA TRIGÉSIMA OITAVA - PARTICIPAÇÃO DOS DIRIGENTES SINDICAIS EM REUNIÕES DA DIRETORIA Nenhuma empresa poderá impedir o afastamento dos diretores do Sindicato Profissional, quando convocados, pela referida entidade um dia por mês, e no mês da negociação, um dia por semana, a fim de participarem de reuniões da diretoria, sem prejuízo da remuneração. CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS CLÁUSULA TRIGÉSIMA NONA - CONTRIBUIÇÃO ASSOCIATIVA As empresas se obrigam ao recolhimento mensal ao Sindicato obreiro, da contribuição associativa descontada do associado, sendo que o repasse por parte da empresa deverá ser feito até o décimo dia do mês subseqüente ao desconto, sob pena de multa no valor de 10% (dez por cento), juros legais e correção monetária sobre o montante retido. CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL PATRONAL As empresas sindicalizadas ou não, por força da Assembléia Geral, se obrigam a recolher ao Sindicato Econômico, até o 15º dia de cada mês a Contribuição Assistencial com destinação prevista na Assembléia Geral que autorizou a presente convenção nos valores seguinte: a) Restaurantes: 20% do salário mínimo nacional; b) Pit Dog: 10% do salário mínimo nacional; c) Padarias: 10% do salário mínimo nacional; d) Lanchonetes: 10% do salário mínimo nacional; e) Hotéis, Motéis, Pensões, classificados conforme o número de apartamentos existentes: * 01 a 30 apartamentos: 20% do salário mínimo nacional; * 31 a 60 apartamentos: 30% do salário mínimo nacional; * 61 a 100 apartamentos: 70% do salário mínimo nacional; * Acima de 100 apartamentos: 01 salário mínimo nacional; f) Camping: 20% do Salário mínimo nacional. Parágrafo Único - Fica proibido o desconto destas importâncias no salário dos empregados. CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL PROFISSIONAL O empregador descontará na folha de pagamento de todos os empregados, independente de sindicalização, a contribuição assistencial correspondente a 4% (quatro por cento) da remuneração do empregado, sobre os meses de maio e novembro, totalizando 8% (oito por cento) da remuneração do empregado, que será repassada ao Sindicato Profissional através de guia própria, até o prazo máximo do 10º (décimo) dia do mês de junho e dezembro, sob pena de incorrer no pagamento da correção monetária, do juros de mora no percentual instituído pela lei e da multa de 10% (dez por cento) sobre o montante retido, conforme estabelece o artigo 513, alínea “e” da CLT, garantido o exercício do direito de oposição por parte dos empregados não filiados ao Sindicato, devendo este se manifestar individualmente, na sede ou subsede do Sindicato Profissional, no prazo máximo de 10 (dez) dias após o desconto de cada parcela, conforme recomendação de n° 01/2007, PRT – 18ª Região – IC 729/2004 do MPT. A restituição de eventuais valores somente será efetuada ao empregado após o repasse da contribuição descontada pelo empregador ao Sindicato Profissional, também no prazode 10(dez) dias. Parágrafo Primeiro – Em se tratando de empregados comissionados mistos, ou seja, aqueles que recebem salário fixo mais comissão, a contribuição assistencial incidirá apenas sobre a parte fixa da remuneração (salário e adicionais), não incidindo sobre o valor da comissão. Parágrafo Segundo – O desconto será feito no primeiro mês subsequente, quando se tratar de trabalhador admitido após o mês de maio ou novembro, ou que não esteja recebendo salário na data dos descontos, cujo repasse obedecerá a mesma forma desta cláusula. Parágrafo Terceiro – Após o pagamento o empregador deverá remeter uma das vias da guia, com autenticação mecânica do agente arrecadador, ao Sindicato obreiro, que em seguida procederá a devida anotação de quitação em relação à empresa. OUTRAS DISPOSIÇÕES SOBRE RELAÇÃO ENTRE SINDICATO E EMPRESA CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEGUNDA - DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA Poderá ser criada no âmbito do Sindicato Profissional Comissão de Conciliação Prévia, nos termos da Lei 9.958/2.000, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais de trabalho, obedecendo aos termos seguintes: a) composiçãoparitária; b) a metade dos membros será indicada pelo Sindicato dos empregadores, e a outra metade será composta pelos membros da diretoria do Sindicato obreiro ou por ela indicados; c) haverá na comissão tantos suplentes quantos forem os representantes titulares; d) o mandato de seus membros será de 01 ( um ) ano , permitida uma recondução. Parágrafo primeiro - É vedada a dispensa dos representantes dos empregados, membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave , nos termos da Lei. Parágrafo segundo - Os representantes dos empregados desenvolverão seus trabalhos normalmente nas empresas, afastando- se de suas atividades apenas quando convocado para atuar como conciliador, sendo computado como tempo de trabalho efetivo o despendido nesta atividade. Parágrafo terceiro - A despesa com a constituição da Comissão será rateada entre os sindicatos dos empregadores e dos empregados. Parágrafo quarto - Poderá ser cobrada taxa vinculada proporcionalmente ao valor do acordo formalizado perante a Comissão. Parágrafo quinto - Será obrigado o acompanhamento das Sessões por profissionais do Direito. CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA - COMPETÊNCIA E FUNCIONAMENTO DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA Qualquer demanda de natureza trabalhista da categoria será submetida à Comissão de Conciliação Prévia, após a instituição da Comissão. Parágrafo primeiro - A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo por qualquer dos membros da Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro aos interessados. Parágrafo segundo - Não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador declaração de tentativa conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, firmada pelos membros da Comissão, que deverá ser juntada a eventual reclamação trabalhista. Parágrafo terceiro - Em caso de motivo relevante que impossibilite a observância do procedimento previsto no caput desta cláusula, será a circunstância declarada na petição inicial da ação intentada perante a Justiça doTrabalho. Parágrafo quarto - É indispensável à presença do empregado na sessão de conciliação, sob pena de ser lavrado termo de ausência, ficando prejudicada a conciliação. Parágrafo quinto - Aceita a conciliação, será lavrado termo, assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu preposto e pelos membros da Comissão, fornecendo cópia às partes. Parágrafo sexto - O termo de Conciliação terá força de título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. Parágrafo sétimo - As Comissões de Conciliação Prévia têm um prazo de 10 (dez) dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a partir da data da provocação de qualquer uma das partes. Parágrafo oitavo - O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir a partir da tentativa frustrada de conciliação ou esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior. Parágrafo nono - Será elaborado regimento interno com as normas da Comissão de Conciliação Prévia. DISPOSIÇÕES GERAIS REGRAS PARA A NEGOCIAÇÃO CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUARTA - ACORDOS COLETIVOS É facultado às partes convenentes celebrar acordos coletivos complementares à presente CCT. APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO COLETIVO CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUINTA - DO ADITIVO A CCT Fica pactuado que as partes convenentes, após realização de estudos relativos às cláusulas sociais e jurídicas, poderão fazer aditivos a esta CCT, atendendo às necessidades de aperfeiçoamento da relação capital/trabalho. DESCUMPRIMENTO DO INSTRUMENTO COLETIVO CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEXTA - DESCUMPRIMENTO DE CLÁUSULA DA CCT Atendendo à exigência do inciso VIII, do artigo 613, da CLT, fica acordado que em caso de violação e ou não cumprimento de qualquer das cláusulas em obrigação de fazer pelas partes signatárias, incidirá a parte faltosa em multa equivalente a 10% (dez por cento) do piso salarial da categoria, revertida ao trabalhador prejudicado. EURIPEDES BALSANUFO CRUZEIRO PRESIDENTE SIND EMPREG COM HOTELEIRO SIML MUNC CALDAS NOVAS WELLINGTON LUIZ PRESIDENTE SINDICATO DE HOTEIS REST BARES SIM MUN C NOVAS R QUENTE ANEXOS ANEXO I - ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Anexo (PDF) A autenticidade deste documento poderá ser confirmada na página do Ministério da Economia na Internet, no endereço http://www.mte.gov.br. http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/imagemAnexo/MR079553_20152015_12_02T15_53_02.pdf CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2017/2017 NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: GO000094/2017 DATA DE REGISTRO NO MTE: 01/02/2017 NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR002526/2017 NÚMERO DO PROCESSO: 46208.000537/2017-09 DATA DO PROTOCOLO: 24/01/2017 Confira a autenticidade no endereço http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/. SIND EMPREG COM HOTELEIRO SIML MUNC CALDAS NOVAS, CNPJ n. 24.852.923/0001-30, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). EURIPEDES BALSANUFO CRUZEIRO; E SINDICATO DE HOTEIS REST BARES SIM MUN C NOVAS R QUENTE, CNPJ n. 24.854.176/0001-79, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). WELLINGTON LUIZ; celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho previstas nas cláusulas seguintes: CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2017 e a data-base da categoria em 01º de janeiro. CLÁUSULA SEGUNDA - ABRANGÊNCIA A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) Empregados em hotéis, motéis, bares, restaurantes, "pitdogs",choperias, lanchonetes, churrascarias, cassinos, cafés, "boites", sorveterias, casas de chá, "buffet's", pizzarias, pensões, casas de cômodos, hospedarias e similares, bem como em estabelecimentos equivalentes e semelhantes e prestadoras de serviços, com abrangência territorial em Caldas Novas/GO. SALÁRIOS, REAJUSTES E PAGAMENTO PISO SALARIAL CLÁUSULA TERCEIRA - SALÁRIO NORMATIVO É assegurado aos empregados da categoria, representados pelo Sindicato profissional, o Piso Salarial de R$ 988,20 (novecentos e oitenta e oito reais e vinte centavos), a partir de 1º (primeiro) de janeiro de 2.017. REAJUSTES/CORREÇÕES SALARIAIS CLÁUSULA QUARTA - REAJUSTE SALARIAL Aos empregados que tiverem salário superior ao piso da categoria, será aplicado sobre o último salário percebido, o percentual de 8% (oito por cento) de aumento. Parágrafo Único - Aos empregados com menos de 1 (um) ano de serviços prestados, e perceberem salário superior ao piso salarial da categoria em dezembro de 2016, fica assegurado o reajuste da cláusula anterior, proporcional ao tempo de serviço. PAGAMENTO DE SALÁRIO – FORMAS E PRAZOS CLÁUSULA QUINTA - DOS CONTRACHEQUESFicam as empresas obrigadas a fornecer mensalmente, contracheque ou recibo a seus empregados, especificando todas as verbas que compõem a remuneração ajustada e os respectivos descontos. DESCONTOS SALARIAIS CLÁUSULA SEXTA - DOS DESCONTOS / PREJUÍZOS É expressamente proibido o desconto, por parte do empregador na remuneração do empregado, de prejuízos decorrentes de perda de laticínios, frutas, ou quaisquer outros produtos perecíveis, de peças de guarnição dos quartos (toalhas, cinzeiros, copos, etc.), exceto se a perda houver ocorrido por culpa ou dolo do empregado. Parágrafo Único - Fica vedado aos empregadores descontar de seus empregados os prejuízos decorrentes de recebimento de cheques sem previsão de fundoas, previamente vistados, ou dinheiro falso, salvo se houver dolo ou culpa do empregado. CLÁUSULA SÉTIMA - DOS CONVÊNIOS Fica acordado que a partir desta convenção, o empregado poderá optar por livre adesão, aos convênios estabelecidos pelo Sindicato Laboral, sendo que poderá ou não haver participação das empresas, de acordo com os interesses de cada uma, limitando-se, em conformidade com a lei, no valor máximo de descontos em 20% (vinte por cento) do salário do empregado inscrito. OUTRAS NORMAS REFERENTES A SALÁRIOS, REAJUSTES, PAGAMENTOS E CRITÉRIOS PARA CÁLCULO CLÁUSULA OITAVA - GARANTIAS SALARIAIS Os reajustes salariais decorrentes desta CCT não poderão ser, em hipótese alguma, motivo para redução ou suspensão de vantagens, quotas, prêmios, gratificações, adicionais ou percentuais que vinham sendo pagas aos trabalhadores. GRATIFICAÇÕES, ADICIONAIS, AUXÍLIOS E OUTROS GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO CLÁUSULA NONA - GRATIFICAÇÃO DE QUEBRA DE CAIXA Fica garantida a gratificação de quebra de caixa, no valor de R$ 30,00 (trinta reais), aos empregados que exercerem a função de caixa. ADICIONAL DE HORA-EXTRA CLÁUSULA DÉCIMA - HORAS-EXTRAS Em caso de prestação de jornada de trabalho extraordinária, observar-se-á o seguinte: a) intervalo mínimo de 15 (quinze) minutos entre o término da jornada normal e o início da jornada extraordinária; b) fornecimento de lanche ao empregado, pelo empregador. Parágrafo Primeiro - Fica estabelecido que serão remuneradas as horas extras, com adicional de 60% (sessenta por cento) sobre o valor da hora normal. Parágrafo Segundo - Aplica-se ao recebimento de verbas rescisórias, 13° salário e férias anuais a média de todos os rendimentos variáveis recebidos nos últimos 04 (quatro) meses efetivamente trabalhados ou fração superior a 15 (quinze) dias. Parágrafo Terceiro - Será permitido celebração de acordo individual de trabalho entre empregado e empregador, estabelecendo a elasticidade da jornada de trabalho em até 2 (duas) horas por dia, mediante a compensação em outro dia, conforme artigo 59 da CLT. Parágrafo Quarto - Será permitida a prorrogação e compensação das horas extras através do regime de banco de horas previsto nesta Convenção Coletiva de Trabalho, não devendo a jornada diária exceder a 10 (dez) horas, salvo no período considerado como alta temporada, que são os meses de janeiro e julho, e ainda, nos feriados prolongados, períodos em que a jornada diária poderá ultrapassar a 10 (dez) horas, não podendo exceder a 12 (doze) horas. ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - TRIÊNIO E QUINQUÊNIO A todos os trabalhadores fica concedido, a título de prêmio permanência, os percentuais de 3% (três por cento) como triênio e 5% (cinco por cento) como quinquênio, não cumulativos. OUTROS ADICIONAIS CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - ADICIONAL DE PRODUTIVIDADE Fica concedido um adicional de produtividade de 6 % (seis por cento) do salário fixo do trabalhador integrante da categoria, excluindo aqueles que tiverem mais de 01 (uma) falta injustificada no mês trabalhado. Este adicional só será devido ao trabalhador após o término do contrato de experiência, que é de 60 (sessenta) dias. CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - TAXA DE SERVIÇO Os bares, restaurantes, pizzarias e similares poderão cobrar taxa de serviço de 10% (dez por cento) nos estabelecimentos abrangidos por esta convenção, que serão revertidos integralmente aos garçons, como contraprestação ao seu labor. Parágrafo Primeiro - Aos garçons que perceberem a base de comissão ou 10% (dez por cento) de suas vendas brutas exigidas pelo empregador, o ajuste na segunda hipótese, deverá ser expresso e homologado pelos sindicatos convenentes. Parágrafo Segundo - Também os empregadores de restaurantes tipo "self service" poderão fazer uso da taxa de serviço em seus estabelecimentos, mediante acordo escrito firmado entre as empresas e o Sindicato Profissional. CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - DISTRIBUIÇÃO DA TAXA DE SERVIÇO Os hotéis e similares poderão acrescentar nas despesas dos hóspedes ou clientes taxa de serviço, no valor de 10% (dez por cento), sendo que o montante arrecadado será assim distribuído: A) 30% (trinta por cento) para empresa; B) 65% (sessenta e cinco por cento) distribuídos entre os empregados, e C) 5% (cinco por cento) ao sindicato profissional. Parágrafo Único - A cobrança da taxa de serviço apenas será possível mediante acordo escrito, firmado entre a empresa e o Sindicato Profissional. PRÊMIOS CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - PRÊMIO ASSIDUIDADE Será concedido por prêmio de assiduidade, sobre o vencimento dos empregados, o percentual de 10% (dez por cento), na ocasião da concessão e gozo das férias, quando o trabalhador não tiver nenhuma falta justificada ou não, durante o período aquisitivo, que não se incorporará ao salário. AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES As empresas fornecerão a seus empregados uma refeição a cada jornada de trabalho, calculada sobre um centésimo do salário mínimo vigente, quando assim se fizer necessário, não caracterizando salário in natura. CONTRATO DE TRABALHO – ADMISSÃO, DEMISSÃO, MODALIDADES NORMAS PARA ADMISSÃO/CONTRATAÇÃO CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - RETENÇÃO DA CTPS Quando houver retenção da CTPS do obreiro por mais de 05 (cinco) dias por parte do empregador, além dos prazos assinalados por lei, este estará obrigado a pagar ao empregado uma indenização de um dia de salário por dia de atraso, exceto se ocorrer por culpa comprovada do obreiro. DESLIGAMENTO/DEMISSÃO CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - GARANTIAS NA RESCISÃO CONTRATUAL O Sindicato laboral se obriga a homologar as rescisões de contrato de trabalho, de acordo com a súmula 330 do TST, ressalvando as horas extras pleiteadas pelo empregado. O não cumprimento desta ressalva implicará na perda do direito do empregado de pleitear esta verba futuramente, sob pena de ser considerada litigância de má fé. Se ocorrer rescisão contratual no período de 30 dias que antecede à database, observado o enunciado 182 do TST, o pagamento das verbas rescisórias com salário já corrigido não afasta o direito à indenização adicional prevista nas Leis 6.708/79 e 7.238/84. CLÁUSULA DÉCIMA NONA - GARANTIAS NA RESCISÃO CONTRATUAL (MENOS DE 1 ANO DE CONTRATO) As rescisões com menos de 01 (um) ano de contrato poderão ter assistência do Sindicato obreiro, com a presença do representante do empregador, para em seu nome, intermediar as negociações de acordos rescisórios, caso seja de interesse do trabalhador e da empresa, observando os preceitos da cláusula anterior. CLÁUSULA VIGÉSIMA - MULTA PELO ATRASO NO PAGAMENTO RESCISÓRIO As empresas que não efetuarem o acerto de contas e homologação das rescisões de contrato de trabalho, conforme determina a legislação em vigor, se obrigam a pagar, após o 15° (décimo quinto) dia sucessivo de atraso, multa de 1% (um por cento) ao dia para o trabalhador, calculado sobre o valor líquido da rescisão, com a limitação do artigo 412 do Código Civil. CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA - DISPENSA DA EMPREGADA GESTANTE Quando da dispensa da empregada, no caso de gestação, fica esta obrigada a comunicar a empresa seu estado de gravidez, além de comprová-lo através de exame laboratorial, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da comunicação
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