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07/10 Anestesia Geral Inalatória É aquela obtida através da absorção de um anestésico inalatório pela via respiratória, passando para a corrente circulatória e atingindo o SNC, produzindo anestesia geral. Anestésicos líquidos podem ser administrados pela mistura de vapores com oxigênio ou óxido nitroso-oxigênio e, então, fazer o paciente inalar a mistura. O vapor será administrado no paciente por meio de um tubo ou máscara. Vantagens: · Tempo não é limitante · Via de administração e eliminação = respira e solta pela respiração · Pouco metabolizados · Manutenção da anestesia no plano desejado · Facilidade de controle da anestesia · Obrigatoriedade do fornecimento de O2 · Rápida indução e recuperação O anestésico inalatório tem que ser diluído no oxigênio. Por usar muito oxigênio, pode usar fármacos depressores respiratórios, pois o paciente recebe até 5x mais oxigênio então ele fica estável. Características desejáveis · Pouco metabolizados, o que é ideal. · Não irritantes a mucosa: Isofluorano é desconfortável pois irrita as mucosas o que reflete em tosse; · Não inflamável (éter) ou explosivo (clorofórmio): A vantagem de não pegar fogo é o uso tranquilo do bisturi elétrico; O perigo de inflamável é cair e explodir; · Baixo coeficiente de solubilidade no sangue e gordura · Não nefrotóxico ou hepatotóxicos · Não sensibilizar o miocárdio a ação das catecolaminas – a ação do estresse com a cirurgia aumenta a adrenalina e se você usa um anestésico que estimula o miocárdio ele terá uma maior chance de apresentar arritmia · Odor agradável Formulas químicas: · Isofluorano · Halotano – praticamente ninguém usa atualmente · Sevofluorano Farmacocinética O paciente dorme rápido porque o primeiro lugar que o anestésico chega é o cérebro e acorda rápido porque o primeiro lugar que o anestésico sai é do cérebro; A sonolência permanente após a anestesia é porque ainda tem um pouco, depois de sair do cérebro, de anestésico no músculo; Fatores que controlam a concentração dos anestésicos inalatórios do SNC – PROVA Coeficiente de solubilidade sangue/gás; Quanto mais solúvel no sangue for o anestésico inalatório, mais lento para dormir, mais lento para acordar = Quando ele vai caindo no sangue ele vai se dissolvendo, mais quando não consegue mais dissolver ele forma microbolhas que passam pro cérebro. · Traduz a pressão parcial deste quando há equilíbrio entre o anestésico dissolvido no sangue e no ar alveolar. Logo, quanto maior o coeficiente de solubilidade de sangue/gás, mais tempo levara o fármaco para atingir a concentração anestésica no SNC. Assim, demorada mais a indução e recuperação anestésica. · Quanto mais solúvel, mais lento. Ou seja, migra de profundidade lentamente. O tanto que o anestésico demora para dormir, demora para acordar. Ou seja, se migra rápido para o cérebro pra apagar, acorda rápido. Se migra lento, demora para aprofundar mais demora pra acordar. · Halotano – demora · Sevofluorano – rápido, tenta levantar depois de uns 3/4min; Vantagem é que você acompanha o animal exatamente com o que está acontecendo no corpo dele, pois é rápida a migração do fármaco. · O isofluorano não é tão lento, mas também não é tão rápido. Exemplo: se está em uma cirurgia e o animal sente dor, aumenta o Sevofluorano e depois de 2 minutos o animal ainda está sentindo dor, é porque aumentou pouco e não porque não fez efeito ainda. Agora se for com Halotano, pode ser que não tenha tido efeito ainda, esperar um pouco mais. PROVA: I. Halotano: Mais solúvel e mais lento II. Isofluorano: Solubilidade e velocidade intermediários III. Sevofluorano: Menos solúvel e mais rápido; menor latência CAM (concentração alveolar mínima) PROVA Quantidade de anestésico que precisa dar para metade dos pacientes não reclamarem na incisão de pele = CAM foi a quantidade encontrada usado para anestesiar. · Valor da CAM x 1,5 = 95% dos pacientes ficam bem na anestesia; · Os outros 5% vai ter que aumentar ou diminuir um pouco disso; · A CAM é diferente entre espécies, depende da sensibilidade da espécie; · Quando animal está mais debilitado colocar 1 CAM, em vez de, 1,5 CAM. E se precisar, aumenta. Mas não começar direto pois tem chance do animal não suportar. · Quanto maior a CAM, menor a potência; Halotano – maior potente com menor CAM e mais lento porque tem maior solubilidade Isofluorano – CAM intermediária portanto potência intermediaria, velocidade intermediaria, pois, tem solubilidade intermediaria Sevofluorano – menor potente porque tem a maior CAM e o mais rápido porque é o menos solúvel Exemplo: Isofluorano em cão = 1,15 x 1,5 = 1,8 % é a concentração inicial, a partir disso verificar se precisa de mais ou menos; Fatores que diminuem a CAM: não cai na prova mas cai em concurso publico · Hipotermia (<36C no cão) · Acidose metabólica · Hipotensão · Gestação · Idade avançada · PaO2 menor que 40mmHg · PaCO2 maior que 95 mmHg · Fármacos que deprimem o SNC (MPA, anestésicos injetáveis) · Uso de opioides no transoperatório Fatores que aumentam a CAM: · Hipertermia, a temperatura alta acelera o metabolismo, ficando muito volátil; · Estimuladores do SNC (anfetaminas), pois tem um efeito contraditório com o fármaco anestésico que deprime o SNC. Metabolização hepática (%) PROVA I. Halotano: anestésico mais metabolizado, pelo menos 20%; E ele forma um metabólito chamado ácido trifluoracético, esse ácido é responsável pela maioria das doenças, risco de câncer, aumenta os quatro depressivos. O principal motivo pelo qual o Halotano está desaparecendo é por causa da grande produção desse ácido, não sendo seguro principalmente para a equipe cirúrgica que entra em contato com ele todos os dias. = MAIS METABOLIZADO, MAIS TÓXICO II. Isofluorano: A produção desse ácido é menor = MENOS METABOLIZADO, MAS TOXICIDADE INTERMEDIÁRIA III. Sevofluorano: Ele não forma o ácido trifluoracético como metabólito, sendo melhor para o hepatopata. Apesar de ser mais metabolizado só a não formação do ácido é mais seguro = METABOLIZAÇÃO INTERMEDIÁRIA, MAS MENOS TOXICO PORQUE NÃO PRODUZ O ÁCIDO - Pesquisar mais sobre esse ácido Mecanismo de ação: Não se sabe ao certo ainda o mecanismo de ação, nenhuma teoria ainda foi provada; TABELA CAI NA PROVA – SNC COMPARANDO OS FÁRMACOS I. Halotano: Deprime o miocárdio (PERIGOSO PARA CARDIOPATA); extremamente depressor de respiratório; HEPATOTÓXICO; NEFROTÓXICO; Teratogênico e induz aborto; Velocidade de indução e recuperação lento; II. Isofluorano: Deprime menos o miocárdio, o Isofluorano é mais vasodilatador que o Sevofluorano, ou seja, para cardiopata dilatar é bom (DILATADOR, DIGITAL, DIETA, DIURÉTICO); Deprime o respiratório de forma parecida com o Sevofluorano; Irrita a mucosa; Hepatotóxicos intermediário; nefrotóxico igual Sevofluorano; Teratogênico sugere mínimos efeitos; Velocidade de indução e recuperação intermediário; III. Sevofluorano: Deprime menos o miocárdio; Se não for ICC o Sevofluorano é a melhor escolha; Deprime o respiratório que nem o Isofluorano mas o odor é mais agradável e não irrita a mucosa; Menos hepatotóxicos; Nefrotóxico igual o Isofluorano; Teratogênico sugere mínimos efeitos; Velocidade de indução e recuperação rápida Quando usar Sevofluorano em vez de Isofluorano? · Indução na máscara (rápido, odor bom) · HEPATOPATAS · Cardiopatas ou hemorragia exceto as cardiopatias a onde vasodilatar seja vantajoso Tirando essas, USAR SEMPRE ISOFLUORANO. O uso do Halotano não é recomendado. Riscos da exposição aos anestésicos inalatórios: · Cefaléia, náusea, fadiga e irritabilidade · Aumenta prevalência de abortos, anomalias congênitas, tumores, doenças hepáticas Cuidados para reduzir a poluição: · Cuff : balão que inibe vazamento · Uso mínimo de mascara e sistemas abertos · Evitar vazamentos · Sistemas antipoluentes Aula 14/10 Aula de Planos anestésicos Estágios: 1. Excitatórios (não são importantes) 2. Excitatórios (não são importantes) 3. Planos 1, 2, 3 e 4 4. Planos anestésicos Para cães: 1. O cão fica calmo, aperta o interdigital dele (para ver reflexo). Ele puxa a pata sóum pouco. Esse plano não é analgésico. Reflexo ocular normal 2. O globo ocular rotaciona, aparece a parte branca do olho. Começa a perder reflexo palpebral e Laringotraqueal (já consigo entubar o cao). Ele já tem um grau de analgesia. Dá para tirar ponto, tirar bicheira, limpar ferida, por exemplo. É o mais usado para procedimento ambulatórios e é o mais seguro, difícil ter complicações nesse plano. 3. O globo ocular centralizado, pupila pequena (miose) e não tem reflexo palpebral. É o mais profundo, boa analgesia. É o que da para fazer cirurgia mais pesada. 4. Acontece a midríase, não tem reflexo palpebral. É onde tem o paciente mais profundo do que eu posso. Depressão tão grave que é irreversível. Perde o sistema nervoso autônomo. Para gatos: 1. Primeiro plano só quieto e não perde reflexo e vai ter interdigital 2. No segundo plano ele só perde o interdigital, tem reflexo palpebral normal. Não dá para intubar 3. No terceiro plano é igual o cachorro no segundo plano. Rotacionado perde parto do palpebral e parte do Laringotraqueal, pode intubar. Por isso não correr o risco de aprofundar pro quarto, pois corre risco de vida. 4. Quarto plano é olho centralizado sem reflexo palpebral, mesmo com miose ou midríase. Exemplos dado em aula: · Cão cianótico com olho rotacionado, tratar a cianose, mas não tirar anestésico, pois está em segundo plano e não foi erro de fármaco. · Animal hipotenso e olho rotacionado, tratar a hipotensão com fluidoterapia e vasoconstritor, tratando a hipotensão. Mas não tirar o anestésico, o segundo plano é seguro. · Animal hipotenso, sem palpebral, centralizado e midríase = tirar todo anestésico urgente e dar oxigenioterapia pois ele está no quarto plano e qualquer momento pode parar Exames físicos durante a cirurgia: A. Coloração de mucosa: pálido – hipovolemia (transferir sangue) ou hipotensão (transferir fluido); B. Temperatura: hipotérmico – perde os reflexos e não consegue mais identificar o plano que está; C. Conferir respiração, pressão arterial ou pulso do paciente: O pulso é um bom parâmetro para a parte respiratória (Bradcárdico, normocárdico, Taquicardíaco) D. Para gatos a abertura de mandíbula é um bom parâmetro: Se ele segurar é porque está acordado (em segundo plano), se ele deixar é porque está profundo O que vai cobrar na prova: diferenciar os planos de cão e gato Aparelhos anestésicos · Cilindro de oxigênio: fornecer oxigênio, fornecer anestésico e filtrar gás carbônico. O cilindro se é de oxigênio ele TEM QUE SER VERDE, é proibido trocar as cores. O material pode ser de ferro (mais pesado) ou alumínio (mais leve). · Substituto pro cilindro é o concentrador de oxigênio, a vantagem é que não gasta pra recarregar. · Válvula redutora: ela reduz a pressão alta do cilindro para uma pressão viável para se conectar. E mostra o quanto de oxigênio ainda tem para monitoração de reposicionamento do cilindro. · Mangueira · Fluxometro · Vaporizador: é onde coloca o anestésico para misturar com o oxigênio. Existem dois tipos universal (barato, funciona com qualquer anestésico, mas não se sabe a quantidade que está dando) e do tipo calibrado (mostra a porcentagem que está dando de anestésico, mas é caro compensa quando se tem um alto movimento de cirurgia) Sistemas anestésicos I. Sistema aberto: respira em um ambiente aberto (tupperware, mascara) II. Sistema fechado/ Sistema semi-fechado · Com reabsorvedor de CO2 circular: Mais de 5kg · Sem reabsorvedor de CO2 avalvular (Baraka): menos de 5kg mas pode usar até 10kg Obs: animais entre 5kg – 10 kg pode usar os dois Aula 21/10 Particularidades da anestesia de Equinos – Grandes animais Avaliação pré-anestésica: O equino tem uma função especifica, ele precisa ficar de pé. Pois pode comprimir estruturas importantes. Se o animal não estiver estabilizado, não consegue entrar em cirurgia. Caso: Égua com grande massa no abdômen, não consegue ficar de pé, cólicas a noite toda. Depois descobriram que ela na verdade estava em trabalho de parto, não era cólica. 1. Colocar em uma posição anatômica melhor 2. Estabilizar e reidratar 3. Avaliação física – atendimento prévio Hidratação I. Cristalóide (Ringer Lactato): primeira escolha, fazer assim que o equino chegar por acesso venoso · Hidratação lenta · Edema · Hemodiluição II. Hipertônica: estabelecer volemia para entrar em cirurgia · Expansor plasmático · Desidratação extravascular · Se faz em 5 minutos e estabilização dura 1 hora · Considerado em situações emergenciais, mas só usar depois de tentar fazer Ringer Lactato. Pode fazer enquanto deixa o RL aberto. Jejum ideal 24 horas de sólido e 6 hídrico · Jejum mínimo – 4 a 8 horas sólido · Lavagem estomacal recomenda-se se não estiver em jejum de 4 a 8 horas. Se vier sangue é EMERGENCIAL Mucosas e TPC A mucosa do cavalo é um pouco mais pálida (hiperêmico), ele é mais sensível a anestésico e pode descompensar na anestesia. Paracentese abdominal · Liquido amarelo/transparente: normal · Turvo por causa da proteína: grau de vasculite que permitiu a passagem de proteína · Aspecto vermelho: quando passa uma quantidade absurda de hemácia · Fibroso: ruptura – EUTANISIA · Quanto mais soro se faz, maior a quantidade de líquido abdominal Palpação retal Um dos principais métodos de saber o que está acontecendo, dependendo do quadro já se sabe se vai ter que usar mais ou menos anestésico Intensidade da dor e Respostas aos analgésicos I. Escopolamina: cólica com hipermotilidade, cólicas que respondem bem a escopolamina não são cirúrgicos II. AINES: não respondeu a escopolamina, se a dor cede a AINES o prognóstico tem tendência a ser bom · Flunixin meglumine · Dipirona III. Alfa2agonistas: se não respondeu a AINES, se só funcionou com Alfa2 o prognóstico é reservado · Xilazina IV. Opióides: não respondeu a Alfa2agonista, se funcionou é porque o prognóstico já é ruim · Butorfanol · Morfina: pode ser utilizado em cavalos, porém se o animal precisa dela é porque o prognóstico já é muito ruim e a chance de óbito é grande. Analgésico muito forte = dor muito forte = dor estrangulativa Higienização do paciente · Lavar a boca para retirar resto de capim ou ração, pois na hora de entubar pode levar para dentro do pulmão · Tricotomia e antissepsia: deixar pronto antes de deita-lo no centro cirúrgico O cavalo de barriga pra cima não consegue esvaziar o gás presente no abdômen, podendo romper a alça intestinal ou comprimir o diafragma por distensão abdominal impedindo a respiração, levando ao óbito. Importante então, na hora que deita o cavalo para cirurgia, já inicia-la para terminar o mais rápido possível. Exame Clínico · Anamnese: medicações prévias · Exame físico: completo · Complementares: só se tiver Avaliação das características físicas e comportamentais: cuidado para o piso liso pois pode cair á caminho da cirurgia. Se for agressivo, entrar parcialmente sedado. Anticolinérgicos MPA Escopolamina (IM) · Efeito discreto · Tratamento ou prevenção de bradiarritmias (3% é assintomático por isso CUIDADO, fazer avaliação prévia) · Reduz motilidade intestinal Tranquilizantes: pode usar, mas cuidado com efeitos anestésicos; não é muito usado Acepromazina · Efeito tranquilizantes discreto · Efeito extrapiramidal (cai com facilidade) por bloqueio de dopamina · Priapismo · Ataxia Alfa2agonista: uma das MPAS mais importantes em equinos Xilazina ou Detomidina (melhor, mais cara) · mais utilizado: facilita a queda e analgesia do equino, UTILIZAR SEMPRE · não utilizar em potros novos ou quando o animal já está deitado · Sedação, relaxamento muscular, analgesia visceral e ataxia · Bradicardia, redução do debito cardíaco, depressão respiratória, hipertensão seguida de hipotensão Opióides Agonista (Petidina e Tramadol para dor fraca e Morfina e Metadona para dor forte) · Petidina não deve ser utilizada para VI · Tramadol: efeitos bastantes discretos · Metadona: em estudos iniciais · Cuidado com depressão respiratória e excitação · Mais utilizado Morfina que metadona, pois o efeito adverso em pequenos que é emese, o equino nãotem Benzodiazepínicos (UTILIZAR SEMPRE) Diazepam ou Midazolam · Nunca utilizar isoladamente · Miorrelaxantes · Diazepam possui metabolitos ativos Adjuvante de indução Guaifenesina/Éter Glicerol Guaiacol (EGG) · Miorrelaxante de ação central · Facilita a intubação orotraqueal · Concentração adequada 5%: porem é permitido até 10% - 15% · Dose: 50 a 100 mg/kg por infusão exclusivamente intravenosa RESUMO DE MPA PARA EQUINOS USAR SEMPRE · Opióides: Petidina · Benzodiazepínicos: Diazepam · Miorrelaxantes: EGG QUASE SEMPRE: menos em potrinhos ou animais deitados · Alfa2agonistas Anticolinérgicos: Escopolamina, cuidado com bradicardia e hipermotilidade Animal mais agitado: FAZER ACEPROMAZINA, porém cuidado com hipotensão, hipotermia, diminui limiar de convulsão, esplenomegalia, priapismo, diminui hemácias MPA: Opióides, benzo, Miorrelaxantes e alfa2agonista, SEMPRE. E pensar em anticolinérgicos e Acepromazina SE PRECISAR. Sedação 4 membros abertos, sem descansar o pé indica que não consegue mais arrumar sua posição e não irá brigar na queda e cabeça baixa Indução anestésica · Indução rápida e suave: sempre IV · Relaxamento muscular adequado (um dos aspectos mais importantes para analgesia do equino): importância de adjuvantes · Local tranquilo e acolchoado: minimizar o impacto · Acompanhamento do animal: importante deixar o cavalo contra a parede pra ele cair para um lado só, porque se ele rotacionar ele fratura o membro; levantar a cabeça para ele jogar a força para o membro pélvico e sentar; Indução: mais usado nessa ordem · Quetamina: principal anestésico de indução do equino (PROVA) · Tiopental · Propofol · Etomidato – NÃO É USADO pois tem muitos acidentes Quetamina – Indução anestésica Efeitos: · Hipertonia muscular (benzodiazepínicos + alfa2agonista) · Padrão respiratório apnêustico · Taquicardia · Aumento de PA e DC · Dose 2,0 – 3,0 mg/kg IV · NÃO FAZER EM EPILÉTICO E EM TRAUMA CRANIANO Tiopental – Indução anestésica Recomenda-se para o equino epilético e trauma craniano Efeitos: · Intensa depressão cardiovascular e apnéia transitória · Bom relaxamento muscular · Queda brusca · Recomenda-se para animais hígidos · Dose: 6 a 12 mg/kg Propofol – Indução anestésica Efeitos: · Bollus/ infusão contínua · Ausência de excitação · Não é muito utilizado em equinos porque a indução é lenta e em equinos indução lenta da apneia · Miorrelaxamento moderado e ausência de analgesia · Depressão respiratória · Apnéia transitória · Hipotensão arterial · Dose: 2mg/kg PLANOS ANESTÉSICOS PRIMEIRO PLANO: O cavalo cai em primeiro plano e o primeiro plano do equino é marcado por nistagmo, isso significa que se estimular a dor ele mexe SEGUNDO PLANO: Quando para o nistagmo e ele começa a reduzir o palpebral e pode piscar, ele está em segundo plano TERCEIRO PLANO, o equino vai ter corneal (pisca se tocar na córnea), miose e perde o palpebral QUARTO PLANO, perde o corneal (toca na córnea e não pisca) e faz midríase Anestesia inalatória Posicionamento: colocar colchoes entre os membros para não causar lesão de um peso de um membro sobre o outro · Isofluorano (melhor) Adjuvantes na analgesia: Opióides trans-operatórios (piora o prognóstico?? Não se sabe)/ Lidocaína: estabilidade pressórica, reduz a necessidade de anestésico em 25% e a pressão fica melhor, infusão Qual é a principal complicação trans-operatória? HIPOTENSÃO ARTERIAL (PROVA) Adjuvantes no tratamento da hipotensão arterial · Hipertônica (7,5%) associada a Efedrina ou Dobutamina, com Dobutamina tem melhor diagnóstico do que com Efedrina. Se já tiver tomado hipertônica aplicar Dobutamina ou Efedrina só. Monitorização: medir PA média (60 a 90 mmHg normal) / ECG (arritmias)/ Oximetria (92 a 98%) / Capnografia (depressão respiratória) / Hemogasometria (equilíbrio ácido base) / dose de eletrólitos como cálcio e potássio) - SOMENTE OS 3 PRIMEIROS SÃO OBRIGATÓRIA Recuperação anestésica · Piso não escorregadio e acolchoado, sem nenhum material dentro da sala para evitar acidentes · Posicionamento · Ambiente tranquilo · Ajuda para levantar · Recuperação excitada – sedar novamente · Sonda nasotraqueal mantendo oxigenação no pós-operatório, porém não vende no BR Principais complicações são miopatias pós-anestésicas e neuropatias compressivas. O ideal é o animal levantar em até 1 hora. Possibilidades a campo (NÃO CAI EM PROVA) Protocolos mais usados de anestesia dissociativa: Xilazina + Petidina + Quetamina + Diazepam - Período hábil: 15 a 20 min; reaplicações meia dose te dá mais 10 min; procedimentos bastante rápidos Protocolos mais usado para procedimentos mais longos chamado de Triple Triple: Xilazina + EGG + Quetamina misturado no Soro, pingar lento · Monitorização por Globo ocular (reflexo palpebral, nistagmo), Frequência e amplitude respiratória (mucosas), frequência e ritmo cardíaco (TPC) e pressão arterial · Considerações finais: Procedimentos com tempo de duração inferior a 1 hora/ Sempre associado a potentes relaxantes musculares/ sempre que possível suplementar oxigênio com ventilação assistida (principalmente para potros) PROVA: Efeitos desejáveis e indesejáveis Planos anestésicos Anestésicos inalatórios: coeficiente, CAM, diferença entre eles Aula de equinos – prognóstico, medicações quando usa cada uma delas e complicações trans e pos operatória Aula 11/11 Anestesio Locorregional Mecanismo de ação: A porção não ionizável do fármaco é responsável pela penetração deste, porém é a parte ionizável desta fração é que se ligam aos receptores proteicos nos canais de Sódio, impedindo o influxo deste de modo a bloquear a condução nervosa. Farmacocinética Absorção: quanto maior a vascularização regional, mais rápida será atingida a concentração plasmática alta, possibilitando maior toxicidade. O pH do meio influi na extração do íon H+ no momento de liberação das formas ativas, onde meios mais alcalinos propiciam estas reações e meio ácidos (tecidos inflamados) a dificultam. · Anestésico local não penetra em pele integra Associações com vasoconstritores: evitar em extremidades, circulação terminal e em feridas muito extensas. Vantagens de vasoconstritor: · Prolonga o bloqueio · Diminui toxicidade · Permite usar um volume maior Desvantagens, não pode usar vasoconstritor: PROVA 1. Cardiopata grave ou Hipertenso: quando injeta adrenalina sobe pressão e frequência cardíaca 2. Diabético, porque o vasoconstritor é um fator de resistência insulina e pode induzir cetoacidose diabética 3. Não pode usar em extremidades (ponta de rabo, dedo) pode necrosas o tecido, porque a vascularização nessas extremidades é finas e pode gangrenar 4. Circulação terminal, principalmente nos cortes 5. Quando tem feridas muito extensas com acometimento vascular, necrosa o tecido com vasoconstritor Fármacos 1. Cloridrato de Tetracaína (Ametocaína, Pantocaína, Decicaína) · Extremamente potente e tóxica (não pode injetar pois é extremamente tóxico) · Demora muito para agir, lento início de ação · Logo, só serve como anestesia local tópica (ocular – solução ou pomada) · Dose máxima permitida 1mg/kg; animais com menos de 1kg é uma gota por paciente; animais com mais de 1kg uma gota em cada olho ou até duas gotas por olho · Exemplo: cauterização química em ulcera de córnea se usa o cloridrato de tetracaína – 2 gotas · Humano: usados em processos odontológicos 2. Cloridrato de Lidocaína (Xilocaína, Liquocaína, Anestacon) · Anestésico local mais usado pois tem uma latência curta, tempo de duração de até 2 horas e rápida difusibilidade, o que significa que ele espalha bem aumentando a chance de funcionabilidade do bloqueio. · Potência e duração média · Rápido início de ação · Alto poder de penetração · Usado de 0,5 - 2% infiltrativas e perineurais e de 4 - 10% para tópicas · Dose máxima permitida 7 mg/kg (9mg/kg associado a adrenalina) · Pode ser utilizado de forma injetável, mas em uma dosagem mais baixa do que a versão tópica. Tomar cuidado pois se for a formulação for tópica e injetar pode lesar o nervo permanentemente 3. Cloridrato de Bupivacaína (Marcaína,Carbostesin, Neocaína). · Segundo mais usado na veterinária · 3 a 4 vezes mais potente que a lidocaína · Longa duração (180 – 500 min), dura mais tempo e essa é o motivo dela ser usado · Usado 0,25; 0,375; 0,5; 0,75% · Considerável cardiotoxicidade, não é mais usada que a Lidocaína por ser mais tóxica e uma vez intoxicado aumenta a chance de óbito. Se usa Bupivacaína QUANDO PRECISA · Dose máxima permitida 2 – 4 mg/kg · Humano: usado em microcirurgias 4. Ropivacaína (Naropin) · Duração semelhante à da bupivacaína; · 90 – 95% de ligação à proteína plasmática (baixa concentração fetal); · Toxicidade reduzida no SNC; mas também bem mais caro · Bom bloqueio sensitivo e leve bloqueio motor; · Predominância de 95% da fração levógera. · Desvantagem: não relaxa bem a musculatura · Uso na veterinária: Cesárea – aumenta a chance do feto ficar vivo pois tem menos toxicidade para o feto Preparação do paciente · Avaliação pré-anestésica · Jejum alimentar e hídrico · Assepsia nos pontos de inserção da agulha, lembrando que você bate a agulha no nervo · Utilização de material estéril · Estabelecer um acesso venoso, qualquer punção que passe do subcutâneo é preciso acesso venoso antes · Sedação adequada do paciente · Possuir material para pronto atendimento em casos de complicações Classificação das Técnicas Anestésicas Anestesias Tópicas · Feridas abertas, olhos, mucosas orais e nasais. NÃO É INJETAVEL E SIM DEPOSITADO NO TECIDO · Lidocaína de 4 a 10 % · Tetracaína de 1 a 2% e colírio a 0,5% · Hialuronidase: única pomada que pega em pele integra · Usados em: Colírio anestésico, sutura de feridas e fixação de soro uretral – lembrar de passar a solução na mucosa, em pele integra não pega, mas em mucosa sim Anestesias Infiltrativas · Botões intradérmicos (biopsia de pele) · Infiltração subcutânea Profundidades diferentes · Infiltração profunda · Intratesticular Bloqueio Intercostal · Usado em: mastectomia associado a epidural; casos de toracotomia; punção de efusão pericárdica · O nervo passa sempre na borda caudal da costela Palpar a costela e na borda caudal colocar ela um pouco para o lado como dedo Nervo Mirar a agulha do lado da costela Anestesias Perineurais · Emergência de forames · Grandes nervos e suas ramificações · Conhecimento anatômico Anestesias de cabeça Infraorbitário: entrada com agulha no forame no quarto pré-molar. Tampar o forame com o dedo quando injetar para o anestésico não sair para fora. Em excesso bloqueia o olho também, dilatação de pupila. Nervo mentoniano: bloqueio pelo canino Mandibular: técnicas intra-oral (30Graus a agulha) com porcentagem de erro maior. Outra técnica é extra-oral, palpa por dentro e direciona a agulha por fora. Bloqueio de plexo braquial: Raízes nervosas se aproximam em um único ponto e formarão os 4 nervos do braço. A técnica é jogar o anestésico nesse único ponto, na borda da costela. Saberá que está no lugar certo pois seu dedo parece que passa por uma lombada, quando aperta esse local, a artéria axilar vai perder a pulsação, quer dizer que está no lugar certo e pode injetar o anestésico. Anestesia Intravenosa (Bier): trocar um pouco de sangue por anestésico local. Esperar meia hora para o anestésico não sair. E só pode operar até 1h30 porque tem que soltar o garrote para não gangrenar. USADO PARA CIRÚRGIAS RÁPIDAS · Vascularização preservada; · limitação de tempo; · conhecimento anatômico Anestesia Peridural · Mais utilizada · Anestésico fora da dura-máter, não vem líquido. Bloqueia o nervo na saída da coluna. espaço epidural é preenchido por gordura e veia; Indicações: · Tratamento de dor radicular aguda ou crônica · Reduzir mortalidade e morbidade de pacientes · Redução dos efeitos sistêmicos dos fármacos · Analgesia contínua · Redução de custos Fisiologia epidural: Compreensão medular e bloqueio do simpático levam a Bradicardia e Hipotensão. Sempre vai piorar um pouco a respiração e vai aumentar a motilidade gastrointestinal podendo levar a náuseas e vômitos no paciente, muitos até defecam logo após o bloqueio. Recomendado inclusive fazer lavagem intestinal antes em mulheres que irão parir. Desvantagens/ contraindicações: tem mais efeito sistêmico, segura para ASA 1 ASA 2 e alguns ASA 3. Não é segura para pacientes mais debilitados · Deformidade da coluna vertebral · Infecções no local da punção – pode levar a sepse · Hipovolemia · Choque circulatório · Sepse / bacteremia · Doenças neurológicas centrais (MEG, Cinomose) · Coagulopatias · Heparinizações plenas com alteração no coagulograma Diferença de anestesia epidural e raquidiana: Raquianestesia não é usado muito em veterinária pois leva a hipotensão Anestesias Espinhais – PUNÇÕES Pele -> Subcutâneo -> Ligamento supra-espinhoso -> Ligamento interespinhoso (conecta as vértebras) -> Ligamento amarelo/flavum (ligamento fibroso que da uma crepitada quando passa com a agulha) -> Espaço peridural com veia e gordura Verificação das punções: I. Técnica da perda de resistência (pequenos) – entra com a agulha conectada em uma seringa com líquido e uma bolha de ar de 0,5ml. Se continuar com 0,5ml de ar quando injetar está no lugar certo; Melhor técnica: montar soro e conectar o equipo na agulha e abre o soro e vai descendo a agulha, quando chegar no espaço epidural o soro começa a gotejar II. Técnica de gota pendente (pequenos, equinos e ruminantes): encher a agulha cheio de soro e quando acessar o espaço epidural essa gota é aspirada para dentro. EXISTE FALHA NA TÉNICA E AS VEZES NÃO ASPIRA, pois tem gordura no local III. Técnica assobiar aspirativo (ruminantes): quando coloca a agulha e vai passando, ao chegar no espaço você ouve uma aspiração como um assobio IV. Técnica punção sangue e/ou líquor: SEMPRE: Antes de injetar anestésico, aspirar/puxar para ver se não vem sangue o que indica que pegou uma veia no espaço epidural ou vier liquido o que significa que você passou do espaço. Local: Espaço lombossacro (L7 – S1): Melhor e mais fácil de fazer Gato: sacrococcígeo Cálculos Lidocaína (2%) + Morfina (10mg/ml) =0,1 mg/kg 4 mg/kg Ql = P x D/ [ ] = 10x4/20 = 2 ml Qm = P x D/ [ ] = 10x0,1/10 = 0,1 ml Bupivacaína (0,5%) + Morfina (10 mg/ml)0,1 mg/kg 1 mg/kg Ql = P x D/ [ ] = 15x1/5 = 3ml Qm = P x D/ [ ] = 15x0,1/10 = 0,15 ml · Volume total = 0,3 x 15 = 4,5 ml 3 ml + 0,15 ml = 3,15 ml para 4,5 ml dá 1,35 ml completa com soro IMPORTANTE: Calcular pelo peso que o animal deveria ter e não pelo peso que o paciente está; Logo, se tiver obesidade importante estimar o peso que ele deveria ter na hora de calcular. E se for caquético, fazer pelo peso que o paciente deveria ter.
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