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Apostila Anestesiologia Veterinária Avaliação Pré-Anestésica e Risco Anestésico ✓ Termo grego anaisthaesia: ✓ “insensibilidade” 1. Analgesia 2. Relaxamento muscular 3. Inconsciência Para o animal estar anestesiado, é necessário ter os 3 efeitos. É preciso deprimir o SNC e órgãos temporariamente. Isso oferece risco ao paciente, devemos avaliar se pode ou não arriscar e quais os órgãos mais debilitados, escolhendo fármacos com efeitos em órgãos diferentes. Não existe um fármaco responsável pelos 3 efeitos, precisamos definir um PROTOCOLO ANESTÉSICO. Ex. Morfinas/Betametasona + propofol/Diazepan. Quanto mais mistura, mais seguro. Assim, usa doses baixas de cada um e consequentemente, menos efeitos colaterais. Fases da anestesia: 1. Anamnese 2. Exame físico pré-anestésico 3. Exames complementares 4. Planejamento 5. MPA – preparo do paciente escolha de fármacos 6. Indução 7. Intubação 8. Manutenção anestésica 9. Monitoração FR/FC/Pressão E enfim, a Recuperação anestésica. Deve-se esperar o animal acordar bem. A anestesia precisa ser passível de avaliação, sendo anotada OBRIGATORIAMENTE em uma FICHA ANESTÉSICA. Essas 9 etapas da anestesia devem estar na ficha. Inventar dados incompatíveis é fralde de documento. Avaliação Pré-anestésica Identificação do animal: NA FICHA Nome (n° ou tutor ou animal) /Espécie (silvestres ter cuidado) / Raça/ Sexo/ Idade/ Peso Histórico/Anamnese: *Afecção principal ou procedimento cirúrgico Qual a cirurgia e o diagnóstico *Afecções concomitantes e antecedentes mórbidos Histórico e órgãos debilitados *Sinais e sintomas relevantes como vômito, diarréia, dispnéia, disúria... *Medicação utilizada (metabolização, quimioterápicos) *Comportamento impossibilita av. física *3 perguntas chaves: Está de jejum? “Última alimentação tal hr” Faz uso de medicação? Tomou hoje? “Uso de medicação mg/kg bid” Surgiu algum sintoma novo após a consulta? “Animal vomita desde ontem” Reavaliar animal e exames. Exame físico: Estado geral/ escore corporal Cuidado no caquético (baixa temp./ pressão/ hemorragia) e obeso mórbido. Lesões ou afecções superficiais Muitas lesões de pele não pode epidural por risco de meningite. Mucosas (pálidas, congestas, ictéricas, cianóticas) Sinais e sintomas (dispnéia, disúria, diarreia e êmese) risco de metástase mesmo com exame recente Auscultação cardíaca e pulmonar Pulso arterial Parâmetro p/ pressão Grau de desidratação IMPORTANTE – animal tem vasoconstricção p/ estabilizar e c/ a anestesia vasodilata e cai a pressão, diminui a anestesia e o animal fica com dor. Exames Complementares: Exames laboratoriais Hemograma Bioquímico Urinálise Exame Radiográfico Exame Ultra-sonográfico Eletrocardiográfico Ecocadiográfico Outros (microbiológico, fezes, tomografia, RM, etc) Precisamos definir os exames principais. Posso anestesiar um paciente sem exames complementares prévios a cirurgia? Sim, em 2 situações. Em caso de emergência sem tempo de fazer exames e quando for animais jovens completamente saudáveis fazendo cirurgia de pequeno porte. Quais os critérios para a escolha dos exames? 1. Sinais ou sintomas reportados em anamnese ou exame físico precisa ser investigado. 2. Procedimento cirúrgico RX TX ou US abd. 3. Fármacos que estão sendo ou serão utilizados Renal, ECO 4. Fatores predisponentes A. Raça B. Idade C. Sexo D. Antecedentes mórbidos E. Antecedentes familiares Escala de Risco Anestésico: Risco Anestésico (American Society of Anesthesiology) ASA I – animais sadios sem doença detectável – cirurgia eletiva ex. castração, cirurgia plástica, doenças não sistêmicas como hérnia umbilical, lábio leporino, nódulo benigno peq. MENOR RISCO ASA II – doença sistêmica leve a moderada completamente controlada (anemia discreta, diabético controlado) ex. diabético, hipertenso, cardiopatia leve e toma remédio CONTROLADO. ASA III – doença sistêmica moderada a grave, porém não incapacitante (hipertenso, doente renal, mas não insuficiente) TEM SINTOMA ex. febre, hepatopatia, pressão ou glicemia não controlada, obeso, dispnéia. ASA IV – doença incapacitante que oferece risco constante a vida (insuficiente renal) TEM INSUFICIENCIA, ex. edema pulmonar, ICC, ascite por cardiopatia, animal hipotenso. ASA V – associação de doenças incapacitantes, onde está certo o óbito sem cirurgia e tem pequenas chances com a cirurgia (piometra com choque séptico) ex. falência de múltiplos órgãos, parada cardíaca. VAI MORRER EM 24H INDEPENDENTE DO QUE FAZER. E – Emergência, onde não é possível avaliar adequadamente o paciente, pois está correndo risco eminente de vida (atropelado sangrando muito). (Não é urgência) NÃO DA TEMPO DE AVALIAR OS EXAMES, colocar ASA de 3 a 5 + E. Esclarecimento dos proprietários – escolha de conduta Não existe procedimento anestésico sem risco. É obrigatório informar sem subestimar ou exagerar, mas sim de acordo com o ASA. O tutor precisa assinar um TERMO DE CIENCIA. Tipos de risco da anestesia: Hipersensibilidade leve é normal, choque anafilático é fatal e raro, mas tem risco. Idiossincrasia resposta anormal à medicação, com efeito mais grave ou diferente do esperado. Poucos morrem, pois pode tratar. Erro humano causa principal de mortes. 1. Imprudência Fazer algo errado consciente. 2. Imperícia Fazer algo com inexperiência sem supervisão. 3. Negligência Omitir socorro ou não usar recursos disponíveis pra estabilizar animal 3 situações puníveis. Doenças raras respeita a curva de aprendizagem. Alterações no preparo do paciente Alteração do procedimento cirúrgico Contra-indicação do procedimento cirúrgico Preparo do paciente Estabilização do paciente Hidratação do paciente [ 2 ml/kg/ hora de jejum + volume de sangue perdido (colóide 1:1 e cristalóide 3:1 )] Reposição de eletrólitos Transfusão sanguínea Mesmo com animal hidratado, é necessário soro para não concentrar a urina na hora da anestesia. Os medicamentos são nefrotóxicos. Existe um cálculo MÍNIMO DE FLUÍDO. VM= 2x PESO x T (privação hídrica antes e na cirurgia) + 3x volume de sangramento (valor estimado) Jejum hídrico não é pedido em certas doenças. Ex. DR Perda de sangue muito grande soro +transfusão +eletrólitos Jejum Pneumonia aspirativa Desconforto intestinal Alteração do fluxo sanguíneo intestinal (alta concentração de fármaco no intestino que depois irá atingir o SNC) Evitar vômitos e distensão do estômago, alimento parado faz fermentação e predispõe dor no pós operatório, gases e infecção. Anestésico é atraído por tecidos gorduroso como cérebro e abdômen, quando come o sangue se concentra na digestão e o anestésico não faz efeito em dose mínima e aumenta o risco da anestesia. Jejum nas diferentes espécies Cães de médio e grande porte: 8 a12 h sólido e 4h hídrico Cães peq. porte e gatos: 6 h sólido e 4h hídrico Filhotes: 4h sólido e 2h hídrico Neonatos: não faz jejum Equinos adultos: 24 h sólido e 6 h hídrico Potros: 8 a 12 h sólido e 4 hídrico Bovinos: 48 h sólido e 6 a 12 h hídrico Novilhos e peq. Ruminantes: 12 a 18 h sólido e 4 a 6 hídrico O tempo diminui em filhotes. Hipoglicemia pode ter sequela neurológica, comum em gato. Não anestesiar sem ser emergência, só 48h depois. Adequação de doses: Sobredose absoluta: imprudência, imperícia ou negligentes Dose acima dos recomendados para a espécie ou para o efeito desejado Sobredose relativa: imprudência, imperícia, negligência ou fatalidade Dentro das doses recomendadas na literatura, mas não para pacientes específicos (avaliação pré-anestésica ruim ou idiossincrasia) Semprefazer a dose menor do anestésico, se precisar ajusta depois. Lição de casa Cálculo de doses (essencial) Q (ml) = P (kg) x D (mg/kg) = 10 kg x 0,1 mg/kg = 1 ml [ ] do fármaco (mg/ml) 2 mg/ml % = gramas / 100 ml Ex: 0,2% = 0,2g/ 100 ml 0,2 g = 200 mg, portanto 200 mg/ 100 ml 200 mg ----------- 100 ml x (mg) --------- 1 ml X = 2 mg ,ou seja, 0,2% = 2 mg/ml 1.Qual o volume de diluição ao constituir uma solução a 2,5% com 1g de Tiopental sódico ? 2.Qual a quantidade de Eter gliceril guaiacol em 500 ml de uma solução a 5% 1. 2,5g – 100ml 1g – X X = 40 ml 2. 5g – 100ml X – 500 ml X= 25g Medicação Pré-anestésica 4 etapas da anestesia: 1° Medicação Pré-anestésica 2° Indução anestésica (dormir) 3° Manutenção (mantém dormindo) 4° Pós-operatório Há protocolos muito variados nessa 1° fase e os erros aqui continuam na cirurgia inteira. Conceito: É o que prepara o animal p/ o sono artificial. Antecede a anestesia. É essencial p/ uma anestesia bem feita. 2 Modos de fazer: Aplicar 15 minutos antes (melhor)ou aplica tudo junto. Todo medicamento anestésico apresenta efeitos colaterais importantes e possuem falhas em propriedades anestésicas que precisa complementar com outro. Finalidade: Facilitar a contenção do animal; Melhora e controla a dor Potencializa usar doses mínimas de outras anestésicos (+seguro); Possibilita outras fases com animais mais calmos; Minimiza efeitos indesejáveis de outros fármacos; Modula sistema nervoso autônomo. Ex: atropina (inibe parassimpático), aumenta FC p/ diminuir na anestesia. Há 6 Grupos de Fármacos anestésicos: 1. Anticolinérgicos Competição com acetilcolina pelo receptor colinérgico muscarínico. O neurotransmissor Acetilcolina se liga ao receptor Muscarínico (Parassimpático) para fazer as funções do SNParassimpático. O anticolinérgico funciona inibindo os receptores muscarínicos, competindo com a acetilcolina. São antagonistas competitivos muscarínicos. Ação parassimpatolítica. Estimula a função do S.N. Simpático. Exemplo: Taquicardia e diminui motilidade intestinal. Buscopan – Usado p/ cólica abdominal. Atropina. Efeito cardiovasculares: Taquicardia e aumento de DC. Efeito respiratório: Broncodilatador, diminui secreções e aumenta viscosidade. Não é bom p/ pneumonia pois fica com o catarro preso no pulmão, predispondo a falência respiratório e até a sepse. Efeito gastrointestinal: Redução da motilidade gastrointestinal e redução das gl. salivares. 3 anticolinérgicos usados na anestesia: 1. Atropina Alta biodisponibilidade 50% de metabolização hepática Excreção renal Evitar em animais de grande porte É mais potente e não é especifica p/ nenhum subtipo. Ex. dilatar pupila. NÃO SE USA EM GRANDES!!! 2. Escopolamina Buscopan Alta biodisponibilidade Na formulação de brometo não atravessa a barreira hematoencefálica 50% de metabolização hepática Excreção renal Anticolinérgico de escolha para quadros abdominas em animais de pequeno porte Anticolinérgico utilizado em grandes animais É mais fraca e mais seletiva p/ receptores do subtipo M3(abdomen). Ex. piometra TÓXICO PARA GATO 3. Glicopirrolato Não disponível no Brasil Mais seguro Menos taquicardia **Fenilbutasona ou Flexumine Meglumine são opções alternativas p/ diminuir a cólica e não piorar a taquicardia. Opióides como morfina ou alfa2agonista. ***Animais com hipomotilidade na cólica não administrar a escopolamina. 2. Tranquilizantes Ou neurolépticos Alta biodisponibilidade Boa absorção por qualquer via IV, IM, SC ou VO Rápida absorção por via oral Metabolização hepática Excreção urinária e biliar Mecanismo de ação: Inibidor dopaminérgico Tranquilização Antiemético Efeito extrapiramidal Hipotermia Inibidor serotoninérgico Tranquilização Inibidor de receptor H1 Tranquilização Antialérgico Inibidor de receptor α1 adrenérgico Hipotensão Redução de hematócrito Esplenomegalia Inibidor colinérgico Redução do limiar convulsivo Reduz salivação e secreções Inibidor inespecífico do SNC Animal mais calmo com menos chance de vomitar e de alergia. É benéfico p/ todos! PROVA: Causa do efeito colateral dos tranquilizantes é devido o bloqueio do receptor alfa1adrenérgico que gera vasodilatação. Em quem não usar então? HIPOTENSÃO: Animais hipotensos não se usa. Mecanismos compensatórios de hipotensão como aumento de FC e inotropismo positivo a curto prazo. Cardiopatas graves não conseguem e não se usa tranquilizantes. Nefropatas com hipotensão diminui a tx. de filtração glomerular e lesiona mais o rim. Hepatopatas com deficiência de albumina e hipotensão gera edema. Neonatos tem músculo fraco e o coração compensa com taquicardia, se administrar tranquilizantes aumenta a FC demais e morre. FILHOTE p/ anestesia é até 12 semanas. Idosos também não são indicados pois não controlam pressão com eficiência e rapidez. São sensíveis a vasodilatação e o coração não é bom também. HIPOTERMIA: Pacientes predispostos a hipotermia como cirurgias demoradas ou no tórax s/ controle térmico da sala, melhor não fazer. CONVULSÃO: c/ suspeita ou animais epiléticos não pode usar. Ex. neoplasia cerebral, cinomose e neuropatias em geral. Hemácias e Baço: a necessidade de alta oxigenação faz por contração esplênica jogar hemácias na circulação ex. cavalo no esporte. A diminuição noradrenalina nos receptores alfa1 no baço vasodilata o baço, aumentando seu tamanho (esplenomegalia) e armazenando as hemácias da circulação. Na cirurgia é benéfico, pois quando perde sangue, não perde tantas hemácias. Mas animais anêmicos diminui demais e corre risco de vida. O tranquilizante diminui o hematócrito e se usar p/ coleta pode dar uma falsa anemia. Esplenectomia ou exames não usa, pois, o baço vai estar aumentado com 20% do sangue. Na citologia só vem sangue. Priapismo só nos equídeos não consegue fazer vasoconstricção e estoura a musculatura de pênis e precisa amputar. Hipotireoidismo não é indicado. 1. Fenotiazínicos A) Acepromazina EFEITO TRANQUILIZAÇÃO bloqueia serotina, histamina e dopamina Melhor tranquilizante Mais hipotensor Se usa só esse em grandes! B) Clorpromazina EFEITO ANTIEMÉTICO bloqueia mais a dopamina Melhor antiemético C) Levomepromazina EFEITO ANTIALÉRGICO bloqueia mais a histamina Melhor anti-histamínico 2. Butirofenonas + seguro e + potente que os fenotiazínicos, mas dura 8 horas não usa muito, só em suínos e silvestres. Despertar mais lento. Cafeína corta um pouco o efeito. Não cai na prova. 3. Benzodiazepínicos Grupo muito famoso na anestesiologia. Na medicina humana, a maioria toma dormonid (midazolam) com vasta literatura. Na veterinária, quando usa benzodiazepínico sozinha normalmente excita os animais (efeito paradoxal). Não usa p/ procedimentros rotineiros. Cérebro possui um centro excitatório (instintivo) e inibitório (controle). Esse fármaco, não permite o individuo fazer coisas que não queiram, pode até sedar ficando sem reação. Tem rápida absorção com alta biodisponibilidade por diversas vias de administração ex. VO, IM, SC, IR. Efeito rápido Usa na veterinária na mesma seringa do anestésico, pois tem efeito excitatório e por conta da absorção rápida funciona como MPA ainda. 03 benzodiazepínico: Diazepam – presença de muitos metabólitos ativos/ dura mais tempo e passa 4x no fígado, muito hepatotóxico. Ex. epilepsia, anestesia injetável. Vantagens: Melhor efeito anticonvulsivante e maior tempo de ação. Desvantagens: Mais hepatotóxico, menos seguro (hipotensão) e menos potente. Ex. hepatopata. Midazolam – ausência de metabolitos ativos/ dura menos tempo mas passa 1x no fígadoe não é hepatotóxico. Ex. anestesia inalável Vantagens: Mais potente, mais seguro e não é hepatotóxico. Desvantagens: Efeito curto e efeito paradoxal comum. Zolazepam – Veremos junto com anestésico. GABA (principal neurotransmissor inibitório do organismo) inibe comportamento e promove o relaxamento muscular. O GABA quando encontra o receptor na célula permite a entrada de cloro, neutralizando a hiperpolaridade da célula que estava com sódio dentro por estímulo da lesão, liberando menos acetilcolina e gerando menos contração muscular (relaxamento). Mecanismo de ação: Agonista de receptores Gabaérgicos. Os benzodiazepínicos estimulam os receptores gabaérgicos simulando a ação do GABA no corpo. Efeitos do fármaco: Não da p/ avaliar o nível de ansiedade do animal. Sedativo tem efeito paradoxal se usar sozinho. Dose baixa e administração lenta não gera depressão respiratória, exceto em filhotes (sempre estar preparado c/ oxigenação). Principal uso p/ miorrelaxamento e anticonvulsivante. Todo mundo pode usar benzodiazepínico, mas nem todos precisam. Só usa se precisar de efeito miorrelaxante e anticonvulsivante. Prova: Qual é o Benzodiazepínico mais utilizado? Diazepam por conta da anestesia injetável e é fundamental mais tempo. Flumazenil–Antagonsita do Benzodiazepínico. Quando houver idiossincrasia do Diazepam. Alivia os efeitos, mas não acorda. • Não usa em animais com administração de uso crônico, podem convulsionar; • Reversão imediata dos efeitos; • Administração intravenosa. 4. Alfa 2-Agonistas ” Amor e ódio” Melhores qualidades e piores defeitos. Se não usar certo, mata o paciente. Funcionam por feed back negativo. A noradrenalina quando age nos receptores alfa 1 e beta 1 (pós-sináptico) potencializa a dor e estimula o S.N.Simpático . Porém, existe o receptor alfa 2 (pré-sináptico) que se liga a noradrenalina quando chega ao ápice, metaboliza e bloqueia a liberação dela na fenda por feed back negativo. O fármaco estimula o alfa 2 que diminui a ação da noradrenalina e consequentemente do simpático e da dor – efeito parassimpáticomimético. Noradrenalina é responsável por dor, contração muscular, estado de alerta e atividade simpática. O antagonista de alfa 2 promove analgesia, relaxamento muscular, sedação e efeito parassimpatomimético. O problema é o efeito parassimpático diminui a F.C. (bradicardia), pressão arterial (hipotenso) e dificuldade de respiração. Precisa associar com fármacos p/ que diminui o efeito parassimpático como atropina, quetamina. Animais doentes e filhotes não toleram bem esse efeito. Tem rápida absorção, metabolização hepática, excreção renal. A analgesia se concentra visceral e não somática (músculo, osso e pele). Muita urina desidrata fácil, compensar na fluidoterapia. Diabéticos não controlado não podem. Animais não dependentes de insulina injetável não podem, pois a ausência de noradrenalina não deixa contrair o pâncreas p/ liberar insulina e descompensa a diabetes. Aumenta a motilidade intestinal até a exaustão e fica um tempo sem funcionar. Qualquer atonia ou paralisia ou afecções intestinais ex. corpo estranho pré existente não volta depois da medicação. Em grandes animais, sempre usa porque não há opção. Principal problema é a ação simpatolítica. Estimula a produção das glândulas, salivando mais. Vomita em 40% das vezes pelo aumento de motilidade e contração do estômago. 03 alfas 2 agonistas disponíveis: 1. Xilazina É o mais utilizado no Brasil; “pior anestésico do mundo” – proibido nos EUA e parte da Europa. Efeito sedativo (40min) mais prolongado do que o analgésico (20min) Menor seletividade α2/α1 Tem menor controle de dor, pois usa-se doses mínimo p/ evitar os efeitos colaterais fatais. Azul é detomidina Vermelho é xilazina Verde é dexmedetomedina Antes da noradrenalina se ligar no receptor alfa 2, se liga no receptor alfa 1 que faz vasoconstricção periférica e gera hipertensão. Com a aplicação do agonista alfa 2, a pressão cai demais. Se o paciente não tiver uma boa regulação do sistema cardiovascular, não suporta a variação grande de pressão e morre. A detomidina é mais específica, se liga pouco no receptor alfa 1 e sobe pouco a pressão, e o organismo não joga a pressão tão p/ baixo. É mais seguro. Dexmedetomidina é o mais moderno do grupo no Brasil, não muito usual pelo custo. Ele se liga no alfa 1 também, mas aumenta a pressão menos que os outros fármacos e se liga a um subtipo de receptor alfa 2 (a, b, c e d), se liga a um subtipo que mantém a vasoconstricção periférica. Mantém a pressão arterial normal sem oscilação. Não gera hipotensão. Para cardiopatas não é recomendado, pois com a vasoconstricção o coração precisa trabalhar mais. Xilazina e Detomidina são p/ grandes. Xilazina e Dexmedetomedina são p/ pequenos. Detomidina não usa p/ pequenos, pois gera uma grande hipotensão. Xilazina é uma opção p/ quem tem menor poder aquisitivo e apresenta maior risco de vida p/ o paciente. Anestesia mais comum: xilazina + quetamina + Diazepam. O animal sente dor, mas por catalepsia não se mexe. Fazer anestesia local também. Anestesia injetável p/ cirurgia é obrigatório ter um alfa 2agonista (se não o bicho não fica quieto) e é necessário controlar a dor, pois não pode usar opióides forte (dor forte ou crônica, usa dexmedetomidina ex. tumor infiltrado). Na anestesia inalatória, pode-se usar opióides. Opióides fortes deprimem a respiração e só na inalatória da para controlar a respiração. 2. Detomidina Só empregado em equinos Mais potente sedativo e analgésico – Mais sedado e sente menos dor Menor ataxia - Menos chance de cair Maior seletividade α2/α1 3. Dexmedetomidina Maior potência Poder analgésico perto dos opióides (morfina) Maior seletividade α2/α1 Mais seguro Não tem efeito hipotensor Reversão do Quadro: Uso de antagonistas alfa 2 Para casos de o animal não reagir bem. Ioimbina P/xilazina Reversor mais empregado no Brasil Melhor efeito sobre a xilazina Excitação e mioclonia Taquicardia Evitar em ruminantes, tem morte súbita. Atipamazole P/ detomidina e dex Melhor efeito sobre os outros α2-agonistas Menos efeitos colaterais Efeito imediato Uso em procedimentos diagnóstico ex. raio-x Casos clínicos Em viagens de equinos se usa tranquilizantes e p/ pequenos animais de carro se usa anti- alérgicos ex. dramin, polaramine. Dura 1h só. Ou acepramazina. Doses baixas pois não há monitoração. 1. Animal com epilepsia e fratura de fêmur. Qual anestésico usar? Não usa anticolinérgio ou tranquilizante. Usa benzodiazepínico - Diazepam. Precisa do efeito miorrelaxante e do anticonvulsivante. Não precisa usar alfa 2 agonista, mas se usar é a dexmedetomidina. Se for anestesia inalatória, não usa xilazina. 2. Animal fêmea com intussuscepção saudável. O que usa? Usa anticolinérgico ex. escopolamina ou tranquilizante ex. acepromazina. Benzo pode usar, mas não precisa (usa p/ diminuir a dose do anestésico). Alfa 2 agonista não pode. 3. Animal com tumor infiltrativo – dor crônica. O que usa? Anticolinérgico não usa. Tranquilizante pode usar acepromazina. Benzo pode usar, mas não precisa de relaxamento muscular ( mais importante em cirurgia ortopédica). Alfa 2 agonista, usa a dexmedetomidina. 5. Opióides ” Opióides (sintética) X Opiáceos (natural)” A mais importante e + potente MPA do grupo. Faz analgesia sem aumentar a dose gradativamente (aumenta o risco de depressão cardiovascular e respiratória). Redução do risco anestésico. É usado em associação em todas (100%) as anestesias. Opiáceos: Toda a classificação dos opióides são em relação a morfina.Mecanismo de ação: São redutores da dor. Temos a produção constante de morfina endógena natural do corpo chamada de endomorfina, beta- endorfinas e encefalinas. São produzidas para aguentar a dor fisiológica do organismo. Administramos uma mólecula sintética que realiza o mesmo papel da orgânica. Uso proporcional ao da dor sentida. Os opióides vão se ligar a um receptor (proteína) de opióide que controla a abertura ou fechamento dos canais iônicos da membrana celular, diminuindo o estímulo doloroso. Abertura p/ K+ Na+ entra e o potássio fora da célula evita a despolarização e não tem estímulo doloroso. Fechamento p/ Ca++ (efeito analgésico) - com o fechamento não entra cálcio na célula e (não) libera menos glutamato, neurotransmissor de dor. Desinibição em circuito de 2 neurônios inibitórios. Neurônios Gabaérgicos e Opioidérgicos Na medula espinhal, entra pelas vísceras/vasos e passa pelo circuito de 2 neurônios e vai p/ o cérebro. Ação dos opioides na medula espinhal e no cérebro. Estimulando receptores que controlam os canais iônicos de Ca+ e K+. Principais receptores de opióides: Chamado de “mu” e “kapa”. São proteínas. 70% é MU e 20% é kapa no cão. Classificação dos opióides: Agonista – estimula os 2 receptores a funcionar ou quando especificar o receptor, só estimula o receptor especificado. Kapa-agonista é sempre fraco (estimulado apenas 20% nos mamíferos). Mu-agonista fraca ou forte. Alguns opióides estimulam até 70% e outros menos. Agonistas parciais – não usa, pois estimula menos que as endomorfinas. Agonista-antagonista - estimula um e bloqueia o outro receptor. Antagonista – bloqueia os 2 receptores. Petidina é agonista fraco; Morfina é agonista forte; Tramadol é agonista-mu fraco; Buprenofina é agonista-antagonista ou agonista-mu e antagonista-kapa; Butorfanol é agonista kapa e antagonista-mu; Naloxona é antagonista. Precisa misturar opioides na anestesia. Todos os agonistas podem se juntar. Mas se misturar agonista com antagonista ou agonista-antagonista pode dar problema. Ex. Butorfanol e metadona. Gasta menos anestésicos e tem menos efeitos colaterais. Precisa de oxigenação p/ usar opióides fortes – anestesia inalatória. Injetavel só opióide fraco e alfa 2. Clínicas especializadas em felino: Não se usa tramadol p/ felinos por conta da alteração de comportamento. Usam gabapentina. Pode ter bradicardia e hipotensão em opioide fraco. Tramadol IM é melhor. Uso prolongado de opióide pode dar constipação. Usar laxante junto no pós- operatório. Como escolher? Primeiro escolher a potencia analgésica, referente a morfina (1). Pouca dor: Butorfanol, petidina ou tramadol. Muita dor: Morfina, metadona ou fentanil. *Prova* Tempo de duração. Pouco tempo:Petidina, butorfanol ou fentanil. Muito tempo: Tramadol, morfina, metadona. Se durar muito tempo e complicar, da o fraco e depois o forte. Butorfanol é um agonista-antagonista fraco que seda bem, mas tem dose teto (não adianta aumentar a dose que a potencia não melhora), é o que menos deprime a respiração. É um pouco mais forte p/ cirurgias de cólica de equino. + utilizado em procedimentos ambulatoriais. Ex. bicheira, drenagem de tórax, limpeza de ferida, dar pontos. É seguro, pois não deprime a respiração. Usado por qualquer via. Petidina é um agonista fraco, seda muito bem, libera muita histamina (não pode ser feito IV, em pacientes com histórico de alergia, agrava gastrite e proibido em mastocitoma). Este medicamento não deve ser reaplicado por conta de um metabólito tóxico (norpetidina). Tramadol é um mu-agonista fraco e também como anti-depressivo (ação mista), por isso não pode ser dado em doses altas junto com outro anti-depressivo. É o menos alergênico dos opioides, baixo poder de sedação. + usado p/ pós operatório VO 2 a 3x por dia ou quando a cirurgia dura + de 2h ou animal possui gastrite, histórico de alergia ou mastocitoma. Morfina é um agonista potente, seda bem e libera muita histamina – mesma contraindicação da petidina. É o mais emético dos opióides. Latência curta (age rápido). Muita dor quase nunca vomita. Metadona é um agonista potente que raramente produz vomito, seda muito bem, só que a metabolização é incerta. Mínimo de 8h, mas em animais varia demais. Usa em dose única como MPA ou na internação – analgésico resgate – se não responder a outro mais fraco, pode aplicar. Só aplica se estiver com dor, não com base no horária p/ não intoxicar. Deprime bem a respiração. Fentanil é um agonista extremamente potente que sempre deve ser utilizado diluído e muito lento (5 a 10 min) ou infusão continua (em frasco de soro), pode ser IV, mas pode usar IM ou SC também. Da bradicardia e grande respiração respiratória. Dura pouco como MPA, usa-se mais como analgésico trans-operatório em bólus ou infusão continua. Usa morfina ou metadona como MPA. Uso de Opióide forte tira a dor sozinho e o opioide fraco precisa de ajuda com alfa2agonista. Reversão dos efeitos de opióides: Naloxona Usa em sintomas como parada cardiorrespiratória e hipotensão. Antagonista puro (corta todo o efeito) Só usa em complicações graves, corta a analgesia também. 6. Miorrelaxante de ação central Relaxa musculatura atuando no cérebro e na medula espinhal. Éter guiceril guaiacol (EGG) ou guaifenesina Mais usado em equinos e pouco em bovino/ suíno; Via IV apenas em concentração de 5 a 10%, precisa diluir o pó em soro aquecido de glicose 5% no banho maria. Acima de 15% de concentração causa flebite e hemólise generalizada. Metabolização hepática (cuidado c/ potros) Mecanismo de ação: não está esclarecido. Age em cel.s de renshaw p/ o cavalo cair relaxado e seguro s/ se defender, leve efeito sedativo. Overdose causa depressão respiratória. Efeitos sistêmicos: Relaxamento muscular Analgesia discreta Sedação discreta Discreta depressão respiratória Anestésicos Gerais IV Deprime de forma generalizada o SNC. Diminui a atividade cerebral, perde a consciência, relaxa musculatura e não sente dor. É reversível. Apena via intravenosa. Curta durabilidade. Em média 10-15 minutos. Usado em procedimentos rápidos. Grupos: Barbitúricos X Não barbitúricos Tipental Propofol/ Etomidato 1. Tiopental Só funciona intravenosa. Oral e retal não é usual. Acidentes perivasculares causam dor, flebite e necrose na região. Diluir no soro aplicado na região. Velocidade de administração: 1/3 da dose faze mais veloz, pois gera maior concentração cerebral (o animal adormece rápido, evita agitação) e o resto da dose mais lento (alta concentração pode morrer ou recuperação muito rápida). A concentração de anestésico fica muito alta no cérebro e pouca concentrada na gordura do abdômen. Absorve rápido e recupera rápido. Alta lipossolubilidade Possui efeito acumulativo das doses, pois a taxa de metabolização é lenta 5% por hora. O anestésico é acumulado na gordura depois de ir para o cérebro. A cada dose, dura mais tempo (o dobro de tempo ex. 30 min) e a redistribuição é cada vez menor. Nunca fazer infusão contínua. É hepatotóxico e nefrotóxico. Excreção renal. 70% do débito cardíaco atinge coração, rins, fígado e cérebro, mas o cérebro é único com maior quantidade de gordura e onde o anestésico é absorvido melhor. O DC demora pra chegar no resto da gordura. Mecanismo de ação: Estimula os receptores GABA (inibitório – canal de cloro) Atua nos mesmos receptores que os benzodiazepínicos, mas em potência maior devido a maior quantidade de receptores atingidos. O tiopental também atua nos canais de potássio, cálcio e sódio – promovem a despolarização de membrana. Entra Na e sai K, sódiono platô e Cl na repolarização. É o anestésico mais potente, pois consegue deprimir mais o cérebro. Reduz a ligação da acetilcolina nos receptores colinérgicos nicotínicos da musculatura → Relaxa a musculatura Efeito sistêmico Depressor cardiovascular – piora o débito cardíaco e gera arritmias. Pacientes cardiopatas ou circulatórios possuem alta mortalidade. Não usar. Depressor respiratório – piora a oxigenação de animais doentes. Neuroprotetor no SNC – reduz o metabolismo cerebral (funciona com pouca energia), usado em traumas cranianos (reduz a PIC), pode-se induzir ao coma p/ reduzir lesões cerebrais. Uso terapêutico Anticonvulsivantes 1° usa Diazepam 2° propofol 3° tiopental É o mais potente p/ controle de convulsão Neuroproteção O propofol é melhor em todos os usos. Coma induzido e trauma cranioencefálico. Indução anestésica 10 a 20s Anestesia de curta duração 10 a 15 min Usado bastante em eutanásia. 1° tiopental (entra em coma rápido, relaxa a musculatura, indolor) e depois o cloreto de potássio. Não treme na eutanásia. 1. Protocolo A – sem MPA - evitar sempre ✓ Tiopental isolado – 25 mg/kg IV 2. Protocolo B – com MPA ✓ Acepromazina - 0,1 mg/kg IM ✓ Petidina – 2 mg/kg IM + Tiopental - 12,5 mg/kg IV 3. Protocolo C – com MPA + benzodiazepínico na indução ✓ Acepromazina - 0,1 mg/kg IM ✓ Tramadol – 2 mg/kg IM + Tiopental - 6,25 mg/kg IV ✓ Diazepam 0,2 mg/kg ou Midazolam 0,5 mg/kg IV Sempre fazer com dose maior de MPA, pois diminui a dose do tiopental. Super usado em animais saudáveis. O intervalo entre MPA e o anestésico é de 15 minutos. 2. Propofol É um líquido branco por estar altamente concentrado de gordura e é extremamente sensível a contaminação por bactérias. Guardar na geladeira 8°c, validade menor. Proibido guardar ampolas abertas. Via intravenosa obrigatória Acidente extravascular dói na hora apenas e depois passa. Farmacocinética 98% do propofol se liga às proteínas séricas. Se o animal tiver proteína baixa, o efeito do propofol aumenta Tomar cuidado com a dose, faz administração lenta p/ avaliar a quantidade necessária a ser administrada e ajustar a dose. Velocidade de administração Metabolização rápida e eficiente, redistribui p/ o músculo. Outros órgãos ajudam na metabolização. Melhor p/ Hepatopatas. Excreção é renal. No gato, depende da dose administrada pode ser nefrotóxica. Mecanismo de ação É um agonista gabaérgico (receptor GABA) Todos os anestésicos tem esse mecanismo. Agonista glicinérgico??? Não precisa saber Efeitos sistêmicos Depressor do sistema cardiovascular Provoca depressão miocárdica, hipotensão arterial e não altera FC. NÃO INCADO P/ CARDIOPATAS, PRESSÃO BAIXA, C/ ALTERAÇÕES HEMODINAMICAS GRAVES, HEMORRAGIAS, DESIDRATADOS. Depressor do sistema respiratório Depressão generalizada por dose- dependente. Porém, depende muito da velocidade. Se fizer administração rápida, o animal entra em apnéia (precisa entubar e oxigenar – ambu) Hepatotoxicidade maior nos gatos Nos cães é reduzida. Uso terapêutico Indução anestésica Mais em humanos e pequenos animais Anestesia de curta duração Não possui efeito analgésico Anestesia intravenosa total (TIVA) Usar em infusão contínua a cirurgia inteiro ao invés de usar anestesia inalatória. Não acumula no organismo, assim que acabar, o animal acorda. Geralmente se usa em combinação de infusão com remifentanil, lidocaína, quetamina, dextomidina e até sulfato de magnésio. Ainda precisa da anestesia inalatória, mas apenas para oxigenação do animal. Retorno mais tranquilo da cirurgia Sono e acorda mais calmo. 1. Protocolo A – com MPA ✓ Acepromazina - 0,1 mg/kg IM ✓ Petidina – 2 mg/kg IM + Propofol - 5 a 8 mg/kg IV Sempre fazer MPA e depois propofol 2. Protocolo B – com MPA + quetamina ✓ Acepromazina - 0,1 mg/kg IM ✓ Tramadol – 2 mg/kg IM + Propofol - 2 mg/kg IV Quetamina- 2 mg/kg IV MPA e PROPOQUETA. Quetamina sobe a pressão (mas tem várias contra-indicações). 3. Etomidato Via de administração Exclusivamente por via intravenosa, mas possui dor e queimação na aplicação e dentro da veia. Metabolização 75% se liga à proteína plasmática Metabolização hepática e pelas proteínas plasmáticas. NÃO É INCICADO P/ HEPATOPATIAS GRAVES. Excreção é renal. 84% é metabolizado, não é nefrotóxico. 13% biliar. Não possui efeito acumulativo!!! Mecanismo de ação Atua no receptor GABA Efeitos sistêmicos Não altera o sistema cardiovascular Apresente FC, PA, resistência vascular periférica, DC, contratilidade cardíaca. Não sensibiliza o miocárdio a catecolaminas. Raramente provoca arritmias. Bom p/ o sistema respiratório Dose terapêutica: taquipneia e redução do volume corrente Mas ainda continua respirando bem. Dose elevada: depressão respiratória por 10 minutos. Capacidade de indução anestésica é ruim. Animal dorme tremendo e desconfortável. Acorda mal, agitado e sensação de mal estar. Pior p/ intubação. Ruim para o Sistema Nervoso Central Reduz o metabolismo em 50% (bom) Reduz pressão intracraniana (bom) Reduz fluxo sanguíneo cerebral (ruim) Ruim para o Sistema Endócrino Cortisol diminui por 6 horas Não indicado p/ hipoadreno Se fizer reaplicação ou infusão continua gera alta mortalidade. Não tem efeito acumulativo, mas não se usa infusão continua prolongada pois gera uma crise de hipoadrenocorticismo grave e o animal morre. A inflamação da cirurgia é maior e o 5° sinal da inflamação é perda de função. O animal começa a ter falência de múltiplos órgãos. Os sintomas são tremedeiras (mioclonias) e vômitos. Só tremer é normal. Nesse caso, deve-se aplicar cortisol. Dose única não tem esse problema. Uso terapêutico Indução anestésica p/ cardiopata ou com problemas hemodinâmicos sérios Cobre a falha do propofol MPA + etomidato + anestesia inalatória Manutenção anestésica por períodos curtos 10-15 minutos Sempre usa com midazolam, pois facilita respiração e relaxa musculatura. 1. Protocolo ✓ Tramadol - 2 mg/kg IM + Etomidato - 1 a 2 mg/kg IV Midazolam – 0,5 mg/kg IV Para cardiopatas, não se usa fármacos que geram taquicardia ex. anticolinérgicos, tranquilizantes, alfa2agosnita, EGG só em cavalo. Pode usar opióide e benzodiazepínico (midazolam). No protocolo, muda apenas o tipo de opióide. Casos clínicos – Tipo de Protocolo Caso 01 Gato com obstrução e alteração de função renal, anestesia p/ sonda uretral: Anticolinérgico não é indicado; Tranquilizantes não pode em Nefropatas devido a hipotensão; (se usar, dose mt pequena) Alfa2agonista não é indicado; Opióides (todo mundo pode) ex. petidina, butorfanol ou tramadol. Tramadol não seda muito bem. Butorfanol tem dose-teto e se caso virar um procedimento cirúrgico ex penectomia precisa de mais anestésico. Petidina seda melhor e possibilita o uso de outros anestésicos. Benzodiazepinico pode ajudar p/ diminuir a dose de anestésico. Ex. midazolam p/ casos não convulsivos. EGG só p/ cavalo. PROTOCOLO INDICADO: MPA com petidina se quiser acepram ou midazolam. Indução anestésica: Propofol, pois não tem problema cardíaco. Caso 02 Cachorro com fratura no fêmur por tiro. Não usa anticolinérgico, pois não tem problema em víscera. Tranquilizante pode usar ex. acepromazina é o melhor p/ tranquilização. Alfa2agonista ex. dexmedetomidina p/ cirurgias que doem muito, se usa na anestesia inalatória Opióide ex. metadona ou morfina são fortes. Miorrelaxante não usa, só p/ equinos. MPA com acepromazina, dexmedetomidina, aceprame morfina ou metadona. Indução anestésica com propofol. Caso 03 Tumor de baço esplenectomia no hepatopa, tem cirrose e tumor grande. Anticolinérgico não. Tranquilizante não. Alfa2agonista não, pois a dor é fraca e vai usar inalatória. Opióide usa ex metadona, pois a morfina o animal vomita se não tiver muita dor. EGG não. Benzodiazepínico pode mas não precisa ex. midazolam (diminui a dose do anestésico apenas). MPA midazolam e metadona Indução anestésica: propofol. Caso 04 Cachorro cardiopata grave precisa fazer a ressecção da cabeça do fêmur. Anticolinérgico não. Tranquilizante não (risco de hipotensão). Alfa2agonista não. EGG não. Opióide sim ex. morfina ou metadona. Tem dor prévia. Benzodiazepínico ex. midazolam. Tem gente que usa o Diazepam mas não é o melhor. Indução anestésica: etomidato Anestesia Dissociativa Comumente chamada de “anestesia injetável”. Estímulo medular que leva a resposta ao tronco encefálico por meio do S.N. autônomo ex. taquicardia, taquipnéia. Só temos consciência do estímulo quando chega ao córtex cerebral, se for um estímulo desagradável sentimos dor. Dor é a sensação ruim de um estímulo nociceptivo (lesão tecidual), é um processo consciente. A anestesia dissociativa bloqueia essa passagem do estímulo para o córtex, chega apenas no tronco encefálico e não registra a informação e não sente dor. Porém, o estímulo do córtex em uma resposta voluntária também não passa para o tronco encefálico e medula. “não sente e não se mexe” Porém, existem alguns limites de analgesia p/ os bloqueadores, bloqueando os estímulos cirúrgicos até uma certa intensidade. Ex. amputação (dói muito). Dói muito, mas não consegue se mexer (não da p/ perceber). A técnica foi desenvolvida para cirurgias de pouca dor/ simples. Anestésicos cataléptico: propriedade que o animal não consegue se mexer, independente do estímulo. Possuem limite de tempo também, pois produz metabólitos tóxicos que em cada reaplicação vão se acumulando e geram intoxicação. Primeiros sintomas de convulsão. Dissociação cortico-medular. Na anestesia geral, deprime-se todo o cérebro. Na anestesia dissociativa, deprime algumas e estimula outras áreas, mas sem conexão do tronco com a medula espinhal. Conceito: Catalepsia (perda da capacidade de movimento); Analgesia somática superficial (pele, osso e músculo) – não inclui vísceras ex. castração não tira dor; Depressão de áreas específicas sem a certeza da perda total de consciência; Manutenção dos reflexos oculopalpebrais e laringotraqueal; O animal continua piscando e deglutindo (reflexos protetores) – o animal não deixa entubar. Como? Simula uma dissociação cortico-medular por interrupção de impulsos do SNC e depressão seletiva de várias áreas do córtex cerebral. 1. Quetamina/ Cetamina Duas apresentações no mercado: Forma racêmica – é um isômero. + barato e +usual. Dextrocetamina - +caro (menos utilizado) Vias de administração: IM, IV, SC, VO, retal e nasal. + prático anestesiar Bastante usado em animais bravos e selvagens que não permite acesso venoso. Facilita contenção física e procedimentos ambulatoriais. Anestesia curta – dura em média 30 min. Latência (decúbito lateral): efeito rápido IV 30 a 90s IM 2 a 5 minutos Essa anestesia não tem o risco de dar apnéia e entubar igual o propofol. Dor na aplicação (queima), mas não gera edema ou necrose. Quetamina sozinha não se usa. Fazer sempre associações p/ melhorar a anestesia. Quetamina + Fentanil não é o suficiente p/ tirar a dor. Geralmente se escolhe um anestésico geral ou um anestésico dissociativo. Mecanismo de ação: Não é bem compreendida. Causa depressão tálamo-cortical e ativa o hipocampo, podendo gerar convulsão. NÃO USAR EM EPILEPTICOS. Atua nos receptores GABA também. Inibe a recaptação de serotonina, dopamina e noradrenalina. Sensação de prazer e alegria. Não vicia. PROVA! Ativação do S.N. Simpático. (SIMPATOMIMÉTICA) Potencializa o débito cardíaco Aumenta a pressão (compensa os outros anestésicos que baixam a pressão) Inibe os receptores NMDA Atuam na inibição de dor: Canais de cálcio (NMDA) – dores crônicas ex. artrose, neoplasias. Ocorre mutação genética do nervo e sente dor o resto da vida. Ex. gabapentina p/ casa, fecha os canais de cálcio e ajuda os analgésicos a funcionarem. Usar na anestesia evita o surgimento de dor crônica. 0,25 ou 0,5mg/kg por 2 meses. Canal de sódio (AMPA) - ativado em dor aguda. Ex. fratura anti-inflamatório/ opióide ajuda muito. Agonista de receptores opioides (Sigma) – causa disforia. Metabolização hepática É a mais complexa da anestesiologia, é multifásica (precisa passar várias vezes no fígado p/ ser metabolizada), sofre metabolismo oxidativo (lesa o hepatócito na metabolização). NÃO É INDICADO P/ HEPATOPATAS. Produz um metabólito tóxico chamado Norcetamina pode gerar incoordenação, excitabilidade. É um depressor de fetos. NÃO SE USA EM GESTANTES (CESÁRIAS). Neurotóxico e nefrotóxico. NÃO SE USA EM PACIENTE COM ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS. NÃO USA EM NEFROPATAS. A metabolização é mais lenta nos gatos, secreta 87% ativo, machucando bastante. Em gatos saudáveis, pode usar. Mas não com frequência. Usa propofol p/ procedimentos em série. Uso terapêutico Contenção química de animais bravo s/ acesso venoso, animais selvagens. Indução anestésica s/ possibilidade de uso de anestesia inalatória. Não usar quetamina pura (vários problemas) Sempre associar c/ tranquilizantes (opcional), sedativo, miorrelaxante e opioides. Efeitos do uso de quetamina pura: Sistema cardiovascular Taquicardia intensa e contratilidade aumentada, aumento do DC e PA. Deficiência de oxigenação pode gerar arritmias. Anestesia injetável não se faz geralmente em raças braquicefálicas. Sistema respiratório Depressão dose-dependente (não causa problema, é seguro) Inspiração apnêustica (o animal puxa o ar e trava a respiração por segundos). Não deprime reflexo laringotraqueal (não deixa entubar) Outros efeitos: Analgesia somática (não age em vísceras); Hipertonicidade muscular (o musculo fica muito duro); Preservação dos reflexos protetores (não permite entubar, fica piscando); Salivação; Excitação; Redução do limiar convulsivo (comum convulsionar c/ quetamina pura); Aumenta a PIC e a PIO (aumenta lesão cerebral em casos de traumas cranianos); NÃO USAR EM ANIMAIS C/ PROBLEMAS OFTÁLMICOS. EX. GLAUCOMA Atravessa a barreira hemato-encefálica e placentária; Associações anestésicas Tem como melhorar esses efeitos indesejáveis? Sim, com associação de outros anestésicos. “Quetapum” = quetamim + xilazina Os animais vão continuar sentindo dor só com esses 2 anestésicos. Os efeitos colaterais da quetamina e alfa2agonista continuam sendo um problema. Associação ideal: quetamina + alfa2agonista + benzodiazepínico + opióide. Mas apenas usado em animais saudáveis. Aplica IM. Se mexer, reaplica. É barato e fácil. Só usado em cirurgias c/ pouca dor. O opióide usado tem que ser fraco p/ não deprimir muito a respiração. Muitas campanhas de castrações fazem apenas quetamina e alfa2agonista. Dissociativo – quetamina Alfa2agonista – Xilazina/ dexmedotomidino Bezodiazepinico - Diazepam Opióide – butorfanol/ petidina/ tramadol Se for uma cirurgia mais dolorosa, precisa fazer anestesia regional. Indução anestésica p/ inalatória Quetamina 5 mg/kg IV Diazepam 0,5 mg/kg IV Ou Quetamina 5 mg/kg IV Midazolam 0,5 mg/kg IV Pode fazer esse tipo de anestesia p/ procedimento ambulatorial ou realização de exames. Pode associar: Cloridrato de Tramadol = 2 mg/Kg Acepromazina = 0,05 a 0,1 mg/Kg P/ o animal ficar maistranquilo. Se for operar, precisa fazer completo: Anestesia dissociativa Quetamina 10 - 15 mg/kg IM Diazepam 0,5 mg/kg IM Xilazina 0,5 – 2 mg/kg IM Tramadol 2 mg/kg IM 2. Tiletamina Praticamente a mesma coisa que a quetamina, porém é mais potente. VANTAGEM: Controla melhor a dor (melhor analgesia) e dura mais tempo. Aplicada sozinha provoca muita convulsão e rigidez muscular lesionando o tecido. Não se vende puro, sempre associado com zolazepam. O zolazepam não deixa convulsionar ou lesar a musculatura. Via de administração IV, IM, SC, VO, retal e nasal. Latência IV de 30 a 90s IM de 5 a 12min. Demora um pouco mais Usa bastante em animais silvestres, por usar menos dardos. Em cão, sempre precisa associar por o efeito do zolazepam termina antes que a tiletamina e acorda alucinado. Precisa melhorar a recuperação anestésico. Metabolização Também é hepática com metabólitos ativos e hepatotoxicidade. Excreção renal com alta nefrotoxicidade. Não pode nos mesmos pacientes. Protocolo anestésico Qual o nível de anestésico o animal está? Antes de operar medir FC e FR, monitorar no transoperatório. Se aumentar mais de 20%, o animal está com dor. O profundo é anestesia demais, não pode dar mais. Anestesia Inalatória É obtida através da absorção de um anestésico inalatório pela via respiratória, passando para a corrente circulatória e atingindo o SNC, produzindo anestesia geral. Tanto na absorção quanto na eliminação pela facilidade de virar vapor. Vantagens Tempo não é limitante; 10h de cirurgia Via de administração e eliminação; Não sobrecarrega o fígado e rim, elimina pela respiração Pouco metabolizado; Manutenção + fácil da anestesia no plano desejado; Facilidade de controle da anestesia; tem como tirar anestésico do corpo para dores diferentes Rápida indução e recuperação; Obrigatoriedade do fornecimento de oxigênio; Tem efeito rápido Fazer bloqueio regional retira a dor e diminui a profundidade da anestesia geral/ inalatória. + seguro p/ pacientes sistêmicos Características desejáveis: Pouco metabolizado; Não irritante à mucosa; ex. isoflorano irrita Não inflamável (éter) ou explosivo (clorofórmio); Não podia usar bisturi elétrico ou colchão térmico Baixo coeficiente de solubilidade no sangue e gordura; Menos solúvel + preciso Não nefrotóxico ou hepatotóxico; Não sensibilizar o miocárdio a ação das catecolaminas; Muito estresse gera arritmias (adrenalina) e o anestésico aumenta mais Odor agradável; sem sensação ruim Anestesia geral inalatória Não há medicamentos novos lançados e sim paramos de usar os piores. Exemplo: Metoxifluorano e Enfluorano paramos de usar. Apenas 03 disponíveis: 01 – Halotano 02 – Isofluorano 03 – Sevofluorano MPA + Indução + intubação + inalatória Faz 2% de anestésico junto com o gás diluente no aparelho, porém não entra 2% pela respiração pois não trocamos todo o ar do pulmão em uma respiração. Troca em média 60% do ar. Se o animal estiver deprimido ainda com propofol, entra menos. Ex. 1,2% A medida que entra no alvéolo, cai na circulação e atinge primeiro os órgãos mais vascularizados ex. cérebro e o efeito anestésico é rápido. A partir de um momento entra em estabilidade na concentração de anestésico. O pulmão, circulação e órgãos possuem 2% de anestésico e não absorve mais. Entra na fase de manutenção anestésica, pois se parar de colocar o paciente troca o ar pelo limpo e acorda. É muito dinâmico pode aumentar ou diminuir de acordo com a dor do paciente. Outra opção é fazer anestesia peridural sem precisar mudar o plano anestésico. Anestesia multimodais (infusões) ou bloqueios regionais também são uma opção p/ melhorar a analgesia. Usa analgésico e não anestésico. Coeficiente de solubilidade: Cada anestésico inalatório tem um coeficiente de solubilidade diferente. Quanto mais solúvel for, mais lento é. Menos solúvel, mais rápido é. A velocidade que o animal dorme e acorda é diferente. Halotano é o mais solúvel, mais lento. Da tempo de ajeitar o cavalo. + fácil, menos técnico. Sevofluorano é menos solúvel, mais rápido. Acorda em segundos, quase instantâneo. Estabiliza rápido, se precisar. Isofluorano está no meio. Bom desempenho e segurança. PROVA Quanto mais solúvel o anestésico é, mais lento para dormir e acordar. Halotano muito solúvel Concentração alveolar mínima (CAM): É a concentração mínima do anestésico que 50% das pessoas não sentiram incomodo na dor leve com o anestésico. Valor da CAM x 1,5 em % para 90% dos pacientes. Ajusta depois caso a caso. + potente é o halotano pois precisa de pouco p/ ter efeito. Apesar de ser o mais lento. Sevofluorano é mais fraco e mais rápido. Isofluorano está no meio. Fatores que diminuem a CAM: Algumas doenças que debilitam o animal Começa com valor de CAM menor Hipotermia; Acidose metabólica; Hipotensão; Gestação; Idade avançada; PaCo2 menor que 40mmHg ou maior que 95mmHg; Fármacos que deprimem o SNC (MPA, anestésico injetável) Uso de opióides no transoperatório; Fatores que aumentam a CAM: Hipertermia; Estimulante do SNC (cafeína, aminofilina é broncodilatador); Difícil de anestesiar, doses altas e muito deprimido. Metabolização hepática Halotano é muito metabolizado no fígado, produz um metabólito tóxico chamado de ácido trifluoracético. Puxa o ar com anestésico e solta o ar p/ o ambiente. Os veterinários aspiram e metabolizam e produzem o ácido que causa hepatopatia, depressão, doenças imunomediadas como lúpus, pênfigo, artrite reumatóide, aumenta infertilidade, câncer e doença congênita nos filhos. O menos hepatotóxico é o sevofluorano pois não produz ácido trifluoracético. O isofluorano produz o ácido mas produz 99% menos que o halotano. Mecanismo de ação: Não é conhecido totalmente. Atua em vários locais diferentes. Encéfalo e medula espinhal; Principal local de ação: sinapses; Alteram: propriedades das membranas. Valores próximo ao CAM: Diferentes pressões intracranianas – Isofluorano é o mais estável e é escolhido. Cardiopatas – Isofluorano (+vasodilatador ex. IC de mitral) e Sevofluorano (- vasodilatador ex. cardiomiopatia hipertrófica) Isofluorano tem odor pungente e pouca hepatotoxicidade e nefrotoxicidade. Sevofluorano (rápido) tem odor agradável (melhor p/ induzir na máscara), mínimo de hepato e nefrotoxicidade. Os dois tem mínimos efeitos no sistema reprodutor. Halotano não é indicado!!! Sevofluorano em 3 situações vale a pena: 01- Hepatopata 02- Indução em máscara 03- Pacientes com vasodilatação é ruim. Riscos da anestesia inalatória pela exposição: Cefaléia. Naúsea, fadiga e irritabilidade (temporário); Aumento de aborto, anomalia congênita, tumores, doenças hepáticas; Cuidados para reduzir a poluição: Cuff: balão na sonda que evita vazamento Uso mínimo de máscara e sistema aberta; Evitar vazamentos; Sistemas antipoluentes. Estágios e Planos Anestésicos Avalia a profundidade do paciente seja em anestesia inalatória ou injetável; Monitorar a profundidade anestésica. Estágios anestésicos são 4: 01 – Animal com excitação, euforia eagitação consciente; Animal pode ficar agressivo. Evita-se fazendo uma boa MPA. Animal acordado e com midríase. 02 – Animal com perda de consciência (dorme), mas agitado e alucinado. Animal tremendo e choramingando. 03 – é subdividido em planos de 1 a 4. Só existe plano no 3° estágio. 1° plano: Animal calmo sem excitação. Testar reflexos palpebral, laringotraqueal, interdigital, pupilar e corneal. Os reflexos estão presentes, apenas o interdigital está diminuído. Não é possível realizar cirurgias nesse plano, apenas coleta de sangue. 2° plano: Perda de reflexo palpebral, rotação de olho (parte branca). Pode entubar o animal, cirurgia apenas com anestesia local ex. epidural. + analgésicos transoperatórios 3° plano: olho centralizado (normal) e miose. Sem reflexo palpebral. Usado em anestesia geral ou inalatória + MPA, possível operar. 4° plano: Animal em midríase, sem reflexos. Animal muito profundo, retirar anestésico p/ não morrer. Risco de vida. Tem apnéia. Se acrescentar mais anestésico vai p/ o 4° estágio. 04 – Colapso total do paciente, é irreversível. Sem pressão, pulso e não responde a medicações. Escala de Guedel: estágios e planos. Animais podem ter complicações pelos efeitos adversos das medicações ou da doença pré-existente, mesmo estando no plano anestésico correto. Fazer concomitantemente de 5 em 5 minutos com exame físico. Mucosa pálida pode precisar de transfusão sanguínea ou azulada por entupimento da sonda ou dobra, vermelha em caso de inflamação. Na cirurgia, o órgão começa a ficar pálido ou azulado e sem pulso. Respiração reduzida por anestesia depressora ou excesso de fármaco. Monitorar pressão arterial por pulso, palpação na língua ou pata/ rabo. Animal tem que deixar abrir a boca. Escala só é válida p/ avaliação em caso de temperatura normal. Diferença do gato no 1° plano: não perde nenhum reflexo, mas fica quieto. 2° plano parece que está no 1° plano de cachorro. Não dá p/ entubar. Só perde o reflexo interdigital. 3° plano pode entubar e fazer cirurgia. Olho rotacionado ou centralizado em miose. Perde parte do reflexo palpebral e laringotraqueal. Joga 0,1ml de lidocaína na laringe. 4° plano o olho está centralizado e em midríase. Risco de vida. É mais difícil anestesiar gato do que cão. Anestesia em Equinos Primeiro deve estabilizar o animal, mesmo em emergência. 1. Hidratação Cristalóide 1° escolha Hidratar o animal mais rápido possível. Muitos litros e acaba sendo lento; Gera edema e hemodiluição Hipertônica junto p/ fazer o liquido ficar dentro do vaso, se não tiver tempo. Expansor plasmático; Desidratação extravascular; 2. Jejum ideal 24h de sólido e 6h hídrico Mínimo de 4 a 8 h; Lavagem estomacal; Estomago do cavalo é muito grande, cabe até 20 L. Lavar o estomago antes para não ter ruptura até sair soro limpo e diminui a motilidade gastrointestinal gerando compactação. 3. Mucosas e TPC Mucosa muito hiperêmica e congesta. Igual de gato (sensível) 4. Intensidade da dor e resposta aos analgésicos Escopolamina – só esse e melhora, pouca dor. AINES ex. flunixin meglumine e dipirona Alfa 2 agonistas ex. xilazina dor muito forte, possível isquemia. Opióides ex. morfina muita chance de morrer, pela dor ser muito forte. 5. Higienização do paciente Tricotomia e antissepsia; lavar a boca; Na hora que deita o cavalo na mesa cirúrgica de barriga p/ cima distende o abdômen pois obstrui a entrada do intestino delgado e comprimi o diafragma, causando dispnéia, comprime grandes vasos como cava e aorta. Limpeza prévia antes de deitar p/ diminuir o tempo de distensão (cavalo não aguenta), quando abre alivia os gases com manobras cirúrgicas. 6. Exame clínico Tem a mesma classificação de ASA. Necessário exames prévios p/ cirurgia, exceto emergência. MPA Anticolinérgicos Em MPA; Usa apenas ESCOPOLAMINA, indicado quando tiver bradarritmia; 3% dos animais assintomáticos tem, faz 1 ampola IM. Bloqueio atrioventricular. Usado apenas p/ bradiarritmia ou hipermotilidade intestinal; Diminui a motilidade intestinal. Tranquilizantes Usa apenas ACEPROMAZINA 0,1mg/kg IV Grupo menos utilizado devido ao efeito reduzido; Efeito tranquilizante DISCRETO Efeito extrapiramidal por bloqueio de dopamina (TONTURA) Pode gerar priapismo (perda do pênis) e ataxia; Não pode usar em hipertensos, hipotérmicos, epilépticos, anêmicos ou mexer no baço. Alfa 2 agonistas Faz em todos os animais, exceto potros. Precisam estar bem anestesiados e relaxados p/ não se machucarem na mesa. Usa XILAZINA 0,5 a 0,1mg/kg IV ou DETOMIDINA 0,02 a 0,04 mg/kg IV (melhor) Mais utilizado; Promove sedação, relaxamento muscular, analgesia visceral e ataxia; Pontos negativos: bradicardia, redução do débito cardíaco, depressão respiratória, hipertensão seguida de hipotensão. Opióides São agonistas: PETIDINA, MORFINA, TRAMADOL e METADONA. Dor leve: petidina (+usado, NUNCA IV só IM) e tramadol. Dor forte: Morfina (+ usado) e Metadona. Fentanil praticamente não é usado em equinos pois deprime demais a respiração e causa muita bradicardia. PROVA Fazer IV geralmente causa depressão respiratória e excitação, sempre usar com alfa 2 agonista. Benzodiazepínicos DIAZEPAM (+ usado) ou MIDAZOLAM (neonato, hepatopata ou pacientes em estado crítico) 0,05 mg/kg ou 0,15 mg/kg IV Sempre usado em TODAS as anestesias de cavalos; Nunca usar isolado; Efeito miorrelaxante, possui metabólito ativo. EGG Usado em todas as anestesias também; Quase não tem efeito colateral; Possui efeito miorrelaxante de ação central e ajuda a relaxar o animal na mesa; SEDAÇÃO Sinais de dor: Animal precisa estar de cabeça baixa o tempo todo, abaixo da cernelha, precisa abrir as 4 patas, para de descansar um pé, pênis flácido. Caso não tenha esses sinais, precisa administrar alfa 2agonista. Após bem sedado, fazer indução anestésica. INDUÇÃO ANESTÉSICA Indução rápida e suave (sempre IV); Relaxamento muscular adequado; Em local tranquilo e acolchoado p/ evitar lesões; Acompanhar a queda p/ posicionar direito (sentar e cair do lado – ideal) Apoia o cavalo p/ o lado da parede, começou a flexionar os pés, levanta a cabeça dele, empurra o peso para trás e empurra p/ o lado. Quetamina Melhora a hemodinâmica do paciente. O + adequado p/ cavalos; + usado PROVA 3 SITUAÇÕES QUE NÃO É UTILIZADO: TRAUMA CRANIANO (Tiopental) EPILÉTICO HEPATOPATA GRAVE Efeito de taquicardia e aumento de PA e débito cárdico; Gera hipertonia muscular que é resolvida na MPA c/ benzodiazepínicos e alfa 2 agonista; Padrão respiratório apnêustico; Não usado em casos de trauma craniano ou epilepsia. Predispõe a convulsão e diminui a pressão intracraniana. Dose: 2 a 3 mg/kg IV Tiopental Sódico Quando não puder quetamina ex. trauma craniano e animais hígidos; Tiopental piora a hipotensão e bradicardia do alfa 2 agonista usado na MPA; Efeito de intensa depressão cardiovascular e apnéia transitória; Bom relaxamento muscular; Queda brusca (15s) Dose: 6 a 12mg/kg. Propofol Não usa tanto quando em pequenos, pois precisa ser uma indução rápida e causa apnéia e entuba/ oxigena rápido (fármaco de risco); Efeito de depressor cardiorrespiratório, apnéia transitória, hipotensão arterial, ausência de excitação, sem analgesia e miorrelaxante moderado; Dose: 2mg/kg. Etomidato - PROVA NUNCA UTILIZAR; Animal cai tremendoe causa lesões, difícil de entubar e mioclonias; NÃO USAR Poucos relatos de sucesso: Muitos acidentes nas induções anestésicas Mioclonias Difícil intubação São 4 estágios 1º o animal esta acordado e agitado, 2º o animal está mais calmo, 3º estágio é dividido em 3 planos e é onde precisamos manter o cavalo e o 4º estágio é irreversível, o sistema nervoso não tem mais capacidade e vem a óbito. Planos do 3º estágio: Cavalo com nistagmo está no 1° plano de anestesia e pode mexer, dar coice.. Cuidado! Reflexo palpebral diminuído está em 2° plano anestésico e pode entubar, ele cai. Entubar precisa de um abre boca p/ não mastigar o tubo e estica o pescoço, entuba. No 3° plano, é o mais profundo o cavalo perde o reflexo palpebral e não pisca espontâneo, tem reflexo CORNEAL estará em miose (pupila pequena). No 4° plano, o cavalo dilata a pupila e não tem reflexo corneal nem pupila. PASSOU DO PONTO. Necessário retirar o anestésico. 4º ESTÁGIO – Irreversivel, não tem mais capacidade do sistema nervoso autônomo. Manter no 2° ou 3° plano, depende do estimulo doloroso e dos anestésicos. Ergue o animal e conecta no aparelho de anestesia inalatória e começa a monitorar o animal. Sempre proteger os membros que estão em baixo, fica formigando e o cavalo não consegue levantar. Pode gerar lesões musculares ou paralisia de nervos. Halotano X Isofluorano Halotano quase não é usado, preço é menor; Isofluorano é a melhor opção; Adjuvantes na Analgesia 1. Opióides no transoperatório Muitas dúvidas da eficácia; 2. Lidocaína Primeira escolha, caso não seja suficiente coloca opióide; Dose de carregamento 1mg/kg Infusão 0,05mg/kg/min; Reduz 25% Estabilidade pressórica; Complicações: Comum no equino é hipotensão arterial, todos tem! Hipotensão pode ser excesso de anestésico e hipertensão pode ser falta de anestésico. Como tratar? 1. Hipertônica (7,5%) Hidrata, expansão plasmática, 4ml/kg e aumenta sobrevida em cólicas. 2. Dobutamina 0,5 a 5 mcg/kg/min Bradicardia ou taquicardia c/ arritmias Inotropismo positivo; 3. Efedrina 0,06 mg/kg Efetivo c/ vasodilatação e aumenta retorno venodo; Os dois melhoram o bombeamento cardíaco e provocam vasoconstricção, melhora a pressão arterial. Fármacos mais utilizados no controle de pressão arterial de equinos: Dobutamina ou Efedrina PROVA MONITORIZAÇÃO Sempre medir e monitorar a pressão por pressão arterial invasiva, se obtém a PAM (pressão arterial média). Está hipovolêmico, usa hipertônica. Está hipovolêmico, usa dobutamina ou efedrina. Monitorar: ( Obrigatório ) 1. ECG (arritmias) 2. PAM – pressão arterial média Normal: 60 a 90 mmHg PROVA, hipotensão ou hipertensão 3. Oximetria (92 a 98%) Excesso de anestésico: pressão baixa e ausência de reflexos. Animal vai acordar: pressão alta e nistagmo. (Não obrigatório) 4. Capnografia (mensura co2 do sangue) Indica depressão respiratória 5. Hemogasometria Equilíbrio acido base e disfunção respiratória 6. Eletrólitos Mensura cálcio e potássio. RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA Piso não escorregadio e acolchoado; Posicionamento; Ambiente tranquilo; Ajuda p/ levantar; Sonda nasotraqueal (oxigenação); Sedar novamente se ficar muito excitado; Problemas comuns: cavalo levantar e cair ou causar miopatias pós anestésicas e neuropatias compressivas. Ex. paralisia das patas ou lesão muscular por compressão. Qual a principal complicação no TRANSOPERATÓRIO EM EQUINO? Hipotensão arterial Quais as principais complicações pós- anestésicas? Miopatias, paralisias e neuropatias. Anestesia de Equinos Possibilidades a campo: Procedimentos curto e rápido como colocar dreno para lavagem intraocular ou infiltração intra-articular. Protocolo + usado de anestesia dissociativa: Xilazina (1mg/kg) + Petidina (1mg/kg) + Quetamina (2mg/kg) + Diazepam (0,1mg/kg) Período de efeito: 15 a 20 minutos; Reaplicação, se necessário: Meia dose. No máximo 2 reaplicações. Recuperação do animal em 45 minutos; Se retirar o Diazepam perde 5 minutos de anestesia. Fazer antissepsia antes. Protocolo modificado: Xilazina (1mg/kg) + Petidina (1mg/kg) + Tiletamina/ Zolazepam (1,5mg/kg) Período de efeito: 25 a 35 minutos; Reaplicações gera depressão respiratória forte; Recuperação mais agitada em 1h, complicado fazer em haras. Protocolo triple triple: Xilazina (500mg) + EGG (50g) + Quetamina (2000mg) / Litro Decúbito com 1 a 2 ml/kg, rápido; Manutenção com infusão contínua 2,2 ml/kg/h; Monitorar FC e FR, avaliar bradicardia e depressão respiratória; Boa recuperação. Monitorização: 1. Globo ocular Reflexo palpebral presente, nistagmo animal pode mexer, aumenta a dose, lacrimejamento é normal 2. Frequência e amplitude respiratória Mucosas 3. Frequência e ritmo cardíaco TPC 4. Pressão arterial Procedimentos com tempo inferior até 1h; Tempo maior gera convulsões devido aos metabólitos da quetamina; Sempre associar com potentes relaxantes musculares; Sempre suplementar oxigênio com ventilação assistida, principalmente em potros. Aparelhos e Circuitos Anestésicos O circuito muda de acordo com o paciente. Funções do aparelho: 1. Distribuir oxigênio p/ o paciente em concentração adequada. 100% de oxigênio 2. Distribuir gases ou vapores anestésicos p/ o paciente. Vaporizador estipula a concentração de oxigênio inalado. 3. Remover o CO2 exalado pelo paciente, aquecendo e umidificando o ar de volta p/ o paciente. Benéfico p/ o sistema respiratório. Componentes: 1. Cilindros com gases (sem energia elétrica, sistema pneumático, monitores não funciona, precisa recarregar toda vez) X Concentradores de oxigênio (pega ar do ambiente, mais limitado, precisa de tomada p/ usar) Cilindros: Ferro (muito pesado) e alumínio (muito leve, dura menos tempo e amassa fácil) Cores padronizadas p/ identificação. Ex. oxigenio(verde), óxido nitroso (azul) e ar comprimido (verde/cinza claro), outros são amarelos. Cuidado com a rosca p/ não vazar o gás. Deve ficar do lado de fora da clínica. 2. Válvula redutora Usada para diminuir a pressão do cilindro p/ não estragar o aparelho nem o pulmão do cachorro. Válvula com cano curto é ruim, dificuldade para rosquear. Válvula com fluxometro junto quebra fácil e a manutenção é mais cara pela peça inteira. Distribuidor p/ conectar mais aparelhos, comprar separado. Reduz a pressão p/ 4Kgf/cm2 p/ os aparelhos. Ajuda monitorar a quantidade oxigênio. 3. Mangueira/ chicote todos vão ter Mangueira é entrada apenas p/ oxigênio, sempre verde. 4. Fluxômetro Determina a quantidade de oxigênio administrada. Sempre abrir o Fluxômetro, apenas O2 puro, Usar 60% 5. Vaporizador onde coloca o anestésico p/ misturar com o oxigênio tipo universal e calibrado. Universal Mesmo vaporizador para qualquer tipo anestésico, não da p/ saber quantos % administra, mais chance de erro e menos seguro. É barato. Não precisa saber o CAM. Calibrado Especifico p/ cada anestésico, mostra a % de anestésico usado, precisa saber o valor de CAM, multiplica por 1,5. É mais caro. 6. Sistema respiratório (são os circuitos, muda de acordo com o paciente). Sistema Aberto Não usa equipamentos específicos, usa mascara com algodão embebido e caixa/ cuba de indução. 1. Usa o sistema circular com válvulas. Avalvulares é proibido. 2. Sem filtro de CO2 e sem válvulas. 2.Circuito BARAKA sem filtro de CO2 Não reaproveita anestésico e não local p/ armazanemento de co2, o animal expira no ambiente. É toxico p/ as pessoas; Gasto grande com anestésico; O animal inala arfrio e seco; Possui traquéias corrugadas, orifício de alivio e balão reservatório Usado p/ animais muito pequenos não conseguem movimentar a válvula. Ideal animais com menos de 5kg. Mais de 10kg não suporta. 1.Curcuito circular e valvular Absorve co2 Possui válvula unidirecional inspiratória, traqueias corrugadas, válvula unidirecional expiratória, válvula de alivio (pop-off), balão reservatório, canister c/ cal sodada (reage com co2, aquecendo e umidificando). Só fazer o aproveitamento na fase manutenção, caso ao contrário o paciente não dorme direito na fase inicial. Economiza anestésico Vaporizador e Fluxômetro abertos constantemente aumentam a pressão e volume traumatizando o pulmão do paciente. Usado p/ animais de 5kg e obrigatório p/ 10kg. Válvula aberta é semi-aberta. Válvula fechada é fechada. O balão reservatório deve ter no mínimo de 3 a 5 vezes o volume corrente do paciente. Volume corrente = peso X 15 Anestesia Locorregional Bloqueios locorregionais efetivos ou falhos. Exige conhecimento de anatomia dos nervos e experiencia. Da p/ tirar a dor sem tirar o movimento. Características: Bloqueio reversível (depende da concentração do anestésico, toxicidade); Inflamação tissular mínima; Boa difusibilidade; Injetar o anestésico intra fascículos (azul), dentro dos fascículos de nervos gera lesão. Se injetar fora (verde), pode fazer efeito se o anestésico tiver boa difusibilidade ex. lidocaína. Baixa toxicidade sistêmica; ex. cocaína, muito tóxica e vicia. Compatível a utilização de vasos constritores (adrenalina) Mecanismo de ação: Porção extraneural positiva e intraneural é negativo (- 90). Quando começa a receber os estímulos entra mais sódio (rápido) e potássio (lento). O potencial interno chegando a -55, abre os canais de sódio voltagem dependente e entra muito sódio ocorrendo a despolarização, invertendo a voltagem dentro e fora. O anestésico local bloqueia os canais de sódio, não permitindo a passagem do estímulo para o S.N.C, sem percepção e interpretação pelo organismo. Anestésico local injetado extra fascicular, uma parte do anestésico ioniza e outra arte continua molecular, dentro do nervo a mesma coisa. A parte ionizada intraneural vai até os canais de sódio e fecha. Anestésico local pega em tecido inflamado? Não pega. O anestésico local tem pH alcalino e o tecido inflamado também tem pH alcalino, o anestésico fica na forma molecular dentro do nervo e não faz efeito. Tempo de efeito: 40 minutos a 1h30, depende da vascularização regional. Deixa de funcionar quando chega na circulação sanguínea, menos vascularizado dura mais tempo. Ex. gordura, absorção lenta. A quantidade de anestésico usado aumenta a concentração plasmática e gera toxicidade, em grandes quantidades. Associação com vasoconstritores: Beneficos: A vascularização regional diminui e aumenta o tempo de bloqueio, maior duração, menor risco de intoxicação e uso doses menores, diminuindo chances de erro. Situações que não se usa essa associação: cardiopatas (por conta da adrenalina), hipertensos ou hemodinâmicos comprometidos, diabéticos (pico de glicemia), em extremidades (rabo, orelha tem vascularização ruim, pode induzir gangrena)e feridas (pois impede a cicatrização, usar só o anestésico) Fármacos: 1. Cloridrato de tetracaína Proibido injetar em humano ou animal; Extremamente tóxico; Uso exclusivamente tópico (pomada ou colírio no oftalmo 1 gota/olho – 1mg/kg); Demora p/ ter efeito; (20 minutos) 2. Cloridrato de Lidocaína Baixa latência (máx. 10 min,) Alta difusibilidade (poucas chances de errar); Período de 40 a 90 minutos; Uso infiltrativo, perineural ou tópico; Dose máxima permitida 7mg/kg (9mg/kg com vasoconstritor) 3. Cloridrato de Bupivacaína Latência muito ampla, até 30 minutos. Difusibilidade baixa (fácil errar); Cardiotóxica, fatal na toxicidade; Longa duração de 180 a 500 minutos; Dose máxima permitida 2 a 4mg/kg. Pode diluir com soro p/ durar menos. 4. Ropivacaína Duração parecida com Bupivacaína; Menos tóxica (no SNC); 95% da fração levógera; Mais cara e + segura; Menos relaxamento muscular, não escolhido em cirurgias ortopédicas; Usado muito em cesárias de animais que não estão bem, menor chance de perda filhotes, por ser menos depressor; Regras: Anestesias tópicas: Não funciona na pele íntegra, precisa de uma porta de entrada. Funciona em feridas abertas, olhos, mucosas orais e nasais; Lidocaína de 4 a 10%; Tetracaína de 1 a 2% e colírio a 0,5%; Substancia hialuronidase, serve como meio p/ o anestésico e diminui a sensibilidade superficial da pele. Ex. ponto p/ sonda uretral. Anestesia infiltrativa: Não procura um nervo, difícil de errar, gasta volume grande de anestésico, não são muito especificas e não da p/ usar em áreas muitas extensas. 1-Subcutânea 2-Profunda (intramuscular) 3-Testicular Anestesias perineurais: Precisa fazer envolta ou dentro de algum nervo, exige conhecimento anatômico dos nervos. Emergência de forames; Grandes nervos e suas ramificações; Conhecimento anatômico; 1. Bloqueio de infraorbitário Desensibiliza o maxilar; Usado p/ cirurgias do nariz, trepanação, dente. 2. Nervo mentoniano Nervo no queixo, atrás do canino. Usado em fratura de mandíbula. 3. Mandibular Não dá p/ entrar dentro, mas joga o mais rente possível; Bloqueia toda mandíbula; 4. Bloqueio do plexo braquial Bloqueia o nervo radial, nervo mediano, nervo ulnar e nervo musculo cutâneo. Inervação do membro torácico das vertebras C5 a T2, passam juntos na borda da costela, coloca na 1° costela. Primeiro sentir o pulso da artéria axilar na palpação, colocar o dedo indicador na borda da primeira costela e contornando até sentir uma gordurinha e apertar, o pulso da pata desaparece nessa hora. Entra coma agulha no mesmo lugar e injeta o anestésico em 3x de 1ml. Anestesias intravenosas (Bier): Intravenosa sem efeito sistêmica; Fazer um garrote muito apertado, colocar cateter com PRN, tirar pouco sangue e injetar lidocaína no lugar. Precisa de vascularização preservada; Limitação de tempo (não pode deixar o garrote mais que 1h30); Não pode soltar o garrote menos que 30 minutos, precisa esperar o medicamento ir p/ o tecido. Conhecimento anatômico; Anestesia epidural: Onde fica o espaço epidural? Do lado de fora das meninges, entre a dura máter e as vértebras. Não vem liquor quando punciona. Não anestesia a medula, bloqueia as raízes nervosas. Feito em segmento torácicos lombares e sacrais. A mais comum: lombossacra e sacrococcígea. Indicações: Tratamento de dor radicular aguda ou crônica; Reduzir mortalidade e morbidade de pacientes; Redução dos efeitos sistêmicos de fármacos; Analgesia continua; Redução de custos; Fisiologia: Inibe os efeitos do sistema simpático, não fazer em animais que precisam do efeito simpático. Sobressaí o efeito parassimpático. Contra-indicações: Não há riscos nessa região. Perfura a pele, subcutâneo, ligamento supraespinhoso, interespinhoso e ligamento amarelo ou flavum (CREPITAR, está no local certo). Espaço epidural tem gordura e veias. Não há líquor, só pressão negativo. Se vier liquor, é anestesia raquidiana (diferente) dentro das meninges; Intravascular pode intoxicar o paciente; Verificação das punções: Perda de resistência; Usar seringa de vidro estéril com ar na agulha e solta, se estiver no local certo o ar é sugado sozinho OU pegar um pouco de ar na seringa e injetar, se houver resistência está no local errado OU bolha de 0,5ml ar na seringa descendo sem diminuir de tamanho na seringa
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