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DIREITO ADMINISTRATIVO (1)

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DIREITO ADMINISTRATIVO – 2º BIMESTRE – 6º PERÍODO
AGENTES PÚBLICOS
- Significado: É um gênero que se constitui em pessoas físicas que executam alguma atividade que é de interesse do Estado ou é própria dele, estes agentes podem ou não estar em uma relação de subordinação e poderão ou não receber remuneração diretamente do Estado. Exemplo: Tabeliões, cartorários, que não recebem diretamente do poder público, mas sim de quem utiliza do serviço.
- Classificados: Espécies
a) Agentes Políticos: Art. 39, § 4º da CF, sendo alguns desses agentes políticos o membro de poder, ministros de Estados, secretários e etc. 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI
São cargos eletivos no executivo e legislativo são agentes políticos; já no poder executivo são também aquele que podem ser eleitos (presidente, governador e prefeito). Também são agente políticos os auxiliares diretos dos chefes dos poderes executivos (ministros de Estado, Secretários Estaduais e Municipais).
Já no Poder judiciário são os magistrados, uma vez que recebem subsídios. 
b) Servidores Públicos (Sentido amplo)
 b¹) Servidores Públicos (Sentido estrito): É o chamado servidor estatutário (por que a lei que regulamenta a relação de trabalho entre os servidores e o Estado, sendo essa lei chamada de Estatuto, Lei 8112/90 estatuto do servidor público federal).
 b²) Empregados Públicos: Chamados de celetistas, por que é regido pela CLT, é obrigatório para as entidades estatais, ou seja, as empresas públicas e sociedades de economia mista, sendo este o regime, que tem algumas peculiaridades.
 b³) Servidor Temporário – Art. 37, IX CF: Não se confunde com o contrato temporário regido pela CLT. 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;
c) Militares: Das forças armadas e os militares das polícias militares e corpos de bombeiros 
d) Particulares em Colaboração com o Poder Público: São pessoas que executam alguma atividade em nome do Estado, ou seja, executam alguma atividade em colaboração com a poder público, sendo assim ficam sujeitos aos crimes contra a administração pública e improbidade administrativa. Ex: Mesário de eleição, peritos nomeados, os interpretes e tradutores, quando não concursados.
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS AGENTE PÚBLICOS
- Constituição Federal 
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL AOS AGENTES PÚBLICOS
- Constituições Estaduais 
- Leis Orgânicas Municipais
- Estatutos de Servidores Públicos: Todos os municípios têm que ter seu estatuto
- Estatutos Especiais
 - LOMAN – Lei Orgânica da Magistratura Nacional
 - LOMP – Lei Orgânica do Ministério Público
 - REGIMENTOS MILITARES
ORGANIZAÇÃO LEGAL DO SERVIÇO PÚBLICO (SERVIDORES PÚBLICOS)
a) Estruturação Sempre por Lei: Toda a organização dos servidores públicos, devem ser feitos por lei em sentido estrito, não é possível criar cargo ou emprego público, por ato administrativo, deve ser por lei.
b) Competência do Poder ou Pessoa Jurídica Interessada: Logo quem tem competência para criar cargos é dos órgãos ou pessoas jurídicas interessadas, criando um projeto de lei que depois vai para o legislativo aprovar.
SERVIDOR PÚBLICO
O servidor público ocupa um cargo público.
- Cargo Público: É um local na estrutura administrativa do Estado, criado por lei em sentido estrito, com nomenclatura própria (médicos, engenheiros, enfermeiros e etc), fixação da quantidade de cargos e a remuneração aplicável ao cargo. 
O cargo público pode ser de provimento (modo de preenchimento o cargo público): 
 -> Efetivo: Quanto a permanência no cargo o efetivo, tende a uma maior durabilidade de permanência no cargo, por que este consegue a estabilidade no serviço público. 
 -> Em comissão: Enquanto que o cargo em comissão a permanência é transitória, pois não existe a estabilidade.
a) Cargo Público de Provimento Efetivo: É o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas por um servidor.
- Cargo – Art. 3º da Lei 8.112/90
Art. 3o  Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
        Parágrafo único.  Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
· Provimento Efetivo: 
a¹) Acesso ao Cargo Público Efetivo:
- Mediante Concurso Público – Art. 37, II, III, IV (sendo regra)
II) Fixa como regra para acesso ao cargo ou emprego público efetivo depende de concurso público.
III) O prazo de validade do concurso tem prazo de até dois anos, podendo ser prorrogados por até dois anos, sendo uma única vez; sendo um comportamento discricionário o prazo fixado e prorrogação, logo se quiser prorrogar é discricionário.
IV) Não podendo a administração pública nomear aprovados em segundo concurso em deterioramento aos aprovados em concurso anterior, ainda que em cadastro reserva. 
-> Edital de concurso público, não pode fazer exigência não razoável. 
-> Aprovado dentro do número de vagas, ele tem direito liquido e certo de assumir o cargo. 
- Art. 37, §2º da CF: Se houver nulidade da nomeação do servidor para cargo efetivo, se não houver concurso público ou não for observado a ordem de classificação, será nula a nomeação do servidor.
- Art. 206, V da CF: Cargo efetivo da rede pública de ensino, segundo ele o concurso obrigatoriamente deverá ser de provas e títulos, servindo os títulos apenas para classificar os candidatos, diferente da prova que tem caráter eliminatório.
a²) Estágio Probatório – Art. 41, § 4º: Todo aquele que for nomeado para um cargo público efetivo deverá realizar um período de estágio probatório, onde serão analisadas a competência e a adaptação para o serviço público, sendo no período de três anos. Segundo o STF, a avaliação tem que haver a conversa entre a administração pública, podendo ser exonerado, se a administração não se manifestar sobre a aptidão do servidor até nesse prazo, se houver silêncio sobre aptidão ou não do servidor ele será automaticamente efetivado.
ESTABILIDADE – Art. 41 CF:
Trata-se de uma garantia do funcionário público, o servidor só perde quando ocorrer alguma hipótese prevista no artigo 41 da CF. Logo é o direito de permanência do servidor ao cargo de provimento efetivo, perdendo o mesmo somente em algumas hipóteses previstas por lei.
· Requisitos: Art. 41, “caput” e § 4º da CF
1) Aprovado em concurso público;
2) Nomeado para cargo efetivo;
3) Aprovado no estágio probatório;
4) Três anos de efetivo serviço;
· Distinção entre:
Estabilidade: Alcança com a efetivação no cargo público.
Vitaliciedade: Magistrados, membros do MP, os ministros do tribunal de contas da união, conselheiros dos tribunais de contas estaduais e nacionais. As hipóteses de perda da vitaliciedade são determinadas por órgão colegiado, bem como estão previstas na CF.
- Hipóteses de Perda da Estabilidade
Art. 41, § 1º - I) Sentença judicial transitada em julgado, podendo ser uma sentença cível ou penal, para a qual a lei autoriza ao juiz determinar a perda do cargo público. 
II) Mediante processo administrativo em que seja assegurado a ampla defesa, logo é o processo administrativo disciplina em que fique comprovada a culpa do servidor em uma infração disciplinar grave, em que a sanção vai determinar a perda do cargo.
I) Mediante procedimentode avaliação periódica na forma de lei complementar que autorize. Se o curso das avaliações suas atividades sejam ineficientes poderá perder o cargo, entretanto é preciso uma lei complementar que regulamente essa avaliação periódica. Logo se o servidor não atingir, ele vai ser aposentado, se demitido por que não existe a lei, poderá pedir a reintegração ao cargo.
Art. 169, § 4º: Quando o Estado extrapola os gastos com o pessoal fixados na lei de responsabilidade fiscal e com as providências dos parágrafos anteriores, não retorna à normalidade é possível exonerar servidores efetivos. 
· Cargo em Comissão – Art. 37, II, “parte final”
 - Significado: São cargos de livre nomeação e exoneração.
Não podemos chamar de cargo de confiança, pois o legislador chamou de comissionado. Sendo uma conduta discricionária, não tendo que motivar para contratar ou exonerar. Mas o cargo tem que estar previsto em lei, bem como deve haver a vaga, mas tem que ser observado o controle sobre a administração pública.
- Atividades – Art. 37, V: São apenas de direção, chefia e assessoramento. Não importa o cargo que ocupe, mas o cargo tem que ser previsto em lei, tendo que ser efetivo. 
- Quem pode ser nomeado: servidores efetivos, desde que dentro do percentual, casos previstos em lei; podendo os demais serem preenchidos por qualquer cidadão.
- Função de Confiança: Competência para ser nomeado, somente servidores efetivos. Diferente de cargo em comissão pois só serão nomeados servidores efetivos.
 - Art. 37, V – Atividades: 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
PROVIMENTO: ORIGINÁRIO E DERIVADO
Provimento Originário: 
I) Inaugura-se uma relação jurídica até então inexistente entre uma pessoa física e uma pessoa jurídica, no caso o poder público.
II) Quando o servidor é nomeado para uma carreira diversa daquela que ele ocupava. 
III) Quando o servidor muda de estrutura administrativa. 
A formalização do provimento originário se dá pela:
 - Nomeação: É um ato administrativo vinculado e constitutivo. Logo o nomeado tem que assumir no prazo determinado. 
 - Termo de Posse/ Posse -> investidura
Termo de posse está para o contrato do trabalho, logo o termo de posse tem uma síntese dos direitos e deveres do servidor e é assinado pelo servidor, uma vez assinado da a posse do cargo público ao servidor. 
- Início do efetivo exercício: Quando ele começa trabalhar, é importante por que tem as promoções de antiguidade e merecimento, mas tem um prazo para sair do seu emprego, organizar tudo que precisar para começar as atividades como servidor efetivo.
REQUERIMENTO DERIVADO – HIPÓTESES
Por que deriva de alguma coisa, no provimento derivado já existe uma relação jurídica entre o servidor e o Estado.
a) Reversão: de aposentadoria, reverte da inatividade para a atividade, em casos de: Invalidez (quando curado deve retornar ao serviço ativo, tem que avisar, por que se a administração descobrir depois de uma pericia vai ter ação de improbidade contra ele, vai ser revertida a aposentadoria e ele vai cometer crime contra a administração pública e ser exonerado); “Ex Offício” (a administração pública de ofício pode reverter devidamente motivada, não podendo ter mais de cinco anos de aposentadoria); a pedido do servidor (ele requer que possa voltar ao serviço ativo, podendo a administração negar ou efetivar a aposentadoria); para aplicar uma sanção disciplinar (o servidor é investigado após a sua aposentadoria, e comprovado que ele teve alguma pratica de infração disciplinar punível com demissão). 
b) Readaptação 
c) Reintegração – Art. 41, § 2º
d) Aproveitamento – Art. 41, §3º
e) Recondução
PROVIMENTO DERIVADO 
· Readaptação: Ocorre quando o servidor tem uma incapacidade física ou mental para o exercício de seu cargo. Se forma por meio de um processo administrativo, que possui uma equipe que vai verificar uma nova carreira que apesar das limitações do servidor possa ser executado pelo servidor, mas o novo cargo não pode significar promoção tem que observar a escolaridade e remuneração do servidor, tendo um período de adaptação, podendo recusar, mas não todos, se não houver cargo que se encaixe para ele é aposentado por invalidez.
· Reintegração – Art. 41, § 2º CF: Quando a demissão do servidor, se considerado invalido tem “efeito ex tunc”, ou seja, vai retroagir em razão dessa sentença ou invalidado por ato administrativo da autoridade administrativa. (Súmula 473 do STF). Pelo efeito ex tunc, ele tem direito a toda a remuneração que perdeu, pelo tempo de serviço, bem como demais verbas que teria direito.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
· Aproveitamento – Art. 41, § 3º CF: Disponibilidade, em caso de extinção do cargo ou declarado a desnecessidade do cargo, o servidor estável ele ficará disponível, voltando para o serviço civil, proporcionalmente ao tempo que trabalhou, se não for aproveitado, vai para a aposentadoria. O servidor é obrigado a assumir o cargo, mas se não quiser deve requerer sua exoneração. 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
· Recondução: Retornar do servidor ao cargo que ele anteriormente ocupava, sendo casos: 
- Recondução Constitucional – Art. 41, § 2º parte final: Se ela não estiver prevista no estatuto do servidor, ele ainda vai ter direito. Para aqueles servidores estáveis que vão ocupar seu antigo cargo.
- Recondução Estatutária: A recondução deve estar expressamente prevista no estatuto, caso contrário não poderá ser realizado. 
Para a hipótese de servidor público, não aprovado em estágio probatório. Ele então será reconduzido para o seu antigo cargo, desde que dentro da mesma estrutura administrativa. 
Ex: Era motorista do município, passa para mecânico e não é aprovado no estágio probatório, então ele volta para o seu antigo cargo por que é na mesma estrutura administrativa e tem previsão no estatuto. 
ACUMULAÇÃO DE CARGO PÚBLICO (Art. 37, XV e XVII)
Via de regra não é possível, mas em alguns casos é possível, desde que autorizado pela CF.
· Requisitos: Podem ser legais, desde que sigam dois requisitos:
- Remuneração dos cargos
- Compatibilidade de horários
· Hipóteses – Art. 37, XVI
a) Dois cargos de professor em instituição pública (privada não entra nessa conta).
b) Um cargo de professor com outro cargo técnico (desde que reconhecido pelo MEC) ou científico (qualquer curso superior). 
c) Dois cargos ou emprego de profissionais de saúde. 
· Valendo para todos os cargos da estrutura administração 
· Quando a administração detecta cargo indevido, ela instaura um processo administrativo e lá vai narrar por que ela acredita nisso, havendo contraditório, mas se ele se exonerar de um e ficar com um só, fica tudo certo, agora se ele contestar e ficar comprovado que ele cumulava duas funções ele vai ser demitido, podendo ainda responder um processo crime e um processo de improbidade. 
SISTEMA REMUNERATÓRIO
Remuneração (ele não tem salário, tem vencimento, remuneração, por salário é para empregado da CLT), é a contraprestação pecuniária paga pelo Estado em parcela fixa, podendo conter uma parcela variável, devendo ser fixada em lei em sentido estrito. 
Subsídio – Art. 39, §4, já os agentes políticos (lembre-se agentes políticos são aqueles por cargos eletivos, bem como secretários e ministros), recebem subsídios que se tratam de uma parcela fixa, não podendo ter uma parcela variável.
TETO REMUNATÓRIO (ART. 37, XI da CF): Máximoque se pode ganhar na administração pública.
a) Administração Federal: O máximo que ser ganha nos três poderes da administração federal é o do ministro da STF. 
Executivo 
Legislativo Ministros do STF.
Judiciário
b) Administração Residual: Maior subsidio ou remuneração não pode ultrapassar o salário do governador.
- Executivo Governador Estadual (quem fixa é a assembleia)
- Legislativo Deputado Estadual (quem fixa é a assembleia)
- Judiciário Desembargador (nenhum juiz pode ganhar mais que um desembargador, membros do MP também não podem, assim como os procuradores estaduais e os defensores públicos estaduais)
-> O auxilio moradia não entra nessa conta desse subsidio, sendo vedado ficar na conta do subsidio de adicionais, como auxílio moradia, por que tem verba indenizatório. 
c) Administração Principal 
- Executivo Prefeito
 - Legislativo Vereador 
REGIME JURÍDICO ÚNICO – Art. 39, “caput” da CF (ADI 2135-4)
Não podem coexistir dois regimes jurídicos, ou será estatutário ou celetista, mas devemos observar que segundo a ação direta de inconstitucionalidade, por que terá vício formal no caso na redação originária. 
Mas hoje devido ao efeito repustinatório, o Brasil, seu Estados, Municípios, e o DF, adotam o regime jurídico estatutário.
a) Regime Jurídico Estatutário 
- Significado: Lei que vai regulamentar a relação de trabalho entre o Estado e a administração pública. Entretanto existe alguns direitos que são obrigatórios da CLT, mas que são suprimidos nos estatutos, não trazendo tais previsões.
- Art. 39, § 3º: Remete a alguns incisos do art. 7º que são considerados normas trabalhistas de cunho obrigatório, ainda que o estado silencie, mas tem que pagar. Agora a competência para julgar é da justiça estadual. 
REGIME JURÍDICO CELETISTA
- Significado: As regras de trabalho são determinadas pela CLT. Não se fala em cargo público, mas sim em emprego público. 
- Obrigatório: art. 173, §1º, II CF: Regime jurídico obrigatório para as empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista). Alguns municípios podem adotar o regime da CLT. 
Aplica-se também ao emprego público:
· Acumulação de cargo: art. 37, XVI e XVII: as regras de acumulação remunerada de cargo público é aplicável ao emprego público.
· Lei 8429/92: Aplica-se também a lei de improbidade administrativa.
· 	Art. 327 CP: Definição de funcionário que se aplica também ao empregado público.
· 	Estabilidade do celetista: o STF entende que os empregados públicos da administração pública direta (municípios que adotam o regime da CLT) tem os mesmos direitos estabilidade que o servidor estatutário.
TST entende que empregado público de empresa estatal não tem direito a estabilidade, entretanto, sua demissão exige ato administrativo motivado. Porque para entrar nessas empresas precisa fazer concurso público.
Os municípios que adotam o regime celetista podem mudar para o estatutário, mas os que adotam o estatutário não podem mudar para o celetista.
SERVIÇO TEMPORÁRIO 
- Art. 37, IX da CF
não é um regime jurídico, mas existe a figura do servidor temporário.
Não se trata de um regime jurídico, mas existe a figura do servidor temporário. Neste caso a lei é que deve determinar a remuneração do trabalhador, serviços que ele vai prestar, etc. 
· O serviço temporário não se confunde com o contrato temporário (direito de trabalho). 
· Necessidade temporária de excepcionalmente interesse público: exige-se para o serviço temporário, que o estado tenha uma lei que informe a necessidade temporária de excepcional interesse público. O que é o interesse, o tempo, a remuneração e as atividades que vai desempenhar.
· São regidos pela Lei 8.745/93 
INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO E NA PROPRIEDADE PRIVADA
· Estado:
- Liberal: aquele em que o Estado não intervém na economia 
- Social: aquele em que o Estado é interventor na economia.
· Domínio Econômico: É o conjunto de todas as riquezas produzidas ou comercializadas, tudo que pode gerar riquezas, lucros. Sendo o titular desse domínio o mercado, sendo a titularidade privada, sendo da iniciativa privada. Logo o Estado tem que dar meios para que o marcado produza riqueza, assim o Estado que não gera riquezas, mas quem deve dar os meios para que o mercado produza. 
· Modos de Intervenção: É como a constituição autoriza que o Estado intervenha no mercado e/ou economia intervenção no domínio econômico. 
a) Intervenção no Domínio Econômico: O estado exerce diretamente atividade econômico
a¹) Por Absorção: O Estado retira do mercado algumas atividades econômicas para que ele Estado, as execute diretamente (art 77 da CF)
a²) Por Participação: O Estado atua em regime de concorrência de mercado.
Ex: Banco do brasil e Caixa, atuam na mesma área que diversos outros bancos sendo assim concorrente dos demais bancos como Itaú, Bradesco e tantos outros (Art. 173, caput, da CF).
b) Intervenção sobre o Domínio Econômico: Sendo aqui o Estado regulador, normatizador, sendo instrumentos que o Estado usa para regular, sancionar e até fiscalizador.
- Estado como agente normatizador/ fiscalizador (Art. 174, caput da CF): Sendo, portanto, um fiscalizador, regulador, incentivo e planejamento 
- Instrumentos de Atuação 
 - Normas de Direção: Regulamentos de como se deve dar a organização, assim impondo o modo de regulamentação, aplicação de sanção, bem como de fiscalização.
 - Normas de Indução: São normas de incentivos ao mercado, e este incentivo o Estado trabalha com determinados tributos com o fim de incentivar a balança comercial favorável. 
Exemplo: Reduzir o IP para que o consumidor procure o produto e fomente a indústria nacional a produzir o bem. 
Maneira utilizada para o Estado poder intervir na iniciativa privada, ou seja, na economia privada. 
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA 
- Propriedade
 - Absoluta: 
 - Relativa: A propriedade no Brasil é relativa, devido a função social da propriedade.
Para que o Estado possa intervir na propriedade dever haver justificativa. 
- Direitos Inerentes à propriedade: (usar, fruir, dispor e reaver).
- Propriedade/ Posse: 
- Justificativas Constitucionais 
a) Utilidade Pública: Trata-se de discricionariedade administrativa, sendo um juízo de conveniência e oportunidade. 
b) Interesse Social: O que justifica é atribuir destino adequado a propriedade. O Estado intervém para dar um destino adequado a propriedade. Se o dono da propriedade não da finalidade para a coisa, o Estado vai dar uma destinação que atenda o interesse social da coisa. 
c) Necessidade: O Estado deve atender alguma necessidade de natureza emergencial da intervenção do Estado
CARACTERÍSTICAS DA INTERVENÇÃO SOBRE A PROPRIEDADE PRIVADA
a) Generalidade: Quando o Estado intervém na propriedade ele deve intervir na propriedade privada, devendo obedecer ao princípio da igualdade.
b) Unilateralmente: O Estado Não vai buscar anuência do proprietário, sendo, portanto, um ato de força coercitiva do Estado, exige-se para o serviço temporário, que o estado tenha uma lei que informe a necessidade temporária de excepcional interesse público. O que é o interesse, o tempo, a remuneração e as atividades que vai desempenhar
c) Não confiscatoriedade: (confisco = tomar a propriedade sem pagar indenização). A regra é a não confiscatoriedade, se for necessário o Estado deve indenizar. Exceção: art. 243 CF (EC 81/14) o estado pode confiscar a propriedade (plantar maconha – qualquer coisa ilegal relacionada a psicotrópicos, exploração de trabalho escravo). 
· LIMITAÇÕES/ RESTRIÇÕES ADMINISTRATIVAS 
- Significado: São imposições do Estado ou do Poder público, decorrentes do gerenciamento das cidades. A autoridade pode impor obrigações de fazer, não fazer ou tolerar. São restrições cotidianas, que interferem no uso da propriedade. Ex: Cercar um terreno, limpar o terreno, caso o proprietário não o fizer a autoridade administrativa vai fazer e cobrar. 
- Indenização: Via de regra nessa intervençãodo Estado, não vai haver indenização, salvo em casos que o agente público cause danos a propriedade.
· OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA 
- Significado: É o uso temporário da propriedade privada pelo Estado, para uma atividade de interesse público. 
Exemplo: área rural em que o maquinário está fazendo a manutenção, não retornando para o centro da cidade, fica “posando” na fazenda onde está sendo arrumado a estrada, isso é a ocupação temporária.
Também pode ser por empresas que prestam serviços ao Estado, estando o Estado autorizado por lei a ocupar o canteiro de obras temporariamente, instalações dessa empresa que tenha reincidido o contrato com a Administração Pública.
- Indenização: Via de regra não tem, mas excecionalmente se estragar o patrimônio privado, pode indenizar desde que o proprietário assim solicite.
· REQUISIÇÃO
- Art. 5º - XXV da CF
Quando o Estado requisita uma área.
- Requisito Constitucional: Perigo público iminente, aquele perigo que está apara acontecer. Ex: Alagamento, tem que retirar os ribeirinhos, animais. 
- Espécies Civil: Em situações emergenciais como fenômenos da natureza, sendo um meio para socorrer a população. 
- Espécies Militares: Seja por razão interna (pm) ou segurança externa (forças armadas). Ex: Militar pegar carro para fazer uma perseguição.
- Indenização: Posterior se houver dano.
É uma ordem emanada do Estado, que tem que ser cumprido, sendo diferente da ocupação temporária, sendo uma vinculatividade, com poder imperativo muito maior, a autoridade tem que agir, se não responde por omissão. 
· TOMBAMENTO 
- Significado: Tombamento é igual a registro de uma propriedade pública ou privada para fins de preservação das características artistas, culturais, históricas. É tombamento por que em Portugal era feito o registro de bens, daí surgiu tombamento por que os livros ficavam arquivados na torre do tombo.
- Decreto Lei 25/1937: Tombamento federal. Existe um lugar que fica registrado. Podendo os Estados, Munícipios, DF e União, devendo cada um ter uma lei que vai reger sobre.
A autoridade indica um bem por conta de suas características, notifica o proprietário do por que, podendo o proprietário contestar, vencido isso vai ser tombado. 
· MODALIDADES
a) Tombamento “ex ofício”: Quando o próprio poder público determina o tombamento de um bem público.
b) Tombamento Voluntário: Quando o próprio proprietário indica ou oferece sua propriedade para fins de tombamento. 
Existe também a possibilidade de que o proprietário seja notificado de que seu bem será tombado e ele concorda com o tombamento do imóvel, também será um tombamento voluntário.
c) Tombamento Compulsório: Quando o Estado impõe o tombamento a propriedade privada.
- Restrições ao bem tombado: O tombamento interfere sobre o uso e fruição da propriedade, o que pode ser tombado é todo o imóvel, parte dele, sua fachada, área em torno do imóvel pode ser tombada também, para preservar característica não só do local, como também as características da região, sendo impostas pelo Estado. 
- Manutenção: O responsável pela manutenção do bem tombado é do proprietário, mas ele não pode fazer nenhuma alteração sem autorização do Estado. Se o proprietário não tem como fazer a manutenção e preservação, tem que protocolar junto ao departamento de bens tombados e ao MP, bem como, a maneira, estado que se encontra o bem tombado, se não o fizer vai ser responsabilizado pela omissão. 
O proprietário tem alguns benefícios sobre o bem tombado. 
- Indenização: Via de regra não existe, mas haverá indenização se houver esvaziamento do conteúdo econômico da propriedade, trata-se de desapropriação indireta e o Estado deverá indenizar, ou seja, a finalidade que ela se destina. Ex: Uma casa, sua finalidade econômica é para morar, e se o Estado determina que não se pode mais morar na casa, o Estado tem que indenizar o proprietário. 
SERVIDÃO ADMNISTRATIVA – Não se confunde com servidão civil.
 Significado: Intervenção do Estado na propriedade privada, é um ônus real que impõe um compartilhamento da posse. O uso e fruição da coisa passa a ser compartilhado com o Estado. O que justifica a servidão administrativa é para a execução de uma obra pública ou para a prestação de um serviço público, sendo para qualquer serviço público. Ex: Oleoduto, gasoduto, etc. Quem determina, regulamenta o uso dessa facha de servidão é o Estado. 
Formalização: 
a) Ex lege: A lei vai determina as áreas de servidão administrativa. 
b) Amigável: Exige uma escritura pública, é amigável por que existe um acordo com relação ao valor da indenização. 
c) Sentença Judicial: O poder público vai ingressar em juízo para que seja fixado o valor da indenização, não é que o poder público vai ao juiz pedir autorização para a servidão, mas sim quanto ao valor da indenização, caberá ao magistrado fixar o valor da indenização.
- Indenização: Quando houver o esvaziamento do conteúdo econômico da propriedade a natureza jurídica será de desapropriação indireta. Via de regra é indenizado a faixa da servidão, não há perda da propriedade, apenas vai fazer uso da propriedade e tem que indenizar esse faixa, bem como da perda dos lucros que ele deixou de auferir sobre aquela área em que houve a servidão. 
DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA 
- Significado: Essa ação possibilita que o proprietário, busque um valor de indenização, quando ocorrer o apossamento administrativo (esbulho possessório do estado).
Não ao proprietário a ação reivindicatória ou possessória, o magistrado não vai receber, por que a desapropriação faltou a fase declaratória, o Estado foi omisso na fase declaratória na desapropriação. 
O Estado se apossou da propriedade de alguém sem declarar a utilidade para fins de desapropriação. 
- Autor da Ação: Proprietário
- Objeto de Discussão: Indenização
- Prescrição: 20 anos, segundo súmula 119 do STJ.
DESAPROPRIAÇÃO EXTRAORDINÁRIA
(Desapropriação sanção)
É uma punição ao proprietário que descumpre com a função social da propriedade (o proprietário precisa adequar sua propriedade aos parâmetros constitucionais)
- Política Urbana 
Art. 182: O município é o competente para gerenciar o ordenamento da cidade, em seu quadro urbano, com base no estatuto da cidade com base na lei 10.257. 
§ 1º: Plano diretor, sendo obrigatório com o município com mais de cento e vinte mil habitantes. 
§ 2º: Função Social, a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende as exigências fundamentais da cidade expressas no plano diretor da cidade
§ 3º: As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro. 
Se o proprietário urbano, tiver sua área urbana desapropriada e cumprir a função social, logo a toda propriedade pode ser desapropriada, mas se ela cumprir vai haver indenização prévia e justa em dinheiro.
§ 4º: É facultado ao Poder público municipal, mediante lei especifica para a área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena sucessivamente de:
Punições para o proprietário que não cumpre as funções sociais da propriedade:
I) Parcelamento ou edificação compulsório; (a lei municipal vai impor a proprietário que no prazo de cinco anos, ele parcele ou edifique o imóvel).
II) Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; (IPTU progressivo, com alíquota progressiva no tempo, no prazo de cinco anos, ano a ano, por que o proprietário teve a oportunidade de parcelar ou edificar, mas não o faz, mas ano a ano vai aumentando, mas segundo o STF não pode ser superior ao valor superior da área)
III) Desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate em até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor da indenização e os juros legais.
-> Tem por finalidade evitar os chamados vazios urbanos, quem tem que coibir isso o município tem que especificar isso no plano diretor.
-> Somente o município podepraticar a desapropriação sanção, mas os demais entes podem desapropriar por interesse social, interesse coletivo, desde que previsto na lei 4.32/52 artº 2, indenização em dinheiro. 
- Política
Art. 184: Compete à União desapropriar por interesse social para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte não, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
É uma perda muito grave para quem é desapropriado.
· Qual propriedade cumpre ou não a função social da área rural?
Art. 186: A função social é cumprida quando à propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I) (ESTUDAR PELA LEI)
Tais critérios para aferição se a propriedade cumpra ou não a função social é o INCRA, que vai fiscalizar, verificando o grau de utilização da terra e critério de grau de exploração econômica, todo o proprietário precisa cumprir isso, por que o incra quando abre um procedimento de investigação de uma área x, vai retroagindo sua verificação para os últimos doze meses, se a propriedade alcança ou não os graus, se não cumprir vai ser levado ao governo federal para desapropriar, por que é feito por tabulação. 
· Pode Município ou Estado desapropriar uma área rural? 
Pode desde que não seja por interesse social para fins de reforma agrária. Mas para outros fins pode. 
· Pode um Estado membro ou Município desapropriar uma área rural para assentamento do homem do campo?
Pode, vai instituir as vilas rurais, fixar o homem do campo no campo. 
CADUCIDADE DA DECLARAÇÃO
- Significado: É o efeito da não realização de atos concretos para desapropriar. A caducidade determina a perda da eficácia jurídica do ato declaratório (para declarar o fundamento constitucional, posteriormente vem a execução sobre a desapropriação, ajuizando a ação, ou com acordo entre as partes pelo valor da indenização).
- Prazos:
- Por utilidade pública -> 5 anos (Art. 10 Dec- Lei 3365/41): Contados a partir da publicação do decreto no diário oficial, começa a correr o prazo de cinco anos para que ajuíze uma ação ou entre em acordo.
- Por interesse Social -> 2 anos (Art. 3, Lei 4132/62: Contados a partir da publicação do decreto no diário oficial, começa a correr o prazo de cinco anos para que ajuíze uma ação ou entre em acordo.
-> Perde-se a eficácia jurídica da declaração, e no prazo de 12 meses para emitir nova declaração, operando-se a caducidade vai ser operado no prazo de 12 meses, não perdendo o direito de desapropriação, mas sim sobre o ato declaratório, permanecendo o direito.
- Por necessidade Social -> Na hora. 
TREDESTINAÇÃO (Tresdestinação)
- Significado: Atribuição diversa ao destino previamente fixado a propriedade. 
Ex: Era pra construir uma escola pública, mas constrói-se um asilo, logo vai ser tredestinação.
- Tredestino – Lícita: é aquela que mantém ou respeita o fundamento, constitucional da desapropriação, sendo aceita pelo direito, mesmo que ocorra um destino diverso.
Ex: 
 - Ilícita: ocorre um desrespeito ao fundamento constitucional da desapropriação. 
Ex: Declara de utilidade pública para a construção de uma escola pública, entretanto doa a área pata a construção de uma associação de trabalhadores de uma instituição privada. 
Neste caso vai haver a determinação da nulidade da desapropriação. 
RETROCESSÃO 
- Significa: Possibilidade do retorno do imóvel desapropriado, coisa, objeto ao antigo proprietário, em virtude do direito de preferência (art. 519 do CC)
- Hipóteses de Retrocessão:
a) Tredestinação Ilícita: possibilidade de que o proprietário requeira a nulidade da desapropriação para exercer o seu direito de preferência, se o magistrado declarar a nulidade, o proprietário precisa pagar o valor da coisa no mercado atualmente. 
b) Desistência: O Estado não tem mais interesse, devendo primeiro notificar o antigo proprietário, observando o direito de preferência, sendo discricionariedade administrativa, deve sob pena de nulidade. Se tiver alguma benfeitoria tem que ser indenizado ao Estado.
 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
Principalmente objetiva o Estado adota, onde tem de ser comprovado o dolo e a culpa 
- Irresponsabilidade do Estado 
- Responsabilidade Subjetiva do Estado 
 - Culpa Administrativa: Quando é identificado o agente, sabia-se quem era a pessoa do Estado.
 - Culpa Anônima: Quando o agente é desconhecido, não existe uma pessoa pra culpar, mas a culpa é do serviço.
- Responsabilidade Objetiva do Estado: Não há o que se falar em culpa ou dolo 
 - Art. 37, § 6º, “primeira parte” CF
 - Agentes
PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDA OBJETIVA 
Não há o que se falar em culpa ou dolo 
 - Ação: Ação que vai gerar um dano.
 - Dano: Podendo ser dano moral material ou ambos, mas o dano tem que ser jurídico, indenizável, ou seja, que se possa ser pago. 
 - Nexo Causal: Existe uma relação de ligação entre a ação e o dano, sendo uma relação de causalidade. 
TEORIAS DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA
a) Teoria do Risco Integral: Ela exige que comprovadamente se houve ação, dano e nexo causal, se decorreu do Estado, ele vai ter que indenizar.
Vai aplicar a Teoria do Risco Integral no Brasil em casos de:
- Dano decorrente de ataque terroristas: Aplica-se a teoria do risco integral no brasil em casos de atentado terroristas.
- Dano decorrente de acidente nuclear: Aplica-se a teoria do risco integral.
b) Teoria do Risco Administrativo: Nesta teoria se admite excludentes de responsabilização do Estado. No Brasil adotamos a teoria do risco administrativo.
- Excludentes:
 - Culpa exclusiva da vítima 
 - Caso Fortuito/ Força Maior 
* Atenuante – CULPA CONCORRENTE 
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO ESTADO
Não existe um consenso doutrinário.
Segundo essa teoria em casos de omissão, a culpa se subdivide em culpa ou dolo 
a) Omissão Própria (culpa própria): Por que há nesses casos um dever especial, especifico (concreto) de agir. O estado tem o dever de agir, dever de agir objetivo, a lei determina que naquela situação a atitude que o Estado tem que tomar. Devendo ser aplicada a responsabilidade objetiva. Culpa própria porque é um dever objetivo. Nesse caso tem que ser aplicada a responsabilização objetiva. (isso é uma parte da doutrina e da jurisprudência, não tem consenso nenhum).
b) Omissão Imprópria (culpa imprópria): Existe um dever geral de agir, porém é amplo, sendo abstrato. 
DIREITO DE REGRESSO 
Responsabilidade subjetiva, pois a parte final do artigo assim prevê. O Estado tem o direito de regresso contra o agente causador do dano.
- Art. 37, § 6º “parte final”
- Denunciação da lide – Art. 125 CPC
Majoritariamente não cabe denunciação da lide, por que não pode haver fato novo na mesma ação, por que a discussão entre o Estado e o servidor é outra discussão. Porém aqui no Paraná existem casos.
Não existe nada que impeça de entrar contra o médico, servidor público que causou o dano, vai ser ilegitimidade passiva, por que quem tem que indenizar é o Estado. 
BENS PÚBLICOS
- Domínio Público: Significa todos os bens pertencentes ao Estado, seja administração direta ou indireta (pode ter só a posse do bem).
- Domínio Público Aparente ou Iminente: É a possibilidade que tem o Estado de intervir sobre a propriedade privada. 
Classificação dos Bens Públicos
a) Bens Públicos de Uso Comum do Povo: Aqueles que estão à disposição da população, como por exemplo ruas, parques, lagos. Pertencendo ao patrimônio público indisponível. 
b) Bens Públicos de Uso Especial: São aqueles destinados a uma atividade estatal especifica. Ex: Escolas, delegacias, hospitais, sede da administração pública. Pertencem ao patrimônio público indisponível.
c) Bens Públicos Dominicais ou Dominiais: O Estado detém apenas o domínio sem que haja uma destinação especifica. Pertencem ao patrimônio público disponível. 
· Afetação: Significa atribuira indisponibilidade do bem público, classificando como de uso comum ou uso especial. Podendo a afetação ser por lei ou ato administrativo.
· Desafetação: Significa a retirada da indisponibilidade do bem público, classificando como bem dominial ou dominical. Se ele foi afetado po ato administrativo, somente pode ser desafetado por lei ou ato administrativo, mas se for afetado por lei, somente por lei pode ser desafetado.
Características
a) Inalienabilidade: É uma característica relativa dos bens públicos, por que o bem público pode ser alienado, sendo os bens do patrimônio disponíveis que podem ser alienados, bens dominiais ou dominicais. 
Uma rua pode ser vendida, desde que ela tenha sido desafetada, obvio que quando ele está afetado não pode.
b) Impenhorabilidade: Via de regra os bens públicos não servem como garantia de dívida do Estado, não podem ser penhorados os bens da administração pública direta, autarquias, Sociedades de Economia mista e empresas públicas prestadoras de serviço público, fundações.
* Quando se referir a dívida trabalhista os bens das estatais qualquer que seja a atividade serão penhorados.
c) Imprescritibilidade: Não corre contra bens públicos prescrição aquisitiva, usucapião. 
FORMALIZAÇÃO DO USO DE BENS PÚBLICOS
Podem ser utilizados por PJ pertencentes ao estado ou não, devendo a administração formalizar esse uso. Sendo:
- Autorização de Uso: Ato administrativo, que defere o uso de bem público, por um curto espaço de tempo, normalmente a autorização é gratuita e não tem previa licitação.
- Remissão de Uso: Necessita de prévia licitação em regra onerosa e de natureza precária, não gera direito a indenização. 
- Cessão de Uso: Modo de formalizar o uso de bem público, por outra pessoa pertencente ao Estado.
- Concessão de Uso: É um contrato de uso oneroso, com licitação obrigatória e pagamento de indenização se houver rescisão antecipada gera uma obrigação de indenizar o concessionário.
- Concessão de Direito Real de Uso: Onerosa, precedida de licitação, caracterizando por ser direito real e não direito pessoal.

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