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APS Cardiorespiratorio

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APS – Sistema Cardiorrespiratório.
Resumo de artigos:
Artigo 1:
Título: Características clínicas e fatores associados à asma grave em Salvador,Brasil.
Objetivo: Descrever carácteristicas clínicas e identificar fatores associados a maior gravidade da asma, em uma amostra de pacientes acompanhados em um centro de referência em Salvador.
Método: Estudo transversal de 473 adultos, acompanhados regularmente no Programa para Controle da Asma na Bahia (ProAR), reavaliados de forma sistemática entre 2013 e 2015. Os pacientes foram admitidos por preencher critérios anteriores de asma grave e reclassificados de acordo com a definição mais atual, proposta por um documento conjunto da European Respiratory Society/American Thoracic Society (ERS/ATS 2014).
Resultados: Foram reclassificados como portadores de asma grave pelos critérios da ATS/ERS (AG-ERS/ATS) 88/473 (18%). Destes, 87% eram mulheres, 48% obesos, com mediana do índice de massa corporal (IMC) de 29 kg/m2 (IQ 26-34), 99% tinham sintomas de rinite crônica e 83%, sintomas de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Nenhum se declarou fumante atual. Os principais corticosteroides inalatórios utilizados foram beclometasona (88%) e budesonida (69%). A maioria relatou adequada adesão (77%) e a minoria das avaliações (0,6%) revelou erros graves na técnica inalatória. A mediana do volume expiratório forçado no primeiro segundo pós-broncodilatador (VEF1pós-BD) foi 67% do predito (IQ 55-80). A mediana do número de eosinófilos no sangue periférico foi menor nos pacientes com AG-ERS/ATS [209 células/mm3 (IQ 116-321)] do que nos demais pacientes estudados [258 células/mm3 (IQ 154-403)]. Sintomas de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) foram associados a mais gravidade [OR = 2,2; IC95% (1,2-4,2)].
Resumo: O artigo mostra que a maioria dos asmáticos conseguem obter controle dos sintomas com corticosteróide inalatório, apenas 5% não ontem bom resultado mesmo com utilização de tratamento adequado e boa adesão ao tratamento, além da alta morbidade esse grupo também e responsável pela maior parte dos gastos em saúde comparado ao de outras doenças crônicas. Observa-se grande variabilidade na apresentação clínica e nos biomarcadores associados a gravidade da asma. Também é citado que com o avanço da idade, pacientes com asma grave se tornam mais obesos e menos sensíveis a alérgenos, outra parte cita a frequência mais alta de pólipos nasais e refluxo gastroesofágico em pacientes com asma grave. Foi verificado associação entre a gravidade da asma e sidromes metabólicas em estudo sobre riscos cardiovasculares emafolescentes, não havendo uniformidade na definição de asma grave.
Artigo 2:
Título: Avaliação do controle da asma em diferentes medidas e avaliação da capacidade de exercício funcional em crianças e adolescentes com asma.
Objetivo: Avaliar a concordância entre as medidas de controle da asma e a capacidade de exercício funcional em crianças e adolescentes com asma não controlada e controlada.
Método: Foram selecionadas crianças e adolescentes com asma de 7 a 17 anos, que foram atendidos no Ambulatório de Pneumologia Pediátrica da Universidade Estadual de Campinas. Todos os pacientes tiveram nível de controle da asma avaliado pelo questionário da Global Initiative for Asthma (GINAq), Teste de Controle da Asma (TCA), espirometria e teste de caminhada de seis minutos (TC6M). Os pacientes foram classificados como asma não controlada ou controlada em cada teste e a concordância entre as medidas foi avaliada pelas estatísticas do Kappa. A curva ROC foi calculada para o TC6M. O índice espirométrico da espirometria foi composto por FEV1, FEV1/FVC e FEF25-75%. Os resultados da espirometria e do TC6M foram comparados entre o grupo de asma não controlada e controlada pela GINAq.
Resultados: Dos 138 sujeitos incluídos, 78 (56,5%) eram do sexo masculino com idade média de 11,00 (7-17) anos. O GINAq detectou 68,8% dos pacientes com asma não controlada. Foi observada concordância moderada (p<0,001; k=0,56) e alta especificidade (100%) entre o GINAq e o TCA. No TC6M, o ponto de corte de 82,03% da distância prevista possibilitou a distinção de pacientes com asma controlada e não controlada. O índice espirométrico apresentou 73,4% de sensibilidade com o GINAq. Foram observados resultados piores no TC6M em pacientes com asma não controlada.
Resumo: O controle da asma é definido pela medida em que as manifestações são reduzidas, diminuídas, ou eliminadas com o tratamento,que e determinado por associações entre fatores genéticos de forma individual, ou por expressões fenotipicas,são levados em consideração, tratamento adequado, adesão, técnica de inalação, resposta a terapia, controle ambiental, exposição a elementos desencadeadores, fatores psicossociais e socioeconômicos. Sendo de extrema importância a avaliação do controle da asma para orientar tratamento e fornecer informações sobre a evolução da doença. O nível de controle da asma pode ser avaliado pelo histórico de controle dos sintomas, analisando os riscos futuros de resultados adversos,exame físico e medicação de função pulmonar. Diversos estudos avaliam o controle da asma por meio de exame clínico de pediatras, questionários, marcadores inflamatórios e de função pulmonar para estabelecer as medidas corretas para a boa avaliação da asma. Ainda existem divergências sobre esses resultados,também não há estudos para a avaliação do controle da asma por meio de testes cardiorespiratorios como o teste de caminhada de seis minutos na faixa etária pediátrica e que avaliem diferenças nesse teste entre os grupos de controle da asma.
Artigo 3: 
Título: Influência do clima nas hospitalizações por asma em crianças e adolescentes residentes em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: avaliar a influência dos fatores climáticos nas hospitalizações por asma e por infecções virais do trato respiratório inferior (IVTRI), de 2002 a 2012, em crianças e adolescentes residentes em Belo Horizonte (BH) e estimar períodos epidêmicos para as hospitalizações por asma, comparar o padrão sazonal local das hospitalizações por asma e IVTRI. Utilizando as hospitalizações por asma estratificadas e por bronquiolite de 0-4 anos, a partir das guias de Internação Hospitalar, modelos estatísticos de regressão foram aplicados para avaliar o relacionamento entre as variáveis. Para estimar períodos epidêmicos foi utilizado o modelo de séries temporais da classe ARIMA.
Método: Estudo observacional descritivo e de séries temporais, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, no período de 2002 a 2012.
Resultados: No período do estudo ocorreram 32.978 hospitalizações por asma de crianças/adolescentes de 0-14 anos, sendo, 18.962 (57,5%) do sexo masculino e 14.016 (42,5%) do sexo feminino. A faixa etária que mais apresentou hospitalização por asma foi a de 0-4 anos (25.926), seguida da de 5-9 (5.817) e de 10-14 (1.235). Percebe-se também a redução da taxa de hospitalização, ao longo dos anos. Verificada a média mensal do número de hospitalizações por asma e bronquiolite, as mais altas para hospitalização por asma foram nos meses de março, abril e maio. Para a bronquiolite foram nos meses de maio, junho e julho. Para as hospitalizações por bronquiolite, de 0 a 4 anos, o aumento de 1ºC na temperatura máxima correspondeu a um decréscimo de 21% na taxa de hospitalização por mês e, cada incremento de 1mm na unidade de precipitação correspondeu a um decréscimo de 1% na taxa de hospitalização por bronquiolite por mês.
Resumo: A asma caracteriza-se por inflamação crônica, hiper-responsividade brônquica e limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com broncodilatadores. são vários os fatores que propiciam e interagem na exacerbação da asma. São fatores ligados às características dos indivíduos e estilos de vida e também relacionados ao ambiente, tais como infecções virais do trato respiratório inferior (IVTRI), contato com alérgenos indoor e outdoor e mudanças meteorológicas. Os vírus respiratórios têm sido reconhecidos comoimportantes no crescimento acentuado dos episódios de sibilância e exacerbação por asma, principalmente em crianças com idade inferior a dois anos. O vírus sincicial respiratório (VSR) é reconhecido como um dos maiores responsáveis pelos episódios de sibilância nessas crianças. Outro importante fator relacionado ao disparo da crise asmática em pessoas suscetíveis é o efeito do clima. Estudos conduzidos em diferentes regiões do mundo, inclusive do Brasil, têm encontrado associação entre hospitalizações por asma e estações climáticas. No inverno, o aumento do ar frio pode comprometer a função pulmonar em pacientes com asma e induzir broncoespasmo, Também, períodos com menos horas de sol e mais chuvosos propiciam o aumento da umidade intradomiciliar, a proliferação fúngica, a aglomeração dos residentes e a transmissibilidade viral. O risco de hospitalização por asma influenciado pelo disparo das condições climáticas é pouco explorado em Minas Gerais. 
Mapa Mental:

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