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RELATÓRIO ESTÁGIO - CLÍNICA DE NUTRIÇÃO

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
PATRÍCIA BLASCHI DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
Clínica de Nutrição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DO RIO PARDO/SP 
2019 
 
 
PATRÍCIA BLASCHI DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
Clínica de Nutrição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DO RIO PARDO/SP 
2019 
 
Relatório de conclusão do estágio 
supervisionado realizado na Clínica 
de Nutrição apresentado à 
Universidade Paulista – UNIP. 
 
Coordenador: Prof. Ms. Mariana 
Nóbrega 
Supervisor: Maria Alice L. R. 
Scarcella 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4 
1.1 Obesidade ............................................................................................................................. 5 
1.2 Diabetes mellitus ................................................................................................................... 6 
1.3 Hipertensão arterial sistêmica ............................................................................................... 8 
1.4 Triglicérides elevado .............................................................................................................. 9 
1.5 Ácido úrico elevado ............................................................................................................. 10 
2 OBJETIVOS ....................................................................................................... 12 
2.1 Objetivo Geral ..................................................................................................................... 12 
2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................... 12 
3 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................ 13 
3.1 Atendimentos ..................................................................................................................... 13 
3.2 Métodos antropométricos utilizados .................................................................................... 16 
3.2.1 Peso ............................................................................................................................... 16 
3.2.2 Altura ............................................................................................................................. 17 
3.2.3 Ossatura ........................................................................................................................ 17 
3.2.4 Circunferência do braço (CB) ........................................................................................ 17 
3.2.5 Circunferência abdominal (CA) ..................................................................................... 17 
3.2.6 Circunferência da cintura (CC) ...................................................................................... 18 
3.2.7 Circunferência do quadril (CQ) ...................................................................................... 18 
3.2.8 Prega cutânea do bíceps (PCB) ...................................................................................... 18 
3.2.9 Prega cutânea do tríceps (PCT) ..................................................................................... 18 
3.2.10 Prega cutânea subescapular (PCSE) .............................................................................. 18 
3.2.11 Prega cutânea suprailíaca (PCSI) ................................................................................... 19 
3.3 Cálculos realizados .............................................................................................................. 19 
3.3.1 Compleição óssea .......................................................................................................... 19 
3.3.2 Peso ideal mínimo, médio e máximo ............................................................................ 19 
3.3.3 IMC ................................................................................................................................ 19 
3.3.4 Soma das 04 pregas e percentual de gordura ............................................................... 20 
3.3.5 Relação entre a circunferência da cintura e a circunferência do quadril ..................... 22 
 
 
 
 
3.3.6 Circunferência muscular do braço ................................................................................ 22 
3.3.7 Porcentagem de adequação da circunferência muscular do braço .............................. 22 
3.3.8 TMB e VCT ..................................................................................................................... 23 
3.3.9 Gasto energético total ................................................................................................... 24 
3.3.10 Distribuição calórica durante o dia ............................................................................... 25 
3.3.11 Bioimpedância elétrica .................................................................................................. 26 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 28 
4.1 Gráficos ............................................................................................................................... 29 
4.1.1 Sexo ............................................................................................................................... 29 
4.1.2 Diagnóstico nutricional ................................................................................................. 29 
4.1.3 IMC ................................................................................................................................ 30 
4.1.4 Doenças atendidas ........................................................................................................ 30 
5 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 31 
REFERÊNCIAS.................................................................................................32 
ANEXOS....................................................................................................................35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
De acordo Resolução do CFN nº 334/2004, alterada pela Resolução CFN nº 
541/2014, fica designado que o nutricionista tem como função contribuir para a 
saúde dos indivíduos e da coletividade. Cabe a ele a produção de informação sobre 
a alimentação e a nutrição, buscando sempre o aperfeiçoamento técnico-científico, 
baseando-se nos princípios éticos que regem a prática da profissão. 
O nutricionista, dentro da área clínica, pode atuar em diversas subáreas, 
como dispõe a Resolução CFN nº 600, de 5 de fevereiro de 2018: 
II. Área de Nutrição Clínica – Assistência Nutricional e Dietoterápica 
Hospitalar, Ambulatorial, em nível de Consultórios e em Domicilio: 
 
A. Subárea – Assistência Nutricional e Dietoterápica em Hospitais, Clínicas 
em geral, Hospital-dia, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) 
e Spa clínicos. 
 
B. Subárea – Assistência Nutricional e Dietoterápica em Serviços e Terapia 
Renal Substitutiva. 
 
C. Subárea – Assistência Nutricional e Dietoterápica em Instituições de 
Longa Permanência para Idosos (ILPI). 
 
D. Subárea – Assistência Nutricional e Dietoterápica em Ambulatórios e 
Consultórios. 
 
E. Subárea – Assistência Nutricional e Dietoterápica em Bancos de Leite 
Humano (BLH) e Postos e Coleta. 
 
F. Subárea – Assistência Nutricional e Dietoterápica em Lactários. 
 
G. Subárea – Assistência Nutricional e Dietoterápica em Centrais de 
Terapia Nutricional. 
 
H. Subárea – Atenção Nutricional Domiciliar (pública e privada). 
 
I. Subárea – Assistência Nutricional e Dietoterápica Personalizada(Personal Diet). 
 
Segundo a Resolução CFN nº 304, de 26 de dezembro de 2003, que dispões 
sobre critérios para prescrição dietética na área de Nutrição Clínica e dá outras 
providências: 
Considerando que a atuação do nutricionista na área de Nutrição Clínica 
abrange o atendimento ao cliente-paciente na internação, ambulatório, 
consultório e domicílio; 
 
RESOLVE: 
Art. 1º Compete ao nutricionista a prescrição dietética, como parte da 
assistência hospitalar, ambulatorial, em consultório de nutrição e dietética e 
em domicílio. 
Art. 2º A prescrição dietética deve ser elaborada com base nas diretrizes 
estabelecidas no diagnóstico nutricional. 
5 
 
Art. 3º Compete ao nutricionista elaborar o diagnóstico nutricional com base 
nos dados clínicos, bioquímicos, antropométricos e dietéticos. 
[...] 
Art. 4º O registro da prescrição dietética deve constar no prontuário do 
cliente-paciente, de acordo com os protocolos pré-estabelecidos ou aceitos 
pelas unidades ou serviços de atenção nutricional, devendo conter data, 
Valor Energético Total (VET), consistência, macro e micronutrientes mais 
importantes para o caso clínico, fracionamento, assinatura seguida de 
carimbo, número e região da inscrição no CRN do nutricionista responsável 
pela prescrição. 
[...] 
Art. 5º O registro da evolução nutricional deve constar no prontuário do 
cliente/paciente, de acordo com os protocolos pré-estabelecidos, devendo 
conter alteração da ingestão alimentar, avaliação da tolerância digestiva, 
exame físico, antropometria, capacidade funcional e avaliação bioquímica. 
[...] 
Art. 6º O nutricionista, ao realizar a prescrição dietética, deverá: 
 
I. considerar o cliente-paciente globalmente, respeitando suas condições 
clínicas, individuais, sócio-econômicas, culturais e religiosas; 
 
II. considerar diagnósticos, laudos e pareceres dos demais membros da 
equipe multiprofissional, definindo com estes, sempre que pertinente, os 
procedimentos complementares à prescrição dietética; 
 
III. respeitar os princípios da bioética. 
 
 
Durante o exercício do nutricionista em área clínica, serão atendidas diversas 
patologias, que demandam condutas alimentares diferentes para a melhora de cada 
quadro. 
Uma patologia muito frequente é a obesidade, e suas doenças associadas, 
como diabetes mellitus, hipertensão arterial, triglicérides elevado, ácido úrico 
elevado, desgastes em articulações, e muitas outras. 
 
1.1 Obesidade 
A obesidade é uma doença crônica, caracterizada pelo acúmulo excessivo de 
gordura. Representa um comprometimento da saúde, sendo que, quanto maior o 
grau de obesidade, maior o comprometimento da qualidade de vida. Tem caráter 
multifatorial, sendo influenciada por: fatores genéticos, ambientais, socioculturais e 
comportamentais (CUPPARI, 2009). É definida pelo IMC > 30,9 kg/m², sendo 
dividida em obesidade grau I, grau II e grau III, variando conforme o aumento do 
IMC. Está associada à um estado crônico subclínico de inflamação, produção 
anormal de citocinas e mediadores pró-inflamatórios (DIRETRIZ BRASILEIRA DE 
OBESIDADE, 2016). 
6 
 
Pode ser classificada, além do IMC, pelas características dos adipócitos: 
hiperplásica (nº de adipócitos) ou hipertrófica (volume de adipócitos); ou até mesmo 
pela distribuição de gordura: androide (concentração de gordura na parte superior do 
corpo), ginoide (concentração na parte inferior do corpo) ou mista (indeterminada) 
(DIRETRIZ BRASILEIRA DE OBESIDADE, 2016). 
O tratamento da obesidade deve ter base na mudança do estilo de vida, 
prática de exercícios físicos, terapia comportamental e dietoterapia. Focar na perda 
de peso sem a atenção para a manutenção do peso é inadequado. Os indivíduos 
obesos que perdem de 5 a 10% do seu peso, já são suscetíveis a melhorar a 
glicemia, a pressão arterial e as concentrações de colesterol (KRAUSE, ) 
A dietoterapia deve ser individualizada, e, se possível, realizado junto com o 
paciente e seu responsável, evitando a imposição de dietas rígidas e extremamente 
restritivas, considerando o estado nutricional e os fatores de risco, utilizando metas 
realistas e planos personalizados (TRATADO DA OBESIDADE, 2015). 
A quantidade de energia é diminuída, para que os depósitos de gordura sejam 
mobilizados para atender às necessidades diárias de energia. Recomenda-se a 
redução de 500 a 1000 kcal por dia atende a esse objetivo. A dieta então passa a 
ser hipocalórica, com o teor de carboidratos variando de 50 – 55% do valor calórico 
total, as proteínas variando de 15 – 25%, e os lipídeos chegando ao limite máximo 
de 30%. Deve-se haver ingestão maior de fibras, que reduzirão a densidade 
calórica, promovendo saciedade. Deve-se, também, limitar o consumo de bebidas 
alcoólicas e alimentos ricos em açúcar a pequenas quantidades para a 
palatabilidade. A dieta deve ser fracionada, em pequenas refeições durante o dia. A 
terapia medicamentosa é adjuvante no tratamento, e, em alguns casos, pode-se 
recorrer à cirurgia da obesidade (KRAUSE, ). 
 
1.2 Diabetes mellitus 
O diabetes mellitus é caracterizado por concentrações sanguíneas elevadas 
de glicose, resultantes de defeitos na secreção da insulina, ou de sua ação. “A 
insulina é um hormônio produzido pelas células β do pâncreas, que é necessário 
para uso ou armazenamento dos combustíveis do corpo (carboidratos, proteína e 
gordura)” (KRAUSE, ). 
7 
 
 
Fonte: Dados de American Diabetes Association: Diagnosis and classification of diabetes mellitus 
(Position Statement), Diabetes Care 34:S63, 2011. 
 
O DMT1 é inicialmente identificado pelo surgimento de autoimunidade ativa 
direcionada contra as células β pancreáticas e seus produtos. Pode ter início 
abrupto, mas a agressão fisiopatológica é longa e progressiva (KRAUSE, ). 
O DMT2 é responsável por 90 – 95% dos casos diagnosticados. É uma 
doença progressiva, onde a hiperglicemia é desenvolvida gradualmente. Nos 
estágios iniciais, não é grave o suficiente, porém os indivíduos que são acometidos 
estão sob risco aumentado de desenvolver complicações macro e microvasculares. 
É uma doença caracterizada por uma combinação de resistência à insulina e por 
falha da célula β. Dentre os fatores de risco, estão os fatores genéticos e ambientais, 
histórico familiar, idade avançada, obesidade, sedentarismo, pré-diabetes e etnia 
(KRAUSE, ). 
O tratamento do diabetes inclui a terapia nutricional, prática de atividade 
física, monitoramento dos níveis de glicose e terapia medicamentosa. Tem como 
objetivo oferecer ao paciente uma forma para alcançar o melhor controle de 
glicemia, pressão arterial, minimizar a hipoglicemia e evitar o ganho de peso (ADbA, 
2011b). 
A terapia nutricional deve ser individualizada, e a educação nutricional deve 
ser preconizada, para maior autocontrole nutricional efetivo do paciente. O 
nutricionista deve utilizar a conduta alimentar baseada nos níveis de macronutrientes 
propostos pela DRI, ou seja, carboidratos equivalendo à 40 – 65% do valor 
energético total, lipídeos 20 – 30%, e proteínas 15 – 20%. As proteínas devem 
equivaler à 0,8 – 1g/kg de peso/dia (DRI, 2002). Deve-se utilizar carboidratos 
8 
 
complexos, e sempre levar em consideração o índice glicêmico e a carga glicêmica 
dos alimentos. Não há evidências de maior quantidade de fibras para o paciente 
diabético, portanto as recomendações seguem os valores normais de 20 – 30g 
(KRAUSE, ) 
A restrição de sacarose não é justificada com base no seu efeito glicêmico, 
porém deve-se haver cautela no seu consumo. Quando realizar a substituição por 
adoçantes, os mais indicados são o acessulfame K e a sucralose (KRAUSE, ). 
A Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH), associada a uma 
intervenção no estilo de vida pode aumentar a sensibilidade a insulina (DIRETRIZ 
SBD, 2007). 
 
1.3 Hipertensão arterial sistêmica 
Segundo Krause ( ): 
A hipertensão arterial sistêmica consiste em pressão arterial (a força 
exercida por unidade deárea nas paredes das artérias) persistentemente 
elevada. Para ser definida como hipertensão arterial sistêmica, a pressão 
arterial sistólica (PAS), a pressão arterial durante a fase de contração do 
ciclo cardíaco, precisa estar em 120 mmHg ou acima disso; ou a pressão 
arterial diastólica (PAD), a pressão durante a fase de relaxamento do ciclo 
cardíaco, precisa ser de 80 mmHg ou superior; isso é relatado como 
pressão arterial de mais de 120/80 mmHg. Se um indivíduo tem PAS de 120 
mmHg e PAD de 80 mmHg, isso é interpretado como pressão arterial de 
120/80 mmμg. 
 
 A pressão arterial (PA) trata da multiplicação do débito cardíaco pela 
resistência periférica. O diâmetro do vaso sanguíneo afeta o fluxo do sangue: 
quando o diâmetro diminui, a resistência e a PA aumentam; quando ele aumenta, a 
resistência e a PA diminuem. Os reguladores mais importantes da PA são o sistema 
nervoso simpático (SNS) para controle a curto prazo, e o rim para controle de longo 
prazo. O SNS secreta noradrenalina, que é um hormônio vasoconstritor, e atua em 
pequenas artérias e arteríolas, aumentando a resistência periférica e elevando a PA. 
Já os rins fazem a regulação através do sistema renina-angiotensina, que é ativado 
pelo controle do volume de líquido extracelular e a secreção de renina (KRAUSE, ) 
9 
 
 
 
O objetivo do controle da hipertensão é reduzir a morbidade e a mortalidade 
por acidente vascular encefálico (AVE), doença cardíaca e doença renal. O 
tratamento da hipertensão arterial consiste na mudança no estilo de vida, incluindo o 
tratamento medicamentoso composto de diuréticos e β-bloqueadores (KRAUSE, ) 
O tratamento nutricional deve ser composto por uma dieta hipocalórica, sendo 
recomendado o uso do padrão dietético DASH, com baixo teor de sódio. Essa dieta 
é usada tanto para prevenir quanto para controlar a PA elevada. O paciente portador 
de hipertensão deve ter uma redução na ingestão de sódio, pois isso mantém a PA 
baixa ao longo do tempo, e aumenta a eficácia dos fármacos redutores de PA. 
Aliado a isso, uma dieta rica em potássio, cálcio e magnésio também é benéfica 
para a redução da PA. 
 
1.4 Triglicérides elevado 
Os lipídeos, por serem insolúveis em água, necessitam de transportadores. 
São transportados na forma de lipoproteínas, que podem ser divididas de acordo 
com sua densidade, em: quilomícrons, lipoproteína de densidade muito baixa 
10 
 
(VLDL), lipoproteína de baixa densidade (LDL), lipoproteína de densidade 
intermediária (IDL) e lipoproteína de alta densidade (HDL). A função principal dessas 
lipoproteínas é, então, o transporte dos triglicerídeos (TG) e do colesterol do 
intestino e fígado para os locais de armazenamento e utilização (SCHIAVO; 
LUNARDELLI; OLIVEIRA, 2003). 
Níveis elevados de TG no soro estão associados a condições patogênicas 
que aceleram a aterosclerose, como: diminuição dos níveis de HDL, aumento de 
lipoproteínas remanescentes, pequena elevação de LDL e aumento das condições 
trombogênicas. O aumento do TG está associado, ainda, ao risco de doenças 
cardiovasculares (SCHIAVO; LUNARDELLI; OLIVEIRA, 2003). 
Obesidade, estresse, ingestão de álcool, dietas com alto teor de gordura, 
gestação, terapia de glicocorticoides e algumas doenças (diabetes, pancreatite 
aguda, síndrome nefrótica, gota, uremia) aumentam os níveis de TG (SCHIAVO; 
LUNARDELLI; OLIVEIRA, 2003). 
O tratamento dietético é a intervenção primária para pacientes com 
concentração elevada de LDL. Com dieta, exercício e redução de peso, muitos 
pacientes podem atingir as metas de concentração de lipídeos séricos e reduzir a 
inflamação do corpo. A redução dos ácidos graxos e gorduras trans é a principal 
mudança de comportamento a ser utilizada (KRAUSE, ). 
 
1.5 Ácido úrico elevado 
O ácido úrico é o produto final do catabolismo das purinas (adenina e 
guanina), formado no fígado a partir da xantina (MARION et al., 2011). Os níveis 
séricos ficam elevados pela elevada ingestão proteica, por aumento na produção 
endógena de urato ou pela redução da excreção renal do urato monossódico 
(COUTINHO et al., 2007). 
Geralmente os níveis aumentados de ácido úrico são relacionados com a 
gota, doença caracterizada pelo início súbito e agudo de dor artrítica localizada, que 
geralmente começa no hálux e avança para a perna. Como consequência, formam-
se cristais de uratos de sódio que se depositam nas pequenas articulações e tecidos 
circundantes (KRAUSE, ). 
Na terapia nutricional para gota, o paciente deve seguir um plano de refeições 
balanceadas, restritas na ingestão de alimentos de origem animal e álcool, 
principalmente a cerveja, evitando alimentos ricos em purina. Deve-se encorajar a 
11 
 
ingestão elevada de líquidos, para ajudar na excreção do ácido úrico e minimizar a 
possibilidade da formação de cálculos (KRAUSE, ). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo Geral 
 
O estágio em Nutrição Clínica tem como objetivo geral orientar o aluno a 
associar o conteúdo teórico na prática ambulatorial, enfocando o impacto da 
dietoterapia individualizada no tratamento de doenças, e a importância da educação 
alimentar buscando a recuperação e manutenção da saúde e do bem-estar dos 
pacientes por meio da alimentação. 
 
2.2 Objetivos Específicos 
 
- Realizar o atendimento nutricional individual e personalizado a cada paciente; 
- Identificar os mecanismos fisiopatológicos das diversas enfermidades encontradas 
durante os atendimentos; 
- Realizar avaliação antropométrica de forma adequada para cada paciente; 
- Realizar avaliação nutricional para a determinação das necessidades nutricionais 
do indivíduo; 
- Planejar, calcular e prescrever planos alimentares condizentes com as 
necessidades encontradas, considerando todos os processos de enfermidades, 
distúrbios, deficiências e alterações individuais de cada um; 
- Avaliar o progresso do paciente frente à conduta nutricional indicada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3 DESENVOLVIMENTO 
 
3.1 Atendimentos 
A Clínica de Nutrição da UNIP (Universidade Paulista) funciona de segunda à 
quarta-feira, entre as 14:00h e as 18:30h, e às quintas-feiras das 14:00h às 20:00h. 
A consulta acontece mediante a um agendamento prévio, podendo ser realizado por 
telefone, ou de forma presencial na própria clínica. Os pacientes podem agendar 
uma consulta tendo, ou não, encaminhamento médico. As consultas são gratuitas a 
toda a população. 
Uma vez com a consulta marcada, o paciente vai até à clínica no horário 
agendado, para ser atendido por um dos estagiários presentes. A escolha de quem 
realizará o atendimento ocorre aleatoriamente pela supervisora de estágio, porém 
todos os estagiários atendem, em média, o mesmo número de consultas durante o 
período de estágio. 
A primeira consulta de cada paciente dura em média uma hora, e é o 
momento onde são coletados todos os dados do indivíduo. É assinado, 
primeiramente, o Termo de Autorização, onde está escrito que o paciente está ciente 
de que todos os dados coletados durante a consulta serão discutidos entre o 
estagiário e o nutricionista supervisor, responsável pela clínica, para que se possa 
chegar à melhor solução para o problema relatado. Se o paciente é menor de idade, 
o termo é assinado pelo responsável. Em seguida, é preenchido o prontuário junto 
ao paciente. 
O prontuário é composto, basicamente, por: 
• Identificação do paciente: nome, idade, data de nascimento, sexo, cor, 
estado civil, profissão, horário e local de trabalho, endereço residencial, 
telefone para contato, escolaridade, número de filhos dependentes 
(quando adulto ou idoso), e valor gasto com alimentação; 
• Motivo da consulta: queixa e duração, se há encaminhamento médico ou 
não, se há alguma patologia, e se houve alterações recentes de peso; 
• IDA (interrogatório de diversos aparelhos): questionário a respeitode 
apetite, mastigação, deglutição, digestão, alergias e intolerâncias 
alimentares, desconforto gastrintestinal, funcionamento do intestino, e 
uso de laxantes e diuréticos para emagrecimento; 
14 
 
• AP (antecedentes pessoais): questionário a respeito do uso de 
medicamentos, reações adversas à medicações, cirurgias, internações, 
orientações nutricionais, dietas e seus resultados; 
• AF (antecedentes familiares): histórico de doenças – como diabetes 
mellitus, obesidade, hipertensão arterial, colesterol, entre outras – em 
parentes próximos (pai, mãe, avós, irmãos) 
• AA (antecedentes alimentares): questões sobre preferências 
alimentares, quem cozinha, quantas pessoas se alimentam na 
residência do paciente, e quantos copos de água o mesmo ingere por 
dia; 
• AC (antecedentes comportamentais): questionário sobre a prática de 
atividade física, insônia, tabagismo, etilismo, ansiedade e vida social; 
• Recordatório de 24 horas: descrição minuciosa do registro alimentar que 
aconteceu nas últimas 24 horas do paciente, considerando tudo o que 
comeu e suas quantidades; 
• Recordatório usual: registro alimentar usual do paciente, ou seja, o que 
ele está habituado a ingerir todos os dias, considerando todas as formas 
de preparo e quantidades, que pode às vezes diferir do recordatório de 
24 horas; 
• Exames: físicos gerais e laboratoriais; 
• Interações medicamentosas, e medicamentos/nutrientes; 
• Questionário de frequência alimentar: questionário que avalia a 
frequência do consumo de determinados alimentos. É dividido em 9 
grupos (pães/cereais/raízes/tubérculos, hortaliças/verduras/legumes, 
frutas, leite e derivados, leguminosas, carnes e ovos, óleos e gorduras, 
açúcares e doces, diversos), e o paciente responde, alimento por 
alimento, a frequência, que é dividida em nunca, menos de 1x por mês, 
1 a 3x por mês, 1x por semana, 2 a 4x por semana, 1x por dia, 2x ou 
mais por dia; 
• Ficha de apresentação de pacientes: registro dos dados antropométricos 
aferidos em cada consulta, juntamente com dados dos cálculos 
realizados para posterior avaliação do paciente; 
15 
 
• Evolução do paciente: onde fica registrada, consulta por consulta, a 
evolução do paciente em todos os aspectos, sejam eles físicos 
psicológicos ou comportamentais, e as dificuldades e facilidades 
encontradas pelo mesmo no plano alimentar. 
Há, ainda, no prontuário, a ficha de frequência, anexada ao termo de 
autorização de cada paciente. Nessa ficha, elencam-se as datas de todas as 
consultas que o paciente compareceu, para a monitoração da frequência do 
paciente. 
No prontuário de gestantes, são incluídas, ainda, as perguntas sobre a data 
da última menstruação, a idade gestacional e o peso pré-gestacional. 
No prontuário de adolescentes (até 18 anos), é elencado o nome do 
responsável, são pontuados os aspectos emocionais (AE), onde são questionados 
os relacionamentos do adolescente com os pais, amigos, e na escola. Há também a 
Escala de Silhuetas de Tiggemann & Wilson-Barret (1998), onde o adolescente 
aponta quando figura ele acha que se assemelha à sua imagem corporal. O 
questionário de frequência é reduzido, e não é dividido em grupos. 
O paciente sai da primeira consulta com uma dieta não calculada, chamada 
de “dieta de adaptação”, montada com base nos recordatórios e questionário de 
frequência relatados pelo mesmo, com quantidades adequadas, e algumas 
alterações quando necessárias. É agendado um retorno para ele dentro de 7 (sete) 
dias, para que ele busque a dieta definitiva, calculada de acordo com suas 
necessidades energéticas e nutricionais. 
Após a consulta, são realizados os cálculos necessários para a avaliação 
antropométrica do paciente, que consistem em: IMC, compleição óssea, peso ideal 
mínimo, médio e máximo, percentual de gordura, relação entre a circunferência da 
cintura e a circunferência do quadril, circunferência muscular do braço e 
porcentagem de adequação da circunferência muscular do braço. Em seguida, 
calcula-se a taxa de metabolismo basal (TMB), o valor calórico total (VCT), e o gasto 
energético total (EER). 
Então, analisa-se a necessidade energética do indivíduo de acordo com sua 
queixa. Quando se trata de paciente que necessita de emagrecimento, desconta-se 
de 500 a 1000 kcal do VCT ou do EER para o cálculo da dieta, com cautela para que 
o valor nunca fique abaixo o TMB. Quando o paciente deseja ganho de massa 
muscular, adéquam-se os alimentos e suas quantidades da dieta para que possam 
16 
 
promover maior síntese proteica e utilização de aminoácidos. Em conseguinte, é 
feita a distribuição calórica durante o dia, separando em porcentagem quanto cada 
refeição da dieta vai receber em calorias, dentro do total. As dietas sempre são 
calculadas de acordo com o motivo da consulta, e as patologias apresentadas, e 
considerando a realidade individual de cada um. Para o cálculo de cada dieta, é 
utilizada o programa online Dietpro. 
O paciente volta para buscar a dieta, que é entregue juntamente à uma lista 
de substituição, que contém alimentos divididos em grupos que variam de A a O, 
sendo divididos em: carboidratos, frutas, verduras, legumes, proteínas, leite e 
derivados, leguminosas, oleaginosas e sementes, considerando suas variações e 
modos de preparo, com as porções identificadas para posterior modificação na 
alimentação e adequação ao dia-a-dia de cada um. Então, marca-se o retorno do 
mesmo paciente para 15 (quinze) dias após aquela data. 
No retorno do paciente, ele é questionado a respeito do plano alimentar, as 
maiores dificuldades e facilidades no seguimento da dieta em si. Volta-se a 
perguntar a respeito do IDA, AC e outras perguntas quando pertinentes. O 
recordatório de 24 horas é realizado novamente, bem como toda a avaliação 
antropométrica. Se houver necessidade, a dieta é alterada como um todo, ou pode-
se alterar apenas uma ou outra refeição, de acordo com o relato do paciente. E 
então é marcado outro retorno para 15 (quinze) dias após aquela data. 
 
 
3.2 Métodos antropométricos utilizados 
 
3.2.1 Peso 
Para realizar a aferição do peso dos pacientes, é utilizada uma balança 
mecânica de plataforma. Antes de o paciente subir na balança, a mesma é 
calibrada. Para isso, deve-se destravar a balança, e mover o calibrador, até que a 
agulha do braço e o fiel estejam nivelados. Então, a balança é travada novamente. 
Em seguida, o paciente sobe na balança, de costas para ela, descalço, com roupas 
leves e sem nada que pese junto a si. Ele deve se posicionar no centro do 
equipamento, de forma ereta, com os pés juntos e os braços estendidos rente ao 
corpo. Então, destrava-se a balança novamente, e faz-se a medição movendo 
primeiro o cursor maior para os quilos, e depois o cursor menor para as gramas, até 
17 
 
que a agulha do braço e o fiel estejam novamente nivelados. Trava-se a balança, e 
realiza-se a leitura (Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, 
2011) 
 
3.2.2 Altura 
Para medir a altura, utiliza-se o estadiômetro vertical, composto por uma 
escala numérica, uma parte móvel e um ponto para leitura da medida. O 
estadiômetro utilizado na Clínica de Nutrição não é fixo à parede. 
O paciente posiciona-se descalço no centro da plataforma do equipamento, 
com a cabeça livre de adereços, de forma ereta, com os braços estendidos ao longo 
do corpo, olhando para um ponto fixo na altura dos olhos. Os calcanhares, ombros e 
nádegas devem estar em contato com o estadiômetro. Os ossos internos dos 
calcanhares devem se tocar, e os pés permanecerem unidos (CUPPARI, 2002) 
A partir daí, abaixa-se a parte móvel do equipamento, até que essa se 
encoste à cabeça do avaliado, com pressão suficiente para comprimir o cabelo. 
Então, pede-se para que o paciente desça, para poder realizar a leitura da medida. 
(Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, 2011). 
 
3.2.3 OssaturaCircunferência do punho, medida em cima do processo estiloide da ulna. 
 
3.2.4 Circunferência do braço (CB) 
Medida que avalia a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseo, 
muscular e gorduroso do braço. Deve-se medir, com o braço flexionado em 90º, o 
ponto médio do braço, localizado entre o acrômio e o olécrano. Então, o paciente é 
instruído a manter relaxar o braço, estendendo-o junto ao corpo, com a palma da 
mão voltada para dentro, e contorna-se o braço com a fita métrica em cima do ponto 
médio encontrado (CUPPARI, 2002). 
 
3.2.5 Circunferência abdominal (CA) 
A medida abdominal é feita sobre a cicatriz umbilical (TIRAPEGUI; RIBEIRO, 
2011). 
 
18 
 
3.2.6 Circunferência da cintura (CC) 
A fita métrica deve circundar o indivíduo na linha natural da cintura, na região 
mais estreita entre o tórax e o quadril, no ponto médio entre a última costela e a 
crista ilíaca, e a leitura é feita no momento da expiração (CUPPARI, 2002). 
Essa medida é indicadora da localização da gordura abdominal e do risco de 
desenvolver doenças cardiovasculares 
 
Risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares, de acordo com a 
medida da circunferência da cintura 
Sexo Risco aumentado Risco muito aumentado 
Masculino 94 – 102 cm > 102 cm 
Feminino 80 – 88 cm > 88 cm 
Fonte: III Diretriz sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2001). 
 
3.2.7 Circunferência do quadril (CQ) 
A fita deverá circundar o quadril na região de maior perímetro entre a cintura e 
a coxa (CUPPARI, 2002). 
 
3.2.8 Prega cutânea do bíceps (PCB) 
Medida na parte anterior do braço, um centímetro a cima do ponto médio. O 
paciente deve manter o braço relaxado, com a palma da mão voltada para fora 
(LOHMAN et al., 1991). 
 
3.2.9 Prega cutânea do tríceps (PCT) 
É medida na parte posterior do braço, na altura do ponto médio. O paciente 
deve manter o braço relaxado (LOHMAN et al., 1991). 
 
3.2.10 Prega cutânea subescapular (PCSE) 
O paciente é instruído a posicionar um braço para trás, para o aparecimento da 
escápula. Então, o avaliador mede a prega, com o paciente já com o braço relaxado, 
no ponto localizado no ângulo inferior da escápula. A dobra é medida na diagonal 
(LOHMAN et al., 1991). 
 
19 
 
3.2.11 Prega cutânea suprailíaca (PCSI) 
Essa dobra deve ser medida logo acima da crista ilíaca, na posição diagonal 
(LOHMAN et al., 1991). 
 
3.3 Cálculos realizados 
 
3.3.1 Compleição óssea 
Relação estabelecida entre a altura (cm) e a circunferência do punho (cm), 
através da fórmula: Altura / Circunferência do punho. 
 
Compleição Homens Mulheres 
Pequena > 10,4 > 10,9 
Média 9,6 – 10,4 9,4 – 10,9 
Grande < 9,6 < 9,4 
 
3.3.2 Peso ideal mínimo, médio e máximo 
O peso ideal médio é medido pela fórmula: Pi = IMC (ideal) x Altura (m)². O 
IMC ideal utilizado segue a tabela abaixo, elaborada de acordo com a compleição 
óssea: 
 
Compleição Homens Mulheres 
Pequena 20 kg/m² 19 kg/m² 
Média 22,5 kg/m² 21,5 kg/m² 
Grande 25 kg/m² 24 kg/m² 
 
Para encontrar o peso ideal máximo, soma-se 5% ao valor encontrado no 
peso ideal médio, e para encontrar o peso ideal mínimo, subtrai-se 5% do peso ideal 
médio. 
 
3.3.3 IMC 
Indicador simples de estado nutricional, calculado pela fórmula: Peso atual 
(kg)/Altura (m)². A partir desse resultado, a classificação para adultos se divide, 
segundo a Organização Mundial da Saúde (1995 e 1997), em: 
20 
 
IMC Classificação 
< 16 Desnutrição grave 
16 – 16,9 Desnutrição moderada 
17 -18,4 Desnutrição leve 
< 18,5 Desnutrição 
18,5 – 24,9 Eutrofia 
25 – 29,9 Sobrepeso 
30 – 34,9 Obesidade grau I 
35 – 39,9 Obesidade grau II 
≥ 40 Obesidade grau III 
Fonte: WHO, 1995 e 1998 
 
3.3.4 Soma das 04 pregas e percentual de gordura 
Para determinar o percentual de gordura do paciente, utiliza-se, na clínica, o 
protocolo das 4 pregas, ou seja, PCB + PCT + PCSE + PCSI. O resultado obtido 
nessa somatória é analisado na tabela abaixo para determinar o percentual de 
gordura: 
 
% Gordura Corporal pela Soma das 4 Pregas 
Soma 
das 4 
pregas 
Homens 
Idade em anos 
Mulheres 
Idade em anos 
17 – 29 30 – 39 40 – 49 +50 16 – 29 30 – 39 40 – 49 +50 
15 4,8 - - - 10,5 - - - 
20 8,1 12,2 12,2 12,6 14,1 17,0 19,8 21,4 
25 10,5 14,2 15,0 15,6 16,8 19,4 22,2 24,0 
30 12,9 16,2 17,7 18,6 19,5 21,8 24,5 26,6 
35 14,7 17,7 19,6 20,8 21,5 23,7 26,4 28,5 
40 16,4 19,2 21,4 22,9 23,4 25,5 28,2 30,3 
45 17,7 20,4 23,0 24,7 25,0 26,9 29,6 31,9 
50 19,0 21,5 24,6 26,5 26,5 28,2 31,0 33,4 
55 20,1 22,5 25,9 27,9 27,8 29,4 32,1 34,6 
60 21,2 23,5 27,1 29,2 29,1 30,6 33,2 35,7 
65 22,2 24,3 28,2 30,4 30,2 31,6 34,1 36,7 
70 23,1 25,1 29,3 31,6 31,2 32,5 35,0 37,7 
21 
 
75 24,0 25,9 30,3 32,7 32,2 33,4 35,9 38,7 
80 24,8 26,6 31,2 33,8 33,1 34,3 36,7 39,6 
85 25,5 27,2 32,1 34,8 34,0 35,1 37,5 40,4 
90 26,2 27,8 33,0 35,8 34,8 35,8 38,3 41,2 
95 26,9 28,4 33,78 36,6 35,6 36,5 39,0 41,9 
100 27,6 29,0 34,4 37,4 36,4 37,2 39,7 42,6 
105 28,2 29,6 35,1 38,2 37,1 37,9 40,4 43,3 
110 28,8 30,1 35,8 39,0 37,8 38,6 41,0 43,9 
115 29,4 30,6 36,4 39,7 38,4 39,1 41,5 44,5 
120 30,0 31,1 37,0 40,4 39,0 39,6 42,0 45,1 
125 30,5 31,5 37,6 41,1 39,6 40,1 42,5 45,7 
130 31,0 31,9 38,2 41,8 40,2 40,6 43,0 46,2 
135 31,5 32,3 38,7 42,4 40,8 41,1 43,5 46,7 
140 32,0 32,7 39,2 43,0 41,3 41,6 44,0 47,2 
145 32,5 33,1 39,7 43,6 41,8 42,1 44,5 47,7 
150 32,9 33,5 40,2 44,1 42,3 42,6 45,0 48,2 
155 33,3 33,9 40,7 44,6 42,8 43,1 45,4 48,7 
160 33,7 34,3 41,2 45,1 43,3 43,6 45,8 49,2 
165 34,1 34,6 41,6 45,6 43,7 44,0 46,2 49,6 
170 34,5 34,8 42,0 46,1 44,1 44,4 46,6 50,0 
175 34,9 - - - - 44,8 47,0 50,4 
180 35,3 - - - - 45,2 47,4 50,8 
185 35,6 - - - - 45,6 47,8 51,2 
190 35,9 - - - - 45,9 48,2 51,6 
195 - - - - - 46,2 48,5 52,0 
200 - - - - - 46,5 48,8 52,4 
205 - - - - - - 49,1 52,7 
210 - - - - - - 49,4 53,0 
Fonte: Durnin, J. V. G. A; Womerslev, L. Body fat assessed from total body density and its estimation 
from skinfold thickness: measurements on 481 men and women aged from 16 to 72 Years. Br Nutr, 
1974, (32) 77-97. 
 
A classificação do percentual de gordura corporal é definida por: 
 
22 
 
Sexo % ideal 
Masculino 15 – 18% 
Feminino 20 – 25% 
Fonte: Peckenpaugh e Poleman, 1997. 
 
3.3.5 Relação entre a circunferência da cintura e a circunferência do quadril 
A razão cintura-quadril (RCQ) é o indicador mais utilizado para identificar a 
distribuição de gordura. É determinado pela fórmula: R = CC/CQ, e é classificado 
por: 
 
Risco de complicações metabólicas, segundo a RCQ 
Sexo Ponto de corte 
Homem Até 0,95 cm 
Mulher Até 0,80 cm 
Fonte: WHO, 1998 
 
Acima do ponto de corte, há o risco de desenvolver complicações 
metabólicas. 
 
3.3.6 Circunferência muscular do braço 
Avalia a reserva de tecido muscular (sem correção para área óssea). Obtida 
através dos valores de CB e PCT, pela fórmula: CMB (cm) = CB (cm) – (0,314 x 
PCT) (CUPPARI, 2002). 
 
3.3.7 Porcentagem de adequação da circunferência muscular do braço 
Realizado através da fórmula: Adequação CMB (%) = CMB obtida x 100/CMB 
no percentil 50. O valor do percentil 50 é utilizado através da tabela proposta por 
Frisancho, 1981. 
O estado nutricional, através dessa equação, é classificado da seguinte 
maneira: 
 
% CMB Classificação 
< 70% Desnutrição grave 
23 
 
70 – 80% Desnutrição moderada 
80 – 90% Desnutrição leve 
> 90% Eutrofia 
Fonte: Adaptado de BLACKBURN, G. L. & THORNTON, P. A. (1979). 
 
3.3.8 TMB e VCT 
A taxa metabólica basal (TMB) é definida como a quantidade mínima de 
energia gasta que é compatível com as funções vitais de cada um, durante as 24 
horas do dia (FRARY; JOHNSON, 2010). 
 
Taxa Metabólica Basal (FAO/OMS, 1985) 
Sexo Faixa etária TMB 
Homem 
0 – 3 anos 60,9 x P – 54 
3 – 10 anos 22,7 x P + 495 
10 – 18 anos 17,5 x P + 651 
18 – 30 anos 15,3 x P + 679 
30 – 60 anos 11,6 x P + 879 
> 60 anos 13,5 x P + 487 
Mulher 
0 – 3 anos 61 x P– 51 
3 – 10 anos 22,5 x P + 499 
10 – 18 anos 12,2 x P + 746 
18 – 30 anos 14,7 x P + 496 
30 – 60 anos 8,7 x P + 829 
> 60 anos 10,5 x P + 596 
Fonte: FAO/OMS, 1085. 
 
O valor calórico total (VCT) é medido através do TMB, considerando o fator 
atividade (FA): VCT = TMB x FA. 
 
Tipo de atividade 
Idade 
Homem 
Leve Moderada Intensa 
18,1 – 65 anos 1,55 1,80 2,10 
24 
 
> 65,1 anos 1,40 1,60 1,90 
Idade 
Mulher 
Leve Moderada Intensa 
18,1 – 65 anos 1,55 1,65 1,80 
> 65 anos 1,40 1,60 1,80 
Fonte: FAO/OMS, 2004. 
 
Atividade leve: empregado de escritório, trabalhos domésticos, professor, 
praticante de atividade física 3x na semana; 
Atividade moderada: operário de indústria leve, estudante, trabalhador de loja, 
praticante de atividade física 5x na semana; 
Atividade intensa: fazendeiro, dançarino, atleta, operário de construção. 
 
3.3.9 Gasto energético total 
Estimativa da necessidade de energia proposta pelas Dietary Reference 
Intakes (DRIs). Trata-se do valor médio de ingestão de energia proveniente da 
alimentação necessária para a manutenção do balanço energético de indivíduos 
saudáveis, considerando a idade, o peso, o sexo, a altura e o nível de atividade 
física (CARVALHO et al., 2012). 
As fórmulas mais utilizadas de gasto de energético total, são: 
 
Crianças e adolescentes de 3 a 18 anos 
Meninos 
3 – 8 anos 
EER = 88,5 – [61,9 x idade (anos)] + AF x {[26,7 x peso 
(kg)] + [903 x altura (m)]} + 20 
9 – 18 anos 
EER = 88,5 – [61,9 x idade (anos)] + AF x {[26,7 x peso 
(kg)] + [903 x altura (m)]} + 25 
Meninas 
3 – 8 anos 
EER = 135,3 – [30,8 x idade (anos)] + AF x {[10 x peso 
(kg)] + [934 x altura (m)]} + 20 
9 – 18 anos 
EER = 135,3 – [30,8 x idade (anos)] + AF x {[10 x peso 
(kg)] + [934 x altura (m)]} + 20 
AF (Fator de atividade física) 
 Sedentário Pouco ativo Ativo Muito ativo 
Meninos 1,0 1,13 1,26 1,42 
Meninas 1,0 1,16 1,31 1,53 
25 
 
Adultos de 19 anos ou mais 
Homens 
EER = 662 – [9,53 x idade (anos)] + AF x {[15,91 x peso (kg)] + [539,6 x 
altura (m)]} 
Mulheres 
EER = 354 – [6,91 x idade (anos)] + AF x {[9,36 x peso (kg)] + [726 x 
altura (m)]} 
AF (Fator de atividade física) 
 Sedentário Pouco ativo Ativo Muito ativo 
Homens 1,0 1,11 1,25 1,48 
Mulheres 1,0 1,12 1,27 1,45 
 
Crianças e adolescentes de 3 a 18 anos – Sobrepeso/Obesidade 
Meninos 
TEE = 114 – [50,9 x idade (anos)] + AF x {[19,5 x peso (kg)] + [1161,4 x 
altura (m)]} 
Meninas 
TEE = 389 – [41,2 x idade (anos)] + AF x {[15 x peso (kg)] + [701,6 x 
altura (m)]} 
AF (Fator de atividade física) 
 Sedentário Pouco ativo Ativo Muito ativo 
Meninos 1,0 1,12 1,24 1,45 
Meninas 1,0 1,18 1,35 1,60 
 
Adultos de 19 anos ou mais – Sobrepeso/Obesidade 
Homens 
TEE = 1086 – [10,1 x idade (anos)] + AF x {[13,7 x peso (kg)] + [416 x 
altura (m)]} 
Mulheres 
TEE = 448 – [7,95 x idade (anos)] + AF x {[11,4 x peso (kg)] + [619 x 
altura (m)]} 
AF (Fator de atividade física) 
 Sedentário Pouco ativo Ativo Muito ativo 
Homens 1,0 1,12 1,29 1,59 
Mulheres 1,0 1,16 1,27 1,44 
 
3.3.10 Distribuição calórica durante o dia 
Após os cálculos de necessidade energética diária, determina-se a 
quantidade de calorias que serão calculadas na dieta do paciente. A partir daí, faz-
26 
 
se a distribuição calórica, distribuindo as porcentagens de acordo com as refeições 
estimadas. Geralmente, seguem a distribuição de: 
• Café da manhã: 15% 
• Lanche da manhã: 25% 
• Almoço: 15% 
• Lanche da tarde: 15% 
• Jantar: 25% 
• Ceia: 5% 
As distribuições calóricas podem variar, dependendo do número de refeições 
estipuladas para cada paciente, e os hábitos alimentares de cada um. 
 
3.3.11 Bioimpedância elétrica 
Técnica precisa para a medição da composição corporal. Utiliza uma corrente 
elétrica para estimar valores de hidratação, massa magra, massa gorda e massa das 
células epiteliais. É uma técnica simples, rápida e não invasiva. A corrente elétrica 
gerada atravessa os diferentes compartimentos do corpo, ultrapassando diferentes 
níveis de dificuldade. Sendo assim, a corrente passa sempre pelo meio que oferece 
menor resistência, como os fluidos extracelulares, o sangue, os músculos e os 
tecidos condutores, que formam o total de massa magra constituinte do corpo. 
Existe, então, o valor de resistência, estima o volume dos compartimentos, e o valor 
de reactância, que é uma força de oposição gerada pelas membranas celulares e 
interfaces teciduais (TIRAPEGUI; RIBEIRO, 2011). 
A técnica da bioimpedância elétrica se inicia com a calibragem do aparelho. A 
bateria deve estar sempre carregada. O peso e a estatura do paciente são medidos 
previamente. O paciente sujeito à análise deve ter cumprido jejum de alimentos e 
qualquer tipo de líquido, por um período de 8 horas, sendo que períodos menores 
geralmente são aceitos no atendimento clínico. A bexiga do paciente deve estar 
vazia na hora do exame, o paciente não pode ter praticado atividade física no 
período de 8 – 12h antes do exame. Mulheres gestantes ou no período menstrual 
não devem realizar o exame, assim como pessoas que possuam marca-passo. Não 
é indicado fumar antes do exame. O paciente não deve conter nenhum objeto 
metálico como adorno, e nem tocar superfícies metálicas durante o exame 
(TIRAPEGUI; RIBEIRO, 2011). 
27 
 
O paciente deve permanecer em repouso até o momento do exame. Com ele 
deitado, deve-se higienizar o pé e a mão do mesmo lado do corpo. Então, colocam-
se os eletrodos nos pontos anatômicos marcados na mão e no pé. O aparelho é 
ligado, e o teste é feito por três vezes, para que o sistema faça a média dos 
resultados e chegue à um resultado final (TIRAPEGUI; RIBEIRO, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Paciente Prontuário Sexo Idade CN
/RT 
Nº 
RT 
Encami
nhado 
Diagnóstico 
Clínico 
Diagnóstico 
Nutricional 
Altura 
(m) 
Peso Inicial 
(kg) 
Peso Final 
(kg) 
A.P.S.S 643/2019 F 45 CN 1 Não Hipertensão 
arterial 
Obesidade 
grau III 
1,58 
 
114,5 114,0 
L.A.F 605/2018 M 65 RT 1 Não Hipertensão 
arterial; 
Diabetes 
mellitus; Ácido 
úrico e 
triglicérides 
elevados 
Sobrepeso 1,71 99,3 100,0 
F.C.B 649/2019 M 15 CN 1 Não Ganho de massa 
muscular 
Eutrófico 1,64 53,9 54,1 
T.C.G.B 650/2019 F 24 CN 1 Não Emagrecimento Eutrófica 1,52 53 53,8 
E.C.S 652/2019 M 15 CN 0 Não Emagrecimento Sobrepeso 1,85 86 - 
L.H.C.S 661/2019 F 47 CN 0 Não Emagrecimento Obesidade 
grau I 
1,63 81,5 - 
W.A.M 665/2019 M 52 CN 0 Fisioter
apeuta 
Hipertensão 
arterial; Pré-
diabetes 
Obesidade 
grau III 
1,62 111,5 - 
A.R.J 616/2018 M 24 RT 0 Não Ansiedade; 
Nódulo na 
hipófise 
Obesidade 
grau I 
1,80 103,5 - 
 
Os pacientes que não possuem peso final não realizaram retornos durante o tempo de estágio. 
29 
 
4.1 Gráficos 
4.1.1 Sexo 
 
 
Foram atendidos, no total, durante o período de estágio, 3 pacientes 
mulheres, e 5 pacientes homens. 
 
4.1.2 Diagnóstico nutricional 
 
 
No total, foram atendidos dois pacientes eutróficos, dois com sobrepeso, dois 
com obesidade grau I e dois com obesidade grau III. Não foi atendido nenhum 
paciente com desnutrição, nem com obesidade grau II. 
Masculino
62%
Feminino
38%
Sexo
Masculino Feminino
Desnutrição
0%
Eutrofia
25%
Sobrepeso
25%
Obesidade I
25%
Obesidade II
0%
Obesidade III
25%
Diagnóstico Nutricional
Desnutrição
Eutrofia
Sobrepeso
Obesidade I
Obesidade II
Obesidade III
30 
 
4.1.3 IMC 
 
 
Assim como a classificação do diagnóstico nutricional, foram atendidos dois 
pacientes em cada categoria: IMC entre 18,5 – 24,9 kg/m², IMC entre 25 – 29,9 
kg/m², IMC entre 30 – 34,9 kg/m² e IMC maior que 40 kg/m². 
 
4.1.4 Doenças atendidas 
 
 
As doenças atendidas nesse período foram: diabetes mellitus, pré-diabetes, 
triglicérides elevado, ácido úrico elevado, hipertensão arterial sistêmica, ansidade, e 
houve um paciente com um nódulo nahipófise. 
< 18,5 kg/m²
0%
18,5 - 24,9 kg/m²
25%
25 - 29,9 kg/m²
25%
30 - 34,9 kg/m²
25%
35 - 39,9 kg/m²
0%
> 40 kg/m²
25%
IMC
< 18,5 kg/m²
18,5 - 24,9 kg/m²
25 - 29,9 kg/m²
30 - 34,9 kg/m²
35 - 39,9 kg/m²
> 40 kg/m²
Hipertensão Arterial
30%
Diabetes mellitus
10%
Triglicérides elevado
10%
Ácido úrico elevado
10%
Pré-diabetes
10%
Ansiedade
20%
Nódulo na hipófise
10%
Doenças atendidas
Hipertensão Arterial
Diabetes mellitus
Triglicérides elevado
Ácido úrico elevado
Pré-diabetes
Ansiedade
Nódulo na hipófise
31 
 
5 CONCLUSÃO 
 
O estágio supervisionado na Clínica de Nutrição possibilita por em prática 
muitos das teorias vistas durante a graduação. Envolve desde a avaliação 
antropométrica, cálculo de dietas, educação nutricional, até o atendimento ao 
paciente. O aluno, através do estágio, pode aplicar seus conhecimentos, e, com 
disso, começar a se preparar mais afundo para sua carreira profissional. 
A nutrição clínica em consultório é muito importante para a melhoria de 
patologias da sociedade, pois através da conduta dietoterápica adequada e 
individualizada, há uma melhora significativa na saúde, bem-estar e qualidade de 
vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
REFERÊNCIAS 
 
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alterada pela resolução CFN nº 541/2014 http://www.cfn.org.br/wp-
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CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Resolução CFN nº 304, de 26 de 
dezembro de 2003. Disponível em: http://www.cfn.org.br/wp-
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CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Resolução CFN nº 599, de 25 de 
fevereiro de 2018. Disponível em: http://www.cfn.org.br/wp-
content/uploads/resolucoes/Res_599_2018.htm. Acesso em: 10 mar. 2019. 
 
CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Resolução CFN nº 600, de 25 de 
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http://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_304_2003.htm
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http://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_599_2018.htm
http://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_600_2018.htm
http://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_600_2018.htm
33 
 
COUTINHO, T. A.; TURNER, S. T.; PEYER, P. A.; BIELAK, L. F.; SHEEDY, P. F.; 
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CUPPARI, L. Nutrição clínica no adulto – Guia de medicina ambulatorial e 
hospitalar (UNIFESP/Escola Paulista de Medicina). 1 ed. São Paulo: Manole, 2002 
Diretrizes de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol, v. 77, 
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http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2001/77Supl-III/Dislipidemia.pdf. Acesso em: 
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MAHAN, L. K.; STUMP, S. E.; RAYMOND, J. L. Krause: Alimentos, Nutrição e 
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Koogan, 2015. 
 
MARION, M.; CARVALHO, J. A. M.; BOCHI, G. V.; SANGOI, M. B.; MORESCO, R. 
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http://www.rbfarma.org.br/files/rbf-2011-92-1-1.pdf. Acesso em: 15 mar. 2019. 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Orientações para a Coleta e Análise de Dados 
Antropométricos em Serviços de Saúde. Norma Técnica do Sistema de Vigilância 
Alimentar e Nutricional – SISVAN. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de 
Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 76 p.: il. – (Série G. 
Estatística e Informação em Saúde). Disponível em: 
http://bvms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antrop
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SCHIAVO, M.; LUNARDELLI, A.; OLIVEIRA, J. R. Influência da dieta na 
concentração sérica de triglicerídeos. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina 
https://academic.oup.com/ajh/article/20/1/83/131535
http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2001/77Supl-III/Dislipidemia.pdf
http://www.rbfarma.org.br/files/rbf-2011-92-1-1.pdf
http://bvms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf
http://bvms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf
34 
 
Laboratorial. Rio de Janeiroi, v. 39, n. 4, 2003. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1676-
24442003000400004&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 14 mar. 2019. 
TIRAPEGUI, J.; RIBEIRO, S. M. L. Avaliação Nutricional: Teoria e Prática. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
 
 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1676-24442003000400004&script=sci_abstract&tlng=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1676-24442003000400004&script=sci_abstract&tlng=pt
35 
 
ANEXO I – Estudo de caso 
 
1 APRESENTAÇÃO DO PACIENTE 
Paciente W.A.M, sexo masculino, 52 anos, nascido no dia 10/04/1966, 
casado, ensino fundamental incompleto. Trabalha como motorista de caminhão, sem 
horário definido, porém está afastado. Tem 3 filhos, sendo 1 seu dependente. Não 
soube informar o valor gasto com alimentação por mês. 
 
2 INTRODUÇÃO 
 
2.1 Obesidade 
A obesidade é uma doença crônica, caracterizada pelo acúmulo excessivo de 
gordura. Representa um comprometimento da saúde, sendo que, quanto maior o 
grau de obesidade, maior o comprometimento da qualidade de vida. Tem caráter 
multifatorial, sendo influenciada por: fatores genéticos, ambientais, socioculturais e 
comportamentais (CUPPARI, 2009). É definida pelo IMC > 30,9 kg/m², sendo 
dividida em obesidade grau I, grau II e grau III, variando conforme o aumento do 
IMC. Está associada à um estado crônico subclínico de inflamação, produção 
anormal de citocinas e mediadores pró-inflamatórios (DIRETRIZ BRASILEIRA DE 
OBESIDADE, 2016). 
Pode ser classificada, além do IMC, pelas características dos adipócitos: 
hiperplásica (nº de adipócitos) ou hipertrófica (volume de adipócitos); ou até mesmo 
pela distribuição de gordura: androide (concentração de gordura na parte superior do 
corpo), ginoide (concentração na parte inferiordo corpo) ou mista (indeterminada) 
(DIRETRIZ BRASILEIRA DE OBESIDADE, 2016). 
O tratamento da obesidade deve ter base na mudança do estilo de vida, 
prática de exercícios físicos, terapia comportamental e dietoterapia. Focar na perda 
de peso sem a atenção para a manutenção do peso é inadequado. Os indivíduos 
obesos que perdem de 5 a 10% do seu peso, já são suscetíveis a melhorar a 
glicemia, a pressão arterial e as concentrações de colesterol (KRAUSE, ) 
A dietoterapia deve ser individualizada, e, se possível, realizado junto com o 
paciente e seu responsável, evitando a imposição de dietas rígidas e extremamente 
36 
 
restritivas, considerando o estado nutricional e os fatores de risco, utilizando metas 
realistas e planos personalizados (TRATADO DA OBESIDADE, 2015). 
A quantidade de energia é diminuída, para que os depósitos de gordura sejam 
mobilizados para atender às necessidades diárias de energia. Recomenda-se a 
redução de 500 a 1000 kcal por dia atende a esse objetivo. A dieta então passa a 
ser hipocalórica, com o teor de carboidratos variando de 50 – 55% do valor calórico 
total, as proteínas variando de 15 – 25%, e os lipídeos chegando ao limite máximo 
de 30%. Deve-se haver ingestão maior de fibras, que reduzirão a densidade 
calórica, promovendo saciedade. Deve-se, também, limitar o consumo de bebidas 
alcoólicas e alimentos ricos em açúcar a pequenas quantidades para a 
palatabilidade. A dieta deve ser fracionada, em pequenas refeições durante o dia. A 
terapia medicamentosa é adjuvante no tratamento, e, em alguns casos, pode-se 
recorrer à cirurgia da obesidade (KRAUSE, ). 
 
2.2 Pré-diabetes mellitus 
O diabetes mellitus é caracterizado por concentrações sanguíneas elevadas 
de glicose, resultantes de defeitos na secreção da insulina, ou de sua ação. “A 
insulina é um hormônio produzido pelas células β do pâncreas, que é necessário 
para uso ou armazenamento dos combustíveis do corpo (carboidratos, proteína e 
gordura) ” (KRAUSE, ) 
 
Fonte: Dados de American Diabetes Association: Diagnosis and classification of diabetes mellitus 
(Position Statement), Diabetes Care 34:S63, 2011. 
 
O tratamento do pré-diabetes e diabetes inclui a terapia nutricional, prática de 
atividade física, monitoramento dos níveis de glicose e terapia medicamentosa. Tem 
37 
 
como objetivo oferecer ao paciente uma forma para alcançar o melhor controle de 
glicemia, pressão arterial, minimizar a hipoglicemia e evitar o ganho de peso (ADbA, 
2011b). 
A terapia nutricional deve ser individualizada, e a educação nutricional deve 
ser preconizada, para maior autocontrole nutricional efetivo do paciente. O 
nutricionista deve utilizar a conduta alimentar baseada nos níveis de macronutrientes 
propostos pela DRI, ou seja, carboidratos equivalendo à 40 – 65% do valor 
energético total, lipídeos 20 – 30%, e proteínas 15 – 20%. As proteínas devem 
equivaler à 0,8 – 1g/kg de peso/dia (DRI, 2002). Deve-se utilizar carboidratos 
complexos, e sempre levar em consideração o índice glicêmico e a carga glicêmica 
dos alimentos. Não há evidências de maior quantidade de fibras para o paciente 
diabético, portanto as recomendações seguem os valores normais de 20 – 30g 
(KRAUSE, ) 
A restrição de sacarose não é justificada com base no seu efeito glicêmico, 
porém deve-se haver cautela no seu consumo. Quando realizar a substituição por 
adoçantes, os mais indicados são o acessulfame K e a sucralose (KRAUSE, ). 
A Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH), associada a uma 
intervenção no estilo de vida pode aumentar a sensibilidade a insulina (DIRETRIZ 
SBD, 2007). 
 
2.3 Hipertensão arterial sistêmica 
Segundo Krause ( ): 
A hipertensão arterial sistêmica consiste em pressão arterial (a força 
exercida por unidade de área nas paredes das artérias) persistentemente 
elevada. Para ser definida como hipertensão arterial sistêmica, a pressão 
arterial sistólica (PAS), a pressão arterial durante a fase de contração do 
ciclo cardíaco, precisa estar em 120 mmHg ou acima disso; ou a pressão 
arterial diastólica (PAD), a pressão durante a fase de relaxamento do ciclo 
cardíaco, precisa ser de 80 mmHg ou superior; isso é relatado como 
pressão arterial de mais de 120/80 mmHg. Se um indivíduo tem PAS de 120 
mmHg e PAD de 80 mmHg, isso é interpretado como pressão arterial de 
120/80 mmμg. 
 
 A pressão arterial (PA) trata da multiplicação do débito cardíaco pela 
resistência periférica. O diâmetro do vaso sanguíneo afeta o fluxo do sangue: 
quando o diâmetro diminui, a resistência e a PA aumentam; quando ele aumenta, a 
resistência e a PA diminuem. Os reguladores mais importantes da PA são o sistema 
nervoso simpático (SNS) para controle a curto prazo, e o rim para controle de longo 
prazo. O SNS secreta noradrenalina, que é um hormônio vasoconstritor, e atua em 
38 
 
pequenas artérias e arteríolas, aumentando a resistência periférica e elevando a PA. 
Já os rins fazem a regulação através do sistema renina-angiotensina, que é ativado 
pelo controle do volume de líquido extracelular e a secreção de renina (KRAUSE, ) 
 
 
O objetivo do controle da hipertensão é reduzir a morbidade e a mortalidade 
por acidente vascular encefálico (AVE), doença cardíaca e doença renal. O 
tratamento da hipertensão arterial consiste na mudança no estilo de vida, incluindo o 
tratamento medicamentoso composto de diuréticos e β-bloqueadores (KRAUSE, ) 
O tratamento nutricional deve ser composto por uma dieta hipocalórica, sendo 
recomendado o uso do padrão dietético DASH, com baixo teor de sódio. Essa dieta 
é usada tanto para prevenir quanto para controlar a PA elevada. O paciente portador 
de hipertensão deve ter uma redução na ingestão de sódio, pois isso mantém a PA 
baixa ao longo do tempo, e aumenta a eficácia dos fármacos redutores de PA. 
Aliado a isso, uma dieta rica em potássio, cálcio e magnésio também é benéfica 
para a redução da PA. 
 
39 
 
3 DESENVOLVIMENTO 
3.1 Apresentação do caso clínico 
O paciente deu entrada no atendimento clínico através de encaminhamento 
do fisioterapeuta. Sua primeira consulta foi no dia 07/03/2019. Segue com 
atendimento para a redução da gordura corporal, e consequente redução e controle 
das comorbidades que apresenta: hipertensão arterial e pré-diabetes. 
 
3.2 Diagnóstico clínico 
Estado de pré-diabetes e hipertensão arterial. 
 
3.3 História da moléstia atual (HMA) 
O paciente iniciou o tratamento nutricional clínico por precisar perder peso 
para realizar uma cirurgia na articulação do joelho, controlar a hipertensão arterial e 
reverter o quadro de pré-diabetes. 
 
 
3.4 História clínica 
O paciente relatou já ter passado por cirurgias anteriores, para a remoção de 
hérnia em fevereiro de 2019. Já foi acometido por pneumonia em agosto de 2018. 
 
3.5 História familiar 
A mãe do paciente é portadora de obesidade, hipertensão arterial e já passou 
por um acidente vascular cerebral (AVC). O irmão do paciente também passou por 
AVC. 
 
3.6 Exames laboratoriais 
O paciente não apresentou nenhum exame médico recente. 
 
3.7 Medicamentos prescritos 
Losartana, uso contínuo. 
40 
 
3.8 História alimentar 
3.8.1 Recordatório de 24h 
Refeição Horário Alimento Quantidade 
Café da 
manhã 
07:30h 
Pão francês 
Margarina 
Café com açúcar 
1 unidade 
1 col. sobremesa 
1 xícara de chá 
Lanche da 
manhã 
09:30h Banana 1 unidade 
Almoço 11:30h 
Arroz 
Feijão 
Salada com: cenoura, 
batata, vagem e beterraba 
Suco de caju 
1 escumadeira 
½ concha 
1 porção média 
 
½ copo requeijão 
Lanche da 
tarde 
15:00h 
Bolacha de água e sal 
Leite 
4 unidades 
1 copo requeijão 
Jantar 19:00h 
Arroz 
Feijão 
Sopa: macarrão, batata, 
mandioquinha 
Suco de caju 
2 col. sopa 
2 col. sopa 
1 concha 
 
1 copo requeijão 
Ceia 23:00h Leite 1 copo requeijão 
 
3.8.2 Frequência alimentar 
1) Pães/Cereais/Raízes/Tubérculos 
Alimento Frequência de consumo 
Arroz branco 2x ou maispor dia 
Arroz integral Nunca 
Macarrão 2x por semana 
Biscoito sem recheio/Cream cracker 1x por dia 
Biscoito com recheio Nunca 
Pão francês 1x por dia 
Pão de forma Nunca 
Pão de forma integral Nunca 
Mandioca 1 a 3x por mês 
Bolo simples 1 a 3x por mês 
Bolo recheado 1 a 3x por mês 
Pipoca 1x por semana 
Batata 2x ou mais por dia 
Batata doce Nunca 
41 
 
2) Hortaliças/Verduras/Legumes 
Alface 2x ou mais por dia 
Repolho 2x ou mais por dia 
Agrião/Rúcula 2x ou mais por dia 
Couve flor 2x ou mais por dia 
Beterraba 2x ou mais por dia 
Cenoura 2x ou mais por dia 
Couve 2x ou mais por dia 
Pepino 2x ou mais por dia 
Abóbora 2x ou mais por dia 
Chuchu 2x ou mais por dia 
Tomate 2x ou mais por dia 
 
3) Leguminosas 
Ervilha Nunca 
Grão de bico Nunca 
Lentilha Nunca 
Feijão 2x ou mais por dia 
 
4) Frutas 
Abacate Menos de 1x por mês 
Abacaxi Menos de 1x por mês 
Banana 1x por dia 
Laranja/Tangerina Menos de 1x por mês 
Maçã Menos de 1x por mês 
Mamão Menos de 1x por mês 
Melão Menos de 1x por mês 
Melancia Menos de 1x por mês 
Manga Menos de 1x por mês 
Goiaba Menos de 1x por mês 
Uva Menos de 1x por mês 
Maracujá Menos de 1x por mês 
 
42 
 
5) Leite e derivados 
Leite integral 2x ou mais por dia 
Leite desnatado Nunca 
Iogurte de frutas Nunca 
Iogurte desnatado Nunca 
Queijo branco 1 a 3x por mês 
Requeijão 1 a 3x por mês 
Queijos amarelos 1 a 3x por mês 
 
6) Carnes e ovos 
Carne de boi 2x ou mais por dia 
Frango 2 a 4x por semana 
Peixe fresco Menos de 1x por mês 
Peixe enlatado (sardinha, atum) Nunca 
Carne suína 2x ou mais por dia 
Ovo 1x por semana 
Embutidos: presunto, mortadela, 
salsicha, salame, linguiça 
Nunca 
 
7) Óleos e gorduras 
Maionese 1x por semana 
Manteiga Nunca 
Margarina 1x por dia 
Azeite de oliva 2x ou mais por dia 
 
8) Açúcares e doces 
Doces (goiabada, bananada 
marmelada) 
1 a 3x por mês 
Chocolate/brigadeiro 1 a 3x por mês 
 
9) Diversos 
Café 1x por dia 
Refrigerante Menos de 1x por mês 
Suco artificial 2x ou mais por dia 
43 
 
Suco natural 2x ou mais por dia 
Salgado (coxinha, pastel, pizza, 
rissole, esfiha, cheetos, empada, etc) 
Menos de 1x por mês 
Sorvete/picolés 1 a 3x por mês 
Sopa (canja, feijão, legumes) 1 a 3x por mês 
Farofa Nunca 
Oleaginosas (castanhas) Nunca 
 
3.8.3 Ingestão hídrica 
Paciente relatou ingerir mais de 2 litros de água por dia. 
 
3.9 Diagnóstico nutricional 
3.9.1 Dados antropométricos 
Os dados antropométricos foram colhidos na primeira consulta, dia 
07/03/2019. Foram eles: 
Peso 
(kg) 
Altura 
(m) 
PCB 
(mm) 
PCT 
(mm) 
PCSE 
(mm) 
PCSI 
(mm) 
C.B. 
(cm) 
C.A. 
(cm) 
C.C. 
(cm) 
C.Q. 
(cm) 
111,5 1,62 19 21,8 24,6 32,8 34 140,5 138,5 128 
PCB = Prega cutânea do bíceps 
PCT = Prega cutânea do tríceps 
PCSE = Prega cutânea subescapular 
PCSI = Prega cutânea suprailíaca 
CB = Circunferência muscular do braço 
CA = Circunferência abdominal 
CC = Circunferência da cintura 
CQ = Circunferência do quadril 
 
 
Então, foram realizados os seguintes cálculos, para avaliação antropométrica: 
IMC 
Peso / Altura² 
111,5 / (1,62)² 
= 42,48 kg/m² 
Obesidade III 
Soma das 4 pregas 
PCB + PCT + PCSE + PCSI 
19 + 21,8 + 24,6 + 32,8 
= 98,2 
- 
% de gordura 
Analisado na tabela 
36,6% 
Referência: Até 25% 
para homens 
R = CC/CQ 
138,5/128 
= 1,08 
Risco de desenvolver 
doenças 
cardiovasculares 
44 
 
CMB 
CB – (0,314 x PCT) 
34 – (0,314 – 21,8) 
= 34 – 6,8452 
= 27,15 cm 
- 
% Adequação do CMB 
CB x 100 / 28,1 
27,15 x 100 / 28,1 
= 2715 / 28,1 
= 96,6% 
Eutrofia 
IMC = Índice de massa corporal CMB = Circunferência muscular do braço 
 
Foi colhida, também, a medida da Ossatura, que equivaleu à 18,8 cm. Com 
isso, calculou-se: 
Compleição 
Óssea 
Altura (cm) / Ossatura 
= 162 / 18,8 
= 8,6 – Compleição grande 
Peso ideal 
médio 
Como a compleição foi considerada grande, utiliza-se como 
IMC ideal para esse paciente o valor de 25 kc/m². Sendo 
assim: 
 
25 x Altura² 
= 25 x (1,62)² 
= 25 x 2,6244 
= 65,61 kg 
Peso ideal 
mínimo 
Peso ideal médio – 5% 
= 65,61 – 5% 
= 62,32 kg 
Peso ideal 
máximo 
Peso ideal médio + 5% 
= 65,61 + 5% 
= 68,89 kg 
 
3.9.2 Determinação das necessidades calóricas diárias 
 
TMB 
(Taxa metabólica 
basal) 
11,6 x Peso + 879 
= 11,6 x 111,5 + 879 
= 1293,4 + 879 
= 2172,4 kcal 
VCT 
(Valor calórico total 
TMB x AF 
= 2172,4 x 1,55 
= 3367,22 kcal 
EER 
1086 – (10,1 x Idade) + AF x [(13,7 x Peso) + (416 x Altura) 
= 1086 – (10,1 x 52) + 1 x [(13,7 x 111,5) + (416 x 1,62) 
= 1086 – 525,2 + (1527,55 + 673,92) 
= 1086 – 525,2 + 2201,47 
= 2762,27 kcal 
45 
 
Considerou-se, então, para o cálculo da dieta, o valor de 2762,27 kcal, obtido 
através da EER. Desse valor, descontou-se 500 kcal, para que o paciente pudesse 
te um processo de emagrecimento eficiente. A dieta foi, então, calculada com uma 
média de 2262 kcal. 
 
3.10 Conduta terapêutica nutricional 
 
A dieta do paciente foi calculada com uma média de 2262 kcal, e foi dividida 
em 7 refeições, tendo como distribuição calórica: 
• Café da manhã = 15% = 339,3 kcal 
• Lanche da manhã = 10% = 226,2 kcal 
• Almoço = 25% = 565,5 kcal 
• Lanche da tarde I = 10% = 226,2 kcal 
• Lanche da tarde II = 10% = 226,2 kcal 
• Jantar = 25% = 565,5 kcal 
• Ceia = 5% = 113,11 kcal 
 
Segue abaixo a dieta calculada: 
Refeição Horário Alimento Quantidade 
Café da 
manhã 
06:00h 
Pão francês 
Margarina 
Café 
Açúcar 
1 unidade 
1 ponta de faca 
1 xícara de chá 
1 colher de chá 
Lanche da 
manhã 
09:00h 
Banana amassada 
Aveia em flocos 
2 unidades 
2 colheres de sopa 
Almoço 11:30h 
Arroz branco 
Feijão 
Bife grelhado 
Alface 
Tomate 
Cenoura cozida 
Beterraba cozida 
Azeite de oliva ext. virgem 
Suco de laranja 
6 colheres de sopa 
4 colheres de sopa 
1 porção média 
1 prato sobremesa 
3 fatias médias 
2 colheres de sopa 
2 colheres de sopa 
1 colher de chá 
1 copo requeijão 
Lanche da 
tarde I 
14:30h 
Bolacha de água 
Leite desnatado 
5 unidades 
1 copo requeijão 
Lanche da 
tarde II 
17:30h 
Pão francês 
Queijo minas frescal 
1 unidade 
2 fatias médias 
46 
 
Jantar 20:00h 
Arroz 
Feijão 
Bife grelhado 
Couve manteiga refogada 
Pepino 
Alface 
Tomate 
Azeite de oliva ext. virgem 
Suco de abacaxi 
6 colheres de sopa 
4 colheres de sopa 
1 porção média 
3 colheres de sopa 
4 fatias pequenas 
1 prato sobremesa 
3 fatias médias 
1 colher de chá 
1 copo requeijão 
Ceia 22:30h Leite desnatado 1 copo requeijão 
 
A dieta acima teve como valores finais: 
 Kcal % g/kg 
Carboidrato 1218,64 55,66 2,73 
Proteína 500,76 22,87 1,12 
Lipídio 470,16 21,47 0,46 
 
 
4 Evolução do paciente 
 
Não foi atendido nenhum retorno até o término do estágio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
ANEXO II – Slides para apresentação do artigo 
 
 
 
 
48 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
 
 
 
 
51 
 
 
 
 
 
 
52

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