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Eletro1_1Sem2018 - Lista de Exercícios #1 Exercícios marcados com ∗ devem ser entregues no dia 13.03 para avaliação • Cálculo de campos vetoriais I • Cálculo de campos vetoriais II • Sistemas de coordenadas • Função δ e exemplos 1 O vetor área Os teoremas do cálculo vetorial relacionam integrais de quantidades escalares. Por exemplo, o teorema do divergente nos diz que: � V ~∇. ~Adτ = � S ~A.d~a No entanto, é interessante relacionar integrais de vetores por meio destes teoremas, por exemplo temos a igual- dade: � V ~∇Tdτ = � S Td~a onde o resultado das integrais são vetores. Como demonstrar esta relação? Tomemos o teorema de Gauss para ~A = ~cT onde ~c é um vetor constante e T um função escalar. Desta maneira: ~∇. ~A = ~c.~∇T e �camos com: � V ~∇. ~Adτ = ~c. � V ~∇Tdτ por outro lado: � S ~A.d~a = ~c. � S Td~a Portanto: ~c. � V ~∇Tdτ = ~c. � S Td~a ~c.( � V ~∇Tdτ − � S Td~a) = 0 o que nos diz que ou ~c = 0 (caso trivial) ou que: � V ~∇Tdτ = � S Td~a que queríamos provar. Tendo esta ideia em mente, demonstre as seguintes igualdades: (a) � V( ~∇× ~A)dτ = − � S ~A× d~a (no teorema do divergente faça ~A→ ~c× ~A onde ~c é um vetor constante e use a regra do produto para ~∇.(~c× ~A)) (b) � S ~∇T × d~a = − � Td~l (no teorema de Stokes faça ~A → ~cT onde ~c é um vetor constante e use a regra do produto para ~∇× (~cT )) Agora de�nimos o chamado vetor área (nota: o vetor área não é d~a, que é um elemento de área orientado): ~a = � S d~a 1 (c) Mostre que o vetor área é nulo para qualquer superfície fechada. (d) Mostre que o vetor área é idêntico para áreas que compartilham a mesma borda (dica: use o item c para duas áreas abertas que formam uma superfície fechada). (e) Interprete/justi�que com esquemas a seguinte igualdade: ~a = 1 2 � ~r × d~l (f) Mostre que: � (~c.~r)d~l = ~a× ~c onde ~c é um vetor constante (dica: use o item b e a identidade para ~∇(~c.~r), notando/calculando que (~c.~∇)~r = ~c). 2 ∗Derivada normal Considere um campo escalar ϕ que nunca é 0 e possui as seguintes propriedades: ∥∥∥~∇ϕ∥∥∥2 = 4ϕ ~∇.(ϕ~∇ϕ) = 10ϕ Determine o valor da integral: � S ∂ϕ ∂n̂ dS onde S é a superfície de uma esfera unitária com centro na origem e ∂ϕ/∂n̂ denota a derivada direcional de ϕ na direção do vetor n̂ normal à superfície. Se você �cou confuso: ∂ϕ ∂n̂ = ~∇ϕ.n̂ é de absoluta importância que você entenda este ponto pois usaremos esta notação ao longo do curso. 3 Funções harmônicas Considere um campo escalar ϕ tal que ∇2ϕ = 0 em um dado volume V do espaço. Uma função com esta propriedade é dita harmônica em V . Funções harmônicas são de absoluta importância para a eletrostática. Considere uma superfície S fechada, que é a fronteira do volume V em consideração. Mostre os seguintes resultados: se ϕ = 0 em S =⇒ ϕ = 0 em V se ∂ϕ ∂n̂ = 0 em S =⇒ ϕ = c em V onde c é constante (dica: suponha que ϕ é continuamente diferenciável emV e considere calcular a integral sobre S da seguinte função: ϕ~∇ϕ). Mostre ainda que se ϕ1 e ϕ2 são ambas funções harmônicas e que se ϕ1 = ϕ2 em S, então ϕ1 = ϕ2 em V . Para completar, mostre que se: ∂ϕ1 ∂n̂ = ∂ϕ2 ∂n̂ em S, então ϕ1 = ϕ2 + c em V , onde c é uma constante. 2 4 Coordenadas cilíndricas Em um sistema de coordenadas ortogonais, como o sistemas de coordenadas cilíndricas, de�nido por versores û, v̂ e ŵ e coordenadas u , v e w, o elemento d~l de caminho escreve-se: d~l = fduû+ gdvv̂ + hdwŵ tendo em mente o sistema de coordenadas cilíndricas (s, φ e z), faça um esquema mostrando os versores e coordenadas deste sistema. Em seguida, identi�que as função f , g e h associadas. A partir destes resultados, responda aos itens abaixo. (a) Notando que: ~∇T = 1 f ∂T ∂u û+ 1 g ∂T ∂v v̂ + 1 w ∂T ∂w ŵ escreva a expressão do gradiente em coordenadas cilíndricas. Aplique seu resultado ao campo vetorial ~v = sŝ+φ̂. (b) Notando que: ~∇. ~A ≡ 1 fgh ( ∂ ∂u (Augh) + ∂ ∂v (Avfh) + ∂ ∂w (Awfg)) escreva a expressão do divergente em coordenadas cilíndricas. Aplique seu resultado ao campo vetorial ~v = (1/s)ŝ. (c) Integre o campo ~v = (1/s)ŝ ao longo da superfície de um cilindro regular reto de raio a e altura h, cujo centro localiza-se na origem do sistema de coordenadas. Apresente esboços da situação e de�na com cuidado seu sistema de coordenadas. Discuta o resultado no contexto do teorema do divergente e do item b deste problema. 5 ∗Mistura de coordenadas Seja S a superfície de uma esfera de raio a centrada na origem e considere o campo vetorial ~v = sŝ. (a) Calcule a integral � S ~vda (a) Calcule a integral � S ~v.d~a 6 Problemas do livro texto (3Ed, capítulo 1) Problemas 1.57 e 1.62 do livro texto 7 Função δ Calcule o valor da integral: J = � V exp(−r)(∇. r̂ r2 )dτ onde V é uma esfera de raio R, centrada na origem. Aplique ao menos dois métodos distintos para o cálculo desta integral (dica: i) calcule o divergente ii) transforme esta integral em um integral de superfície) 3
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