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CÁCIO ANTÔNIO DA SILVA CAMILA CAMACHO DE OLIVEIRA DANYELL GEOFFREY RODRIGUES DE REZENDE HARRIET BATISTA CAVALCANTE JOÃO WAGNER MOLTER JUNIOR LAURA BRENDA COSTA MENDES SERRÃO MANUEL FERREIRA NETO MILTON FERNANDES DOS REIS NETO NATHÁLIA LETICIA LIMA SANTIAGO TRABALHO DE BIOQUÍMICA ANIMAL NUTRIÇÃO DOS GATOS MANAUS-AM 2020 CURSO DE BACHAREL EM MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA BIOQUÍMICA ANIMAL CÁCIO ANTÔNIO DA SILVA CAMILA CAMACHO DE OLIVEIRA DANYELL GEOFFREY RODRIGUES DE REZENDE HARRIET BATISTA CAVALCANTE JOÃO WAGNER MOLTER JUNIOR LAURA BRENDA COSTA MENDES SERRÃO MANUEL FERREIRA NETO MILTON FERNANDES DOS REIS NETO NATHÁLIA LETICIA LIMA SANTIAGO NUTRIÇÃO GATOS Trabalho em grupo, apresentado ao curso de bacharel em medicina veterinária do centro universitário fametro, como parte aos requisitos necessários para obtenção de nota parcial da disciplina de bioquímica animal. Orientador (a): Márcia Costa Rebelo MANAUS-AM 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 2 2. NUTRIÇÃO .......................................................................................................... 3 3. SUPLEMENTAÇÃO ............................................................................................. 3 3.1 Glucosamina para gatos ................................................................................ 4 3.2 Levedo de cerveja para gatos ........................................................................ 4 3.3 Óleo de peixe para gatos ............................................................................... 4 3.4 Suplementos de taurina para gatos ............................................................... 4 3.5 Azeite de oliva ................................................................................................ 5 4. PROTEÍNAS ........................................................................................................ 5 4.1. Quais são as fontes ideais de proteína para gatos ........................................ 6 4.1.1. Por que precisa ser proteína de origem animal? ..................................... 6 5. AMINOÁCIDOS .................................................................................................... 7 5.1. Metabolização da taurina ............................................................................... 8 5.1.1 Funções da Taurina ................................................................................. 8 5.1.2 Doenças relacionadas à deficiência de taurina:....................................... 8 6. LIPÍDEOS ............................................................................................................. 9 7. CARBOIDRATOS .............................................................................................. 11 7.1 Porque gatos precisam de pouco carboidrato .............................................. 11 7.2 Resumo da classificação dos carboidratos .................................................. 12 7.3. Quais são as melhores opções .................................................................... 12 8. CONCLUSÃO .................................................................................................... 14 9. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 15 2 1. INTRODUÇÃO Os gatos são carnívoros e selecionam bastante o que comem. O equilíbrio é fundamental na nutrição. Gatos, assim como todos os felinos, necessitam De suplementação de nutrientes específicos, que são necessários a outros animais domésticos, porém em concentrações distintas. Além disso, suas exigências e equilíbrio proteicos são muito maiores que as dos cães, necessitando no mínimo de 30% de proteína para crescimento e reprodução, e 24% para manutenção dos adultos. Outro ponto importante é o sistema digestivo, que é mais delicado, necessitando de alimentos de maior digestibilidade e, pelo menos, 8% de gordura em suas dietas. Assim, a saúde nutricional dos gatos passou a receber maior atenção, sendo considerada fundamental para a obtenção de maior longevidade e melhor qualidade de vida. As particularidades nutricionais dos felinos nunca devem ser negligenciadas. Sabe-se que, a nutrição adequada e direcionada às necessidades de cada espécie proporciona não somente uma saúde melhor, como também evita o desenvolvimento de doenças. Este trabalho tem por objetivo esclarecer as necessidades nutricionais dos gatos e evidenciar algumas de suas características. 3 2. NUTRIÇÃO Para obter a nutrição total de um gato é necessário que tenha uma quantidade suficiente de gordura e proteína. Para um gato adulto é ideal que se tenha 32% de proteína e 15% de gordura, obtendo um equilíbrio da nutrição do felino. Diferente dos cães, os felinos são exclusivamente carnívoros, o organismo dos gatos tem uma capacidade muito maior para absorver alimentos de origem animal e sua fisiologia é preparada para ingerir esse tipo de alimentação. Um exemplo disso é a facilidade de digerir gorduras e proteínas e a dificuldade de digerir carboidratos. Uma das principais restrições da nutrição dos gatos além dos carboidratos é o excesso da gordura animal, que tem como consequência o ganho de peso em grande quantidade, acarretando doenças difíceis de reverter, como a obesidade. Ao contrário do que fomos habituados a pensar, o gato não precisa tomar leite. A lactose é basicamente o açúcar do leite, e para ser absorvido pelo organismo é necessário que haja a produção de lactasse (a enzima que absorve a lactose), ou seja, os gatos não têm produção de lactasse no seu organismo, o que dificulta a digestão desses alimentos nos felinos, causando o amolecimento das fezes do animal, gerando problemas maiores como desnutrição. 3. SUPLEMENTAÇÃO A suplementação caminha lado a lado com a alimentação no sentido de fornecer nutrientes, vitaminas e outras substâncias que podem tanto fornecer energia e ajudar nos processos metabólicos do organismo, como também prevenir e tratar doenças, aumentando a expectativa de vida do seu animal. A moda dos suplementos nutricionais já ultrapassou a nutrição humana e chegou também aos nossos animais de estimação e, precisamente por ser um fenômeno em alta, é essencial ter informação suficiente para entender que nem sempre são necessários. Quando falamos de suplementos alimentares ou suplementos naturais falamos de produtos elaborados à base de extratos completamente naturais, geralmente nutrientes, mas apresentados com uma determinada dose e em formato tipo cápsula, comprimido ou xarope, consequentemente abordaremos alguns exemplos de suplementações naturais para gatos. 4 3.1 Glucosamina para gatos A Glucosamina é uma substância formada por açúcares e aminoácidos, estando naturalmente presente no organismo do gato. Concretamente, pode ser encontrada maioritariamente no líquido das articulações, cuja função é mantê-las lubrificadas e amortecer os impactos que elas recebem com o movimento natural dos felinos. A Glucosamina, por sua vez, é necessária para produzir cartilagem, uma proteína de grande importância para as articulações do seu gato. Por esse motivo, este suplemento natural é indicado para manter uma boa saúde articular do seu pet, sendo particularmente indicada para tratar a artrite em gatos. 3.2 Levedo de cerveja para gatos O levedo de cerveja pode ser definido como um excelente complexo multivitamínico natural, uma vez que as vitaminas são muito importantes para que o gato possa desenvolver todos os processos que permitem que ele desfrute de uma boa saúde. Além isso, tambémé muito rico em minerais e proteínas, apesar de ser um alimento de origem vegetal. Atualmente, o levado de cerveja pode ser encontrado no mercado como um produto específico para gatos enriquecido com taurina, um dos aminoácidos mais importantes para o nosso gato pelas suas funções cruciais. O levado de cerveja é indicado para os casos em que não é possível suprir as necessidades nutricionais do pet através da dieta ou em casos de patologias que requerem uma boa dose de micronutrientes para fortalecer o sistema imunológico e acelerar a recuperação. 3.3 Óleo de peixe para gatos É óbvio que este suplemento alimentar para gatos é um dos mais populares; os benefícios do óleo de peixe para gatos são muitos, como por exemplo: estimula o sistema imunológico, reduz as inflamações, melhora a fertilidade e protege a saúde cardiovascular do gato. Todos estes efeitos terapêuticos são devidos à riqueza do óleo de peixe em ácidos graxos essenciais Ômega-3. Eles também podem ser obtidos através da dieta, o que faz deles ainda mais importantes. Neste caso, o óleo mais recomendado é o de salmão, que não deve ser confundido com o óleo de fígado de bacalhau, cujas propriedades não são as mesmas. 3.4 Suplementos de taurina para gatos A taurina é, de longe, um dos aminoácidos essenciais mais importantes para o gato, uma vez que favorece diretamente o funcionamento correto do músculo cardíaco, a visão, o sistema digestivo e mesmo o sistema reprodutivo do pet. 5 Embora exista uma grande quantidade de cápsulas de suplementos de taurina para gatos no mercado, esta substância também pode ser encontrada em alimentos que fazem parte da dieta do pet, como a coxa de frango, o coração de vaca ou os ovos, entre outros alimentos ricos em taurina. 3.5 Azeite de oliva Existem muitos benefícios do azeite de oliva para gatos, sempre que falamos da variedade virgem extra. Este é um poderoso antioxidante, fornece gorduras boas monoinsaturadas e também é um excelente remédio para a prisão de ventre. É considerado um dos melhores alimentos para complementar a dieta caseira de um gato e, além de conter Ômega 3, é uma boa fonte de gorduras naturais. Utilize os suplementos alimentares para gatos de forma responsável, um suplemento natural nunca pode ser usado para substituir uma alimentação adequada, embora este erro seja muito comum. Por esse motivo, antes de recorrer a um complemento nutricional, é essencial que você reveja a alimentação do seu gato para ver como pode garantir que ele ingere os nutrientes necessários através da mesma. 4. PROTEÍNAS Principalmente no que diz respeito ao comportamento alimentar e os requerimentos nutricionais, e a proteína continua sendo o nutriente principal da dieta dos gatos. As proteínas são moléculas biológicas com inúmeras funções, sendo o componente celular mais abundante nos seres vivos. As funções vão desde formação estrutural de todos os tecidos do animal como o desenvolvimento e recuperação de músculos, tendões, cartilagens, ossos, pelos e pele, etc., até formação de hormônios, anticorpos, enzimas, elementos sanguíneos, transporte de moléculas, entre outras funções básicas para manutenção do funcionamento do organismo. Para os carnívoros, as proteínas são fonte primária de energia, diferentemente dos onívoros (como seres humanos) que utilizam os carboidratos primariamente. Todas as proteínas são formadas a partir de uma combinação de vários aminoácidos em cadeia, sendo que existem mais de 20 aminoácidos diferentes que podem estar presentes na formação das proteínas. O organismo do gato absorve os aminoácidos, e seus principais componentes que são proteínas 6 oriundas dos alimentos, e os aproveita, sintetizando novas proteínas ou abastecendo outros processos corporais. Esta "síntese" pode ser limitada caso determinados aminoácidos não estejam presentes no organismo do gato ou estejam indisponíveis nas quantidades necessárias. É por isso que o alimento é tão importante na manutenção dos níveis adequados desses nutrientes. A necessidade mínima de proteína de um gato em crescimento é aproximadamente 50% maior daquela de um cão da mesma idade, e a quantidade proteica para a manutenção de um gato adulto é no mínimo 40% maior do que a de um cão adulto. O gato, e os outros carnívoros estritos, precisam continuamente de uma dieta rica em proteínas. Animais onívoros, por exemplo, conseguem “conservar” a proteína extra da dieta quando o organismo percebe a falta desse nutriente, regulando o metabolismo. Gatos não são capazes dessa adaptação, necessitando que todas as suas refeições sejam ricas em proteína. 4.1. Quais são as fontes ideais de proteína para gatos As fontes ideais são os alimentos de origem animal, pois reúnem qualidades essenciais: alta digestibilidade e aproveitamento dos nutrientes, palatabilidade (sabor preferido) e a presença dos 11 aminoácidos essenciais em quantidades suficientes. Podemos elencar as carnes de frango, de bovinos e de suínos como fontes usuais para gatos. Temos também a disposição fontes inovadoras como peixe, pato e cordeiro, alternativas excelentes. As carnes e vísceras desses animais representam as partes mais nobres, e, portanto, mais interessantes para carnívoros. 4.1.1. Por que precisa ser proteína de origem animal? Acredita-se que o gato doméstico tenha como ancestral o Felis sylvestris libyca, um gato selvagem africano que assim como outros felinos se alimentava exclusivamente de suas caçadas. O gato que conhecemos hoje é muito semelhante ao seu ancestral em relação à nutrição, motivos que provam a necessidade de proteína animal para felinos: Somente as fontes de origem animal, isto é, carnes e vísceras de animais, além de ovos e outras fontes podem oferecer os 11 aminoácidos essenciais aos felinos em quantidade e qualidade suficiente. Vale lembrar também que estes alimentos apresentam digestibilidade muito superior à dos vegetais. http://blog.farmina.com.br/as-fontes-inovadoras-de-proteina-animal http://blog.farmina.com.br/as-fontes-inovadoras-de-proteina-animal 7 Gatos não conseguem absorver a vitamina A, que está presente nos vegetais, como legumes e frutas. Esse nutriente é encontrado pronto para absorção por gatos somente em alimentos de origem animal, principalmente algumas vísceras (fígado, por exemplo). Gatos apresentam receptores gustativos específicos para aminoácidos presentes nas carnes, rejeitando completamente o sabor amargo (comum em vegetais). Eles também não possuem receptores para sabores doces Os gatos têm uma tolerância menor a uma dieta que não seja rica em proteína, necessitando de uma alta quantidade desse nutriente diariamente. Os gatos têm menos dentes que os cães, porém o mesmo número de dentes carniceiros, isto é, próprios para dilacerar e não triturar, anatomicamente desenhados para comer carne. Algo que não é observado nos gatos que o metabolismo não possui certa adaptação à digestão de amido (dada à longa e intensa domesticação), o carboidrato proveniente das plantas. A capacidade estomacal é menor, pois eles evoluíram se alimentando diversas vezes ao dia. Na natureza, os gatos selvagens caçam pequenas presas, como roedores, pássaros, rãs, répteis e insetos. O intestino também é mais curto, principalmente se compararmos a animais herbívoros e onívoros, pois alimentos de origem vegetal demandam um trabalho mais intenso e lento do intestino para completa absorção dos nutrientes. 5. AMINOÁCIDOS Os gatos necessitam de onze aminoácidos essenciais. São eles: arginina, his- tidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, taurina, treonina, triptofano e valina. Os aminoácidos são utilizados para a síntese proteica e crescimento e o reparo de tecidos. Cerca de 50% do peso vivo (na base) dos seres vivos são constituídos por macromoléculas, das quais são denominadas proteínas.Dos vinte aminoácidos proteicos, nove são considerados aminoácidos essenciais, aqueles que não são produzidos em quantidades suficientes para suprir as necessidades metabólicas do organismo e onze são considerados aminoácidos não essenciais, aqueles que são sintetizados em quantidades suficientes. Assim, a 8 nutrição dos gatos deverá fornecer todos os aminoácidos essenciais, essa dieta alimentar é encontrada nas rações industrializadas, de boa qualidade, específicas para gatos, visto que a adição de taurina na matéria primas das rações dos felinos é obrigatória. 5.1 . Metabolização da taurina Proveniente do metabolismo dos aminoácidos sulforados, nos animais o conteúdo corporal de taurina é derivado da dieta da síntese principalmente no fígado; da reabsorção renal. No fígado, a taurina pode ser sintetizada a partir dos seguintes aminoácidos: METIONINA-AMINOÁCIDO essencial; cisteína - aminoácido não essencial e precisa da enzima piridoxal -5-fosfato (forma ativa da vitamina B6). Assim, a dieta deficiente em vitamina B6 não contribui com a síntese de taurina. Os locais onde há maior concentração deste aminoácido são nas fibras esqueléticas e cardíacas (é o aminoácido mais abundante no músculo cardíaco), na retina, nos eritrócitos e nas plaquetas. 5.1.1 Funções da Taurina A taurina está associada a funções de extrema importância no organismo: Visão (células fotorreceptoras); Audição; Reprodução; Crescimento; Emulsificação de gorduras e conjugação com ácidos biliares; Atuam na musculatura esquelética; Participam da preservação das funções cardíacas e vasculares e na resposta Imune. 5.1.2 Doenças relacionadas à deficiência de taurina: A taurina é um aminoácido encontrado nos tecidos de origem animal, se comparado a outras espécies, os gatos precisam do fornecimento de doses maiores desse aminoácido, pois não produzem em quantidades suficientes para suprir as necessidades de seu organismo. A deficiência de taurina acomete gatos com dieta vegetariana ou que recebem em sua alimentação a ração para cães, na qual não tem a quantidade necessária de taurina, pois a quantidade de proteínas é menor 9 nessas rações. Dessa forma, a deficiência de taurina está associada a alterações no organismo que, se não tratada, leva às patologias como: Degeneração central da retina dos felinos – DCRF; Cardiomiopatia dilatada dos felinos – CMD; Insuficiência cardíaca; Alterações congênitas; Resposta imune inadequada Falhas reprodutivas (baixo número de fetos, reabsorção fetal, abortos); Desenvolvimento fetal insuficiente (baixo peso ao nascimento, baixo crescimento neonatal, baixa taxa de sobrevivência dos filhotes); Hiperagregação plaquetária. Portanto, oferecer a ração industrializada, de boa qualidade e específica para felinos contribui para a síntese protéica, o crescimento, a reprodução, a longevidade, manutenção e a saúde geral dos gatos. A arginina é um desses aminoácidos essenciais sendo primordial para o crescimento e produção da ureia. A transformação da ureia está relacionada a um ciclo de reações bioquímicas a partir da amônia. Essa transformação ocorre parte nas mitocôndrias e parte no citoplasma, principalmente dos hepatócitos, e uma pequena participação ocorre por meio dos rins. A amônia está diretamente ligada à degradação de aminoácidos dos alimentos no trato gastrointestinal dos animais por meio de bactérias. As células do organismo, também, são responsáveis pela produção de ureia em uma menor quantidade. A arginina pode ser encontrada em fontes comuns ou naturais, sendo abundante em carnes e vísceras, bem como nos tecidos dos animais tais como pele, músculos e pelos. Uma variedade de alimentos de origem vegetal são alimentos ricos em arginina. Algumas das melhores escolhas são a soja, a aveia e gérmen de trigo. 6. LIPÍDEOS A partir do desenvolvimento de métodos mais precisos para a avaliação de lipídeos, diversos compostos têm sido descobertos e estudados como forma de enriquecer e melhorar dietas para atender às necessidades dos animais. 10 O principal componente lipídico da dieta e fonte de ácidos graxos que são utilizados para a síntese de outros lipídicos importantes como os fosfolípides. Os ácidos graxos dos fosfolipídios possuem papel fundamental na sinalização celular e é substratos das enzimas específicas durante o processo de produção de mediadores de respostas imunológicas A deficiência de ácido araquidônico em gatos, por exemplo, pode ser suprida pelo acréscimo de AA pré-formado ou pela inclusão de ácido γ-linolênico na dieta, que se mostrou eficiente na sustentação dos níveis de ácido araquidônico exigidos por gatos adulto na dieta aumenta a oxidação hepática ou intestinal de lipídeos, limitando a deposição de ácidos graxos em triglicerídeos junto ao tecido adiposo. Outros compostos lipídicos têm sido avaliados quanto a sua participação no processo de controle de ganho de peso Ácidos graxos de cadeia longa com duas ou mais instaurações não são sintetizados por mamíferos, se tornando essenciais para estas espécies. O reino vegetal de uma forma geral é o principal contribuinte com estes ácidos graxos que possuem 18 carbonos e mais de uma instauração. Parte das exigências energéticas dos animais pode ser atendida por meio do fornecimento de lipídeos, que propiciam ainda o fornecimento de ácidos graxos essenciais, absorção de vitaminas lipossolúveis e são precursores de importantes compostos funcionais ao organismo. As necessidades de lipídeos segundo o NRC (2006) para gatos estão apresentadas na Tabela LIPÍDEOS GATO Crescimento Manutenção Total de lipídeos Ácido linoléico Ácido α-linolênico Ácido araquidônico EPA¹ + DHA² 9,0 0,55 0,02 0.02 0,01 9,0 0,55 - 0,006 0,01 Os ácidos linoléico e α-linolênico são essenciais na parte nutricional, portanto, devem estar presentes nos alimentos para gatos. No entanto, o ácido araquidônico e o docosaexaenoico (DHA) são considerados condicionalmente essenciais em algumas situações, como ao crescimento, lactação e final de gestação para os gatos, o ácido araquidônico é essencial em todas as fases da vida, 11 devido à sua limitada capacidade de sintetizar ácido araquidônico a partir de ácido linoléico, em função da baixa atividade da enzima Δ6-dessaturase. 7. CARBOIDRATOS Os carboidratos são substâncias orgânicas, também chamadas de hidratos de carbono. Para cada carbono presente existem dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio, na mesma proporção existente na molécula de água. Dai nome carbo (carbono) hidrato (hidros= água). Os açúcares, como a glicose, a frutose e a sacarose são os carboidratos mais conhecidos. Mas também existem carboidratos de moléculas muito grandes (macromoléculas) como a celulose e o amido. Os alimentos ricos em carboidratos produzem a energia necessária para o funcionamento do organismo de quase todos os seres vivos. É com a energia obtida dos carboidratos que temos força para trabalhar, correr, andar e também brincar, etc. A energia dos carboidratos é importante para manter nossa temperatura estável. Por isso, os alimentos ricos em carboidratos são chamados alimentos combustíveis. São alimentos ricos em carboidratos: Cereais pães farinhas mandioca e batata doces frutas. Os carboidratos podem ser divididos em Monossacarídeos, Dissacarídeos e Polissacarídeos, que levam em conta a quantidade de átomos de carbono nas suas moléculas. 7.1 Porque gatos precisam de pouco carboidrato O gato possui adaptações metabólicas e nutricionais exclusivas, não observadas em canídeos (como os cães) ou em outros membros da ordem Carnívora, entre elas a capacidade limitada de lidar com carboidratos, a baixa aceitação (ou recusa total) por alimentos ricos nesse nutriente, e a alta eficiência em gerar energia (glicose) muitorapidamente a partir de proteínas. Gatos sequer são capazes de sentir o sabor adocicado. Mas, então gatos devem abolir o carboidrato da dieta? Não necessariamente. O carboidrato não deixa de ser um micronutriente que vai gerar energia, e gatos precisam de energia como qualquer outro animal. O carboidrato pode ser útil desde que esteja apto a ser absorvido e venha de matérias-primas de qualidade. Felinos selvagens acabam ingerindo pequenas porções de carboidratos naturalmente ao comerem alguns vegetais esporadicamente (gramíneas), além do conteúdo gástrico de suas presas (que são onívoras ou herbívoras em sua maioria). 12 Portanto, o carboidrato pode ser um nutriente saudável para gatos desde que presente em quantidades baixas e na proporção correta dentro de uma dieta rica em proteínas e gorduras de origem animal. Além de gerar energia para os carnívoros, as proteínas também desempenham funções estruturais, como crescimento de pelo desenvolvimento de músculos, renovação da queratina na pele, produção de enzimas e hormônios, cicatrização, funcionamento do sistema imunológico, entre outros. Ao fornecermos pequenas quantidades de carboidratos para gerar energia, mais proteína da dieta fica disponível para essas funções estruturais, favorecendo a saúde como um todo 7.2 Resumo da classificação dos carboidratos Tipos de carboidratos Características Exemplos Monossacarídeos Carboidratos simples que atuam como blocos (monômeros) a partir dos quais serão formados os outros carboidratos mais complexos, como os dissacarídeos e os polissacarídeos. Os monossacarídeos podem ser classificados de acordo com a cadeia principal de carbono (veja mais sobre o tema abaixo). Glicose, galactose e frutose. Dissacarídeos Carboidratos formados por dois monossacarídeos por meio de ligações glicosídicas. Sacarose (formada por glicose e frutose). Maltose (formada por duas moléculas de glicose). Lactose (formada por glicose e galactose). Polissacarídeos Carboidratos complexos formados por vários monossacarídeos unidos entre si por ligações glicosídicas. Amido, celulose e glicogênio. 7.3 . Quais são as melhores opções Para saber se determinado alimento é uma boa opção, devemos analisar o índice glicêmico, a digestibilidade e a presença de outros nutrientes. Alimentos com baixo índice glicêmico são os indicados para carnívoros, pois seu tempo de absorção é modulado, ou seja, é lento e gradual. Um alto índice glicêmico, como o https://brasilescola.uol.com.br/quimica/amido.htm https://brasilescola.uol.com.br/quimica/celulose.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/glicogenio.htm 13 observado em cereais ricos em amido ou em carboidratos simples como açúcar, e farinhas refinadas podem predispor patologias, como obesidade e diabetes nos gatos. Esses alimentos geram uma descarga grande de insulina pelo pâncreas. A insulina é o hormônio que transporta esse açúcar do sangue para dentro das células, que o utilizarão como energia. A energia excedente será transformada em gordura corporal rapidamente. Entre os alimentos vegetais com baixo índice glicêmico podemos citar: aveia, cevada, cenoura, abóbora, quinoa, fibras vegetais em geral, e algumas frutas como a maçã. Vale ressaltar que uma refeição pode ter seu índice glicêmico reduzido ao acrescentar proteínas, gorduras e fibras, que diminuem o tempo de digestão e absorção dos carboidratos. Os gatos apresentam boa digestibilidade desses alimentos quando eles estão adequadamente processados. As empresas de nutrição animal executam processos físicos como trituração, cozimento e extrusão que resultam em aumento da qualidade nutricional e digestibilidade do alimento consideravelmente. Vegetais mal digeridos ou em excesso podem afetar a saúde digestiva dos gatos, desequilibrando a microbiota intestinal saudável. Uma das grandes vantagens de incluir alguns alimentos de origem vegetal (que naturalmente contém carboidratos) na alimentação dos gatos é a presença de certos micronutrientes que não são encontrados facilmente nas carnes, entre eles, os antioxidantes, como é o caso da abóbora e da quinoa. 14 8. CONCLUSÃO Os gatos tem a necessidade nutricional bastante especifica, para fornecer o alimento temos que saber se as necessidades de nutrientes estão corretas é aonde aplicamos a dieta. A alimentação correta ajuda no controle do metabolismo, evita a obesidade a qual é comum em gatos com alimentação desbalanceada, fortalece a estrutura do animal, exemplo da taurina no musculo e Glucosamina as articulações e cartilagens. Devemos lembrar que os gatos são exclusivamente carnívoros e carboidratos devem sem incluídos com cautela Optando também por suplementos alimentares que são usados para obtenção da necessidade sem alterar a dieta prescrita e nunca substituído pela alimentação. Saber alimentar o seu animal trará inúmeros benéficos de bem estar do animal. 15 9. BIBLIOGRAFIA A.P. FÉLIX, S. G. O. A. M. Revista Agraria paranaensis. revista scientia agraria paranaensis, paraná. ISSN 1983-1471. ALBANO, L. L. M. saúde animal. Abi inter. Disponivel em: <http://www.saudeanimal.com.br/2015/11/26/alguns-aspectos-importantes-da- nutricao-animal-os-nutrientes-3/>. Acesso em: março 2020. HILLS pet. Hill's Pet Nutrition, 2018. Disponivel em: <https://www.hillspet.com.br/cat-care/nutrition-feeding/cat-food-protein-importance>. Acesso em: 27 março 2020. HORA, A. S. D. A importância dos aminoácidos na. [S.l.]. JANSLLER LUIZ GENOVA, A. P. P. R. L. L. E. P. nutritime. Revista eletronica nutritime, paraná, v. 12, n. 05, p. 10, set/out 2015. ISSN 1983-9006. LIPIDEOS na nutrição. revista brasileira de zootecnia, v. 38, n. 1, 2009. ISSN 1806-9290. LORENA, H. blog farmina. famina pet foods, 2020. 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