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05/06/2020 Versão para impressão 1/31 Gestão dos processos organizacionais Ferramentas: espinha de peixe (Ishikawa), diagrama de Pareto, histograma, fluxograma, diagrama de dispersão, matriz GUT, folha de verificação, Controle Estatístico de Processo (CEP) A partir de agora, apresentaremos algumas ferramentas da qualidade que serão muito úteis na sua vida profissional. É importante ter o domínio delas para realizar e propor melhorias de processos, bem como auxiliar o gestor da organização na verificação e resolução de problemas (index.html?page=2) (index.html?page=3) (index.html?page=4) (index.html?page=5) (index.html?page=6) (index.html?page=7) (index.html?page=8) (index.html?page=9) (index.html?page=2) (index.html?page=3)(index.html?page=4)(index.html?page=5)(index.html?page=6)(index.html?page=7)(index.html?page=8)(index.html?page=9) (index.html?page=2) ex.html?page=3)(index.html?page=4)ex.html?page=5)(index.html?page=6)ex.html?page=7)(index.html?page=8)ex.html?page=9) https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=2 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=3 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=4 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=5 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=6 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=7 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=8 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=9 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=2 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=3 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=4 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=5 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=6 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=7 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=8 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=9 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=2 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=3 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=4 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=5 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=6 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=7 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=8 https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/gestao_dos_processos_organizacionais/html/conteudo/ferramentas/index.html?page=9 05/06/2020 Versão para impressão 2/31 Espinha de peixe (Ishikawa) O diagrama de Ishikawa, também conhecido como diagrama espinha de peixe e como diagrama de causa e efeito, é uma representação gráfica que permite estabelecer, após uma análise criteriosa, as causas (problemas que dão início à ocorrência de um problema maior) que levam o efeito a ocorrer. Ele é desenhado para ilustrar claramente as várias causas que afetam um processo por classificação e relação das causas. Essa ferramenta foi idealizada pelo professor da Universidade de Tóquio, Kaoru Ishikawa, em 1953. A primeira vez que Ishikawa aplicou essa ferramenta foi para sintetizar as opiniões de engenheiros de uma fábrica automobilística, quando discutiam problemas de qualidade. Ela é amplamente utilizada e difundida no mundo inteiro e faz parte de um conjunto de ferramentas criadas por Ishikawa. As causas do problema são agrupadas em categorias pré-definidas. A grande vantagem do diagrama espinha de peixe é que se pode atuar de modo mais específico e direcionado no detalhamento das causas possíveis. As causas levantadas são agrupadas nas categorias mais comumente utilizadas, porém isso pode mudar dependendo do tipo, do segmento e do contexto em que a empresa está inserida. Como a maioria das ferramentas de qualidade que tem a finalidade de levantar informações, o diagrama espinha de peixe deve ser uma atividade desenvolvida por uma equipe a fim de que se agrupem essas informações com base numa abordagem multidisciplinar, pois isso aumenta a possibilidade de sucesso da ferramenta. Para que uma ação corretiva/preventiva obtenha sucesso, ela deve estar conectada à sua causa. Caso uma ação seja tomada sem a devida análise prévia de sua causa, é muito grande a chance de acontecerem reincidências e retrabalhos durante o andamento dos processos. 05/06/2020 Versão para impressão 3/31 O diagrama de Ishikawa tem quatro etapas: 1. Discussão do assunto a ser analisado pelo grupo, contemplando seu processo, como ocorre, onde ocorre, áreas envolvidas e escopo (objetivo principal). Recomenda-se que se utilize o brainstorming para que apareça o número possível de causas nesse momento. 2. Descrição clara e objetiva do efeito (problema ou condição específica), no lado direito do diagrama. 3. Levantamento das possíveis causas e seu agrupamento por categorias no diagrama. 4. Análise do diagrama elaborado e coleta de dados para determinar a frequência de ocorrência das diferentes causas. As setas em cada grupo de causa (método, máquina, medida, meio ambiente, mão- de-obra e material) correspondem a cada problema detectado. A sequência das etapas está descrita no diagrama a seguir e, como o próprio nome diz, assemelha-se a uma espinha de peixe, como podemos ver: 05/06/2020 Versão para impressão 4/31 Figura 1 – Diagrama de Ishikawa A imagem apresenta a figura de um peixe. Dentro do peixe, tem uma estrutura como se fosse espinha do peixe: com uma linha principal na horizontal no meio que forma uma seta apontada para a cabeça do peixe. Dessa linha saem três linhas oblíquas para cima e três linhas oblíquas para baixo. Dessas linhas oblíquas saem outras linhas menores na horizontal. A seta da linha principal representa o problema a ser analisado, que deve ser escrito após a seta, na cabeça do peixe. As linhas oblíquas representam as seis categorias conhecidas como seis M's, ou seja, as categorias que serão analisadas de forma conjunta. Essas categorias são materiais, meio ambiente, máquina, mão-de-obra, método e medida. Abaixo de cada categoria, nas linhas menores, serão citadas as causas identificadas. 05/06/2020 Versão para impressão 5/31 Diagrama de Pareto O diagrama de Pareto é uma forma especial do gráfico de barras verticais que nos permite determinar quais problemas resolver e qual a prioridade. Esse diagrama é elaborado com base em uma folha de verificação ou em outra fonte de coleta de dados. Ele nos ajuda a dirigir nossa atenção e esforços para problemas verdadeiramente importantes. Ou seja, ele divide um problema grande em problemas menores, priorizando os projetos mais importantes e viabilizandoo estabelecimento de metas. Essa ferramenta foi desenvolvida por Joseph Juran a partir de análises de estudos realizados pelo economista italiano Vilfredo Pareto e pelo americano Max Otto Lorenz sobre a desigualdade na distribuição de riquezas. Vilfredo Pareto descobriu que, de todos os valores depositados em bancos, 80% são de propriedade de apenas 20% dos clientes, consequentemente os 20% restantes são de propriedade de 80% dos clientes desses bancos. Assim, Juran estabeleceu uma classificação dos problemas de qualidade, dividindo-os em pouco vitais e muito triviais, ou seja, a maior quantidade dos defeitos refere-se a poucas causas. Essa representação gráfica apresenta de forma decrescente a incidência das causas de um problema ou de um resultado em análise. Nesse sentido, o gráfico idealizado permite que sejam identificados e classificados aqueles problemas de maior importância e que devem ser corrigidos primeiramente. Ao solucionar o primeiro problema, um segundo torna-se mais importante, permitindo que se dediquem maiores esforços na resolução daqueles sempre mais importantes, o que possibilita na organização um adequado uso de seus recursos em direção à melhoria da qualidade do processo e do produto, consequentemente, a redução dos custos e o aumento da lucratividade. Dicas para utilizar a diagrama de Pareto: 05/06/2020 Versão para impressão 6/31 1. Colete dados relativos à frequência com que ocorre cada uma das principais causas do problema ou do resultado em análise. Se essas causas não forem conhecidas, pode-se utilizar a ferramenta brainstorming ou brainwriting. 2. Faça um gráfico ordenando da esquerda para a direita as causas de maior incidência. 3. Identifique aquelas poucas causas que juntas representam 80% da frequência de falhas. Características adicionais do gráfico de Pareto: Geralmente, os dados são registrados no lado esquerdo do eixo vertical e em percentuais no lado direito do eixo vertical. Certifique-se de que os dois eixos estejam em escala, isto é, 100% correspondem à frequência ou custo total: 50% correspondem ao ponto médio dos dados. A partir do topo da maior barra e da esquerda para direita, ascendendo, uma linha pode ser adicionada representando a frequência acumulada das categorias. Isso responderá a questões, como: "Quanto do total foi apurado nas três primeiras categorias?". Figura 1 – Diagrama de Pareto A imagem apresenta um gráfico de colunas que apresenta a frequência de cada defeito variando de 0 a 100%. 05/06/2020 Versão para impressão 7/31 Lembre-se de utilizar o diagrama de Pareto quando precisar ressaltar a importância relativa entre vários problemas ou condições no sentido de: escolher o ponto de partida para a solução de um problema e avaliar um processo ou identificar a causa básica de um problema. 05/06/2020 Versão para impressão 8/31 Histograma Um histograma é uma ferramenta de análise e representação de dados quantitativos, agrupados em classes de frequência que permite distinguir a forma, o ponto central e a variação da distribuição, além de outros dados como amplitude e simetria na distribuição dos dados. O histograma faz parte das ferramentas básicas da qualidade que podem ser aplicadas em situações menos complexas (quando se faz necessário o uso das ferramentas gerenciais). A representação dessa ferramenta ocorre por meio de gráficos de barras que mostram a variação sobre uma faixa específica. Um histograma envolve a medição de dados, como temperatura, dimensões etc. e mostra sua distribuição. Isso é critico, pois sabemos que todos os eventos repetitivos produzirão resultados que variam com o tempo. Ele revela quanto de variação existe em qualquer processo. Sua importância se dá devido à possibilidade de conhecer as características de um processo ou um lote de produto permitindo uma visão geral da variação de um conjunto de dados. Aplicamos o histograma quando precisamos: verificar o número de produto não conforme; determinar a dispersão dos valores de medidas em peças; analisar a possibilidade de ações corretivas em um processo; encontrar e mostrar uma distribuição de dados por gráfico de barras com certo número de unidades por cada categoria; encontrar e mostrar por meio de gráfico o número de unidade por cada categoria. Para montar um histograma, basta seguir os seguintes passos: 1. Obtenha uma amostra de, no mínimo, 50 e, no máximo, 100 dados. 05/06/2020 Versão para impressão 9/31 2. Determine o máximo e o menor valor. 3. Calcule a amplitude dos dados (R=máx-mín). 4. Determine o número de classes. 5. Calcule a amplitude das classes. 6. Determine os limites das classes. 7. Construa a tabela de frequências. 8. Construa o histograma baseado na tabela de frequências. Vejamos um exemplo de aplicação de histograma! Em 2006, foi feita a medição da estatura dos alunos da Turma “A”. Esses dados foram agrupados, foi calculada a distribuição de frequência e, por fim, foi criado o histograma a seguir: Figura 1 – Exemplo de histograma A imagem apresenta um gráfico de colunas, apresentando a frequência do número de alunos por estatura. A partir desse exemplo, vamos responder, então: 05/06/2020 Versão para impressão 10/31 a) Total de alunos da turma “A”? Para obtermos esse total, precisamos somar a “altura” de cada coluna. O valor desta “altura” é obtido no eixo vertical. 4 + 9 + 11 + 8 + 5 + 3 = 40 Logo, o total de alunos que compõem a turma “A” é de 40 alunos. Figura 2 – Histograma A imagem apresenta um gráfico de colunas destacando o número de alunos e realizando a soma do número de alunos participantes. b) Total de alunos com altura a partir de 170 cm? Para respondermos a essa questão, precisamos rever o conceito/simbologia de classe. Classe: são intervalos de variação da variável. Pelo exemplo 150 154: o símbolo representa um intervalo fechado à esquerda e aberto à direita. Significa que o número à esquerda pertence à classe e o número à direita não pertence. Conforme o exemplo, o número 150 pertence à primeira classe, mas o 154 não. O número 154 comporá a segunda classe. 05/06/2020 Versão para impressão 11/31 No histograma, temos duas classes com o valor 170: 166 170 nessa classe, conforme apresentado acima, o valor 170 não fará parte por estar à direita. 170 174 170 fará parte dessa classe, pois o número à esquerda pertence à classe. Logo, o total de alunos com altura a partir de 170 cm é de 3. Figura 3 – Histograma A imagem apresenta um gráfico de colunas destacando a estatura menos frequente que foi de 1m70cm e 1,74cm. c) Ponto médio da classe 162 166? Ponto médio da classe é o ponto que divide o intervalo de classe em duas partes iguais. Esse cálculo é bem simples: basta tomar os extremos da classe, somá-los e dividir por dois. No exemplo acima, PM = (162 + 166) / 2 = 328 / 2 = 164 Logo, o resultado do Ponto Médio é 164. d) Frequência absoluta acumulada para alunos que tem altura até 160 cm? 05/06/2020 Versão para impressão 12/31 Frequência absoluta acumulada (fa), por definição, é o total acumulado (soma) das frequências de todas as classes anteriores até a classe atual. Veja que frequências são quantidades e em nosso exemplo número de alunos. Então, a frequência absoluta acumulada para alunos que têm altura até 160 cm é a soma dos números de alunos até a classe que contempla 160 cm (incluindo) = 4 + 9 +11 = 24. Logo, o resultado da frequência absoluta dos alunos que tem até 160cm é 24. Figura 4 – Histograma A imagem apresenta um gráfico de colunas destacando a estatura mais frequente que foi de 1m50cm e 1m62cm. e) Frequência relativa em % referente aos alunos com altura até 160 cm? A frequência relativa em percentual (f%) é a frequência relativa multiplicada por 100 (em%), por sua vez a frequência relativa (fr) é definida como a razão entre a frequência absoluta e o número total de observações. Conforme o exemplo, total de observações = 40 alunos frequência relativa (fr): classe 150 154 = 4/40 = 0,1 frequênciarelativa (fr): classe 154 158 = 9/40 = 0,225 frequência relativa (fr): classe 158 162 = 11/40 = 0,275 05/06/2020 Versão para impressão 13/31 frequência relativa percentual (f%): classe 150 154 = 0,1 *100% = 10% frequência relativa percentual (f%): classe 154 158 = 0,225*100% = 22,5% frequência relativa percentual (f%): classe 158 162 = 0,275*100% = 27,5% Então, para respondermos à questão, temos que ficar atentos ao enunciado que diz: “Determine a frequência relativa em % referente aos alunos com altura até 160 cm”, ou seja, da menor altura (início) até 160 = 10% + 22,5% + 27,5% = 60%. Se a questão solicitasse: “Determine a frequência relativa em % referente aos alunos com altura de 160 cm”, seria somente 27,5%. 05/06/2020 Versão para impressão 14/31 Fluxograma O fluxograma é uma ferramenta desenvolvida para desenhar o fluxo de processos por meio de formas e pequenos detalhes, utilizando uma simbologia previamente convencionada. Trata-se de uma representação visual do processo e permite identificar nele possíveis pontos nos quais podem ocorrer problemas. As suas aplicações são muitas e o nível de detalhamento e sofisticação da simbologia pode variar em função de seus propósitos e usuários. Atualmente, o fluxograma tem sido utilizado em grande escala para estudo e análise de processos, com o objetivo de registrá- lo, analisar gargalos, limitadores e/ ou pontos de melhoria. Outra vantagem é a possibilidade de se fazer uma análise crítica do fluxo de informações, pois o fluxograma dá uma visão do todo. Principais símbolos usados no fluxograma: Atividade – Refere-se a uma ação dentro de um processo. Alternativa – É usado ao lado do símbolo de atividade sempre que um processo tenha outro caminho reconhecido. Decisão – Utiliza-se esse símbolo sempre que houver uma decisão ou uma verificação dentro de um processo. Dados – Representa uma entrada ou saída de dados. Processo pré-definido – Representa a existência de uma atividade. Armazenamento interno – Utilizado para representar um armazenamento físico de materiais ou componentes. Documento – É utilizado para descrever quando é necessário gerar um documento. 05/06/2020 Versão para impressão 15/31 Vários documentos – Utiliza-se esse símbolo para descrever uma série de documentos gerados em uma etapa. Atraso – Demonstra os atrasos ocorridos durante o processo. É utilizado na formulação de um fluxograma que faz um diagnóstico de um processo. Entrada manual de dados – Demonstra uma operação manual de registro de dados. Operação manual – Demonstra uma atividade realizada diretamente por um colaborador. Conector de página – Utilizado quando o fluxograma for extenso ou necessitar ficar separado ao longo de um processo. Espera – É usado quando uma etapa do processo deve aguardar uma informação ou um processamento. Figura 1 – Componentes de um fluxograma Os objetivos principais do fluxograma são: padronização na representação dos procedimentos, maior rapidez na descrição dos métodos, facilitação da leitura e do entendimento, facilitação da localização da informação e identificação dos aspectos mais 05/06/2020 Versão para impressão 16/31 importantes a serem observados, maior flexibilidade e melhoria do grau de análise realizada pelo gestor. Como falamos, um fluxograma pode ser usado em uma infinidade de situações, como: criação de instruções de trabalho; procedimentos; instruções relativas a planos de segurança e meio ambiente; fluxo de aprovação de projetos; manuais de utilização de sistemas, máquinas e dispositivos; guia para atendimento ao cliente; plano de desenvolvimento de fornecedores; plano de manutenção; plano de treinamento. Veja um exemplo prático: Um posto de gasolina deseja que seus clientes sejam atendidos de forma mais eficiente. Para isso, quer diminuir o tempo que o cliente leva para ser atendido. O gerente do posto, Sr. Luis, pensou em fazer um fluxograma para visualizar a situação atual do posto. Ele passou a observar alguns veículos de clientes e registrou algumas ocorrências. No momento da chegada do veículo ao posto, o cliente já encontra a primeira dificuldade, pois não há indicação visível de qual bomba é de gasolina, gasolina aditivada, etanol ou diesel. Isso gera atrasos no abastecimento. O Sr. Luis percebe que cada frentista tem uma maneira diferente de abastecer, ou seja, alguns usam um pano para proteger o veículo do contato com o bico, outros não usam. Averiguou que alguns frentistas não tomam cuidados e ficam com seus olhos expostos ao vapor do combustível. Portanto, constatou que não há padrão nessa etapa. O sistema de abastecimento não é integrado entre a bomba e o caixa, sendo que, após o abastecimento, o cliente recebe uma ficha com o valor e desloca-se para realizar o pagamento em um local específico fora da loja de conveniência. Por motivos internos, o cliente não pode 05/06/2020 Versão para impressão 17/31 pagar as compras na loja de conveniência no mesmo local em que se paga o combustível, então, os clientes consumiam na loja de conveniência e se dirigiam ao caixa para efetuar o pagamento, o que demanda operação e tempo extra. O sistema registra a condição de pagamento e a nota fiscal é emitida ao cliente, finalizando o atendimento. O Sr. Luiz entendeu que o atendimento não é padronizado e que nem todos os clientes são abordados para a verificação do nível do óleo ou para limpeza dos vidros. Notou, também, que nenhum produto do posto é oferecido aos clientes, tais como: aditivos, perfumes automotivos e extintor de incêndio. Se isso fosse feito, o faturamento e a fidelização do cliente poderiam sofrer aumentos. Antes de propor juntamente com os colaboradores algumas ações de melhoria, o Sr. Luis descreveu a situação atual no fluxograma. O fluxo a seguir descreve a situação do posto e deve auxiliar o gerente a visualizar as oportunidades de melhoria. Verifique o significado de cada símbolo utilizado para que, em breve, possa utilizar essa ferramenta nas organizações em que desempenhar suas atividades. Perceba a maneira com que os símbolos devem ser preenchidos, ou seja, de forma clara, resumida e sempre determinando o responsável pela ação. 05/06/2020 Versão para impressão 18/31 Figura 2 – Exemplo de um fluxograma Nesse exemplo, evidencia-se uma das vantagens de se aplicar um fluxograma: a facilidade de visualização de um sistema, no caso, o sistema de atendimento do posto de combustível. O Sr. João, além de desejar melhorar a eficiência do atendimento, também está objetivando o aumento da receita pelo atendimento mais personalizado. Assim, ele reuniu sua equipe a fim de discutir a situação atual e propor novas formas de atendimento. Após um brainstorming, foi decidido que: 05/06/2020 Versão para impressão 19/31 O posto deve ter um procedimento documentado para recepção de clientes. O posto deve ter um procedimento documentado para venda de aditivos, lubrificantes, entre outros, sendo essa uma atribuição dos frentistas. O posto deve criar as condições para que o pagamento do combustível possa ser feito dentro da loja de conveniências a fim de eliminar a operação extra. O posto deve ter um sistema informatizado para controle dos abastecimentos. O posto deve indicar claramente nas bombas o tipo de combustível disponível em cada uma delas para eliminar o atraso inicial. As propostas foram aceitas e um plano de ação elaborado. Para informar todos sobre o novo fluxo de processos, o Sr. João redigiu um fluxograma. Esse fluxograma pode ser usado nos treinamentos da equipe e também no processo de integração de novos colaboradores. O fluxograma a seguir descreve as mudanças no processo de abastecimento. Analisando alguns dos símbolos que descrevem procedimentos pré-definidos, podemos verificar que existem as iniciais PR seguidas da numeração 01/02/03. Isso significa que foram criados três procedimentos para cada uma das fases apontadas no fluxograma: 05/06/2020 Versão para impressão 20/31 Figura 3 – Exemplode um fluxograma 05/06/2020 Versão para impressão 21/31 Diagrama de dispersão O diagrama de dispersão é utilizado para estudar a possível relação entre duas variáveis. Essa ferramenta tem uma função visual, ou seja, organiza os dados para que sejam imediatamente identificados. Ela não tem como função descobrir a causa de ocorrências, pois não quer dizer que as variáveis mantenham uma relação de causa e efeito. Além disso, pode mostrar para o usuário se a relação é positiva ou negativa (linha de tendência), ou ainda se não existe nenhuma correlação entre as variáveis. O resultado deve ser demonstrado com pontos no cruzamento dos valores dos eixos X e Y. O diagrama de dispersão é construído de forma que o eixo horizontal (eixo x) represente os valores medidos de uma variável e o eixo vertical (eixo y) represente as medições da segunda variável. Veja um exemplo. O gráfico mostra a relação entre o uso de fertilizantes e a produtividade de 11 propriedades diferentes. Todas as propriedades utilizaram 1000 kg de fertilizantes. Os dados de produtividade são expressos em sacas no eixo y e as propriedades são descritas no eixo x. 05/06/2020 Versão para impressão 22/31 Figura 1 – Exemplo de gráfico de dispersão A imagem apresenta um gráfico que mostra a relação entre a produtividade descrita no eixo y (vertical) por propriedade que está no eixo x (horizontal). Os dados mostram uma diferença significativa na produtividade entre diferentes propriedades. Os pesquisadores devem, agora, identificar as causas dessa diferença a fim de auxiliar os produtores a encontrarem uma melhor relação custo benefício. Então, o diagrama de dispersão é útil quando necessitamos visualizar o que acontece com uma variável quando outra variável altera-se para saber se as duas estão relacionadas. 05/06/2020 Versão para impressão 23/31 Matriz GUT A matriz GUT é uma representação de problemas ou riscos, atribuindo a eles um valor a fim de estabelecer prioridades para abordá-los. As iniciais GUT referem-se a três variáveis presentes na apresentação de um problema Clique ou toque nos títulos para expandir o conteúdo Gravidade Refere-se à gravidade que o problema representa no contexto de uma determinada empresa em um momento específico, ou seja, a importância do problema examinado em relação a outros apresentados. Urgência Refere-se à urgência em que a solução de um problema se faz necessária, ou seja, o quão importante é a ação temporal. Tendência Indica o sentido da gravidade do problema, se ele tende a crescer ou a diminuir com a ação do tempo. Essa variável responde a seguinte questão: “Caso não se tome nenhuma ação sobre o problema, qual é a tendência de ele piorar o desempenho dos processos ou de permanecer inalterado com o passar do tempo?” Ou seja, caso não seja feito nada, a tendência do problema é piorar (nota mais perto de 5) ou permanecer inalterado (nota mais próxima de 1)? Normalmente, descrevem-se os problemas e ao lado atribui-se uma nota de 1 a 5 para cada variável (GUT). Após, multiplicam-se as três variáveis relativas a cada problema e analisa-se o valor. Quanto maior o valor, maior deve ser a prioridade com que essa questão deve ser resolvida. A matriz GUT é uma ferramenta que deve ser aplicada em grupo. Recomenda-se que o grupo tenha no máximo 15 pessoas e as notas devem ser atribuídas sob consenso dos participantes. 05/06/2020 Versão para impressão 24/31 A matriz GUT considera, além da gravidade do problema, da urgência na tomada de ações e da tendência delineada, o relacionamento entre os três fatores de análise, caracterizando, assim, a matriz, que se apresenta com a configuração (fatores e pesos de avaliação) conforme quadro a seguir: Valor Gravidade Urgência Tendência G.U.T 5 gravissíma açãoimediata agravar rapidamente 125 4 muito grave ação rápida agravar no curtoprazo 64 3 grave açãonormal agravar no médio prazo 27 2 pouco grave ação lenta agravar no longoprazo 8 1 menorgravidade pode esperar acomodar 1 Tabela 1 – Matriz GUT Vamos entender na prática? Uma empresa de prestação de serviços em conservação e limpeza predial está enfrentando alguns problemas em seus processos de gestão e fornecimento de serviços. As reclamações dos clientes crescem a cada dia e são relativas a: qualidade dos serviços prestados, agilidade e má apresentação de seus funcionários durante o trabalho. A equipe de gestores resolveu reunir seus colaboradores para apresentar as principais reclamações dos clientes. Para isso, decidiram utilizar a matriz GUT. Primeiramente, o líder da equipe descreveu em uma tabela os problemas. Após, promoveu a discussão em grupo para que se chegasse a um consenso sobre o peso de cada variável: (numa escala de 1 a 5: quanto maior a nota, maior a prioridade a ser dada. Os participantes entenderam o cenário da seguinte forma: 05/06/2020 Versão para impressão 25/31 MATRIZ GUT Problema Gravidade Urgência Tendência G x U x T Uniformes sujos e rasgados. 5 4 2 40 Demora na execução das tarefas. 3 5 3 45 Falta de materiais e equipamentos para a execução das atividades. 3 5 4 60 Desperdício excessivo de material de limpeza. 2 3 1 6 Excesso de rotatividade entre os colaboradores. 3 3 2 18 Estoque de materiais inadequado, gerando atrasos na entrega para os colaboradores. 4 2 4 32 Muitos gastos com transporte, pois os colaboradores dividem seu tempo entre dois ou mais clientes. 2 1 2 4 Excesso de absenteísmo (faltas) entre os colaboradores. 4 5 5 100 05/06/2020 Versão para impressão 26/31 Uso de produtos inadequados para a limpeza das instalações dos clientes. 4 3 1 12 Tabela 2 – Exemplo prático da matriz GUT Segundo esse cenário, o grupo acredita que o principal problema é o excesso de absenteísmo (faltas) entre os colaboradores e isso estaria desencadeando outros problemas. Em segundo lugar, ficou a falta de materiais e equipamentos para a execução das atividades e assim por diante. Não significa que os problemas com menor nota não serão tratados, mas significa dizer que primeiramente serão tratados os que apresentaram a maior pontuação. Recomenda-se que seja utilizada uma ferramenta que relacione causa e efeito para determinar a origem dos problemas. Como já vimos, o diagrama de Ishikawa é uma excelente opção para essa análise. Após, pode-se utilizar o 5W2H para organizar o plano de ação. Para realizar uma reunião, a fim de elaborar uma matriz GUT, garanta que todos os participantes tenham em mãos a seguinte tabela: 05/06/2020 Versão para impressão 27/31 Matriz GUT Nota Gravidade Urgência Tendência 5 Gravíssimo Imediata Vai piorar imediatamente. 4 Muito grave Com alguma urgência Vai piorar em pouco tempo. 3 Grave O mais cedo possível Vai piorar em médio prazo. 2 Pouco grave Pode esperar um pouco Vai piorar em longo prazo. 1 Sem gravidade Não tem pressa Não vai piorar/melhorar. Tabela 3 – Matriz GUT Essa tabela agilizará a reunião e fornecerá um senso comum aos participantes. Como podemos ver, a matriz GUT estabelece pesos de acordo com o nível de importância de cada fator, permitindo que se possa dirigir ações para aqueles que mais impacto negativo terão na organização. Os problemas em análise necessariamente não precisam estar relacionados. Assim, pode ser realizada a análise por meio de diversos setores da organização para uma tomada de decisão. Portanto, a matriz GUT permite um direcionamento adequado de recursos, fazendo com que a organização potencialize a solução a ser estabelecida. 05/06/2020 Versão para impressão 28/31 Folha de verificação A folha de verificação é uma ferramenta usada para quantificar a frequência com que certos eventos ocorrem em certo período de tempo. É uma ferramenta de uso simples, de fácil compreensão e tem o objetivo de organizar as informações antes de serem classificadas ou colocadas na forma de gráfico. Ela inicia o processo transformando opiniões em fatos. A construção da folha de verificação envolve as seguintes etapas:1. Estabelecer exatamente qual evento está sendo estudado. Todos têm que estar observando a mesma coisa. 2. Definir sobre o período durante o qual os dados serão coletados. 3. Construir um formulário claro e de fácil manuseio, certificando-se de que todas as colunas estão claramente tituladas e que há espaço suficiente para registro de dados. O exemplo a seguir demonstra a quantidade de reclamações que uma rede hoteleira recebeu em um determinado período: Folha de verificação Categoria das reclamações Ocorrências no mês de abril Total Limpeza não realizada. IIIII IIIII 10 Cobrança indevida. IIIII 5 Demora na entrega de refeições. IIIII IIIII IIIII 15 Defeitos na TV e no ar condicionado. III 3 Problemas com o chuveiro. IIIII I 6 Falta de toalhas ou cobertas. IIIII IIIII IIIII 15 Problemas de conexão com a internet. IIIII IIIII IIIII IIIII 20 05/06/2020 Versão para impressão 29/31 Tabela 4 – Exemplo de folha de verificação Na figura, temos uma tabela com nove linhas e três colunas. Na primeira linha, temos as palavras "Folha de verificação". Na segunda linha, temos as expressões "Categoria das reclamações”, “Ocorrências no mês de abril” e “Total”. Na terceira linha, temos a expressão "Limpeza não realizada" com dez sinalizações de ocorrência através de traços e com total dez. Na quarta linha, temos a expressão "Cobrança indevida" com cinco sinalizações de ocorrência através de traços e com total cinco. Na quinta linha, temos a expressão "Demora na entrega das refeições" com quinze sinalizações de ocorrência através de traços e com total quinze. Na sexta linha, temos a expressão "Defeitos no ar condicionado" com três sinalizações de ocorrência através de traços e com total três. Na sétima linha, temos a expressão "Problemas com o chuveiro" com seis sinalizações de ocorrência através de traços e com total seis. Na oitava linha, temos a expressão "Falta de toalhas ou cobertas" com quinze sinalizações de ocorrência através de traços e com total quinze. Na nona linha, temos a expressão "Problemas de conexão com a internet" com vinte sinalizações de ocorrência através de traços e com total vinte. Lembre-se: Certifique-se de que as observações/amostras são as mais aleatórias possíveis. Certifique-se de que o processo de amostragem é eficiente e que o pessoal envolvido dispõe de tempo suficiente para executá-lo; O universo sob observação deve ser homogêneo. Se não, deve ser inicialmente estratificado (agrupado) e cada grupo observado individualmente. A folha de verificação deve ser usada quando você necessitar colher dados baseados em observações amostrais com o objetivo de definir um modelo. Esse é o ponto lógico de início na maioria dos ciclos de solução de problemas. 05/06/2020 Versão para impressão 30/31 Controle estatístico do processo – CEP O CEP (Controle Estatístico do Processo) é um dos diversos métodos eficazes que estão voltados para o controle e a melhoria contínua dos processos. É voltado para a busca de maneiras eficientes de produzir mercadorias e serviços com qualidade garantida. O CEP monitora um produto ou serviço durante seu processo de produção a fim de identificar e resolver de modo preventivo possíveis falhas ou problemas para que o processo retorne à sua condição normal. O registro de valores que são gerados por meio da dinâmica de processos é realizado nas cartas de controle que são gráficos de acompanhamento com uma linha superior (limite superior de controle) e uma linha inferior (limite inferior de controle) em cada lado da linha média do processo, todos estatisticamente determinados. A carta de controle mostra uma tendência no processo. Controle estatístico do processo significado: Clique ou toque nos títulos para expandir o conteúdo Controle monitoramento e manutenção do processo. Estatístico aplica uma determinada área da Matemática envolvendo amostra, população, cálculo de média, moda, desvio padrão, entre outros, para fornecer dados para a tomada de decisões. Processo todos os fatores que influenciam em um determinado processo estão envolvidos (mão-de- obra, máquina, medição método de operação, matéria-prima e meio ambiente). Coletar dados e usar métodos estatísticos para interpretá-los não é um fim em si mesmo. Além disso, é necessário produzir melhorias. 05/06/2020 Versão para impressão 31/31 Sistemas de medição são críticos para a análise de dados e eles deveriam ser entendidos antes que os dados do processo fossem coletados a fim de que não sejam tomadas decisões inadequadas. As vantagens do CEP são muitas: Serve para os operadores terem um controle contínuo do processo. Ajuda o processo a produzir consistentemente e previsivelmente com qualidade e baixo custo. Permite que o processo alcance melhor qualidade, menor custo por unidade e maior capacidade instalada. Fornece uma linguagem comum para a discussão de desempenho do processo. Distingue causas especiais das comuns, como um guia para ações locais ou sobre o sistema. Lembre-se de que o CEP é uma importante ferramenta para controle da variação de processos, pois trata com precisão os desvios que ocorrem no processo, fazendo com que atuemos no momento certo para corrigirmos os problemas apresentados. Ele nos permite que o processo alcance melhor qualidade, menor custo por unidade e maior capacidade instalada. Todas as ferramentas da qualidade estudadas neste curso têm o mesmo objetivo que é o foco no auxílio dos processos de planejamento e na execução de melhorias organizacionais das empresas. Como vimos, cada uma delas tem uma particularidade distinta e relevante para identificar, priorizar e propor soluções para os problemas que atingem a qualidade do trabalho das organizações. Quando a organização identificar um problema, você deve apropriar-se do uso das ferramentas que melhores resultados possam lhe proporcionar, pois elas são de fácil aplicação e proporcionam excelentes resultados na correção das falhas no processo, corrigindo os desvios e colocando a organização no caminho correto, evitando desperdícios e prejuízos para os stakeholders (partes interessadas).
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