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Resumão direito penal

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Crimes contra o patrimônio
Furto comum(art. 155): Crime comum, crime de dolo, não admite culpa, material, cabe tentativa, crime de dano, crime comissivo, crime instantâneo ou permanente, cabe continuidade delitiva.
Momento consumativo: Quando o objeto material é retirado da esfera de posse da vítima, da sua disponibilidade, ainda que por breve momento.
Coisa: Não se engloba pessoas, se for pessoa será sequestro, cárcere privado ou subtração de incapaze; Cadáver é considerado coisa, mas não é considerado furto, só se pertencer a instituto de pesquisa ou faculdade será furto.
Se for res nullius (coisa ninguém) ou res derelicta (coisa abandonada), não é furto, pois é imprescindível ara a tipificação do crime de furto que a coisa seja allheia.
Furto de uso não é punível, pois o dolo não é subtrair.
Furto noturno: a pena aumenta-se de um terço.
Furto privilegiado: princípio da bagatela, criminoso primário e é de pequeno valor a coisa furtada. 
Furto qualificado: pg 4º ação pública incondicionada.
Furto necessário ou famélico: Estado de extrema penúria, o sujeito ativo pratica o crime impelido pela fome. Natureza jurídica: estado de necessidade, excludente de ilicitude.
Furto de coisa comum: Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum.
Roubo: A diferença do roubo e o furto é que no roubo é usado mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência. O crime é complexo, ou seja protege mais de um bem jurídico tutelado: posse, propriedade, integridade física, saúde e liberdade individual.
No roubo PRÓPRIO a violência é empregada antes ou durante a subtração e tem como objetivo permitir que a subtração se realiza. No roubo IMPRÓPRIO a subtração realizada sem violência, e esta será empregada depois da subtração, pois tem como objetivo a impunidade pelo crime ou a detenção da coisa
- O uso de arma de brinquedo não qualifica o crime de roubo, mas pode ser interpretada como grave ameaça, pois não sabe da ineficiência da arma. A arma desmuniciada ou ineficaz não caracteriza o roubo. O porte ilegal de arma será absorvido pelo crime fim (roubo) se for usada exclusivamente para um único ato. Se a arma for utilizada para praticar vários crimes, não haverá absorção e sim concurso.
Latrocínio: É crime hediondo, nunca é tentado. Bem jurídico tutelado é o patrimônio e não a vida. Conforme entendimento sumulado do STF se a morte for consumada mas o patrimônio não for consumado haverá latrocínio. 
Apropriação indébita: Difere do furto pois o sujeito ativo já tem a posse da coisa com autorização do sujeito passivo. Se for funcionário público trata-se de peculato. Crime de dolo, comum, simples, instantâneo, material e comissivo.
Receptação: Receptação ou recetação é o ato de adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte. Receptação de cheque e cartão de crédito ou bancário sem senha não tem valor econômico, logo não podem ser objetos de receptação, que exige que o bem receptado tenha valor econômico. O STF segue o entendimento de que cartão cancelado (diferente do cheque, e sua frustração do pagamento que configura tal crime) não configura estelionato.
Crime de falsidade: O bem jurídico tutelado é a fé pública e terceros que possam ser lesados. 
Fé pública objetiva: Autenticidade do documento. Fé pública subjetiva: Confiança do cidadão no documneto, a regra geral é de que todos os documentos são autênticos até que se prove o contrário. Se a falsificação for grosseira o fato será atípico, incidindo em crime impossível.
A falsidade pode ser: a) externa ou material: o vício incide sobre o exterior do documento por meio de rasuras, borrões, etc. O agente fabrica o documento ou o objeto material do crime, exemplo, moeda e qualquer outro documento de forma idônea com capacidade de enganar.
b) Pessoal ou ideológica: O vício está na declaração que o objeto material deveria possuir e não possui, a informação é falsa e o objeto, documento ou papel é verdadeiro, falsa é a ideia que ele possui, as informações que ele contém. 
A conduta da falsidade tem que incidir sobre fato juridicamente relevante, ou seja, tem que criar, modificar, extinguir ou perturbar direito. Os crimes de falsidade imitam ou alteram a verdade sobre fato juridicamente relevante e potencialmente lesivo. São crimes dolosos e não admite forma culposa.
Súmula 17 do STJ: "QUANDO O FALSO SE EXAURE NO ESTELIONATO, SEM MAIS POTENCIALIDADE LESIVA, E POR ESTE ABSORVIDO." crimes de falsidade são absorvidos pelo estelionato quando usados para esse fim – crime meio é absorvido pelo crime fim. 
Falsidade de atestado médico: O bem jurídico protegido é a fé pública, particularmente em relação ao atestado medico. Sujeitos do crime: Sujeito ativo é somente o médico, não pode ser enfermeiro, atendente ou estagiário de medicina; crime próprio.

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