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www.tanalousa.com.br SIMULADO- ESTRATÉGIAS DE LEITURA ISABEL SOLÉ 1 - Leia a citação. “Formar leitores autônomos também significa formar leitores capazes de aprender a partir dos textos. Para isso, quem lê deve ser capaz de interrogar-se sobre sua própria compreensão, estabelecer relações entre o que lê e o que faz parte do seu acervo pessoal, questionar seu conhecimento e modificá-lo, estabelecer generalizações que permitam transferir o que foi aprendido para outros contextos diferentes.” (Isabel Solé). É correto dizer que para formar bons leitores, capazes de compreender o que leem, é preciso: (A) ensinar a técnica da leitura. (B) ensinar a decodificação. (C) motivá-los, despertar o gosto da leitura. (D) ajudá-los a relacionarem o seu conhecimento pessoal com o que os textos oferecem. (E) ensinar os significados das palavras. 2 - Numa escola municipal oferecem do primeiro ao quinto ano do Ensino Fundamental, as professoras do quarto e do quinto ano vêm debatendo, nos horários de trabalho pedagógico coletivo, como desenvolver boas estratégias de leitura. Seguindo a orientação da equipe técnica do sistema municipal, leram e discutiram a obra Estratégias de Leitura, escrita por Isabel Solé, que se apoia na perspectiva construtivista. Para essa autora, o ensino da leitura deve compor- se de estratégias que se constituem como: (A) um método com técnicas sequenciadas de leitura, graduadas por dificuldade dos textos, em que o professor oferece modelos de leitura de textos de diferentes tipos. (B) uma estimulação ao esforço pessoal do aluno para ler, com situações de leitura compartilhada de textos do seu interesse, desde que ligados a seu cotidiano de vida. (C) uma ajuda do professor ao aluno, de modo que este possa construir seus aprendizados, tarefa na qual ele é insubstituível e que pode conduzi-lo à autonomia. (D) um apoio, como o parceiro mais experiente, lendo diariamente em voz alta para os alunos textos literários, informativos e científicos de diversas áreas. (E) uma revolução no ensino de leitura, “jogando o aluno na água para que ele aprenda a nadar”, ou seja, inundando-o de textos para que aprenda a ler. Considere a situação que segue para responder à questão nº 3 Alunos egressos do Ensino Fundamental I matricularam-se em uma escola de Ensino Fundamental II, próxima. Os professores que receberam esses alunos encaminharam a seus ex- professores dados de avaliação que revelavam dificuldade de leitura desses estudantes. A avaliação diagnóstica, realizada na escola de Ensino Fundamental II, explicitou que os ex--alunos www.tanalousa.com.br da escola de Ensino Fundamental I decodificavam perfeitamente quaisquer tipos de materiais escritos, mas não conseguiam compreendê-los. Os professores do Fundamental I concordaram que esse problema, expressivo entre os seus ex- alunos, é também explícito entre os seus alunos atuais. Desse modo, revelaram interesse em estudar para superar o problema de ensino-aprendizagem identificado. 3 - A coordenadora pedagógica dessa escola de Ensino Fundamental I propôs à equipe de professores com a qual trabalha um estudo acerca do ensino de estratégias de leitura consideradas em Solé (1998): formular previsões e perguntas sobre o texto lido; esclarecer possíveis dúvidas e resumir as ideias do texto. Após seis meses de utilização de tais estratégias, os professores observaram impacto positivo no desenvolvimento da competência leitora dos alunos. De acordo com Solé (1998), podemos afirmar que tal impacto está relacionado ao fato de que, por meio das estratégias de leitura, o professor ensina aos alunos que: (A) ler é um procedimento, assim é relevante assistirem aos processos/modelos de leitura, verem e entenderem como o professor utiliza tais estratégias, como faz uma interpretação de texto. (B) o resumo é um instrumento de avaliação, assim comprometem-¬se com o estudo da leitura compartilhada em sala de aula, a fim de compreenderem o texto explorado com ajuda do professor. (C) a leitura para simples deleite deve ser secundarizada, em favor dos estudos dos textos didáticos, os quais contêm e promovem o acesso ao conhecimento válido e que será útil para a vida adulta. (D) a complexidade que caracteriza a leitura pode ser enfrentada, pois a professora formula perguntas sobre o texto que os fazem identificar a ordem precisa dos fatos para a elaboração do resumo. (E) durante a leitura e o estudo do texto, também são avaliados, uma vez que o professor pontua positivamente as participações, faz elogios, premia os alunos mais atentos e que acertam as respostas. 4 - Segundo as indicações de Isabel Solé (1998), o professor pode desenvolver boas estratégias durante a leitura de textos com seus alunos, entre elas: (A) antecipações ou criação de expectativas sobre o texto. (B) localização do nome do autor na capa do livro. (C) identificação de referências a outros textos. (D) avaliação das informações ou opiniões emitidas no texto. (E) avaliação crítica do texto. 5 - Em geral, a leitura por prazer associa-se à leitura de literatura. É natural que isso aconteça, pois os textos literários, cada um em seu nível e no nível adequado dos alunos poderão www.tanalousa.com.br “enganchá-los” com maior probabilidade. Entretanto, também é muito frequente que a leitura de um texto literário seja associada ao trabalho sobre esses textos – questionários de comentário de textos, análise da prosa etc. – que, por outro lado, é totalmente necessário. Segundo a autora: a) os textos literários precisam ser fáceis para poderem ser lidos pelos alunos. b) além de propiciarem o prazer de ler, textos literários também são objetos de ensino. c) o prazer da leitura ocorre porque os textos poéticos são mais adequados às crianças. d) é desaconselhável realizar atividades de leitura e escrita sobre textos literários. e) somente textos literários adequados aos alunos poderão resultar em prazer estético. 6 - Solé (1998), com o objetivo de explicitar o que ocorre quando lemos e contribuir para o debate conceitual e prático para o ensino da leitura, aponta que estratégias de leitura acionam atividades cognitivas, mediante algumas questões que deveriam ser lançadas ao leitor, cuja resposta é necessária para poder compreender o que se lê. Assim, as questões “Que tenho que ler? Por que/para que tenho que lê-lo?” nos levam a: (A) ativar e aportar à leitura os conhecimentos prévios relevantes para o conteúdo em questão. (B) dirigir a atenção ao fundamental, bem como ao que pode parecer mais trivial. (C) avaliar a consistência interna do conteúdo expressado pelo texto e sua compatibilidade com o conhecimento prévio. (D) elaborar e provar interferências de diversos tipos, como interpretações, hipóteses, previsões e conclusões. (E) compreender os propósitos implícitos e explícitos da leitura. 7 - Conforme Solé, para o ensino correto de estratégias de compreensão leitora, é preciso considerar que: (A) ler é uma atividade voluntária e prazerosa, por isso professor e alunos devem estar motivados para ensinar e aprender. (B) a leitura é uma atividade competitiva por meio da qual se ganham prêmios ou se sofrem sanções. (C) as situações em que “se trabalha” a leitura e as situações em que simplesmente “se lê” são indistintas do ponto de vista do ensino. (D) didaticamente, a leitura silenciosa, sem a participação do professor, é a forma de proporcionar ao aluno uma atividade que lhe dê prazer. (E) é muito difícil apresentar a leitura como uma atividade que as crianças possam compreender e compartilhar. www.tanalousa.com.br 8 - Para Isabel Solé é necessário ensinar estratégias de leitura para: a) formar leitores proficientes, capazes de decodificar o texto a partir das informações nele explícitas e contribuirpara que os alunos tenham amplos repertórios de estratégias de compreensão leitora. b) formar leitores autônomos, capazes de enfrentar de forma inteligente textos de índole muito diversa e de aprender a partir dos textos, dotando os alunos dos recursos necessários para aprender a aprender. c) formar leitores críticos, capazes de reconhecer os esquemas consagrados de análise das unidades linguísticas na lógica de decodificação e para integrar facilidade e prazer no ato de ler na escola. D) desenvolver hábitos e gosto pela leitura, facilitando o processo de interação texto − leitor e para familiarizar o leitor com os desafios da decodificação do texto escolar e das práticas sociais de leitura. e) que os alunos sejam bem sucedidos em suas leituras utilizando-se da associação de conhecimentos de forma esquematizada e para que a escola ensine a forma correta de ler. 9 - Isabel Solé apresenta três ideias associadas à concepção construtivista que explicam a leitura e as estratégias que a tornam possível. São elas: I. situação educativa como um processo de construção conjunta. II. capacidade argumentativa. III. função de guia atribuída ao professor. IV. autonomia da criança. V. metáfora do andaime. Está correto o que se afirmar APENAS em: a) I, III e IV. b) II, III e IV. c) II, IV e V. d) I, II e V e) I, III e V. 10 - Conforme Solé, é correto afirmar que: a) ensinar a ler exige a observação ativa dos alunos e da própria intervenção, como requisitos para estabelecer situações didáticas homogêneas para a turma toda. b) ensinar a ler é uma questão de compartilhar. Compartilhar objetivos, tarefas, compartilhar os significados construídos em torno deles. Ressalta-se que a responsabilidade é igualmente distribuída e compartilhada entre os atores envolvidos no processo. www.tanalousa.com.br c) refletir e planejar a própria prática em torno da leitura constituem requisitos para otimizá-la. Dessa forma, uma rotina impermeável aos múltiplos fatores e variáveis que intervêm no desenvolvimento das situações educativas garante um bom resultado. d) avaliar a prática pedagógica, no tocante à leitura, como objetivo de modificá-la, compulsivamente, adotando, para isso, renovadas e novas tendências educacionais. e) aprender a ler requer que se ensine a ler. O modelo de leitor oferecido pelo professor e as atividades propostas para o ensino e aprendizagem da leitura são uma necessidade. GABARITO 1 – D 2 – C 3– A 4– C 5– B 6 – E 7– A 8 - B 9 - E 10- E
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