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439760980-Acido-Hialuronico

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4
5
Pró-Reitoria Acadêmica
Escola de Saúde e Medicina
Curso de Biomedicina
Trabalho de Conclusão de Curso
ABORDAGEM PRÁTICA AO USO DE ÁCIDO HIALURÔNICO COMO PREENCHEDOR DÉRMICO ABSORVÍVEL
Brasília - DF
2019
Autor: Camilie Alves de Souza
Orientadora: Msc. Rafaela Ramos
/
CAMILIE ALVES DE SOUZA
ABORDAGEM PRÁTICA AO USO DE ÁCIDO HIALURÔNICO COMO PREENCHEDOR DÉRMICOABSORVÍVEL
Artigo apresentado ao curso de graduação em biomedicina da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Biomedicina
Orientadora: Msc Rafaela Ramos
BRASÍLIA
2019
Projeto de TCC I, de autoria de Júlio Narciso Queiroz Braga, intitulado “O USO DO ÁCIDO HIALURÔNICO COMO PREENCHEDOR DÉRMICO PARA CORREÇÃO DE ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS DECORRENTES DO ENVELHECIMENTO E SEU MANEJOTERAPÊUTICO RELACIONADO AO EDEMA TÁRDIO INTERMITENTE E PERSISTENTE – ETIPE”, apresentado como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Biomedicina da Universidade Católica de Brasília, em (Data), defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:
________________________________________________
Profa. Msc Rafaela Ramos
Orientadora
Curso de Biomedicina - UCB
________________________________________________
Prof. Msc. Fernado Pucci
Curso de Biomedicina - UCB
BRASÍLIA
2019
Sumário	
1	INTRODUÇÃO	4
2	REFEREBNCIA TEÓRICO	5
2.1	Ácido Hialurˆ0nico	5
2.1.1	Mecanismo de ação	6
2.1.2	Uso de AH no mercado estético	7
2.2	COMPLICAÇÕES SECUNDÁRIAS RELALCIONADAS AO USO DO ÁCIDO HIALURÔNICO	9
2.2.1	Classificação	9
2.3	DIAGNÓSTICO	12
2.4	ULTRQSSOM	12
2.5	MANEJO TERAPÊUTICO	13
2.6	PREVENÇÃO	15
3	JUSTIFICATIVA	15
4	OBJETIVOS	16
4.1	Objetivo Geral	16
4.2	Objetivos Específicos	16
5	METODOLOGIA	16
	
	
	0
INTRODUÇÃO
A busca pelo rejuvenescimento, por uma pele mais jovem e saudável, sem a presença de rugas ou manchas, esta busca é o que estimulado as pesquisas na área cosmética, no intuito de compreender os meios encarregados, assim como as mudanças morfo-histológicas provocada no decorrer do processo de envelhecimento cutâneo. (HATZIS, 2004)
 Nos dias de hoje, uma grande variedade de princípios ativos tem sido oferecida, no intuito de atender um público alvo, o que colabora para o avanço de novos tratamentos. Entre esses ativos, pode-se destacar o ácido hialurônico (AH), faz parte da composição natural da pele, entretanto pode ser sintetizado a partir de tecido animal ou fermentação bacteriana, o qual vem sendo usado tanto na área estética como no setor médico, podendo sua finalidade ser diferencia de acordo com a via de administração. Por isso, se faz necessário a busca do entendimento acerca do AH, bem como suas propriedades, aplicações e resultados. (AGOSTINI, 2008)
A grande função do AH é de se ligar à água, tanto na pele quanto nas cartilagens, com a finalidade de manter a tonalidade e elasticidade desses tecidos. O ácido hialurônico pode ser encontrado, ainda, no líquido sinovial, onde sua função de estabelecer suporte protetivo e lubrificante para as células das articulações, no olho, o AH atua como parte natural dos tecidos oculares, como córnea, esclera e corpo vítreo. (FIGUEIRÊDO et al., 2010)
Mediante o manuseio do AH, seus efeitos o profissional deve avaliar cada paciente de acordo com suas peculiaridades antes de qualquer procedimento, deve fazer uma boa anamnese, avaliando fatores alérgicos, bem como uso de medicações, deve verificar ainda os riscos e benefícios, além de discutir o que o paciente deseja para se aplicar o melhor procedimento. (CROCCO, ALVES, ALESSI, 2012)
REFEREBNCIA TEÓRICO
Ácido Hialurˆ0nico
O ácido hialurônico (AH) é um glicosaminoglicano (figura 1), apresentando vestígios de ácido D-glicurônico (GlcUA) e N-acetilglicosamina (GlcNAc). Possui uma massa molar de alguns milhões devido as 50.000 repetições de unidades dissacarídicas básicas, tem capacidade de formar soluções muito viscosas, claras, gerando consistência gelatinosa do humor vítreo nos olhos dos vertebrados (aparência límpida) e com um funcionamento de lubrificante no líquido sinovial das articulações. O AH ao mesmo tempo é um elemento da matriz extracelular de tendões e cartilagens e, aonde auxiliam como um tipo de resistência à elasticidade e tensão, devido à sua influência mútua não covalente com outros elementos da matriz (LEHNINGER, 2014).
Figura 1. Glicosaminoglicano ácido hialurônico.
Fonte: LEHNINGER, 2014.
O AH em um estado sólido terá uma conformação helicoidal simples contendo por volta de 2 a 4 dissacarídeos, sendo assim vai depender dos íons que estarão presentes (como por exemplo H+, Na+, K+, Ca2+, entre outros). Caso seja uma dupla hélice, precisará conter por volta de 4 dissacarídeos tendo uma condição iônica não usual (como por exemplo H+/K+, Rb+, NH4+). Essas estruturas serão estabilizadas por pontes de hidrogênio que então irão unir os resíduos de açúcares adjacentes através das ligações glicosídicas (COWMAN; MATSUOKA, 2005). 
Quando em solução vai apresentar um alto grau de hidratação, uma consistência gelatinosa e uma alta viscosidade por conta de suas características estruturais. Se incorporado a uma solução aquosa neutra irão ocorrer ligações hidrogenicas entre a água, o N-acetil e os grupos carboxila, atribuindo uma capacidade de fixação a água e dureza estrutural, limitando a uma flexibilidade (CHONG et al., 2005). Devido as suas singulares propriedades físicas, vai desempenhar uma função na estrutura e organização da derme, ajudando assim a garantir uma firmeza e flexibilidade da pele (ROCCQUE et al., 2008). A penetração de partículas de AH na derme pode ocorrer através de folículos pilosos, proporcionando uma rota através das macromoléculas de penetração da pele e explicando dessa forma sua localização dérmica (MORAES et al., 2017). 
Mecanismo de ação
Quando apresenta uma baixa viscosidade terá uso em aplicações intradérmicas e para correção das rugas, linhas superficiais e sulcos como mostrada na figura 2 a ação do AH em sua aplicação, os sulcos médios (perda ou redução das fibras elásticas na derme papilar que vão desaparecer ao esticar a pele) e os sulcos profundos (que não irão desaparecer ao esticamento da pele), quando contém uma viscosidade aumentada terá uso como um preenchedor profundo – vascularização (rede dérmica subpapilar) ou supraperiostal (região submucosa junto ao periósteo) – onde conseguira repor os gastos de volume decorrentes das alterações dos músculos, gorduras e ossos, além das rugas, sulcos superficiais e linhas (MONTEIRO, 2010) (BORGES; SCORZA, 2016). 
Figura 2. Ação do AH antes e depois de sua aplicação na pele.
Fonte: https://clinicawulkan.com.br/dermatologia-estetica-2/preenchimentos-acido-hialuronico-restylane-juvederm/.
Apresenta ação lubrificante, proteção contra infecções e características cicatrizantes. Sua diminuição causa um possível ressecamento na pele durante o envelhecimento. É uma substância higroscópica, ou seja, com a habilidade de concentrar umidade do ambiente e se conservar firme na pele, ainda que em ambientes com grande variação de umidade. Possui uma grande capacidade de fixação da água, originando uma extraordinária hidratação na pele (BORGES; SCORZA, 2016).
Uso de AH no mercado estético
A intradermoterapia, conhecida também como mesoterapia, baseia-se em realizações de injeções intradérmicas de substâncias, diretamente na região a ser tratada, podendo administrado diversos tipos de substancias (como vitaminas, ácido hialurônico, enzimas, antioxidantes, entre outros) dependendo do seu mecanismo de ação para tratar a área definida. Existem tratamentos tópicos e cremes para utilização como home care devida a sua baixa penetração das substancias contidas nele, já pela mesoterapia se tem um transporte mais eficaz por ter uma ação direta ao local que vai ser tratado (OLIVEIRA, 2013). Divide-se em Nappage (mais utilizado no couro cabeludo), papular (aplicação na junção dermoepidérmica, tratamento de rugas e alopecias), intradérmica(ideal para o rejuvenescimento facial e consiste na injeção de baixas quantidades das substâncias dentro da epiderme) ou ponto a ponto (o principal uso é para tratar a gordura localizada e consiste em uma única aplicação na derme profunda) (MAYA, 2007).
Deve ser considerado os diversos tipos para a escolha do AH mais apropriado para cada circunstância, analisando além dos atributos químicos, o tempo de reabsorção, o custo para o paciente a obtenção do produto, sua segurança, a baixa imunogenicidade e a compatibilidade biológica (JOHANNEN, 2009). Existe diferentes tipos de densidades sendo necessária a cada uma, uma forma de aplicação, sendo eles, para hidratação da derme (aspecto sem cross-linking), rugas finas superficiais (aspecto com baixa viscosidade com cross-linking - aplicação intradérmica superficial), rugas médias e sulcos (aspecto com aplicação intradérmica superficial), sulcos moderados (aspecto com moderada para alta viscosidade - aplicação intradérmica) e rugas e sulco profundos, aumento de volume (aspecto com alta viscosidade (aplicação subdérmica ou supraperiostal) (FERREIRA, 2016). Os limites da área de aplicação facial (figura 3) estão delimitados pelos pontos que são divididos em 21 pontos, sendo eles frontal (1), temporal (2), glabelar (3), supercílio (4), pálpebra superior (5), pálpebra inferior (6), nasociliar (7), sulco nasojugal (8), sulco palpebral lateral (9), nasal (10), malar (11), zigomática (12), fossa canina (13), sulco nasolabial (14), lábio superior (15), lábio inferior (16), bochecha (17), pré-auricular (18), sulco lábiomentual (19), mentual (20), região mandibular posterior (21) (borda anterior do masseter até o ângulo da mandíbula) e região mandibular anterior (entre o sulco melolabial e a borda anterior do masseter) (TAMURA, 2013). Podendo também ser utilizada em tratamentos como os de disfunções articulares, em cirurgias oftalmológicas e como uma forma de prevenção em aderências causadas por cirurgias abdominais (MORAES, 2017). 
Figura 3. Limites da área de aplicação facial.
Fonte: TAMURA, Bhertha M., 2013.
 Um dos motivos para se aumentar os casos de eventos adversos na aplicação de AH vai estar diretamente ligada as técnicas de injeção, volumes altos, injeção rápida, fluxo rápido e o uso de agulhas em leque (ALMEIDA et al., 2017).
COMPLICAÇÕES SECUNDÁRIAS RELALCIONADAS AO USO DO ÁCIDO HIALURÔNICO
O uso de agulhas com dimensões maiores pode tornar mínimo o trauma e, logo, restringir a taxa de complexidades relacionadas a ele. Um tópico importante a ser abordado no momento da aplicação são os agentes antissépticos prevenindo, dessa forma, uma possível formação de biofilme e contaminação bacteriana. Caso ocorra alguma complicação devido a sua aplicação poderá ser com um início imediato (em ate 24 horas após o uso), início precoce (de 24 horas a 30 dias após o uso) e o de início tardio que ocorre após 30 dias do uso (ALMEIDA et al., 2017).
Classificação
Precoce
A injeção de preenchedor na pele pode causar reações precoces com início entre 24 horas a alguns dias, podendo apresentar reações locais, eritema, edema, injeção superficial do produto, ativação de herpes, infecção, hipersensibilidade aguda, protuberâncias e complicações vasculares (PARADA, et al., 2016).
 Reações locais: incluem inflamação local, hiperemia, sensibilidade e hematomas. É causada principalmente pela velocidade de injeção, pelo calibre da agulha e as propriedades do material.
 Eritema: uma vermelhidão na pele devido a uma vasodilatação dos capilares cutâneos, pode ocorrer caso seja feita uma massagem após a aplicação do preenchedor.
 Edema: acumulo anormal de líquidos no tecido subcutâneo, ou seja, são fluidos dentro dos vasos sanguíneos ou linfáticos que extraviam para a pele. As áreas mais propensas são lábios e região periorbital.
 Injeção superficial do produto: leva ao branqueamento, no caso do AH leva a coloração azulada, no local da injeção (efeito Tyndall). Esse efeito resulta de qualquer vestígio de hemossiderina após uma lesão vascular e/ou distorção visual da luz através da pele causada. A massagem local será uma forma de tratamento.
 Ativação do herpes: ocorre devido ao dano direto causado pela agulha aos axônios, sendo uma resposta inflamatória.
 Infecção: endurecimento, eritema, sensibilidade e prurido. Pode ser imperceptível e quando não tratada pode ocorrer nódulos flutuantes, febre e calafrios.
 Hipersensibilidade aguda: variam de leve vermelhidão até a anafilaxia (bem rara no caso do AH).
 Protuberâncias: excesso de aplicação do AH, injeção superficial, áreas de pele fina (pálpebras) ou migração do produto devido a movimentação muscular (lábios).
 Complicações vasculares: no caso do AH pode apresentar uma isquemia que é o branqueamento transitório (segundos) seguido por um livedo, uma descoloração cianótica, ou hiperemia reativa (minutos), descoloração preta-azulada (10 minutos a horas), formação de bolhas (horas e dias), necrose e ulceração cutânea (dias a semanas).
Tardia
As reações tardias terão um início após algumas semanas ou anos de sua aplicação apresentando nódulos (inflamatórios ou granulomas), infecção, biofilmes e migração de material (PARADA, et al., 2016). Podendo apresentar também ETIP, telangiectasia, neovascularização e cicatrizes (ALMEIDA et al., 2017).
 Nódulos: sendo dividido em inflamatório, onde expõem reações de corpo estranho, infecção, abcesso estéril ou granuloma, e o granuloma, ou seja, uma forma distinta de inflamação crônica que consiste em inflamação nodular, com macrófagos alterados (células epitelioides) e células multinucleadas.
 Infecção: sua manifestação tardia se dá pela aparição de um formigamento seguido de um inchaço exibindo sintomas como nódulos de corpo estranho ou reações de início tardio, nódulos do tipo abscesso e abcessos.
 Biofilme: é uma matriz expelida por bactérias com uma firmeza similar à de uma cola, tendo uma resistente a ações do sistema imune e a antibióticos, desenvolvendo um meio onde outras bactérias conseguem se desenvolver. Quando ele se torna um biofilme-colônia cria uma resistência a antibióticos diminuindo assim o processo de metabolismo e tendo uma proteção a fagocitose. A recorrência da infecção é uma característica típica dos biofilmes. Quando as culturas de microbiológicos de algum tecido infectado com biofilme terá um resultado negativo e devido a isso apresentam um difícil diagnóstico. 
 Migração do material: ocorrer tanto precocemente quanto tardiamente, pode acontecer devido a injeção de um volume excessivo, a uma má técnica, a atividade muscular, propagação linfática e intravascular, a uma massagem da área após a aplicação, a gravidade e induzidos por algum tipo de pressão (no caso de aplicação adicional).
 ETIP: consiste em acontecimentos recorrentes de edema no local da injeção de AH sem proeminência de nódulos palpáveis definidos. Quando observado através do exame ultrassonográfico será possível visualizar o AH em correspondência à área edemaciada, associada a aumento difuso da espessura e da ecogenicidade do tecido celular subcutâneo (paniculite) (CAVALLIERI et al., 2017).
 Telangiectasia: são vasos sanguíneos dilatados na superfície da pele devido a uma série de contrações e descontrações rápidas, esses vasinhos quando dilatam, provocam a telangiectasias apresentando uma coloração mais avermelhada. 
 Neovascularização: é uma formação de vasos sanguíneos anormais podendo acontecer no nervo óptico, na retina, no ângulo irido-corneano (agrupamento da córnea e a esclera, e da íris e o corpo ciliar, tendo a função de produção e drenagem do humor aquoso) ou na íris. 
 Cicatrizes (queloide): é um processo de proliferação fibrosa após trauma, ou seja, é um crescimento anormal do tecido cicatricial formado no local de um traumatismo, corte ou cirurgia de pele (SBD, 2017).
DIAGNÓSTICO
Ao se fornecer uma classificação dos eventos adversos, associados ao AH, de uma forma imediata de sua identificação promove um conhecimento ao seu diagnóstico e ao seu devido tratamento tendo base nas experiênciasclinicas adquiridas. Os achados radiológicos, histológicos, anatômicos, patológicos e imunológicos no paciente irão ajudar na identificação, no diagnóstico e no tratamento das reações adversas relacionados ao AH.
ULTRQSSOM
Usado principalmente como avaliador do material injetado e como avaliador de suas complicações, por ser uma técnica não invasiva se mostrou útil para se ter uma boa visibilidade da diferenciação de camadas da pele, tendo-se um equilíbrio da penetração e resolução da imagem, não causando desconforto ao paciente. O AH na ultrassonografia proporciona uma imagem (figura 4) de estruturas ovaladas ou arredondas, anecoica (preta) e bem definidas, contendo uma semelhança muito grande com os cistos verdadeiros e devido a isso sendo denominados de “pseudocistos” (CAVALLIERI, 2017). 
Figura 4. Deposito do AH no tecido celular subcutâneo (entre as marcações x e +).
Fonte: CAVALLIERI, 2017.
São possíveis aparecimentos de processos inflamatórios e/ou infecciosos, alterações parecidas com algum tipo de necrose no tecido celular subcutâneo e sobrecorreções. A identificação do material de preenchimento, a sua localização, a visualização da vascularidade local com uso de Doppler e a determinação de suas dimensões também são usados para a avaliação de possíveis complicações (CAVALLIERI, 2017).
MANEJO TERAPÊUTICO
A hialuronidase é uma enzima capaz de causar a despolimerização do AH promovendo um tipo de controle sobre o tamanho do polissacarídeo produzido (PAN et al., 2013), hidrolisando as ligações glicosídicas do AH e tornando os tecidos mais aptos à uma infecção bacteriana (LEHNINGER, 2014).
Se administrada por via intravenosa terá uma inativação rápida, se administrada por via subcutânea ocorrera o restabelecimento da barreira dérmica removida em 24 a 48 horas após a aplicação do composto (ALMEIDA, 2017). Utilizado nos eventos adversos com início precoce, sendo eles o tratamento de hipersensibilidade, oclusão vascular, isquemia/necrose, parestesia (sensação de formigamento, coceira e queimação), sobrecorreção/deslocamento e efeito Tyndall, e nos com inicio tardio, são nos tratamentos de edema tardio, ETIP, nódulos, migração, reação granulomatosa, infecção por biofilme (ALMEIDA; SALIBA, 2015).
Existem varias formas de manejo para ser administrada em cada reação adversa. Nas reações locais uma forma de evitar possíveis reações é o uso de cânulas com ponta rompa (figura 5) diminuindo assim traumas intrateciduais, sangramento, hematomas e números de perfurações. Nos eritemas usa-se como forma de tratamento as luzes de LED (Light Emitting Diode) e LIP (luz intensa pulsada). Nos edemas o uso de gelo, elevação da cabeça e anti-histamínicos resolve. Quando se tem uma injeção superficial do produto é indicado uma massagem local, drenagem e incisão, nos casos de uso com AH o uso de hialuronidase se da como opção de tratamento. Caso ocorra uma ativação de herpes, em pessoas com histórico de herpes facial, é indicado o uso de aciclovir três vezes ao dia durante dez dias ou 500mg de valaciclovir duas vezes ao dia durante sete dias, começando dois dias antes do procedimento. Nas infecções será necessário realizar uma cultura microbiológica para a utilização do antibiótico adequado ao seu crescimento. Em casos de hipersensibilidade aguda deve usar anti-histamínicos, anti-inflamatórios não esteroides (Aines), esteroides intralesionais ou sistêmicos, minociclina e hidroxicloroquina. No aparecimento de protuberâncias suas opções de tratamento consistem em drenagem, aspiração ou incisão, no caso de AH deve ser feita uma remoção por injeção da hialuronidase. Nas complicações vasculares as medidas que devem ser tomadas são cânulas rompas (figura 5), injeção lenta da substancia e o uso de baixo volume, pode ser feita uma aspiração prévia à injeção, mas essa técnica não garante a segurança vascular. O aparecimento de nódulos será tratado como uma forma de infecção sendo tratados com antibióticos empíricos, tais como claritromicina 500mg 12/12h e/ou tetraciclina, devendo ser administrados durante período de sete a dez dias, caso não haja melhora o uso da hialuronidase teve sucesso (PARADA, 2016).
Figura 5. Agulha de cânula romba.
Fonte: https://portuguese.alibaba.com/product-detail/disposable-dermal-filler-injection-blunt-cannula-needle-25g-x50mm-micro-cannula-60461416523.html.
PREVENÇÃO
Uma boa avaliação do paciente antes da realização de qualquer procedimento é fundamental não apenas para avaliar suas perspectivas, mas para desempenhar a escolha correta do produto ideal, para definir o plano necessário e para a seleção dos pontos de injeção, sendo também de extrema importância para a avaliação do risco envolvido ao procedimento. Documentação fotográfica precisa ser registrada para uma comparação do antes e depois da paciente determinando uma visualização melhor de acidentais assimetrias e das áreas determinadas. Os custos, os tipos de preenchimentos e o objetivo do paciente devem ser analisados e discutidos antes da realização de qualquer procedimento onde o mesmo irá ler e assinar um termo de consentimento, onde consta a responsabilidade do paciente por riscos de eventuais efeitos indesejados, orientações a serem cumpridas, uso dos produtos estabelecidos para home-care e omissão de possíveis intolerâncias a algo contida nas substâncias dos produtos indicados. (PARADA et al., 2016). 
JUSTIFICATIVA
O uso de AH vem se tornando uma das técnicas mais utilizadas para o rejuvenescimento facial já que apresenta um reestabelecimento de seu volume e uma melhora nas rugas e sulcos faciais podendo ser utilizado tanto em injeções como em cremes, sendo o injetável o mais eficaz para os tratamentos. O envelhecimento cutâneo não pode ser parado, mas com a ajuda da estética e suas técnicas podem ser retardadas a partir de um cuidado eficaz com a pele de forma precoce.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Apresentar, através da literatura científica, uma abordagem prática para prevenção, diagnóstico e manejo terapêutico das complicações secundárias ao uso de ácido hialurônico (AH) como preenchedor dérmico absorvível.
Objetivos Específicos
- Abordar a fisiologia e mecanismo de ação do ácido hialurônico;
- Apresentar as possíveis complicações advindas da manipulação de ácido hialurônico como preenchedor dérmico;
- Apresentar o manejo terapêutico em casos de intercorrência.
- Avaliar o uso da técnica de ultrassonografia para identificação e visualização do ácido hialurônico;
- Benefícios do Ácido Hialurônico no rejuvenescimento facial;
METODOLOGIA
Trata-se de um artigo científico de revisão bibliográfica baseado na abordagem prática para prevenção, diagnóstico e manejo terapêutico das complicações secundárias ao uso de acido hialurônico (AH) como preenchedor dérmico absorvível. A pesquisa se baseou na busca de textos em livros, manuais eletrônicos e busca eletrônica de artigos nas bases de dados dos anos de 2005 a atualidade, sendo utilizados ainda, para elaboração, as bases de dados: Scielo, Lilacs, Pubmed, Bireme, Google acadêmico. As palavras chaves usadas foram anatomia, granuloma, estética, ácido hialurônico, derme, gordura subcutânea, biofilmes, infecção, técnicas cosméticas, agentes de preenchimento dérmico, inflamação; injeções subcutâneas, hyaluronoglucosaminidase, hialuronidase, mesoterapia e skinboster.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGOSTINI, Tatiane; SILVA, Daniela.1Ácido Hialurônico: princípio ativo de produtos cosméticos. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/Tatiane%20Agostini.pdf>. Acesso em: 18 out. 2019.
ALMEIDA, Ada. et al. Diagnóstico e tratamento dos eventos adversos do ácido hialurônico: recomendações de consenso do painel de especialistas da América Latina. São Paulo: 2017. Disponível em: <http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/581/Diagnostico-e-tratamento-dos-eventos-adversos-do-acido-hialuronico--recomendacoes-de-consenso-do-painel-de-especialistas-da-America-Latina>. Acesso em: 30 de setembro de 2019.
ALMEIDA, Ada; SALIBA, Ana Flavia.Hialuronidase na cosmiatria: o que devemos saber?. São Paulo: Surg Cosmet Dermatol, 2015. Disponível em: <http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/414/Hialuronidase-na-cosmiatria--o-que-devemos-saber->. Acesso em: 01 de outubro de 2019.
BORGES, Fábio; SCORZA, Flávia. Terapêutica em estética: conceitos e técnicas. 1a edição. São Paulo: Phorte Editora Ltda, 2016.
CASEMIRO, Renata. Preenchimento com ácido hialurônico na face, possíveis complicações e manejos. Monografia. Disponível em: <https://monografias.brasilescola.uol.com.br/saude/preenchimento-com-acido-hialuronico-na-face-possiveis-complicacoes-manejos.htm#capitulo_4.7.2>. Acesso em: 24 de setembro de 2019.
CAVALLIERI, Fernanda et al. Edema tardio intermitente e persistente ETIP: reação adversa tardia ao preenchedor de ácido hialurônico. Rio de Janeiro: Surg Cosmet Dermatol, 2017. Disponível em: <http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/583/Edema-tardio-intermitente-e-persistente-ETIP--reacao-adversa-tardia-ao-preenchedor-de-acido-hialuronico>. Acesso em: 26 de setembro de 2019.
CHONG, B.F.; BLANK, L. M.; MCLAUGHLIN, R.; NIELSEN, L.K. Microbial hyaluronic acid production. Applied Microbiology and Biotechnology, v.66, n.4, p. 341-351, 2005.
COWMAN, M.K.; MATSUOKA, S. Experimental approaches to hyaluronan structure. Carbohydrate Research, v. 340, p. 791-809, 2005.
CROCCO, E. I.; ALVES, R. O.; ALESSI, C.; Eventos adversos do ácido hialurônico injetável. Surgical Cosmet Dermatol, v. 4, n. 4, p. 259-263, 2012
FERREIRA, Natália. Uso do ácido hialurônico na prevenção do envelhecimento facial. Discente da União das Faculdades dos Grandes Lagos – UNILAGO. São José do Rio Preto, 2016. Disponível em:<https://www.ccecursos.com.br/img/resumos/biomedicina-estetica/tcc---danielle-issis-de-s--e-silva.pdf>. Acesso em: 25 de outubro de 2019.
FIGUEIRÊDO, A.E. S. et al.; Aplicações oftalmológicas do ácido hialurônico. Arq Bras Oftalmo, v73, n. 1, p. 91-95, 2010
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CRONOGRAMA
	Atividade
	JUN
2019
	AGO
2019
	SET
2019
	OUT
2019
	NOV
2019
	DEZ
2019
	FEV
2020
	MAR
2020
	ABR
2020
	MAI
2020
	JUN
2020
	Escolha do tema
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	Elaboração projeto
	
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	Entrega do pré-projeto
	
	
	
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	Entrega TCC 1
	
	
	
	
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	Elaboração pesquisa
	
	
	
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	Correção/Orientação
	
	
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	Entrega TCC 2
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Defesa TCC 2
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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