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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE AMAPÁ/AP
Paulo Las Vegas, brasileiro, casado, funcionário público federal (INSS), portador da cédula de identidade RG nº xxxxx, e inscrito no CPF/MF nº xxxxx, residente e domiciliado na (Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade), (Estado), por seu advogado e bastante procurador que esta subscreve procuração anexa (Doc.), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, impetrar ordem pela expedição de mandados de busca e apreensão e prisão, o que ocorre em razão da prevenção firmada, devendo requerer a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, nos termos do art. 316, do CPP, pois fatos desconhecidos pelo magistrado surgiram, bem como com fundamento nos arts. 314 e 310 parágrafo único, do CPP. 
DOS FATOS
O paciente Paulo Las Vegas, casado e pai de uma criança de 4 anos, considerado arrimo de família, em razão de prover sozinho a subsistência da esposa e da filha. 
Na manhã do dia 10 de maio de 2011 (terça-feira), Paulo Las Vegas foi procurado pela Polícia Civil local em sua residência, sendo-lhe apresentado um mandado de busca e apreensão e outro de prisão preventiva. Informado de que seria alvo de investigação pela morte de seu vizinho, Lucas Califórnia, foi encaminhado preso até a delegacia, tendo sido localizada a faca utilizada no crime no ato do cumprimento dos mandados. Sua causa! Segundo informado pelos policiais, Lucas Califórnia, prefeito da cidade, eleito com 90% dos votos válidos, teria sido morto à facada na noite de quinta-feira (5 de maio de 2011) por Paulo Las Vegas, que praticara o crime de homicídio por motivo fútil (discussão em razão de futebol) e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima. 
Na delegacia, a autoridade policial responsável pela investigação informou a Paulo Las Vegas que, após seu requerimento, o magistrado da 2ª Vara Criminal de Amapá havia expedido mandado de prisão preventiva em seu desfavor, alegando que sua manutenção em liberdade traria grave risco à ordem pública (possibilidade de cometer novos homicídios, em razão do clamor social e da gravidade concreta do crime praticado – homicídio contra prefeito por motivo fútil), pela conveniência da instrução criminal (impossibilitar a destruição de provas) e pela dificuldade de aplicação da lei (haveria risco de fuga), mesmo diante da primariedade e bons antecedentes ostentados por Paulo. O delegado de polícia mencionou, também, que por o inquérito policial possuir caráter inquisitorial, não havendo processo judicial em andamento, a presença de advogado no ato seria facultativa, ou seja, deixou a cargo de Paulo a possibilidade de comunicar-se com algum advogado de sua confiança. Ainda segundo a autoridade policial, Paulo foi avistado por um morador vizinho, cujo nome é Douglas Texas, brigando com Lucas Califórnia e o empurrando para dentro de sua residência, sendo que, desde então, Lucas não mais foi visto por seus familiares. Ainda, o mesmo morador teria informado à polícia que Paulo Las Vegas e Lucas Califórnia discutiram de forma ríspida momentos antes, após encerramento de um jogo de futebol, ocorrido na tarde daquele mesmo dia, vindo o corpo da vítima a ser localizado no dia seguinte, ao lado da residência de Paulo Las Vegas. Diante dos fatos apresentados, desacompanhado de advogado, pois Paulo Las Vegas e seus familiares não dispunham do contato com tal tipo de profissional, acabou confessando ter matado Lucas Califórnia. Como motivação, ele disse ter matado seu vizinho em razão de tê-lo visto, com um estilete em punho, praticando ato libidinoso com sua filha de 4 anos, que se encontrava na porta de casa aguardando a mãe (esposa de Paulo). Informou, ainda, que, ao ver a cena, imediatamente entrou em luta corporal com Lucas e o empurrou para a garagem de sua casa, quando, imbuído de violenta emoção, alcançou uma faca que se encontrava no local e, para salvar sua própria vida, desferiu um golpe no peito de Lucas, que imediatamente veio a óbito. Ato contínuo, muito rapidamente, arrastou o corpo para um lote vago situado ao lado de sua residência, tudo sem que sua esposa visse o ocorrido. Paulo informou ainda que, após os fatos, narrou tudo para sua esposa e que imediatamente levaram a criança para o hospital. Lá, foi constatado pelo médico que ela teria sido violentada sexualmente. Deve ser ressaltada a existência de filmagens e laudo médico, documentos comprobatórios do desempenho de atividade lícita por parte de Paulo.
DAS PRELIMINARES
1- NULIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL.
1.1- Especificamente acerca da característica inquisitorial do inquérito policial, é necessário informar que é direito fundamental do investigado ser assistido por advogado durante qualquer procedimento realizado também na fase do inquérito policial, conforme preconizado no art. 5º, LXIII, da Constituição de 1988. 
2- DO DIREITO
a)-Da revogação da prisão preventiva
Pelos motivos aqui narrados, peço vênia a V.S, para o fato do acusado não possuir antecedentes, o que mostra que o acusado não representa riscos á ordem pública. Além do mesmo obter emprego fixo, possui residência fixa, sem deixar de dizer que, Paulo é o arrimo da família, ou seja, é através dele que é mantido todo os recursos financeiro para o bem estar do pólo familiar.
b)-Deve-se levar em consideração, o estado emocional de Paulo, pai da menor de 4(quatro) anos,ao se deparar com o vizinho, praticando atos libidinosos com sua filha,motivo pelo qual, levou a praticar o crime, movido por um sentimento paterno, e de dever legal de proteção, para proteger sua filha, assim como a Lei transcreve no art. 227,cap da Constituição Federal/88,onde ressalta, que,é dever da família e da sociedade e do Estatuto da Criança, colocá-los a salvo de toda e toda forma de negligência,discriminação,exploração,violência,crueldade e opressão
c)-Da legitimidade de defesa,constantes nos artigos 25 do CP,que o acusado praticou o determinado crime em defesa da menos que por conseguinte é sua filha menor de 4(anos),a mesma não teria como se livrar do agressor se seu o seu pai não estivesse chegado a tempo ao local do crime.Ademais, se o acusado não estive entrado em luta corporal com seu vizinho, talvez essa criança nem estaria viva.
d)- Da ausência dos requisito para decretação da prisão preventiva , catalogado no art.. 312 do CPP. Na falta deste requisito, pode-se haver a suspeissão e a extinção do processo,levando em consideração as circunstâncias aqui relatada, uma vez que o réu não foi devidamente citado.
PEDIDO
Por todo o exposto, requer que seja revogada a prisão preventiva decretada em desfavor de Paulo Las Vegas, com a devida expedição do alvará de soltura. 
Nestes termos
Pede deferimento
Amapá xx de abril de xxxx.
Advogado
OAB

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