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1 PLANO DE NEGÓCIOS DO EMPREENDEDORISMO AO PLANO DE NEGÓCIOS Michele Munhoz Guerrero¹ Flávio Santos Gonçalves² RESUMO Este trabalho apresenta um plano negócio para estabelecer uma empresa. Um plano de negócio bem elaborado é fundamental para o sucesso da nova empresa, pois o empreendedor pode avaliar o novo empreendimento do ponto de vista mercadológico, da concorrência, técnico, do planejamento financeiro, jurídico e organizacional ainda no papel e ao mesmo tempo poder adaptar as exigências do ambiente empresarial. Podem também avaliar a evolução do empreendimento ao longo de sua implantação, para cada um dos aspectos definidos no plano de negócio, o empreendedor poderá comparar o previsto com o realizado, facilitar a obtenção de empréstimos e financiamento junto a instituições financeiras para nova empresa ou para expansão do negócio. Palavra-chave: plano de negócios, planejamento estratégico, empreendedorismo. 1 INTRODUÇÃO Um plano de negócio é um documento que descreve quais os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos serem alcançados ,diminuindo os riscos e as incertezas. Permite identificar e restringir seus erros no papel ,ao invés de cometê-los no mercado. Tem por objetivo contribuir com empreendedor a analisar e estruturar as suas principais ideias e opções quanto a viabilidade da criação de uma empresa. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Conceito de Empreendedorismo 2 O empreendedorismo faz parte da índole brasileira. Segundo estudo publicado pelo jornal americano US Today "Global Entrepreneurship Monitor” o Brasil é considerado o país mais empreendedor do mundo, sendo o brasileiro um empreendedor nato. O termo Empreendedorismo é oriundo da tradução do termo Entrepreneurship, utilizado especificamente para designar os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, enfim, todo o seu universo de atuação. Conforme afirma Dolabela (1999), o empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização. Quando analisamos as várias denominações para o termo empreendedorismo, verificamos que todas elas têm em comum alguns aspectos, que são; Estar sempre à busca de oportunidades; Iniciativa, pro atividade; Persistência; Comprometimento; Saber correr riscos calculados; Saber estabelecer metas; Buscar informações; Planejar e monitorar sistematicamente; Capacidade de persuasão e de formar rede de contatos; Independência e autoconfiança; Ser criativo na solução de problemas; Alta capacidade de análise; Ser otimista e auto motivado; Ser flexível; Saber administrar suas necessidades e frustrações; Manter a autoestima, mesmo em situações de fracasso; Ter prazer em realizar o trabalho e em observar o seu próprio crescimento empresarial; Ser capaz de administrar bem o tempo, e acima de tudo; Conhecer muito bem o ramo que atua. O lado negativo do Empreendedorismo é que os índices de mortalidade das Pequenas e Médias Empresas no Brasil são elevadíssimos: segundo relatório do SEBRAE/SP (2003), o número de empresas que fecham suas portas chega a 31% no primeiro ano de operação, passando para 37% no segundo, 49% no terceiro, 53% no quarto e 60% no quinto ano de operação. Entre as principais razões, destaca-se a falta de preparação do empreendedor para gerenciar com eficiência a sua empresa, insuficiência de capital, além de dificuldades pessoais do candidato a empresário. Em geral, busca-se através do Empreendedorismo desenvolver um projeto acerca de uma oportunidade de mercado percebida, nem sempre com muita clareza, pelo empreendedor em questão. 2.2 Conceito de Planejamento Estratégico 3 A importância da realização do planejamento nas empresas traduz-se na necessidade da organização transcrever idéias sobre uma oportunidade identificada. Para que este planejamento seja realizado com segurança, é necessário que se faça um levantamento e uma análise das informações e previsões que influenciarão na concretização destas idéias. Conforme Oliveira (2004, p. 35), “o planejamento estratégico corresponde ao estabelecimento de um conjunto de providências a serem tomadas pelo executivo para a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado; entretanto, a empresa tem condições e meios de agir sobre variáveis e fatores de modo que possa exercer alguma influência; o planejamento é, ainda, um processo contínuo, um exercício mental que é executado pela empresa independentemente da vontade específica de seus executivos”. Definindo-se o planejamento do negócio, o mercado deverá ser determinado e segmentado, de forma que o esforço de marketing a ser utilizado seja bem dimensionado para ter o impacto correto com o seu respectivo público alvo, o qual já deverá ser determinado durante a pesquisa de mercado. Para analisar o processo de elaboração de estratégia de negócios, Hax e Majluf (2000) sugerem levar em conta os seguintes aspectos: ⌘ Estratégia explícita x implícita: diz respeito ao grau de clareza que a estratégia é comunicada internamente dentro da organização e externamente, aos agentes interessados; ⌘ Processo analítico formal x abordagens comportamentais: discute até que ponto o processo de formação da estratégia pode ser formalizado, baseado em ferramentas analíticas e metodologias ou, por outro lado, ser baseado no comportamento de múltiplos objetivos da organização; ⌘ Estratégia como um padrão de ações passadas x planos futuros: a estratégia moldando exclusivamente a direção futura da organização em oposição a um padrão de ações proveniente de decisões passadas da organização; ⌘ Estratégia deliberada x emergente: a realização segue um curso intencionado de ação ou é identificada em padrões ou consistências observadas em comportamento passados, sejam estes intencionados ou não. 4 Resumindo, o planejamento estratégico é de relevante importância para o sucesso presente e futuro do empreendimento, pois e baseado nele que a empresa buscará atingir seus objetivos e também saberá quais caminhos deverá tomar. Uma empresa sem um planejamento estratégico não terá seus objetivos traçados e consequentemente não saberá claramente qual será o melhor caminho a ser seguido para atingi-los. Num ambiente competitivo pode significar a diferença entre estar no jogo ou estar fora dele, ou seja, falindo. Como diz um ditado chinês “se você não sabe onde pretende chegar, qualquer caminho serve”. De acordo com o SEBRAE/SP (2003), uma das principais razões das pequenas e médias empresas falirem, é a falta de planejamento no negócio antes e durante a gestão do empreendimento. No Brasil isso ocorre principalmente por causa da cultura do imediatismo em detrimento do planejamento de longo-prazo, fato que contribui para o alto índice de mortalidade de empresas. 2.3 Conceito de Plano de Negócios Conforme já comentamos, o Plano de Negócios é a ferramenta que permite planejar em detalhes o novo negócio antes de colocá-lo em prática. Complementando este raciocínio, Dornelas (2012, p. 97) conceitua o Plano de Negócios como uma ferramenta de gestão "que pode e deve ser usada por todo e qualquer empreendedorque queira transformar seu sonho em realidade, seguindo o caminho lógico e racional que se espera de um bom administrador”. Para Dolabela (2008, p. 244), o Plano de Negócios: É um documento que descreve a oportunidade de um negócio: por que a oportunidade existe e por que o empreendedor e sua equipe têm condições de aproveitá-la; como o empreendedor e sua equipe pretendem fazê-lo. É um instrumento de negociação interna e externa para ministrar a interdependência com sócios, empregados, financiadores, incubadoras, clientes, fornecedores, bancos etc. O ideal é que o próprio empreendedor construa o seu Plano de Negócios com as informações que ele coletou (pesquisa de mercado), pois apenas ele tem a visão clara do que realmente deseja. É importante que o empreendedor, ao montar o Plano de Negócios, seja fiel aos dados coletados e realista em relação aos fatores do ambiente, pois somente assim ele terá uma visão precisa sobre a viabilidade ou não do novo negócio. Esta visão precisa vem ao encontro do conceito que Dolabela propõe. Ele descreve que o Plano de Negócios: 5 Mostra todos os detalhes: quem são os empreendedores, qual é o produto/serviço, quais e quantos serão os clientes, qual é o processo tecnológico de produção e vendas, qual a estrutura de gerenciamento, quais as projeções financeiras: fluxo de caixa, receitas, despesas, custos, lucros etc. (DOLABELA, 2008, p. 241). Com todas estas particularidades do negócio colocadas formalmente no papel, fica muito mais fácil para o empreendedor avaliar se, efetivamente, seu negócio é viável ou não. Assim como o empreendedor pode constatar que o seu negócio é viável e altamente rentável, ele pode também descobrir que o negócio é inviável. A inviabilidade pode ser decorrente de diversos fatores, como "obstáculos jurídicos ou legais intransponíveis, que os riscos são incontroláveis ou que a rentabilidade é aleatória ou insuficiente para garantir a sobrevivência do novo negócio” (DOLABELA,2008, p. 241).Os fatores que tornam o negócio inviável devem ser analisados cuidadosamente pelo empreendedor. Talvez um pequeno ajuste em algum detalhe seja suficiente para torná-lo viável. Outras vezes, talvez, será necessário começar do zero. Talvez você esteja pensando: "Investi tanto tempo para escrever meu Plano de Negócios e agora descubro que o negócio não é viável". Isto não é motivo para desanimar. Imagine se você não tivesse gasto este tempo com o planejamento do negócio, pulasse esta etapa para abrir o negócio sem a elaboração do plano. Investiria dinheiro e não obteria retorno. Pense bem: você prefere perder algum tempo com planejamento ou perder dinheiro? Aqui, chegamos a um dos principais motivos pelos quais é importante elaborar o Plano de Negócios, que é a minimização de riscos. Os três fundamentais Motivos da elaboração do plano, apontados por Dolabela (2008), São: 1. Minimização de riscos: o empreendedor pode verificar se o seu projeto é viável em todos os aspectos. 2. Instrumento de comunicação: o empreendedor pode facilmente apresentar seu negócio a outras pessoas, além de deixar claro para ele próprio os detalhes do seu negócio. 3. Exercício da liderança: saber exatamente o que se quer facilita a relação com outras pessoas envolvidas, fomentando o potencial de liderança do empreendedor. 6 Já falamos da importância da minimização de riscos. Não menos importante é o uso do Plano de Negócios para a comunicação da ideia para investidores, sócios ou bancos para a obtenção de recursos para a abertura do negócio. Mesmo após aberto o negócio, o Plano de Negócios não perde sua utilidade. Ele é a ferramenta adequada para comunicar aos colaboradores e parceiros o que a empresa realmente é e onde pretende chegar. Dornelas (2012, p. 97) complementa este conceito citando o Plano de Negócios como a "ferramenta para o empreendedor expor suas ideias em uma linguagem que os leitores do Plano de Negócios entendam e, principalmente, que mostre a viabilidade e probabilidade de sucesso em seu mercado". Por fim, o exercício da liderança será aprimorado com o Plano de Negócios. Quando o indivíduo sabe exatamente o que quer e onde pretende chegar, ele se comunica melhor e facilita o relacionamento com as pessoas que o rodeiam. O Planejamento e a comunicação são habilidades essenciais para um bom líder. Reforçando esta lista de motivos para a escrita de um Plano de Negócios, Dornelas (2012) acrescenta os seguintes pretextos: • Entender e estabelecer o rumo que se pretende seguir. •Verificar a viabilidade do negócio. •Transmitir credibilidade junto a instituições de crédito, investidores, instituições Governamentais, entre outros. • Atrair recursos financeiros. • Encontrar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo. • Assegurar uma comunicação eficaz com o público interno e externo. • Montar a equipe de gestão. • Monitorar o dia a dia, exercer controle e ações corretivas quando necessário. • Gerenciar de maneira eficaz e tomar decisões acertadas. Veja que os últimos itens indicam também a importância do Plano de Negócios depois que a empresa já está em funcionamento. O plano indicará corretamente quais profissionais são necessários contratar e com qual perfil, auxiliando na montagem da equipe. O plano também indica onde queremos chegar. Dessa forma, auxilia no controle do dia a dia, nas ações corretivas que Devem ser tomadas e contribui para uma tomada de decisão mais eficaz. 2.3.1 A importância do Plano de Negócios 7 Segundo SAHLMAN (1998), importante professor da Harvard Business School, pouca área tem atraído tanto interesse e atenção dos homens de negócios nos Estados Unidos como os planos de negócios. Esse tema tem gerado os Estados Unidos inúmeras publicações, que tratam deste tema. No Brasil, começa também a aparecer devido o advento da internet e pela importância que as universidades estão dando ao assunto ao colocar em sua grade curricular disciplinas voltadas ao empreendedorismo empresarial. A elaboração de um Plano de Negócios ou Business Plan é uma etapa fundamental para o empreendedor que deseja criar uma empresa, não somente pela sua utilidade na busca de recursos, mas principalmente, como forma de sistematizar suas ideias e planejar de forma mais eficiente o seu negócio. Um plano de negócios bem feito aumentará muito as chances de sucesso do empreendimento. O Plano de Negócio auxilia o empreendedor encontrar o caminho certo para o futuro da empresa, pois por meio da sua elaboração adquirimos conhecimento suficiente do tipo de negócio, serviços que serão oferecidos, os objetivos perseguidos, quais tipos de clientes serão atingidos, o ambiente do mercado, os preços, a concorrência, os recursos financeiros necessários para abrir ou aumentar negócio bem como suas fontes de financiamento. A existência de um Plano de Negócios reduz a probabilidade de morte precoce do das empresas, uma vez que uma parte dos riscos e as situações operacionais adversas serão previstas no seu processo de elaboração, bem como a elaboração de planos de contingência. Para Salim et al. (2001, p. 127): “É indispensável que a formatação da empresa esteja feita de modo correto: isto quer dizer, que o negócio esteja completamente descrito e que seu funcionamento esteja muito bemcompreendido e, mais que tudo, fique muito bem evidenciado que o mercado vai acolher bem o produto ou o serviço ou a solução da empresa que está sendo imaginada.”. De acordo com SEBRAE/SP (2003), o Plano de Negócio é uma ferramenta fundamental para minimizar os riscos inerentes ao processo do estabelecimento de um novo empreendimento ou da sua ampliação, pois não basta apenas sonhar, deve-se transformar esse sonho em ações reais e mensuráveis para construir um empreendimento, é por meio do Plano de Negócios é que se consegue atingir tal objetivo. O ambiente competitivo no qual as empresas estão inseridas, está sujeito a grandes transformações e repleto de oportunidades e riscos. Para Hampton (1999) é exatamente nesta 8 nova forma de conduzir uma empresa, baseada no aproveitamento das tendências emergentes do ambiente, que surgem as futuras direções da administração de uma empresa, uma vez que a diferença entre reagir a uma ação ou prevê-la pode significar a própria sobrevivência da empresa. É importante ser capaz de conviver e sobreviver neste cenário de instabilidade. Os riscos fazem parte de qualquer atividade e o empreendedor só precisa aprender a administrá-los. Para Quadros (2004) é fundamental que o empreendedor, antes de qualquer coisa, identifique-se com o seu modelo de negócio, pois assim seu grau de comprometimento será substancialmente maior, fazendo com que ele reflita de maneira mais consciente a respeito destes riscos. O empreendedor precisará saber para onde quer ir e o que se deseja fazer realmente. O Plano de Negócios deve ajudar a responder questões importantes relativas ao negócio antes mesmo de seu lançamento, que são: • Quem são as pessoas envolvidas? • Qual é a oportunidade? • Qual o contexto onde estará inserido o negócio? • Quais os riscos? Não são incomuns mudanças profundas no projeto ou até mesmo o abandono da idéia inicial, quando se começa a pesquisar e checar as suposições iniciais para a montagem do Plano de Negócios. É justamente aí que reside o valor de um bom plano, é muito mais fácil modificar negócios que estão apenas no papel do que negócios que já estejam em pleno funcionamento, com o comprometimento de parcela expressiva de seus recursos. O Plano de Negócios pode também levar à conclusão de que o empreendimento deve ser adiado ou suspenso por apresentar alta probabilidade de fracasso. O desenvolvimento do Plano de Negócios permitirá avaliar a viabilidade da implantação do empreendimento. Neste sentido, caso o negócio seja inviável, por motivos econômicos, financeiro, técnico ou de mercado, o empreendedor verificará esta conclusão “no papel” e não na prática, após alguns meses de funcionamento da empresa, quando já investiu todo ou parte do seu capital disponível para o empreendimento. 2.3.2 Etapas para a Elaboração de um Plano de Negócios 9 Sabendo que direção seguir, o empreendedor deve avaliar profundamente os riscos e oportunidades envolvidas na criação de seu negócio. De acordo com Degen (1989), existem basicamente dois tipos distintos de Planos de Negócios: o Plano de Negócios operacional, para ordenamento, análise e viabilidade do empreendimento, e o Plano de Negócios para captar investidores. No primeiro caso, ele representa uma oportunidade única para o empreendedor pensar e analisar o seu negócio de vários ângulos, permitindo uma visão total da operacionalização do negócio. No caso de uma empresa nascente em busca de investidores, o Plano de Negócios tem grande importância tendo em vista que quase sempre, este tipo de documento é requerido por estes possíveis investidores como uma forma de avaliar um novo empreendimento, para só então tomarem a decisão de participar ou não dele. O detalhamento do Plano de Negócios, para Degen (1989), depende do tipo do novo empreendimento. Se o novo negócio basear-se em um novo produto, mercado ou processo, ele precisará ser mais bem explicado do que se estivesse baseado em produtos, mercados ou processos já existentes e bem-sucedidos. 3 Detalhamento da Estrutura 3.1 Capa Na capa, primeira página do seu Plano de Negócios, devem constar alguns dados que identificam a empresa, tais como: nome, endereço, site e endereço de e-mail da empresa, logomarca da empresa, informações sobre os empreendedores, data de elaboração do plano e número da cópia. Veja na figura a seguir como deve ser a apresentação da capa do seu Plano de Negócios. 3.2 Suminário O sumário deve conter o título das seções e subseções do Plano de Negócios e o respectivo número de página. O sumário é bastante importante para que o leitor consiga localizar facilmente a seção de seu interesse, além de deixar o plano organizado, causando boa impressão. Você pode fazer o sumário manualmente ou elaborá-lo automaticamente com o seu editor de textos. Um exemplo de estrutura de sumário é a seguinte: 10 1. Sumário Executivo ...............................................................................................2 2. Aspectos legais......................................................................................................4 3. Análise do mercado..............................................................................................5 4. Plano de marketing ................................................................................................7 4.1 Produtos e serviços.........................................................................................8 4.2 Praça .................................................................................................................9 4.3 Preço.................................................................................................................10 4.4 Propaganda e promoção................................................................................11 5. Plano operacional .................................................................................................12 6. Plano financeiro ....................................................................................................15 7. Plano estratégico...................................................................................................22 8. Anexos....................................................................................................................25 3.3 SUMÁRIO EXECUTIVO O Sumário Executivo é a principal seção do seu Plano de Negócios, pois será a primeira coisa lida pelo seu público-alvo para entender do que trata o seu negócio. Apesar de ser apresentado no início do Plano de Negócios, ele deve ser escrito por último, pois contém informações resumidas sobre o conteúdo das seções do plano. Deve ser objetivo, claro e com informações-chave, não ultrapassando mais do que duas páginas (DORNELAS, 2012). O conteúdo do Sumário Executivo deve ser apresentado em forma de texto corrido, sem subseções, da maneira mais lógica possível. Deve abranger as seguintes informações: • Dados do empreendimento: Nome fantasia, razão social, endereço, forma jurídica, enquadramento tributário, visão, missão e valores. 11 • Visão geral do negócio: breve resumo de cada um dos itens descritos no Plano de Negócios. • Dados dos empreendedores: breve currículo dos idealizadores do negócio, apresentando a formação, cursos específicos, experiência profissional e atribuições. • Recursos: descrever quanto dinheiro é necessáriopara a abertura do negócio, como se dará o retorno do investimento e onde pretende conseguir os recursos necessários. Dornelas (2012) ainda lembra que, ao redigir o Sumário Executivo, este deve ter ênfase no conteúdo que mais interessa ao seu leitor. Se o seu objetivo é conseguir um empréstimo, será importante dar ênfase à parte financeira para justificar como você conseguirá pagar o financiamento. 3.4 ASPECTOS LEGAIS Existem diversos aspectos legais aos quais o empreendedor deve dar extrema atenção antes de abrir o seu negócio. Entre eles, deve decidir a forma jurídica, o enquadramento tributário e a distribuição do capital social. Vamos nos ater, neste material, às formas jurídicas mais comuns para micro e pequenas empresas, pois estas são as empresas mais abertas atualmente e que movimentam a economia de nosso país. O enquadramento tributário também é proposto para micro e pequenas empresas. Vamos detalhar cada um destes aspectos: • Forma jurídica: Conforme o SEBRAE (2013, p. 29), "a forma jurídica determina a maneira pela qual ela será tratada pela lei, assim como o seu relacionamento jurídico com terceiros". As formas jurídicas mais comuns para micro e pequenas empresas são: microempreendedor individual (MEI), empresário individual, empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) e sociedade limitada. Estas formas jurídicas serão detalhadas na Unidade 3 deste material. • Enquadramento tributário: Outro detalhe para o qual o empreendedor deve ficar atento é o enquadramento tributário, que pode ser simples ou normal, para as micro e pequenas empresas. O SEBRAE (2013, p. 31) explica que: 12 O Simples Nacional destina-se às empresas que se beneficiarão da redução e simplificação dos tributos, além do recolhimento de um imposto único. O enquadramento no Simples está sujeito à aprovação da Receita Federal e considera a atividade e a estimativa de faturamento anual da empresa. A Lei também prevê benefícios quanto à desburocratização, acesso ao mercado, ao crédito e à justiça, o estímulo à inovação e à exportação. A Lei enquadra como microempresa (ME) a pessoa jurídica com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360 mil. Se a receita bruta anual for superior a R$ 360 mil e igual ou inferior é R$ 3,6 milhões, ela será classificada como Empresa de Pequeno Porte (EPP). Para as ME e EPP, o Simples Nacional abrange os seguintes tributos e contribuições: IRPJ, CSLL, PIS/PASEP, COFINS, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social Patronal. A Lei também criou o Microempreendedor Individual (MEI), que é a pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário optante pelo Simples Nacional, com receita bruta anual de até R$ 60 mil. O MEI pode ter um empregado e não pode ser sócio ou titular de outra empresa. O recolhimento dos impostos e contribuições é feito em valor fixo mensal, independente da receita bruta. Empresas que não optarem pelo Simples estão sujeitas aos seguintes tributos e contribuições: IRPJ, PIS, COFINS, CSLL, IPI, ICMS, ISS. • Capital social: o capital social é representado por todo o valor investido pelos sócios no negócio, valor o qual você terá em detalhes na análise financeira do negócio, e dividido em quotas, ou seja, o percentual de participação de cada sócio no negócio. • Contrato social: Após definir estes detalhes, é necessário pensar no contrato social da sua empresa. O contrato social tem por objetivo: Formalizar uma sociedade junto ao CNPJ. Com isso, o empreendedor adquire o direito de abrir uma conta corrente jurídica, obter empréstimos, emitir notas fiscais e mais. O registro de uma sociedade exige que os sócios elaborem e registrem o contrato social junto à Junta Comercial de seu estado. Se a sociedade for simples, esse 13 registro é realizado por um Cartório de Registro das Pessoas Físicas (ENDEAVOR,2015) 3.5 Análise de Mercado Deve-se mostrar que se conhece muito bem o mercado consumidor do produto/serviço (através de pesquisas de mercado): como está segmentado, as características do consumidor, análise da concorrência, a participação de mercado do empreendimento e a dos principais concorrentes, os riscos do negócio etc. A análise do mercado envolve pelo menos três dimensões: o mercado consumidor atual e potencial, os fornecedores e os concorrentes atuais e potenciais. Esta análise pressupõe, assim, uma análise da procura e da oferta. Com os resultados obtidos, opte por apresentar dados estatísticos que funcionem como indicadores para a viabilidade do nosso negócio, de acordo com a atuação do mercado. É importante:conhecer o cliente (público alvo);definir o âmbito geográfico de atuação da empresa;identificar os concorrentes;enunciar os pontos fracos e vantagens em relação a eles; estabelecer os fornecedores para dar resposta a todas as necessidades do negócio;delinear a estratégia de marketing. 3.6 Plano de marketing Plano de marketing apresenta como você pretende vender seu produto/serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a demanda. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do produto/serviço para o cliente, política de preços, projeção de vendas, canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade. Destaca ainda a necessidade da interação com os clientes buscando desses respostas para melhoria contínua do mesmo. 3.7 PLANO OPERACIONAL No Plano operacional você deverá desenvolver o layout do seu negócio e projetar a disposição dos espaços e equipamentos e máquinas. Deverá também descrever a necessidade de 14 recursos humanos para o funcionamento do negócio. Por fim, deverá ser detalhada a capacidade produtiva e a projeção de vendas. 3.8 Plano financeiro O Plano financeiro do Plano de Negócios reflete em números tudo o que foi escrito até agora. É para muitos a parte mais difícil, porém é uma das mais importantes, pois aqui iremos descobrir se o nosso negócio é viável financeiramente ou não. Portanto, se você tiver dificuldades e dúvidas, é bom procurar por uma assessoria contábil ou financeira para esta etapa (DORNELAS, 2012). Neste passo você irá definir o investimento total, as receitas, os custos e despesas, montará um demonstrativo de resultados e analisará os indicadores de viabilidade. 3.9 Planejamento Estratégico A secção de planejamento estratégico é onde são definidos os rumos do empreendimento, sua situação atual, suas metas e objetivos de negócio, uma análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats), bem como a descrição da visão e missão do empreendimento. É a base para o desenvolvimento e implantação das demais ações do empreendimento. 3.10 ANEXOS Nos Anexos do seu Plano de Negócios você pode incluir diversos documentos que podem ser úteis para a "venda" do seu negócio. Como exemplos, você pode anexar projetos e plantas, fotos, modelos, regulamentações, modelo de contrato social, fotos dos protótipos dos produtos e/ou de suas embalagens, entre outros que você considerar importantes. 3. METODOLOGIA O presente trabalho sustenta-se em revisão de literatura e foi elaborado a partir de uma pesquisa qualitativa, que “proporciona melhor visão e compreensão do problema”, além de ser “apropriada ao enfrentarmos uma situação de incerteza, como quando os resultados conclusivos diferem das expectativas” (Malhotra, et al, 2005, p. 113). Trata-se também de um estudo de https://pt.m.wikipedia.org/wiki/SWOT 15 caso que utiliza a estrutura de plano de negócios desenvolvido pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) que serviu de parâmetro para a busca de informações acerca do mercado de atuação pretendido bem como para a organização lógica dessas informações. A estrutura proposta pelo SEBRAE é composta pelos seguintes tópicos: Sumário Executivo,Análise de Mercado, Plano de Marketing, Plano Operacional, Plano Financeiro, Construção de Cenários, Avaliação Estratégica e Avaliação do Plano de Negócios. Um estudo de caso deve ser importante, original, eficaz, detalhista, suficiente e seu relato deve ocorrer de maneira atraente (Martins, 2008). Em síntese, deve ser algo inovador que tenha sustentação teórica e dados que comprovem sua proposição, de forma a garantir a veracidade e validade do estudo (Martins, 2008). 4. CONCLUSÃO Vimos nesse trabalho a importância da implantação do plano de negócio, juntamente com o planejamento estratégico, afim de assegurar o sucesso para qualquer tipo de empreendimento com finalidade de atender as necessidades de seu público alvo. Posteriormente, foram analisados os itens que fomentaram a construção do plano de negócios bem como indicadores financeiros que apontaram para a viabilidade da instalação do empreendimento. Dessa forma, fornecer informações que auxiliem a tomada de decisões no planejamento do novo negócio, minimizando as possibilidades de insucesso. A ideia do negócio nasceu da vontade de criar algo que pudesse conciliar benefícios ao meio ambiente e a geração de lucros da empresa tendo por base o conceito de Lavoisier “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Malhotra, et al, 2005, p. 113 Martins, 2008 Empreendedorismo / Adriana Giovanela; Daniele Cristine Maske; Fernando Eduardo Cardoso: UNIASSELVI, 2017. 200 p. 16 DOLABELA, F. Oficina do empreendedor: a metodologia de ensino que ajuda a transformar conhecimento em riqueza. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999. DORNELAS, José C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologias e práticas. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2004. . SEBRAE/PR. Empreendedorismo no Brasil: Relatório Executivo. Curitiba: SEBRAE, 2005 SEBRAE/DF. Fatores Condicionantes e taxa de mortalidade de empresas. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/br/mortalidade_empresas/index.asp> Acessado em: 03 de nov de 2019 . http://www.sebrae.com.br/br/mortalidade_empresas/index.asp http://www.sebrae.com.br/br/mortalidade_empresas/index.asp
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