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O LÚDICO NO ENSINO DA MATEMÁTICA.
ANDRÉIA ANDRÉ DE SOUZA¹
ANGELICA DA SILVA CARVALHO²
RESUMO: Sabemos que a criança apropria-se do mundo por meio das brincadeiras, pois, enquanto brincam várias funções estão sendo desenvolvidas. Diante disso, esse projeto tem como intuito discutir a utilização da ludicidade, através de jogos e brincadeiras, que tem como objetivo promover uma aprendizagem significativa para o ensino da matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Para tanto, foram realizadas pesquisas de caráter bibliográfico com embasamento em diferentes autores, além da pesquisa de diferentes métodos que ajudam no aprendizado da matemática. A escolha por jogos e brincadeiras como tema desta pesquisa se dá por acreditar que dentre as metodologias para o ensino de matemática, esta é a mais acessível para o trabalho do professor.
Palavras-chave: Matemática. Lúdico. Aprendizagem. 
1. INTRODUÇÃO
Sabemos que, a matemática sempre esteve presente na história da humanidade, e vem se tornando uma das principais disciplinas do currículo escolar, visto que essa tem uma significativa função no desenvolvimento dos alunos. Ao ensinar Matemática, o professor não deve fazer com que os discentes somente calculem ou memorizem regras e fórmulas, mas sim deve auxiliar para que esses obtenham habilidades que os ajudem na vida diária. Diante disso, e necessário o incentivo por parte dos professores para buscar diferentes métodos e melhorias nos processos metodológicos.
Esse trabalho tem como intuito apresentar propostas que possibilitem ensinar matemática através de jogos e brincadeiras educativas, de forma lúdica, interativa e socializadora, favorecendo um desenvolvimento integral da criança.
Sobre o lúdico e importante destacar que mesmo se tratando de atividades agradáveis, não se pode entender como somente um passatempo, sem qualquer objetivo, mas como um artifício pedagógico que envolve a brincadeira de modo que atinja os objetivos, pois deve ser visto como base para uma aprendizagem expressiva para o aluno.
Esse trabalho se estrutura em três momentos. No primeiro momento discutiremos sobre o ensino da matemática nos primeiros anos do ensino fundamental. Após trataremos sobre a metodologia utilizada nessa pesquisa. E por fim, discutiremos os resultados apresentados, pois esperamos instrumentalizar os docentes acerca do lúdico no ensino da matemática, além de fundamentar a importância desse ensino fornecendo subsídios aos docentes que poderão ser aplicados em sala de aula.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Entre os anos de 1900 e 1914, surgiu à necessidade de se pensar num ensino de matemática que articulasse, numa única disciplina a aritmética, a álgebra, a geometria, e a trigonometria. Já no Brasil, as ideias de reforma da matemática compactuaram com os ideais da escola nova, que propunha valorizar os processos de aprendizagem e o envolvimento do estudante nas atividades de pesquisa, lúdicas, resoluções de problemas, jogos e experimentos. 
Toledo et.al. (1997) afirma que,
Muitas vezes, os professores de matemática e mesmo o livros didáticos indicam uma nova unidade pela etapa da representação: em primeiro lugar, vem a definição (representação formal do conceito); depois, alguns exemplos; a seguir situações práticas em que se pode aplicar aquele conceito. Esse, acreditamos, é um dos grandes motivos pelos quais os alunos mesmo os de cursos do nível médio, acham que matemática é uma disciplina em que se devem decorar algumas regras e aplicá-las em situações de sala de aula, e que nada tem a ver com a vida prática (TOLEDO e TOLEDO, 1997, p.37).
O estudante, muitas vezes, não consegue entender a matemática que a escola lhe ensina, o que faz com que haja muitas reprovações e defasagem no aprendizado desta disciplina, não conseguindo assim efetivamente ter acesso a esse saber de fundamental importância.
 
De acordo com Santos (2013) 
Acrescentamos como uma dificuldade, a utilização dos recursos, na maioria das vezes, os professores priorizam o uso de quadro, papel e livro didático, por vários motivos. Tais como: o tempo que aulas práticas ocupam ainda mais se for planejado somente como ilustração, sem influência no aprendizado, pode-se pensar que o tempo dispensado as aulas assim, não e prioritário; a dificuldade de acesso a estes ambientes; o conhecimento das ferramentas; e o tempo que o professor deve dispensar para investir em pesquisas e no preparo de aulas com estes recursos. Enfim, diante de tantos obstáculos o ciclo se repete, e o aprendizado continua defasado, em muitos ambientes de ensino (SANTOS, 2013, p.23). 
Para Santos, a deficiência nessa área de aprendizagem acarreta problemas futuros para os alunos em diversas áreas educacionais, fragilizando a construção do seu conhecimento, gerando altos índices de reprovações na disciplina matemática. 
As deficiências no aprendizado acarretam problemas em outros conteúdos que fazem parte do currículo [...]. Também implicando na resolução de problemas de outras áreas de conhecimento, como no estudo dos movimentos ou da intensidade do som, em Física; nos desenvolvimentos de micro-organismos, em Biologia; na análise do grau de acidez de algumas soluções, em Química; na análise da escala Richter, em Geografia; entre outros. (SANTOS, 2013, p.23).
Menon e Silva (2016) afirmam que a intervenção didática no processo de aprendizagem, tendo o professor o papel de mediador da aprendizagem, à proporção que se reconheça a escola como estação de conhecimento, diante disso o professor deve mediar os saberes escolares e comunitários a partir das vivências de ensino/aprendizagem buscando aplicar esses conhecimentos em situações que levem a aprendizagem do aluno. Assim, entende-se o interesse dos professores pelos materiais didáticos e pelos jogos, os jogos, se bem planejados e aproveitados são recursos pedagógicos eficazes para a construção no processo de ensino aprendizagem do conhecimento matemático. 
Segundo Starepravo (2009, p. 19) “os jogos exercem um papel importante na construção de conceitos matemáticos por se constituírem em desafios aos alunos”. Os jogos dever ser usados com o intuito de introduzir, fixar, amadurecer conteúdos e ajudar o aluno a aprofundar o que já trabalhado, sempre interligando os objetivos do jogo com o planejamento adequado, não sendo utilizado unicamente com instrumento recreativos no processo de ensino-aprendizagem, mas necessitam ser aproveitados como facilitadores, ajudando assim para que os bloqueios que os alunos possuem sobre alguns conteúdos matemáticos sejam diminuídos.
Muniz também explicita mais sobre os jogos:
Não se trata aqui de simplesmente utilizar o brincar como instrumento metodológico de identificação desta trama matemática, mas de analisar o brincar como um dos espaços socioculturais que favorecem o cenário em que se desenvolve a trama entre o conhecimento cotidiano e o conhecimento escolar ligados à Matemática. (MUNIZ, 2010, p. 126)
Assim de acordo com Souza et.al. (2013), os jogos não devem ser utilizados para substituir os conteúdos e muito menos deixa-los de lado, mas esses devem ser escolhidos com muita cautela, dependendo do nível da turma e também dos recursos que a escola disponibiliza, pois quando bem utilizado nas aulas de matemática desperta o interesse e ajuda no aprofundamento do conteúdo. 
O professor deve escolher técnicas que exploram todo o potencial do jogo; adaptando as metodologias adequadas para atingir o objetivo, como organizar os grupos de forma que atenta a todos e a selecionar jogos e brincadeiras que sejam adequados ao conteúdo e a faixa etária que se pretende trabalhar. O professor que utiliza como metodologia os jogos e brincadeiras precisa entender que ela deve ser utilizada durante todo o ano letivo, e não somente em alguns momentos ou conteúdos. Cabe ao professor, planeja minuciosamente durante todo o ano letivo as melhores formas de utilizar os jogos e brincadeiras, reformulando quando forem necessárias suas metodologias, ideias e formas de aplicação.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Parao desenvolvimento metodológico da presente pesquisa foram levantados artigos publicados em periódicos científicos brasileiros da área de educação, para tanto utilizamos como base para nossa pesquisa, artigos selecionados através do site de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e em livros específicos do tema selecionado. 
Depois da seleção, os artigos encontrados foram lidos e analisados a fim de identificar quais se aproximavam tema escolhido. Trata-se, portanto, de pesquisa qualitativa e bibliográfica que dá ênfase a interpretações e significados que serão encontrados e atribuídos às elaborações teórico-práticas encontrados nos artigos selecionados (LÜDKE; ANDRÉ, 1986). Desta forma, podemos aproximar conceitos, e chegarmos a um entendimento da importância do lúdico no ensino da matemática. 
Após, a sistematização de conceitos, surgiu a necessidade de uma sistematização da práxis, ou seja, entender como funciona a utilização do lúdico no ensino da matemática para os anos iniciais do ensino fundamental. Diante disso, realizamos uma pesquisa de cunho exploratório com o intuito de compreender com a matemática esta sendo trabalhada nessa etapa da educação, muitas atividades foram encontradas, mas para esse trabalho especificadamente escolhemos uma sequencia de atividades que podem ser desenvolvidas com alunos do anos iniciais do Ensino Fundamental, que apresentaremos a seguir. 
Em um primeiro momento deve-se iniciar uma discussão informal, sobre o que os alunos entendem por frações, e em quais situações eles utilizavam a frações no dia-a-dia. Essa primeira discussão tem como intuito saber o que os alunos já possuem de conhecimento sobre o assunto, é essencial esse momento, pois a partir disso, será elaborado os próximos passos, bem como se descobrirá em quais tópicos deve-se focar mais. 
Em um segundo passo, trabalha-se a história das frações para tanto, deve- se utilizar como forma lúdica a apresentação de um filme, sobre História da Matemática, produzido pela Disney em 1959, com o titulo de: “Donald no País da Matemágica”.
Após assistir, o filme, questiona-se aos alunos sobre:
1. O que eles entenderam.
2. Qual foi a parte que eles mais gostaram e por quê?
3. O que era matemática?
4. Frações poderiam ser consideradas números?
Após esses questionamentos, deve-se trabalhar com conceitos teóricos sobre frações baseados no livro didático. 
Por conseguinte, pode-se utilizar uma pizza para trabalhar o conceito de frações, os alunos dividirão em equipes, e cada equipe receberá uma pizza, eles deverão dividi-la conforme o solicitado, o professor pode solicitar a divisão em 2/2, depois em 4/4, após em 8/8, depois pedi para que colasse, em prato, 3/4, 6/8, e por fim que cada aluno pegue uma porção para si. Com isso, a turma ampliou os estudos referentes ao conteúdo de frações com as pizzas, onde os alunos podem vivenciar e dar significado aos conceitos construídos ao longo das aulas, além de experimentarem uma deliciosa maneira de aprender matemática.
Fonte: Matemática para Crianças. Pizza numérica. https://certus.com.br/blog/2018/matematica-para-criancas-pizza-numerica/. 2018.
Para finalizar o conteúdo pode-se utilizar o dominó de frações, que tem por objetivo fixar o conteúdo apresentado em sala de aula, desenvolver o raciocínio lógico-matemático e estratégias de jogo. As 28 peças que compõem o jogo podem ser confeccionadas pelos próprios alunos, basta cortar as peças em retângulos iguais e substituir os números de um dominó comum por frações (GABBARDO et al., 2004). 
 Fonte: Jogos pedagógicos. http://bisbilhotarte.blogspot.com/p/jogos.html. 2018.
O objetivo desse jogo é analisar se o aluno consegue relacionar a apresentação numérica das frações com a sua forma geométrica. Desenvolve na criança também a noção de espaço e a concentração, já que ela deve estar atenta às peças que estejam sendo utilizadas para atingir seu objetivo (GABBARDO et al., 2004).
 Fonte: Jogos pedagógicos. http://bisbilhotarte.blogspot.com/p/jogos.html. 2018.
Essas habilidades se desenvolvem porque quando o aluno joga, ele se depara com a necessidade de resolver problemas, investigar e descobrir a melhor jogada, refletir e analisar as regras, estabelecendo relações entre os elementos do jogo e os conceitos matemáticos. O jogo possibilita uma forma de prazer e aprendizagem significativa durante as aulas de matemática (SMOLE et al. 2007). Os jogos despertam o interesse do aluno em aprender, instigam o desenvolvimento de estratégias em busca da resolução do problema. 
Com base nesses argumentos, podem ser apresentados alguns jogos matemáticos relacionados às frações que ajudaram os alunos a terem uma melhor compreensão sobre o tema. Há uma diversidade de materiais elaborados com a finalidade de melhorar a aprendizagem do indivíduo sendo cabível o uso desses materiais para enriquecer as aulas de matemática, objetivando estimular a criatividade dos alunos e tornarem-se menos exaustivas. Como, por exemplo, os materiais tangram, material dourado, material cuisenare, blocos lógicos, ábaco dentre outros, desenvolvendo atividades utilizando esses materiais que foram confeccionados de papel e cartolina. Sendo construídos na própria sala de aula e com a participação dos alunos.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Matemática é vista por muitos como uma disciplina pronta e acabada, sem espaço para a criatividade. O que acaba gerando por parte dos alunos uma aversão aos conteúdos matemáticos, pois esses já tem uma ideia formulada que esse é algo difícil, ou até mesmo distante da realidade e sem utilidades. Assim, o papel do professor, e fazer com que a ideia de que a matemática é para poucos seja tirada abolida, e demostrar que todos têm a competência para aprende-la e ainda explorar o lúdico. 
O lúdico no ensino da matemática possibilita uma aprendizagem expressiva durante toda a caminhada escolar, pois esse estímulo é fundamental para o desenvolvimento da criança como um todo. Os jogos, as brincadeiras, as atividades lúdicas despertam o interesse, o movimento e a criatividade das mesmas.
De acordo com Borin (1996) 
[...] a introdução de jogos nas aulas de Matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem. (BORIN, 1996, p. 9)
Sobre o lúdico e importante destacar que mesmo se tratando de atividades agradáveis, não se pode entender como somente um passatempo, sem qualquer objetivo, mas como um artifício pedagógico que envolve a brincadeira de modo que atinja os objetivos, pois deve ser visto como base para uma aprendizagem expressiva para o aluno.
 Os jogos genuinamente didáticos (jogos reais e não exercícios pré-escolares) nada mais são que um certo número de operações preparatórias envolvidas no objetivo do brinquedo. Por conseguinte, eles só se tornam possíveis pela primeira vez quando surgem, em geral, os jogos com objetivos. (...) A aprendizagem não surge, de modo algum, diretamente da brincadeira; o surgimento desse tipo de atividade é determinado por todo o desenvolvimento psíquico anterior da criança (LEONTIEV, 1988, p. 140).
Leontiev (1988), ainda destaca:
Assim, para analisar a atividade lúdica concreta da criança é necessário penetrar sua psicologia verdadeira, no sentido que o jogo tem para a criança, e não, simplesmente, arrolar os jogos a que ela se dedica. Só assim o desenvolvimento do brinquedo surge para nós em seu verdadeiro conteúdo interior (LEONTIEV, 1988, p. 142).
As atividades lúdicas são de suma importância para o desenvolvimento afetivo, social, cognitivo, nas relações com o outro, com o meio, no processo de aprendizagem do aluno e na corporeidade. 
Se os professores utilizassem o jogo como uma atividadevoluntária, à qual não se pode obrigar ninguém, e considerassem o lúdico como um recurso associado à motivação, talvez o exercício ou a tarefa se tornassem mais desafiantes, provocadores de curiosidade, e o dever de casa fosse percebido como um prazer de casa, permitindo maior envolvimento e compromisso com o desafio do conhecimento da realidade, de si mesmo e do outro, facilitando o aprender a aprender. (EMERIQUE,1999, p.190)
Ao brincar ou jogar o aluno se entrega como um todo, e expressa por meio do seu corpo seus medos, suas angústias, ansiedades e frustrações. A brincadeira é ressaltada por Carvalho (2016) como uma forma de observação que pode acontecer de duas maneiras; uma observando as atitudes da criança enquanto a mesma brinca, oferecendo brinquedos diferentes, e a outra forma é a interação dessa criança com as demais. 
Outra forma que a brincadeira pode ser analisada é como a criança resolverá problemática, como é o desenvolvimento motor, a sua comunicação com as outras crianças. Por meio das atividades lúdicas o aluno começa a relacionar os conteúdos desenvolvidos com a realidade, pois tem a probabilidade de assimilar soluções que utilizaram para resolver os problemas do jogo e das atividades lúdicas com os problemas enfrentados e presenciados cotidianamente.
Por meio da atividade lúdica o aluno aprimora sua criatividade, onde o mundo imaginado na atividade torna-se um mundo de descobertas, alegrias, medos, entre outros. A atividade lúdica torna-se real, pois ele é quem dá vida ao imaginado. Ainda na visão de Borin (1996), à medida que os alunos vão jogando, estes percebem que o jogo não tem apenas o caráter lúdico e que deve ser levado a sério e não encarado como brincadeira.
Acreditamos assim, que o ensino de matemática não pode continuar sendo realizado com seu método tradicional, apenas repassando conteúdo de maneira metódica, pois se os alunos não conseguem aplicar os conhecimentos ensinados na escola em sua vida em sociedade, o ensino torna-se inútil. Ao utilizar os jogos em sala de aula, esse deve ser usada de maneira consciente e compromissada, com o objetivo de melhorar a situação que se encontra o ensino/aprendizagem de matemática. 
REFERÊNCIAS
BORIN,J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de matemática. São Paulo: IME-USP; 1996.
CARVALHO, M.C. A importância do brincar na construção de conhecimentos de crianças na pré-escola. UFP. Defesa de Mestrado. 2016. Disponível em https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/6928/1/DM_Marianne%20de%20Carvalho.pdf. Acesso 12/04/2020.
DIENES, Z. P. As seis etapas do processo de aprendizagem em matemática. 1ª Reimpressão. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária Ltda. 1975
EMERIQUE, P. S. Isto e aquilo: jogo e “ensinagem” matemática. In: BICUDO, M. A. V. Pesquisa em educação matemática: concepções e perspectivas. São Paulo: UNESP. p.185-198, 1999.
LEONTIEV, A. N. Uma contribuição à teoria do desenvolvimento da psique infantil. São Paulo: Ícone, 1988
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. de. Pesquisa em educação: abordagens Qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. 
MENON, L.A.; SILVA, K.B.R. Os Jogos No Ensino Da Matemática – Entre O Educativo E O Lúdico. In. Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE. Paraná. 2016. Disponível em http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_artigo_mat_unicentro_lucimariantoneli.pdf. Acesso 13/04/2020. 
MUNIZ, C. A. Brincar e jogar: enlaces teóricos e metodológicos no campo da educação matemática. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.
SANTOS, M. R. Uma Abordagem para o Ensino de Funções no Ensino Médio. 65 f. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de Sergipe, 2013.
SOUZA, A. F.; et.al. Jogos e brincadeiras no ensino da matemática: partilha de experiências em sala de aula no ensino superior. EDUCERE. PUC. 2013. 
STAREPRAVO, A. R. Mundo das ideias: jogando com a matemática, números e operações. Curitiba: Aymará, 2009.
TOLEDO, Marília. TOLEDO, Mauro. Didática da matemática: com a construção da Matemática. São Paulo: FTD, 1997.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
¹ Acadêmica do curso de Pedagogia. 
² Tutor externo.
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI- Curso Pedagogia. Turma Flex 0657-Prática Oficinas Pedagógicas– 17/04/2020.

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