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11 - METODOLOGIA CIENTÍFICA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

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128 MTC – Profª. Me. Sandra Villarinho – Aula: 12 - SEMANA: 21-28/04 - APOSTILA: 11 
 
 
11 METODOLOGIA CIENTÍFICA: CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO 
 
Nessa unidade estudaremos o conceito de Ciência para facilitar a compreensão de que Metodologia 
Científica é a disciplina que "estuda os caminhos do saber", entendendo que "método" representa caminho, "logia" 
significa estudo e "ciência", saber. 
 
11.1 Definição de ciência? 
 
O homem sentiu a necessidade de saber o porquê dos acontecimentos e que, dessa forma, surgiu a 
ciência (LAKATOS; MARCONI, 2010). A ciência demonstra que é capaz de fornecer respostas dignas de confiança 
sujeitas a críticas; é uma forma de entender, compreender os fenômenos que ocorrem. Na verdade, a ciência é 
constituída pela observação sistemática dos fatos; por intermédio da análise e da experimentação, extraímos 
resultados que passam a ser avaliados universalmente. 
Para entender melhor esse conceito, é preciso compreender o que é ciência. Etimologicamente, ciência 
significa conhecimento. Desde os primórdios da humanidade, a preocupação em conhecer e explicar a natureza é 
uma constante. Ao analisar a palavra francesa para “conhecer”, tem-se connaissance, que significa nascer 
(naissance) com (con), logo se conclui que o conhecimento é passado de geração para geração, tornando-se parte 
da cultura e da história de uma sociedade. 
O homem, valendo-se de suas capacidades, procura conhecer o mundo que o rodeia. Ao longo dos 
séculos, vem desenvolvendo sistemas mais ou menos elaborados que lhe permite conhecer a natureza das coisas e 
o comportamento das pessoas. A necessidade de obtenção de conhecimentos mais seguros fez desenvolver-se a 
CIÊNCIA. Há, entretanto, conhecimentos que não pertencem à ciência. 
A ciência não é então o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade. Um mesmo objeto ou 
fenômeno pode ser observado tanto pelo cientista/pesquisador quanto pelo homem comum, o que leva um ao 
conhecimento científico e outro ao popular (conhecimento empíirico) é a forma de OBSERVAÇÃO. 
Dessa forma, a busca pelo entendimento de si e do mundo ao seu redor, levou o homem a trilhar caminhos 
variados, que ao longo dos anos constituíram um vasto leque de informações que acabaram por constituir as 
diretrizes de várias sociedades. Há várias vertentes de conhecimento, desde o mais informal até o acadêmico. 
Dependendo da forma como se comporta o sujeito, apresentam-se os principais tipos básicos de conhecimento: 
empírico, teológico/religioso, filosófico e científico. Como pode ser observado no modelo ilustrativo a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
129 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: DIANA, Juliana. Qual a diferença entre conhecimento empírico, científico, filosófico e teológico? Disponível em: 
https://www.diferenca.com/conhecimento-empirico-cientifico-filosofico-e-teologico/. Acesso em: 24 set. 2019. 
 
 
11.1.1 Tipos de conhecimento 
 
Para melhor compreensão dos tipos de conhecimento, torna-se necessário definir as suas principais 
características: 
1. CONHECIMENTO EMPÍRICO - O conhecimento empírico é, dentre os tipos de conhecimento, o do senso 
comum. Ou seja, é o conhecimento popular, do cotidiano, no dia a dia. É o conhecimento que decorre 
da natureza do comportamento. Ele é eventual e subjetivo, ou seja, acontece por acaso e é baseado na 
experiência pessoal. Vem sendo praticado desde os primórdios da humanidade. Não questiona o porquê 
das coisas e é entendido como superficial. 
É um conhecimento superficial, onde o individuo, por exemplo, sabe que nuvens escuras é sinal 
de mau tempo, contudo não tem ideia da dinâmica das massas de ar, da umidade atmosférica ou qualquer 
outro principio da climatologia. 
Exemplo: 
 A chave está emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a porta, acabamos por 
descobrir (conhecer) um jeitinho de girar a chave sem emperrar. 
 
 
2. CONHECIMENTO TEOLÓGICO/RELIGIOSO - conhecimento relacionado ao misticismo, a fé, ao divino, ou 
seja, à existência de um Deus, seja ele Sol, a Lua, Jesus, Maomé, Buda, ou qualquer outro que representa 
uma autoridade suprema. 
O conhecimento teológico, de forma geral, encontra seu ápice respondendo aquilo que a ciência 
não consegue responder, visto que ele é incontestável, já que se baseia na certeza de um ser supremo 
(fé). 
Os conhecimentos de verdades teológicas estão registrados em livros sagrados, que não 
seguem critérios científicos de verificação e são revelados por profetas, santos, que estão acima de 
qualquer contestação por receberem tais ensinamentos diretamente de um Deus. 
 
 
130 
HIPÓTESE: é a 
suposição de 
algo provável e 
possível de ser 
verificado a fim 
de que possa 
ser extraída 
uma conclusão. 
É todo um 
conjunto de 
condições que 
se toma como 
ponto de partida 
para elaborar o 
raciocínio. 
Exemplos: 
 Acreditar que alguém foi curado por um milagre; 
 Acreditar em Duende; 
 Acreditar em reencarnação; 
 Acreditar em espírito. 
 
3. CONHECIMENTO FILOSÓFICO - a palavra filosofia surgiu com Pitágoras por meio da união dos 
vocábulos PHILOS (amigos) + SOPHIA (sabedoria) (RUIZ, 1996, p.111). Os primeiros relatos do 
pensamento filosófico datam do século VI a.C., na Ásia e na Grécia Antiga. 
A filosofia é um tipo de saber que procura desenvolver no indivíduo a capacidade de raciocínio 
lógico e de reflexão crítica, sem delimitar com exatidão o objeto de estudo. Dessa forma, o conhecimento 
filosófico não pode ser verificável, o que o torna sob certo ponto de vista, infalível e exato. 
Apesar da filosofia não ter aplicação direta da realidade, existe uma profunda interdependência 
entre ela e os demais níveis de conhecimento. Essa relação deriva do FATO que o conhecimento filosófico 
conduz a elaboração de PRINCÍPIOS UNIVERSAIS, que fundamentam os demais, enquanto se vale das 
informações empíricas, teológicas ou científicas para prosseguir na sua evolução. É um tipo de 
conhecimento pouco praticado nos dias de hoje. 
Exemplo: 
 "O homem é a ponte entre o animal e o além-homem". (Friedrich Nietzsche). 
 
4. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - a ciência é uma necessidade do ser humano que se manifesta 
desde a infância. É por meio dela que o homem busca o constante aperfeiçoamento e a 
compreensão do mundo que o rodeia por meio de ações sistemáticas, analíticas e críticas. 
Ao contrário do empirismo superficial, o conhecimento científico busca a explicação 
profunda do fenômeno e suas interrelações com o meio. Principais características do 
conhecimento científico: 
 Real ou Factual: lida com ocorrências ou fatos; 
 Contingente: proposições e hipóteses têm sua veracidade ou falsidade conhecida 
através da experimentação e não apenas pela razão; 
 Sistemático: saber ordenado logicamente, formando um sistema 
de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos ou desconexos, como é o 
caso do conhecimento popular; 
 Verificabilidade: as afirmações (hipóteses) 
que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência; 
 Falível: não é definitivo, absoluto ou final; 
 Aproximadamente exato: pode-se reformular a teoria existente 
em novos estudos. 
Exemplos: 
 Descobrir uma vacina que evite uma doença; 
 Descobrir como se dá a respiração dos batráquios. 
 O estudo de células-tronco embrionárias humanas em pesquisa científica. 
 
 
131 
 
SÍNTESE DOS TIPOS DE CONHECIMENTO 
 
 
EMPÍRICO 
 
CIENTÍFICO 
 
FILOSÓFICO 
 
TEOLÓGICO 
 
 
O QUE É? 
Esse tipo de 
conhecimento surge 
a partir da interação 
do ser humano com o 
ambiente que o 
rodeia. 
Engloba informações e 
fatos que foram 
comprovados, tendo 
como base análises e 
testes científicos. 
É o conhecimento que 
surge das reflexões 
que o homem faz 
sobre as questões 
imateriais e 
subjetivas. 
Acredita que a fé 
religiosa possuia 
verdade absoluta e 
apresenta todas as 
explicações para os 
mistérios. 
 
VALOR 
Valorativo, apoiando-
se nas experiências 
pessoais. 
Factual, lida com fatos 
e ocorrências. 
Valorativo, pois lida 
com hipóteses que não 
podem ser 
observadas. 
Valorativo, apoiando-se 
nas doutrinas sagradas. 
VERIFICAÇÃO É verificável. É verificável. Não é verificável. Não é verificável. 
EXATIDÃO Falível e inexato. Falível e 
aproximadamente 
exato. 
Infalível e exato. Infalível e exato. 
SISTEMA Assistemático, pois é 
organizado com 
bases nas 
experiências de um 
sujeito, e não em um 
estudo para observar 
o fenômeno. 
Sistemático, pois é um 
saber ordenado 
logicamente. 
É sistemático, pois 
busca uma coerência 
com a realidade. 
Conhecimento 
sistemático do mundo. 
Fonte: DIANA, Juliana. Qual a diferença entre conhecimento empírico, científico, filosófico e teológico? Disponível em: https://www.diferenca.com/conhecimento-empirico-cientifico-
filosofico-e-teologico/. Acesso em: 24 set. 2019. 
 
 
11.1.2 O que diferencia o conhecimento empírico do conhecimento científico 
 
Analisandob os dois tipos principais de conhecimento: EMPÍRICO e o CIENTÍFICO. O primeiro, 
empírico, transmitido de geração em geração por meio da educação informal e baseado em imitação e experiência 
pessoal. 
O conhecimento popular é o modo comum, corrente 
e espontâneo de conhecer, que se adquire no trato direto com 
as coisas e os seres humanos: é o saber que preenche a vida 
diária e que se possui sem o haver procurado ou estudado, 
sem a aplicação de um método e sem se haver refletido sobre 
algo. Portanto é empírico e desprovido de conhecimento 
científico. É superficial (aparência), sensitivo (vivência) 
subjetivo, assistemático (não tem uma sistematização de 
ideias e um processo lógico) e acrítico. 
O segundo, científico, é transmitido por intermédio 
de treinamento obtido de forma racional conduzido por meio de procedimentos científicos. É, portanto, formal, 
tratando de entidades ideais e de suas relações. O conhecimento científico é o aperfeiçoamento do conhecimento 
comum e ordinário e é obtido através de um procedimento metódico; o qual mobiliza explicações rigorosas 
e/ou plausíveis sobre o que se afirma sobre um objeto ou realidade. 
 
 
132 
O conhecimento empírico diferencia-se do conhecimento científico mais no que se refere ao contexto 
metodológico (forma, modo ou método) do que em relação ao seu conteúdo (veracidade e natureza do objeto 
conhecido). 
 
11.2 Conceito de método 
 
A ciência tem como objetivo fundamental chegar à veracidade dos fatos. Sua característica 
fundamental é a VERIFICABILIDADE. Para que um conhecimento possa ser considerado científico, torna-
se necessário identificar as operações mentais e técnicas que possibilitam a sua verificação. Ou em outras 
palavras, determinar o método que possibilitou chegar a esse conhecimento. 
A palavra método é de origem grega e significa o conjunto das atividades sistemáticas e 
racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo - conhecimentos válidos e 
verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. 
Resumindo: método é o traçado fundamental do caminho a percorrer na pesquisa científica. 
 
11.2.1 Qual a importância do método? 
 
 O método confere segurança e é fator de economia na pesquisa, no estudo, na aprendizagem. 
Estabelecido e aprimorado pela contribuição cumulativa dos antepassados, não pode ser ignorado hoje, 
em seus delineamentos, sob pena de insucesso. O método é um extraordinário instrumento de trabalho 
que ajuda, mas não substitui por si só o talento do pesquisador. 
Muitos pensadores do passado manifestaram a aspiração de definir um método universal, 
aplicável a todos os ramos do conhecimento. Hoje, porém, os cientistas e os filósofos da ciência preferem 
falar numa diversidade de métodos, que são determinados pelo tipo de objeto a investigar e pela classe de 
proposições a descobrir. Considerando-se esse grande número de métodos científicos, surge o interesse 
em classificá-los. Vários sistemas de classificação podem ser adotados. No quadro a seguir apresenta-se 
a Evolução Histórica do Conhecimento Científico: 
AUTOR ÉPOCA FEITOS 
Pitágoras 585-? a.C. Funda ordem que praticava ciência e religião, com destaque para a matemática e a música. 
Sócrates 470-399 a.C. Desenvolve o idealismo e o Método socrático. 
Platão 427-347 a.C. Funda a Academia, ressaltando a importância de sobrepor-se às sensações para chegar às 
ideias. 
Aristóteles 384-322 a.C. Cria a Filosofia Empírica, contestando Platão e dando prevalência ao que é concreto e ao 
método da observação. 
Ptolomeu 90-168 Estabelece a teoria do Geocentrismo. 
Copérnico 1473-1543 Estabelece o Heliocentrismo. 
Bacon 1561-1626 Fundamenta o método Indutivo, privilegia a observação como forma de chegar ao 
conhecimento. 
Galileu 1564-1642 Defende o Heliocentrismo e funda o Método Experimental. 
Kepler 1571-1628 Estabelece as Leis do movimento planetário. 
Descartes 1596-1650 Cria a Geometria Analítica e o Método Racional. 
Newton 1642-1727 Estabelece a Lei da Atração Universal e cria o Cálculo Diferencial e Integral. 
 
 
133 
11.2.2 Método científico 
 
A pesquisa busca descobrir respostas para 
questões do problema e/ou fenômeno investigado, 
mediante a aplicação de métodos científicos. A 
pesquisa sempre parte de um tipo de problema, de 
uma interrogação. Dessa maneira, ela vai responder 
às necessidades de conhecimento de certo problema 
ou fenômeno. Várias hipóteses são levantadas e a 
pesquisa pode invalidar ou confirmar as mesmas. Os 
planos de pesquisa variam de acordo com a sua 
finalidade. 
 
Toda pesquisa deve basear-se em uma 
teoria, que serve como ponto de partida para a 
investigação bem sucedida de um PROBLEMA. A 
teoria, sendo instrumento da ciência, é utilizada para 
conceituar os tipos de dados a serem analisados. Para ser válida, deve apoiar-se em fatos observados (no 
modelo ilustrativo do Aprendizado Científico encontra-se as etapas desse processo), resultantes da 
pesquisa. Pode-se dizer que o Método (singular) caracteriza-se por uma abordagem mais ampla, em nível 
de abstração mais elevado dos fenômenos da natureza e da sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Utiliza-se a palavra MÉTODO para significar o traçado das etapas fundamentais da pesquisa, 
enquanto a palavra TÉCNICA significa os diversos procedimentos ou a utilização de diversos 
recursos peculiares a cada objeto de pesquisa, dentro das diversas etapas do método. A técnica é a 
 
 
134 
instrumentação específica da ação, e o método mais geral, mais amplo, menos específico. Por isso, 
dentro das linhas gerais do método, as técnicas variam muito e se alteram e progridem de acordo com o 
progresso tecnológico. Os principais métodos são: Dedutivo; Indutivo; Hipotético-dedutivo; Dialético; 
Experimentação; Diferença. 
 
SÍNTESE DOS PRINCIPAIS CONCEITOS ABORDADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11.2.2.1 Principais métodos 
 
Os principais métodos são: Dedutivo; Indutivo; Hipotético-dedutivo; Dialético; Experimentação; 
Diferença. 
1 MÉTODO DEDUTIVO: Proposto por DESCARTES (séc. XVII), SPINOZA e LEIBNIZ, pressupõe que só a 
razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. Tem por objetivo explicar o conteúdo das premissas 
que, quando verdadeiras, levarão inevitavelmente a conclusões verdadeiras, visto que, por meio de uma 
cadeia de raciocínio em ordem decrescente, de analise do geral para o particular, chega-se a uma 
conclusão. Ou seja, a resposta já estava dentro da pergunta. 
 é uma forma de raciocínio e reflexão; 
 
 consiste em um recurso onde a racionalização ou combinação de ideias em sentido interpretativo 
vale mais que a experimentação de caso por caso; 
 
 caminha do geral para o particular. 
 
 
 
 
 
135 
 
 
 
 
Se pegarmos umagalinha e ela por um ovo, 
logo todas as galinhas põem ovos. 
 
Exemplos: 
 
 Todo mamífero tem coração. 
 Todo gato é mamífero. 
 Portanto, o gato tem coração. 
 
 
 
 
 
2 MÉTODO INDUTIVO: A indução já existia desde Sócrates, entretando seus expoentes modernos são os 
empiristas BACON, HOBBES, LOCKE e HUME. Considera-se que o conhecimento é baseado nas 
experiências, não se levando em conta princípios preestabelecidos. O raciocínio é fundamento em 
premissas, contudo, diferente do método dedutivo, premissa verdadeiras levam a conclusões 
provavelmente verdadeiras. No raciocínio indutivo, a generalização deriva de observações de casos da 
realidade concreta. Pode-se, segundo LAKATOS e MARCONI (2010), determinar três etapas 
fundamentais para toda a indução: observação dos fenômenos, descoberta da relação entre eles, 
generalização da relação. 
 é uma forma de raciocínio e reflexão; 
 
 parte de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou 
universal não contida nas partes examinadas; 
 
 caminha do particular para o geral. 
 
Exemplos: 
 
 A recepcionista 1 da fabrica “X” é rápida. 
 A recepcionista 2 do fabrica “X” é rápida. 
 A recepcionista 3 do fabrica “X” é rápida. 
 Portanto, todas as recepcionistas da fabrica “X” são rápidas. 
 
 
 A terra, Marte, Vênus e Júpiter são desprovidos de luz própria. 
 Ora, a Terra, Marte, Vênus e Júpiter são todos planetas. 
 Logo, todos os planetas são desprovidos de luz própria. 
 
 
3 MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO: Este método confronta as duas escolas anteriores, ou seja, 
racionalismo versus empirismo no que diz respeito à maneira de se obter conhecimento. Ambos buscam o 
mesmo objetivo, mas enquanto os racionalistas apóiam-se na razão e intuição concebida aos homens, os 
empiristas partem da experiência dos sentidos, a verdade da natureza. 
São inúmeras criticas aos dois métodos, contudo foi a partir Sir Karl Raymund Popper que foram 
lançadas às bases do método hipotético-dedutivo. Considera-se este método o único realmente cientifico, 
 
 
136 
 
por não se basear em especulações (tirar uma conclusão partindo de um fato), mas sim na tentativa de 
eliminação dos erros. 
Etapas do Método Hipotético-Dedutivo: 
1. Problema - que surge, em geral, de conflitos frente a expectativas e teorias 
existentes; 
 
2. Conjecturas – dedução de consequências na forma de proposições passíveis de 
testes; 
 
3. Falseamento – tentativas de refutação, entre outros meios, pela observação e 
experimentação. 
 
Exemplo: 
PROBLEMA: Toca o despertador e o dia está escuro. 
- Hipótese de causa: amanheceu e o sol está encoberto; 
- Efeito secundário: se o sol está encoberto, é possível que haja chuva; 
- Teste de efeito secundário: estende-se a mão. Se molhar a hipótese é válida, se não molhar, 
busca-se outra hipótese: 
 o relógio está certo? 
 apenas há nuvens e não está chovendo? 
 falseamento da hipótese válida: há algo ou alguém jogando água em minha mão (ar 
condicionado, lavagem…)? 
- A hipótese continuará válida enquanto resistir aos testes. 
 
 
4 MÉTODO DIALÉTICO: A atual fase da dialética está apoiada nos ensinamentos de MARX e HEGEL, 
denominada materialista – considerada que o universo e o pensamento estão em eterna mudança, mas é 
a matéria que modifica as ideias e não ao contrário. O método dialético consiste em se estabelecer um 
raciocínio a partir de ideias a princípio contrárias para se chegar, posteriormente, a uma síntese. A 
dialética utiliza a tese (ideia inicial), a antítese (ideia contrária à tese) e a síntese (conclusão) como 
elementos básicos para a argumentação. 
Atenção: A síntese pode ser reafirmadora (retoma e reafirma a tese inicial) ou conciliadora (tenta 
conciliar a tese com a antítese). 
Etapas do Método Dialético: 
a) Ação recíproca - o mundo como um conjunto de processos interdependentes; 
b) Mudança dialética - a negação da afirmação implica negação, mas a negação da negação 
implica nova afirmação de ordem superior (tese/antítese/síntese); 
c) Passagem da quantidade à qualidade - analisar a mudança contínua, lenta ou a 
descontínua através de saltos; 
 
 
137 
 
 
 
MÉTODO DIALÉTICO 
Tese / antítese / síntese 
 
 
 
d) Interpenetração dos contrários - analisar o papel da ligação recíproca entre os contrários 
como o motor da mudança e, em especial, da passagem da quantidade à qualidade. 
 
EXEMPLO 1: 
 
 
EXEMPLO 1: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOMES, Priscila. Métodos de raciocínio lógico. Disponível: <http://soumaisenem.com.br/redacao/ 
coesao-e-coerencia/metodos-de-raciocinio-logico>. Acesso em: 10 set.. 2019. 
 
 
Atenção: Reparem a construção de dialéticas nos quadrinhos acima e notem que, nesse caso, a síntese foi 
conciliadora, uma vez que se criou um ponto de contato entre tese e antítese, unindo-as. 
 
EXEMPLO 2: 
O repente utilizado pelos poetas de literatura de cordel do Nordeste e pelos repentistas no interior 
de São Paulo, por ocasião da Festa do Divino, se assemelha na forma e na generosidade à dialética, 
embora os repentistas utilizem uma viola para apresentar os seus trabalhos, coisa que não acontecia com 
os gregos. 
 
5 MÉTODO EXPERIMENTAÇÃO: sempre realizada em situação de laboratório, com controle das 
variáveis que possam interferir na relação causa e efeito. Busca-se descobrir a relação que existe e qual é 
a proporção de variação encontrada na relação. 
Exemplo: 
Os alunos irão visitar o zoológico (variável independente). 
Os alunos aproveitaram a visita ao zoológico e debateram o tema em aula (variável dependente). 
 
Os alunos dos cursos de História e Turismo da Faculdade Don Domênico irão visitar o Horto Municipal de São 
Vicente (variável independente). 
Os alunos após a visita ao Horto Municipal discutiram com os colegas sobre a degradação do meio ambiente e a 
parte histórica (variável dependente). 
 
 
138 
 
 
6 MÉTODO da DIFERENÇA: consiste em fazer variar a intensidade da causa para se verificar as 
variações dos fenômenos. Separa-se do fenômeno o fator que é o efeito conhecido. 
 as pessoas retiradas ou inseridas é o grupos experimental; 
 as outras é o grupo de controle. 
 
Exemplos: 
Teste no Santos Futebol Clube: Para crianças do sexo masculino (idade 8-11 anos) com habilidade 
na prática do futebol. 
Grupo experimental 1 – Escolinha de futebol para o gênero masculino com idade de 8-11 anos. 
Grupo experimental 2 – Treinamento de futebol para o gênero masculino com idade de 8-11 anos. 
 
 
 
No 2º semestre de Administração todos sabem o que é Metodologia, porém alguns apresentam 
melhor desempenho na apresentação de seminários, do que os outros. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DESTE TÓPICO 
BARROS, Aidil de Jesus Paes de.; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. 23. 
ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. 
 
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica: para uso dos estudantes universitários. 3. ed. São 
Paulo: MCCRAW-HILL do Brasil, 1983. 
 
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Prentice 
Hall, 2006. 162 p. ISBN 8576050471). 
 
DIANA, Juliana. Qual a diferença entre conhecimento empírico, científico, filosófico e teológico? Disponível 
em: https://www.diferenca.com/conhecimento-empirico-cientifico-filosofico-e-teologico/. Acesso em: 24 ago. 2019. 
 
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019. 
 
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p.19-24, 45-61. 
 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed. São Paulo: 
Atlas, 2010. 
 
MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p.15-36/57-123. 
 
MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do Trabalho Científico. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 
 
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 34. ed. São Paulo: 
Atlas, 2018. Capítulo 1. 
 
RUIZ, J.A. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1993. 
 
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 24. ed. São Paulo: Cortez, 2018. p.120-127.

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