Buscar

PLANEJAMENTO DE CARREIRA E SUCESSO PROFISSIONAL aula 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PLANEJAMENTO DE CARREIRA E SUCESSO PROFISSIONAL - AULA 1
DEFINIÇÃO
Novas oportunidades surgirão na sua vida a partir do momento em que você tomar a decisão de ingressar no Ensino Superior. Uma vez que compreenda o impacto do ambiente universitário como pontapé inicial em sua jornada, focaremos em você: como você aprende? Você tem metas? Também vamos rever os conceitos de inclusão e desigualdade sob o viés social. Afinal, você está se preparando para cumprir um papel profissional de forma ativa na sociedade e precisará entender como ela funciona.
PROPÓSITO
Ao entender como o ambiente universitário funciona, obtendo autoconhecimento e analisando o contexto social atual, você estará mais preparado para alcançar o sucesso acadêmico e profissional.
INSTITUIÇÕES DE ENSINO
São nas Instituições de Ensino Superior (IES) que funcionam os cursos de graduação e os de pós-graduação. As IES podem ser classificadas como Universidades, Centros Universitários ou Faculdades. Mas, quais as diferenças entre essas três denominações? Vejamos:
FACULDADE
Atua normalmente em uma área específica do saber, por exemplo, oferecendo apenas cursos de gestão, ou de saúde, ou voltados à educação etc. Uma Faculdade não possui autonomia para criar programas de ensino sem a autorização do MEC.
CENTRO UNIVERSITÁRIO
Possui cursos de graduação em variadas áreas e autonomia para criar cursos na sede da instituição. Geralmente, Instituições de Ensino que se classificam como Centros Universitários não preencheram todos os requisitos necessários para serem aceitas como Universidades e costumam ser de tamanho menor que elas.
UNIVERSIDADE
O status de Universidade garante que a IES tenha autonomia total para executar suas finalidades e criar seus cursos.
A Universidade deve possuir ao menos 4 programas de pós-graduação stricto sensu, sendo três mestrados e um doutorado.
Resumindo:
As diferenças entre Faculdade, Centro Universitário e Universidade não estão diretamente relacionadas com a qualidade dos cursos ofertados, mas sim com a autonomia e a complexidade institucional, como no quadro abaixo.
Abaixo, apresentamos os tipos de cursos oferecidos pelas Instituições de Ensino:
Cursos de Graduação
Cursos de Pós-graduação
ESPECIFICIDADES ACADÊMICAS
Concepção de um curso superior
As diretrizes do Ministério da Educação determinam os componentes curriculares obrigatórios (disciplinas) e os tempos mínimo e máximo para integralização de cada curso de graduação. Além das disciplinas, alguns cursos têm definidas a obrigatoriedade de carga horária mínima de atividades acadêmicas complementares, de estágio curricular ou trabalho de conclusão de curso, por exemplo.
De forma geral, o processo de aprovação de um curso culmina na utilização de uma matriz curricular que serve ao aluno como uma espécie de guia, contendo todas essas informações.
A seguir, veremos um pouco mais sobre esse processo de forma prática:
Espaços comuns
O mundo acadêmico vai muito além de uma cadeira e uma mesa, e você precisa conhecê-lo bem, aproveitando todas as oportunidades que ele oferece. Para começar, vamos apresentar os espaços oferecidos pela IES que você deverá utilizar com frequência durante sua jornada acadêmica:
Atividades curriculares
A exigência de Atividades Curriculares deve variar de acordo com as características do curso que você escolheu.
Além das atividades exigidas em aula, vejamos as mais comuns:
Procedimentos de avaliação
Os procedimentos de avaliação seguem normas que podem ser diferenciadas tanto de acordo com a IES quanto para a modalidade da disciplina. O aluno deve ser avaliado pelo seu desempenho nas avaliações, sendo a cada uma delas atribuído uma nota de 0,0 (zero) a 10,0 (dez). Em relação à prova em si, os instrumentos para avaliação da aprendizagem podem ser construídos a partir de itens de teste: questões objetivas e discursivas, classificadas em diferentes níveis de complexidade e diferentes níveis cognitivos.
ESTABELECENDO CONTATOS
Vestibular concluído, aprovação no curso, matrícula feita.
E agora?
A partir desse momento, você conviverá presencial ou virtualmente com diversos membros dessa comunidade. Trata-se de um novo grupo de parceiros que estabelecerá com você uma rede de futuros contatos pessoais e profissionais. Conheça, a seguir, seus principais interlocutores:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
O ministerio da educação é o resposnavel por estabelecer as diretrizes de funcionamento do ensino superior no brasil. ele determina os seguintes fatore, exceto:
Assinale a alternativa que não corresponde a um tipo de instituição de ensino superior
ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO
Dedicação, vontade de crescer e superação de dificuldades são fundamentais em qualquer área de atuação. Chegou a hora de entender mais sobre como estudar de forma organizada, o assunto principal deste módulo. Iniciaremos com algumas reflexões:
Imagine a situação a seguir:
Sendo assim, ele pode ser visto como um projeto. Administrar o tempo ajuda a organizar sua rotina, aumentando sua produtividade. Como todas as ações possuem início, meio e fim, seu curso superior não é diferente.
A necessidade de organizar o tempo se tornou premissa básica nos dias atuais. Ser desorganizado pode trazer prejuízos emocionais, profissionais e até financeiros. Administrar o tempo é saber o que é prioritário dentre as várias atividades da sua rotina. Estabelecer prioridades não é tão simples quanto parece e cumpri-las é mais desafiador ainda. Por isso, precisamos ter em mente o quão importante é essa organização para a nossa vida.
Podemos resumir os passos para uma administração do tempo bem-sucedida da seguinte forma:
Confira, a seguir, orientações para que você execute cada uma dessas etapas de acordo com suas prioridades.
1 - Estabelecer Prioridades
Saber definir prioridades e gerenciar tarefas traz impactos significativos para a organização das demandas a serem cumpridas e para a tomada de decisões. Além disso, estabelecer prioridades ajuda a trazer mais equilíbrio também para o campo pessoal. Você pode definir quais compromissos precisam da sua atenção em determinado momento e, assim, evitar sensações de esgotamento ou de culpa por achar que deveria estar em outro local.
2 - Planejar Rotina
Você deve organizar o seu dia de acordo com a relação atividades/tempo, sempre utilizando a lista de prioridades como referência.
Para que a lista seja fiel à realidade e factível de ser cumprida, é fundamental que você se conheça a fundo, isto é, que identifique sua capacidade produtiva, seu tempo de concentração, sua necessidade de sono etc. Dessa forma, você vai encontrar seu melhor momento para fazer cada atividade.
Nossos corpos têm relógios embutidos que determinam os melhores momentos para comer, dormir, fazer exercícios e trabalhar. Talvez você não tenha a flexibilidade de fazer tudo no tempo certo para si, mas tente ouvir seu relógio interno o máximo possível.
3 - Estipular Metas
Uma vez feito o planejamento da sua rotina, é preciso que ele seja cumprido. Assim, uma boa dica é estabelecer metas. Você sabe o que é uma meta? Em termos conceituais, podemos dizer que a meta é um ponto aonde se quer chegar.
Vamos destacar quatro possíveis metas relacionadas à sua formação superior:
4 - Elaborar Plano de Ação
Usando a meta acadêmica como exemplo, o próximo passo é estabelecer um Plano de Ação:
TÉCNICAS DE ESTUDO
As técnicas de estudo são procedimentos facilitadores em âmbito acadêmico. Temos que pensar em como melhorar os três pontos abaixo:
Você deve estar se perguntando: existe alguma técnica de estudo que me ajude a estudar ou a trabalhar de uma maneira mais efetiva? Sim, existe e selecionamos algumas técnicas:
TIPOS DE APRENDIZADO
Vamos conhecer, então, quais são as categorias de aprendizagem e ver como elas se diferenciam no processo de educação, pois cada perfil de estudante possui maneiras mais adequadas de compreender um conteúdo. Em seguida, você poderá descobrir qual dos perfis mais se assemelha às suas características.
INTERNET COMO ALIADA
A Internet revolucionoua comunicação, trazendo uma grande diversidade de conteúdos e interatividade. Os ambientes virtuais de aprendizagem, adotados pela maior parte das Instituições de Ensino, costumam ter características similares, como fóruns de discussão, por exemplo.
Os recursos online de interação em rede permitem compartilhar ideias, imagens, vídeos, textos, músicas e estimulam a criação coletiva, colaborativa.
DIVERSIDADE
Nas sociedades, encontramos uma multiplicidade de pessoas com religião, etnias, línguas, gênero, orientação sexual, cultura, classe social, geração distintas, isto é, de variadas identidades sociais/culturais; chamamos esse fato de diversidade. É a condição de ser composto de diferentes elementos.
Para construir as identidades e as diferenças, é necessário entender o que é alteridade. Esse é um conceito filosófico, resultado de um processo de diferenciação que acontece entre o “eu” interior e particular de cada um, e o “outro” diferente, isto é, aqueles que são estranhos e não familiares. Estranhar o “outro” é reconhecer em outro indivíduo, ou em um conjunto deles, as suas peculiaridades, diferenças e equivalência.
Nessa comparação, o “outro” ou “outros”, tornam-se identificáveis, possibilitando hierarquizá-los, separá-los, classificá-los, dominá-los. A partir da distinção entre o “eu” e o “outro” são construídas identidades, tanto individuais quanto sociais.
Resumindo:
Exemplo
A profissão de professor é um título profissional e, portanto, possui uma série de qualidades predefinidas no contexto social que são atribuídas aos indivíduos que exercem tal ofício. A partir disso, o sujeito posiciona-se e é posicionado em seu âmbito social em relação a outros indivíduos que partilham dos mesmos atributos.
Diversidade e História
A noção de diversidade tem uma longa história na configuração das Ciências Sociais. A compreensão da diversidade das culturas é o tema central dos estudos da Antropologia Cultural. Esta considera que as sociedades devam aceitar a diversidade das culturas. No entanto, o que se observa é que a humanidade esteve por muito tempo cega para as diferenças culturais e sociais e tornando objetos de exclusão tudo o que não fazia parte de suas ideologias dominantes.
Ao longo da história, cada sociedade se autodefiniu em uma relação de contraposição em relação a outras culturas. Vejamos, por exemplo a resistência europeia em relação à culturas “menores”:
No mundo globalizado, a existência de culturas e grupos humanos diversos coexistindo ocasiona uma série de questões que envolve desde os modos de construção de uma sociedade democrática, plural e justa, até a conciliação do direito à diferença com o direito à igualdade.
Assim, falar em diversidade social significa destacar a questão da convivência dos diferentes com suas diferenças em um contexto de tolerância e solidariedade que consiga ultrapassar a violência, as hierarquias excludentes, o tratamento perverso, as desigualdades econômico-sociais, entre outros.
DESIGUALDADE SOCIAL
A desigualdade social é toda situação de diferenciação social e/ou econômica. Na desigualdade social existe uma distribuição desigual de recursos materiais ou simbólicos ocasionada pelas estruturas da sociedade. Esta traz circunstâncias que privilegiam alguns em detrimento de outros. Esses privilégios podem ser observados tanto pelo acesso diferenciado às oportunidades como pela riqueza econômica, que geram distinção, estigma, vulnerabilidade, exclusão individual e coletivamente.
A diferença torna-se uma desigualdade apenas se provocar uma desvantagem ou uma vantagem.
Existem diferentes tipos de desigualdade: social, econômica, política, cultural e de gênero, por exemplo. É importante não confundir as desigualdades com as diferenças.
Há diferenças relacionadas a diversos gêneros, idades, religiões, etnias etc. No entanto, uma desigualdade é uma diferença que se traduz com vantagens e desvantagens.
Resumindo:
EXCLUSÃO
No Brasil, a desigualdade social é econômica, cultural e política, além de étnica. Esse processo deve ser entendido como exclusão, isto é, uma impossibilidade de poder partilhar, o que leva à vivência da privação, da recusa, do abandono e da expulsão, inclusive com violência, de um conjunto significativo da população. A exclusão é uma situação de privação coletiva e inclui pobreza, discriminação, subalternidade, não equidade, não acessibilidade, não representação pública.
Não se trata de um processo individual, embora atinja pessoas, mas de uma lógica que está presente nas várias formas de relações econômicas, sociais, culturais e políticas da sociedade brasileira.
Resumindo:
Trata-se de uma condição inerente ao capitalismo contemporâneo, ou seja, a exclusão social foi impulsionada pelas estruturas desse sistema econômico e político e intensificadas com a globalização do capitalismo neoliberal, a partir do final do século XX. Assim, as pessoas que possuem essa condição social sofrem diversos preconceitos. Elas são marginalizadas pela sociedade e impedidas de exercer livremente seus direitos de cidadãos.
Os grupos dos excluídos são denominados minorias correspondem a grupos sociais ou mesmo nações que lutam na defesa de seus ideais.
A situação em comum dessas minorias é a situação de exclusão e/ou discriminação, que provoca o surgimento de movimentos sociais à procura de conquistar a dignidade e o respeito, por meio de ações políticas.
Dentro do contexto da exclusão social, existem diferentes graus e formas de exclusão que, segundo Sposati (2006), se apresentam como:
INCLUSÃO
A inclusão é um termo amplo, utilizado em diferentes contextos, em referência a questões sociais variadas. Entretanto, de modo geral, corresponde à inserção social de pessoas que experimentam algum tipo de exclusão, seja da escola, do mercado de trabalho e/ou de qualquer outro espaço social, devido à sua condição socioeconômica, de gênero, orientação sexual, raça, não domínio de tecnologia ou por possuir algum tipo de deficiência. A inclusão social é a busca da afirmação de direitos que há muito tempo foram negados e a valorização da diversidade.
Portanto, a exclusão e a inclusão social são necessariamente interdependentes.
Alguém é excluído de uma situação de inclusão específica. A sociedade que exclui é a mesma que inclui e integra, e esta transmutação é a condição de uma ordem desigual.
Todos estamos de algum modo inseridos, mas nem sempre decente e dignamente. A ideia da inclusão se fundamenta em uma filosofia que reconhece e aceita a diversidade na vida em sociedade. Isto significa a garantia do acesso de todos a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social.
A inclusão social é uma questão qualitativa e pressupõe, segundo Sposati (2006), os seguintes quesitos:
POLÍTICAS PÚBLICAS
A Constituição Federal do Brasil assume como fundamental, entre outros, o princípio da igualdade, quando reza no seu artigo 5º que:
“[...] todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros, residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.”
Para que a igualdade seja real, entretanto, ela há de ser relativa (dar tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais).
O QUE ISSO SIGNIFICA?
Que as pessoas são diferentes, têm necessidades diversas e o cumprimento da lei exige que a elas sejam garantidas as condições apropriadas de atendimento às peculiaridades individuais, de forma que todos possam usufruir das oportunidades existentes. Tratar desigualmente não se refere à instituição de privilégios, e sim, à disponibilização das condições exigidas pelas peculiaridades individuais na garantia da igualdade real.
O principal valor que permeia, portanto, a ideias da inclusão é o configurado no princípio da igualdade, pilar fundamental de uma sociedade democrática e justa: a diversidade requer a peculiaridade de tratamento, para que não se transforme em desigualdade social. Este princípio da igualdade permiteà lei tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais.
O princípio postula que as desigualdades de fato decorram das diferenças das aptidões pessoais, dando tratamento diferenciado às pessoas diferenciadas.
Desse modo, a configuração social do Estado brasileiro estabelecida pela Constituição de 1988 traz um conjunto de tarefas que visam superar as diferenças sociais e, em especial, a exclusão. É através das políticas públicas que a promessa constitucional da inclusão social será realizada pelo Estado e pela sociedade.
Quem regula?
Porque participar?
Como é a participação das empresas privadas nesse processo?
Dentro do contexto da exclusão social, existem diferentes graus e formas de exclusão. A exclusão absoluta seria:
Sobre a diversidade, podemos afirmar que:
Ao longo desses três módulos, você conheceu alguns aspectos da vida profissional durante e após a Universidade. Discorremos sobre os possíveis caminhos após a conclusão dos curso, oferecendo recomendações para situações do cotidiano.
Esperamos que com este material você se planeje melhor para a graduação e que, quando for buscar o seu lugar no mercado de trabalho, sinta-se mais preparado e confiante para os desafios que certamente encontrará. Entretanto, é importante compreender que, no final das contas, o que faz a diferença é a maneira como você vai encarar os desafios que a vida apresentar.
Cabe a você tomar decisões que, embora pareçam pequenas, farão grande diferença ao longo dos anos. Assiduidade, participação nas atividades extracurriculares, aproveitar ao máximo o conhecimento dos docentes, trabalhar em equipe, realizar os exercícios propostos, preparar-se antecipadamente para as aulas, respeitar professores e colegas e saber exatamente como e onde você se posiciona na sociedade são atitudes que, ao final do curso, terão contribuído muito para o seu futuro e para sua reputação.
Para você entender melhor o significado de todo esse esforço, imagine-se ocupando uma posição gerencial e precisando contratar um reforço para sua equipe. Que tipo de aluno você gostaria de recrutar? Aquele com notas razoáveis e reputação de “fazer o necessário para passar” ou o que carrega uma reputação de seriedade, dedicação, companheirismo, empatia, interesse e que esteve sempre disposto a aprender um pouco mais?
DEFINIÇÃO
Neste tema, veremos alguns conceitos fundamentais para uma boa gestão financeira. Através de um planejamento estratégico assertivo, é possível alcançar metas e otimizar resultados traçados para sua vida. Para isso, é importante conhecer os tipos de investimentos, como o investimento sustentável, que podem influenciar suas escolhas pessoais e toda a dinâmica da sociedade em que você está inserido.
PROPÓSITO
Este tema tem como finalidade conhecer alguns fundamentos básicos de planejamento, gestão financeira e responsabilidade sustentável, que impactam no equilíbrio financeiro e na dinâmica social em que estamos inseridos.
INTRODUÇÃO
Desde que nascemos, estamos sempre projetando metas para a nossa vida. Seja de forma consciente ou inconsciente, precisamos nos organizar e pensar qual o caminho a ser traçado para alcançar um objetivo.
Na realização de um curso ou na compra de um produto, precisamos desenvolver um conhecimento sobre a nossa própria situação financeira, gerindo nossos gastos e rendas de forma eficaz.
Gestão Financeira, a relação que temos com o dinheiro impacta diretamente no sucesso e alcance dos nossos objetivos e sonhos.
GESTÃO FINANCEIRA
A gestão financeira é a metodologia com a qual o indivíduo administra recursos, buscando a otimização deles através da maximização das receitas e minimização dos gastos.
Quando não conseguimos realizar uma gestão eficaz dos gastos, a nossa vida financeira pode ficar confusa e nossos sonhos cada vez mais distantes de serem realizados.
A relação entre pessoas e dinheiro não pode ser conflituosa, e sim virtuosa, ou seja, agregar valor à vida das pessoas e não destruir seus sonhos e desafios. Por isso, devemos, antes de tudo, pensar sobre nossas escolhas para o equilíbrio financeiro.
1. O QUE EU DESEJO?
As escolhas devem levar em consideração o quanto há disponível. Não adianta criar metas que não sejam alcançáveis, que não correspondam à sua situação atual de vida. Isso não quer dizer que você não possa ter sonhos grandes, mas precisa pensar nas etapas a cumprir até chegar à meta, identificando se elas poderão ser realizadas.
2. EU POSSO?
Por mais que a aquisição de um certo item faça a diferença na sua vida, reflita se você realmente pode, nesse momento, adquiri-lo e, caso seja indispensável realizar uma compra, avalie se algum outro gasto menos prioritário pode ser reduzido.
3. EU DEVO?
Como dizia o ditado, “querer não é poder”. Ao realizar suas escolhas financeiras, pense se realmente necessita de determinado produto e o quanto ele pode afetar a sua rotina ou seu estilo de vida. Será que você realmente deve realizar uma determinada compra? Você sofrerá algum impacto negativo ao escolher realizar essa compra? Se sim, será possível conviver com esse impacto?
4. EU PRECISO?
Ao realizar uma compra, reflita se realmente precisa desse determinado produto. Qual será a diferença para a minha vida e no meu dia a dia? Será que esse consumo é uma necessidade? Trará alguma vantagem ou melhora no seu estilo de vida?
Ter um equilíbrio orçamentário é fundamental para realizar a gestão de seus recursos e a concretização dos sonhos, mas, para avaliar e direcionar medidas certas para esse equilíbrio, é importante que conheça alguns conceitos:
Receitas
São todas as entradas de recursos financeiros que você recebe. Esses recursos podem ser provenientes de uma prestação de um serviço, de vendas de uma determinada mercadoria ou até rendimento de um aluguel ou aplicação financeira.
As receitas podem ser divididas em bruta e líquida.
Receita bruta
Entradas de dinheiro sem quaisquer descontos. O valor total do salário, por exemplo, antes da dedução de impostos, contribuições e coparticipações.
Receita líquida
Entradas de valores financeiros após os descontos de imposto e coparticipações como INSS, imposto de renda etc.
Gastos
São todas as despesas que você possui, fixas ou não, ou seja, os desembolsos de dinheiro realizados. Quando um gasto é realizado com objetivo de gerar algum tipo de receita futura, ele passa a ser conhecido como custo.
Para que possa fabricar um produto, por exemplo, será necessário comprar matéria-prima, equipamentos etc.
ATENÇÃO
Desenvolver conhecimento sobre a própria situação financeira é posicionar-se um passo à frente na busca pelos seus objetivos. Ao termos conhecimento detalhado sobre nossa receita e gastos mensais, conseguimos agir sobre essa informação e adotar iniciativas para viabilizar o alcance dessas metas, independentemente do agente econômico em que nos enquadramos.
AGENTES ECONÔMICOS
Ao pensarmos em gestão financeira, é fundamental entender o tipo de agentes econômicos existentes e a qual pertencemos. Eles podem ser divididos em pessoa física e pessoa jurídica.
Pessoa Física
É a pessoa natural, o indivíduo, desde o nascimento até a morte, o cidadão que compõe a sociedade.
Pessoa Jurídica
É uma entidade abstrata, não natural, com existência e responsabilidade jurídicas, porém composta por pessoas físicas, como associações, empresas e companhias.
Apesar de os dois conceitos serem utilizados nos artigos 1, 2 e 44 do Código Civil Brasileiro para se referir ao ser humano, eles possuem semelhanças e diferenças na hora de tratar do gerenciamento econômico, como os tipos de receita, gastos investimentos etc.
Independentemente de qual agente econômico somos, físico, jurídico ou ambos, é importante termos noção da situação financeira em que nos encontramos.
Quando a nossa situação financeira está equilibrada, a entrada de recurso (receita) é capaz de gerir os custos (gastos) diários, permitindo, através de um gerenciamento financeiro consciente, o investimento do saldo positivo gerado. Como, por exemplo, manter o valor a título de aprovisionamento paradespesas inesperadas, não previstas, ou a aquisição de algum bem.
Quando temos uma situação desequilibrada, na qual os custos estão em elevação, embora a receita esteja inalterada, precisamos rever nossos gastos e começar a se planejar para que não ocorra um endividamento negativo. Por isso, é fundamental planejar, como veremos no próximo módulo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A gestão financeira é a metodologia com a qual o indivíduo administra os seus recursos. Ela tem se tornado cada vez mais urgente na vida das pessoas que visam realizar seus sonhos no âmbito econômico e, por isso, tem como principal característica:
Se o indivíduo busca realizar seus sonhos no âmbito financeiro, é fundamental que parta de uma estratégia, de uma metodologia, através da qual possa administrar seus recursos. Chamamos esse processo de Gestão Financeira, que tem como principal característica a maximização das receitas e minimização dos gastos.
2. Para uma boa gestão financeira, é muito importante ter clareza sobre o que podemos classificar como gasto e o que podemos classificar como receita. Neste sentido, precisamos diferenciar receita bruta da receita líquida. Sobre isso, podemos afirmar:
I - Receita bruta é a entrada de valores financeiros sem quaisquer descontos.
II - Receita líquida é a entrada de valores financeiros após os descontos de imposto.
III - Toda vez que o salário é depositado na conta do colaborador, estamos falando de receita bruta.
Das afirmativas acima, podemos definir que estão corretas:
Enquanto definimos receita bruta como as entradas de valores financeiros sem quaisquer descontos, a receita liquida corresponde às entradas de valores financeiros após os descontos de imposto (INSS, imposto de renda). Portanto, um salário somente pode ser considerado receita bruta antes de receber os descontos legais. No caso da afirmativa III, trata-se de um “salário depositado na conta do colaborador”, ou seja, após receber tais descontos, assumindo, assim, a identificação de receita líquida.
PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL
Fazer planejamento financeiro é preparar-se para o futuro, com a previsão de receitas e gastos. É manter controle sobre o seu destino financeiro.
Com uma saúde financeira saudável, você terá condições de realizar investimentos, captar recursos e alcançar seus objetivos e metas. Mas, antes de começarmos a nos planejar, precisamos traçar qual é o nosso objetivo.
PLANEJAR É DEFINIR
Os nossos objetivos podem ser de três naturezas: profissional, pessoal e patrimonial.
Agora que já descobrimos a natureza do seu objetivo, chegou a hora de organizar o orçamento. Para isso, é necessário analisarmos como anda, no presente momento, seu fluxo de entrada e saída de recursos.
Entrada e saída de recursos
A entrada de recursos provém das receitas que pode provir do salário, aluguéis, prestação de serviço, etc.
Já a saída de recursos são os valores que saem da sua receita. É importante que tenhamos cuidado em separar seus gastos de sustentação da casa, de higiene, lazer ,instrução, financiamentos etc, pois quanto mais controlado seu orçamento, melhor será a visualização do seu panorama sobre os custos elevados de gasto de consumo.
ORGANIZANDO O ORÇAMENTO
Com o controle orçamentário, temos como perceber quais gastos consomem a maior parte da receita, ou seja, diminuindo a sobra de recursos financeiros. Quando temos um controle efetivo de tudo que ganhamos, recebemos e gastamos, conseguimos aferir se, em nossa renda, há um saldo positivo, com uma receita maior dos gastos que incorrem, ou se estamos em um processo negativo, com um custo financeiro muito elevado de gastos.
A partir do momento que temos uma visibilidade orçamentária, é possível cortar alguns gastos supérfluos e nos prepararmos para a concepção dos objetivos futuros, pessoais, patrimoniais e profissionais.
Todo planejamento orçamentário pessoal deve possuir a origem de recursos financeiros, as características do tipo de despesas e a descrição de valores de custo dos recursos utilizados no dia a dia. Esses dados coletados auxiliarão no controle, determinando o limite de gasto com base na receita, como exposto a seguir.
Características do tipo de despesas
As despesas podem fixos ou variáveis.
Despesas fixas são aquelas que ocorrem mensalmente e que ocorrem independente do seu nível de consumo.
As despesas variáveis são aquelas que podem ocorrer mensalmente ou não, possuindo valores diferenciados de acordo com a sua utilização.
Com o orçamento pronto, você terá a transparência necessária da sua vida financeira para decidir sobre o seu futuro. Vamos ver, na prática, com o caso da Maria.
Maria conseguiu sua tão sonhada aprovação em um vestibular de uma prestigiada universidade particular.
Quando soube da aprovação, o primeiro dilema que Maria encontrou foi como programar seus gastos mensais para arcar com o investimento em educação que está prestes a realizar. Ela atualmente trabalha como atendente em uma agência de publicidade.
Gastos Mensais de Maria Amélia:
Aluguel: R$ 300
Telefones: R$100
Luz/Gás/IPTU: (pagos pelo marido)
TV a cabo: R$ 50
Internet: R$ 50
Supermercado: R$ 100
Despesas pessoais: R$500
Lazer: R$100
Qual dos gastos de Maria gera um retorno financeiro para ela?
Você já deve saber a resposta: NENHUM!
A partir de agora, entretanto, Maria terá um gasto mensal que, na verdade, é um investimento, com retorno financeiro em médio e longo prazos.
Após o controle orçamentário, Maria verificou que necessitará de uma revisão em seus gastos para incorporar a eles o investimento em educação. Assim, ela poderá identificar quais são gastos supérfluos e remanejar parte do valor para o pagamento da mensalidade da faculdade. Neste caso, Maria identificou que precisará diminuir parte das despesas pessoais para pagar a faculdade.
Gastos Mensais de Maria Amélia:
Aluguel: R$ 300
Telefones: R$100
Luz/Gás/IPTU: (pagos pelo marido)
TV a cabo: R$ 50
Internet: R$ 50
Supermercado: R$ 100
DESPESAS PESSOAIS: R$200
Lazer: R$100
FACULDADE: R$ 300
Como você viu, com o planejamento orçamentário, Maria percebeu que o valor que possui só pagará parte da mensalidade do curso desejado. Para que ela consiga realizar esse objetivo, precisará traçar um plano de ação com algumas ações necessárias. Para isso, vamos falar sobre a técnica 5W2H.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 5W2H
O 5W2H é um conceito de planejamento que pode ser utilizado em qualquer atividade. Através dessa forma de se planejar, é possível ter uma visão macro do processo para o alcance do objetivo traçado. Além disso, o 5W2H permite um alinhamento das expectativas, minimizando dúvidas e garantindo um gerenciamento eficiente para a concretização da meta.
What – O que você deseja?
Indique qual é o seu objetivo, o que você deseja realizar.
Why – Por que?
Liste o motivo desse objetivo, quais são as justificativas para realizá-lo.
When – Quando?
Faça uma previsão de quanto tempo levará para realizar esse objetivo.
Who – Por quem será feito?
Liste se o alcance desse objetivo depende só de você ou se haverá mais pessoas envolvidas.
Where – Onde?
Em qual local ocorrerá esse objetivo ou onde será feito.
How – Como será feito?	
O que você precisa fazer para alcançar esse objetivo.
How much – Quanto custará?
Qual valor monetário você terá que desembolsar para o cumprimento desta meta.
Viu como é simples? O 5W2H mostra as etapas para o alcance do seu propósito. Para ficar mais claro, vamos ver, na prática, o método baseado nos planos de Maria.
Maria, através do planejamento estratégico 5W2H, elaborou um plano de ação para alcançar o seu objetivo e descobriu que a melhor opção seria um endividamento através de um financiamento.
ENDIVIDAMENTO
Recurso que uma instituição financeira concede para você gastar do jeito que quiser.
Seu custo é mais elevado do que o de um financiamento, pois não exige vínculo, uma garantia tão formal e direta do bem adquirido com relação a operação que está realizando.
Empréstimo
Recurso que uma instituição financeira concede para você gastar do jeito que quiser.
Seu custo é mais elevado doque a de um financiamento, pois não exige um vínculo, uma garantia tão formal e direta do bem adquirido com relação a operação se está realizando.
Financiamento
O valor concedido pela instituição fiduciária é diretamente vinculado à operação, ou seja, só pode ser utilizado no destino determinado e autorizado pelo banco. Como essa operação tem menos riscos que o empréstimo, o custo financeiro e a taxa de juros também são menores.
O empréstimo e o financiamento comprometem parte da renda e causa endividamento. Por isso, devemos ter atenção e cuidado ao realizar essas operações.
SOLICITAR FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS PARA ADQUIRIR BENS E ALCANÇAR AS SUAS METAS NÃO É UM PROBLEMA. O PROBLEMA ESTÁ EM COMO ESSE VALOR SERÁ APLICADO E QUAIS SÃO AS SUAS CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO.
Por isso, lembre-se sempre de:
1. Ir ao site do banco de sua escolha e pesquisar sobre os juros, taxas e condições detalhadamente.
2. Verificar se o site possui um simulador financeiro e realize diferentes combinações (pagar em prazos diferentes, utilizar diferentes valores de entrada etc.).
3. Comparar as taxas praticadas em cada modalidade com outros bancos e fiduciárias.
4. Procurar sempre instituições confiáveis e cadastradas no Banco Central do Brasil.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
3. No contexto do planejamento financeiro, é fundamental compreender o fluxo de entrada e saída de recursos. Assim, as alternativas a seguir apresentam pontos de atenção para que tenhamos uma maior visibilidade orçamentária, exceto:
Apenas é possível uma boa visibilidade orçamentária quando temos clareza de alguns elementos essenciais no campo do planejamento financeiro, como a identificação dos próprios gratos e sua relação com a receita; a manutenção de saldo positivo; a identificação e eliminação de gastos supérfluos (e não a maximização destes); a percepção da origem de recursos financeiros, das características do tipo de despesas e da descrição e valores de custo dos recursos utilizados.
4. Embora o senso comum possa dizer o contrário, muitas vezes, para chegar a um determinado objetivo, no plano financeiro, faz-se necessário entrar em um endividamento. Sobre isto, podemos afirmar:
I - O endividamento é um índice que demonstra quanto da sua renda será comprometido por dívidas.
II - Empréstimo e financiamento são tipos de endividamento.
III - Financiamento é um recurso que uma instituição financeira concede para você gastar do jeito que você quiser.
IV - Empréstimo é o valor concedido pela instituição fiduciária diretamente vinculado a uma operação específica.
As afirmativas corretas são:
Embora represente uma possibilidade concreta de realização de sonhos no âmbito financeiro, o endividamento deve ser tratado com atenção. Um dos primeiros pontos é compreender que empréstimo e financiamento são tipos de endividamento. Porém, enquanto o empréstimo permite mais liberdade para o uso do recurso financeiro adquirido, o financiamento define o destino de aplicação de tal recurso.
INVESTIMENTO
No módulo anterior, vimos que o endividamento é a quantificação das dívidas que comprometem a receita, mas nem todo endividamento é negativo:
"A RENDA DE QUEM CONCLUIU O ENSINO SUPERIOR É PRATICAMENTE O TRIPLO DAQUELES QUE TÊM APENAS O ENSINO MÉDIO, SEGUNDO PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS CONTÍNUA."
Quando o endividamento é consciente, controlado e traz perspectivas futuras de retorno, ele pode apresentar um caráter positivo, mesmo comprometendo uma parte do seu saldo por um longo tempo. Neste caso, o endividamento para um financiamento estudantil, por exemplo, apresenta futuras perspectivas de aumento de receita, já que o diploma pode garantir uma melhor recolocação profissional e, consequentemente, um salário superior a um profissional que possui apenas o Ensino Médio como escolarização.
Além disso, nem todo processo de endividamento é eterno. Quando contraímos uma dívida positiva e nos planejamos, chegará um momento em que os custos financeiros (gastos) estarão em queda, e a receita ficará inalterada ou até maior. No caso do endividamento educacional, por exemplo, ao término do pagamento das mensalidades ou do financiamento estudantil, haverá uma sobra de recursos e a perspectiva do aumento de salário que a nova profissão proporcionará.
Nesses casos, é hora de estabelecer planos para essa nova receita, utilizando o saldo financeiro para aplicações. Investir é a melhor forma de aumentar suas reservas financeiras. Mas você sabe como funciona a lógica do investimento?
O investidor é a pessoa que disponibiliza recursos financeiros para que os bancos façam movimentações. Em troca, o banco repassa ao investidor uma parte dos juros realizados nessas transações através de spread.
Spread
Diferença entre a taxa de empréstimo ou aplicação e a taxa de aplicação do investidor.
ATENÇÃO
O banco é responsável por captar os recursos financeiros com outros investidores, emprestar a tomadores e, até mesmo, investir grandes volumes de dinheiro na busca de maior receita. Por isso, é extremamente importante identificar o perfil de investidor para, posteriormente, conhecer os principais tipos de investimentos presentes no mercado.
TIPOS DE INVESTIDOR
O investidor é aquele cuja renda é maior que seu consumo/gastos, sobrando recursos para serem aplicados. Mas nem todos são assim. O perfil de investidor é classificado conforme suas características predominantes, podendo ele ser:
Agressivo
Não tem medo de perda expressiva de capital. Acompanha constantemente o mercado financeiro e busca sempre maior retorno de seus investimentos.
Moderado
Deseja segurança em seus investimentos, mas está disposto a correr mais riscos. Analisa, dentre as opções de médio risco, aquelas que podem trazer mais rentabilidade.
Conservador
Realiza seus investimentos de forma segura e não gosta de correr riscos. Prefere investimentos com garantia de retorno, mesmo que o percentual seja baixo.
Agora que vimos os tipos de investidor existentes, que tal descobrir em qual tipo de investidor você se enquadra? Analise as afirmativas a seguir e identifique o seu perfil respondendo sim ou não para as perguntas.
Como podemos perceber, o tipo de investidor se relaciona diretamente com as escolhas que serão feitas nas aplicações financeiras.
É através dessas características pessoais que podemos avaliar e escolher o investimento que melhor se adequa a sua realidade. Agora que descobriu seu tipo de investidor, veja alguns tipos de investimentos mais conhecidos.
TIPOS DE INVESTIMENTOS
Os investimentos financeiros podem ser de renda fixa ou variável.
Os investimentos de renda fixa são aqueles em que há uma previsibilidade do retorno, ou seja, são mais seguros, pois possuem baixo risco de perda e taxas fixas de juros para as aplicações.
Já os investimentos de renda variável são aqueles que não possuem uma previsibilidade de retorno, podendo trazer rendimentos maiores do que a renda variável fixa, mas também podem causar prejuízos quando não bem acompanhados.
Conheça os tipos de investimentos mais comuns:
Poupança
Investimento fixo mais popular, que possui a menor taxa de juros. Nessa modalidade, o banco investe o dinheiro em aplicações do governo federal com o intuito de arrecadação de recursos. A poupança possui uma rentabilidade de até 0,5% ao mês e é protegida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Tesouro Direto
Título emitido pelo Tesouro Nacional, que atua como um empréstimo ao Governo Federal. Com rendimento superior à poupança, o tesouro direto tem como objetivo impulsionar a economia e controlar a inflação do país. Também é considerado um investimento fixo, pois possui valor de juros definidos previamente.
Certificado de Deposito Bancário (CDB)
Títulos são emitidos pelos bancos com o objetivo de captar dinheiro nessa modalidade de investimento, ou seja, você empresta o seu dinheiro ao banco que, por sua vez, te devolve esse dinheiro com juros pelo valor que foi investido. A taxa de juros geralmente é acordada no momento da aplicação, já tendo, assim, o valor de juros definidos, mashá casos em que o CDB pode variar com de acordo com a inflação.
Fundo Imobiliário
Também conhecido como FII, este fundo variável consiste em investir em imóveis de fim comercial. Ao aplicar seu dinheiro no FII, você passa a ser uma espécie de dono do empreendimento, recebendo parte dos alugueis.
Fundo de Ações
Nesse tipo de investimento variável, ocorre a compra de ações e você passa a ser um sócio da empresa. Assim, o lucro vem através dos dividendos, ou seja, uma parte dos lucros são repassados aos acionistas proprietários das ações.
Fundo Garantidor de Crédito (FGC)
Fundo que administra os mecanismos de proteção ao crédito. Ele não é uma instituição financeira, ou seja, não atua na concessão ou intermediação de empréstimos ou financiamentos. No entanto, é sua responsabilidade garantir o funcionamento e a proteção dos investidores.
O FGC possui como missão:
· Proteger depositantes e investidores no âmbito do Sistema Financeiro Nacional até os limites estabelecidos pela regulamentação; 
· Contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional; 
· Contribuir para a prevenção de uma crise bancária sistêmica.
Atualmente, uma nova modalidade de investimento tem surgido expressivamente, o investimento sustentável. Seu objetivo é o mesmo do demais: garantir um bom retorno financeiro, mas também injetar dinheiro em empresas preocupadas com os impactos socioambientais.
INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL
O investimento sustentável, assim como as demais formas de investimento, busca um retorno financeiro positivo nas movimentações. A diferença é que, neste tipo de investimento, as empresas envolvidas atuam em um negócio sustentável, ou seja, se preocupam para que a forma como operam no mercado não cause danos ao meio ambiente e tenha responsabilidade social.
As empresas sustentáveis entendem que, ao adotar práticas de preservação do meio ambiente, apresentam ao seu consumidor final um modelo de negócio consciente e transparente e, ao mesmo tempo, concebem melhores resultados com suas ações em prol dos impactos ambientais e sociais.
MAS VOCÊ DEVE ESTAR SE PERGUNTANDO: POR QUE EU DEVO COGITAR O INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL ENTRE TANTOS TIPOS DE INVESTIMENTO?
Bom Retorno Financeiro
Uma empresa responsável socialmente é uma organização que cuida do meio ambiente e, dessa maneira, se destaca nas relações de mercado. Ser ambientalmente correto gera lucros e rendimentos.
Atualmente, os consumidores procuram por empresas com ética e responsabilidade socioambiental para comprar seus produtos, ou seja, procuram por organizações que apresentem uma preocupação com a qualidade de vida da população e a sustentabilidade. Além disso, esse tipo de empresa consegue diminuir consideravelmente seus valores de opex, já que adotam práticas autossustentáveis e econômicas, como a troca de copos descartáveis por reutilizáveis, aquisição de placas solares etc.
Assim, consequentemente, as empresas sustentáveis têm apresentado uma grande expressividade de cotação de suas ações e espaço no mundo dos negócios.
Auxilio de Preservação do Planeta e no seu Futuro e de sua Família 
Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo pode viver uma "catástrofe ambiental" em 2050. Devido às grandes taxas de poluição emitidas na atmosfera, as mudanças climáticas e as pressões sobre o ecossistema têm aumentado consideravelmente. Consequentemente, estamos sofrendo o esgotamento das nossas fontes naturais de água potável e corriqueiros desastres naturais que causam perdas econômicas e humanas.
Quando investimos em empresas que se preocupam com as emissões de gases à atmosfera e com o desenvolvimento de tecnologias limpas, estamos investindo também no nosso bem estar, na nossa comunidade e no nosso planeta.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
5. Você já sabe que podemos definir como investidor aquele indivíduo cuja renda é maior que seu consumo ou gastos (sobrando, portanto, recursos para serem aplicados). Por outro lado, é fundamental conhecer os principais tipos de investimento para escolher a melhor opção de acordo com seu perfil. Sobre estes tipos de investimento, podemos afirmar:
I - A poupança é considerada um investimento variável por possuir valor de juros predefinido quando determinado valor é nela aplicado.
II - O tesouro direto é o investimento que possui a menor taxa de juros do mercado, porém possui o intuito de arrecadação de recursos para obras sociais.
III – O fundo de ações é um tipo de investimento variável, que se caracteriza pela compra de ações de determinada empresa. Uma parte do lucro da empresa são repassados aos acionistas proprietários das ações.
A respeito das afirmativas, podemos definir como verdadeira(s):
Enquanto a poupança é um investimento fixo, com a menor taxa de juros do mercado, o tesouro direto é considerado um investimento fixo por possuir valor de juros predefinido ao adquiri-lo. No entanto, sua arrecadação de juros é superior à poupança e seu principal objetivo é aplicação de recursos em ações governamentais para impulsionar economia e controlar a inflação do país.
6. O tema do investimento sustentável poderia ser abordado sob diversos aspectos. Porém, merece destaque (talvez por ser um dos mais importantes destes aspectos) a percepção da responsabilidade social da empresa na qual se pensa em investir. Sobre esta responsabilidade social, é falso afirmar:
Não é possível afirmar que ser ambientalmente correto “sempre diminui lucros e rendimentos” da empresa. Ao contrário, exatamente pelas afirmativas apresentadas (A, C e D), o que se tem percebido é o aumento destes lucros e rendimentos.
SUSTENTABILIDADE
Como vimos no módulo anterior, consumidores e investidores procuram por empresas éticas, preocupadas com a qualidade de vida da população e com a sustentabilidade. A população, de maneira geral, está cada vez mais exigente com a qualidade dos produtos que compra, com a política da empresa e com o seu papel socioambiental.
Como nos aponta Rattner:
“Em todo o mundo, as sociedades civis estão se organizando e oferecendo resistência crescente, não apenas à poluição ambiental e à degradação dos recursos naturais, mas também aos abusos de poder político e econômico. [...] Neste processo de mobilização de cidadãos a agirem em busca de crescente produtividade econômica, um meio ambiente limpo e bem-estar social, o fator central não é um sistema democrático formal, mas a construção e o esforço contínuo de instituições democráticas específicas. A questão principal que surge é como criar instituições democráticas capazes de induzir um processo de desenvolvimento socialmente equitativo e ecologicamente sustentável e ao mesmo tempo manter o controle e definir os limites políticos que estabelecem relações de mercado desiguais e desestabilizantes.”
Como as discussões dos novos negócios tratam de sua ética, da sua relação com o meio ambiente, é absolutamente condenável alguém pensar um negócio, uma empresa ou no seu desenvolvimento financeiro pessoal sem perceber o mundo em volta e sua relação com ele. Pensando numa sustentabilidade humana, não é mais aceitável a condição egoísta do enriquecimento às custas da fragilização do meio em que nós vivemos.
Refletindo sobre essas perspectivas, alguns estudiosos consideram que a sustentabilidade é composta, atualmente, por três dimensões conhecidas como Triple Bottom Line, que se relacionam da seguinte forma:
Sustentabilidade humana
Percepção de que, quando falamos em sustentabilidade, não estamos falando holisticamente da natureza, mas da percepção do homem enquanto parte da natureza. Suas relações com o ambiente são, fundamentalmente, sua relação com os espaços em que ele vive e convive.
DIMENSÃO ECONÔMICA
Inclui a economia formal e as atividades informais que provêm serviços para os indivíduos e grupos, aumentando, assim, a renda monetária e o padrão de vida dos indivíduos.
DIMENSÃO AMBIENTAL
Também conhecida como ecológica, estimula as empresas a considerarem o impacto de suas atividades sobre o meio ambiente, a forma de utilização dos recursos naturaise contribui para a integração da administração ambiental na rotina de trabalho.
DIMENSÃO SOCIAL
Aspecto social relacionado às qualidades dos seres humanos, como suas habilidades, dedicação e experiências, abrangendo os ambientes interno e externo da empresa.
Assim, falar em sustentabilidade deixou de ser uma questão política e passou a fazer parte da composição social cotidiana das pessoas, se manifestando nas escolhas e valorizações individuais de cada um. Não basta buscar o equilíbrio e o sucesso financeiro, mas entender que nossas práticas só fazem sentido quando fomentam o bem-estar e o equilíbrio nas sociedades através de práticas de responsabilidade social.
MAS VOCÊ SABE O QUE RESPONSABILIDADE SOCIAL SIGNIFICA?
RESPONSABILIDADE SOCIAL
A responsabilidade social pode ser definida como ações, posturas e práticas que visam o bem-estar de toda uma sociedade. Pessoas físicas e jurídicas adotam uma postura responsável e transparente, não visando seus interesses exclusivos, mas o engajamento em projetos de ações sociais, culturais e ambientais.
Uma responsabilidade social atuante e contínua promove a melhoria constante e exerce a cooperação e a ética social. Por isso, a preocupação ambiental mundial tem sido marcada por conferências e encontros, visando demonstrar os cuidados com os recursos naturais e com a sustentabilidade, bem como estabelecer a responsabilidade social dos empreendimentos industriais.
Vamos entender, agora, como a ideia de responsabilidade social chegou em nosso país e os impactos dessa nova visão.
RESPONSABILIDADE SOCIAL NO BRASIL
1950
O conceito de responsabilidade social é antigo, mas teve uma arrancada significativa na década de 1950, com Howard Bowen e sua perspectiva de que as empresas e seus negócios são centros vitais de poder e decisão. As empresas precisam compreender suas responsabilidades e os impactos oriundos de suas ações, ou seja, incluir a responsabilidade social na gestão de seus negócios.
1960-1970
Nas décadas de 1960 e 1970, é reforçado um novo entendimento em que o compromisso das organizações vai além da lucratividade. A influência de várias correntes de pensamento e propostas alternativas pela competitividade capitalista fizeram com que as organizações percebessem a importância de seu papel na sociedade.
1990
Nos anos 1990, o conceito de responsabilidade social começa a ser inserido no Brasil, impulsionado pela crise social do Estado. A crise teve como consequência a convocação das empresas a assumir suas responsabilidades com a sociedade e com o meio ambiente. Além da crise, outros fatores impulsionaram o movimento da responsabilidade social, como o avanço democrático, maiores exigências da sociedade, demandas do comércio internacional etc.
2005-2010
Ocorre a criação da ISO 26000 pelo Working Group on Social Responsibility após cinco anos de debate entre especialistas oriundos de quase uma centena de países e de seis segmentos sociais (trabalhadores, governos, empresas, consumidores, organizações não governamentais, 40 organizações internacionais, entre outros), com o objetivo de reconhecer a importância da responsabilidade social, o entrosamento das partes interessadas e os temas essenciais. A participação dos trabalhadores ocorreu por meio de especialistas vinculados às centrais sindicais de vários países, liderados pela Confederação Sindical Internacional (CSI).
ISO 26000
O nosso país participou de forma ativa na elaboração da norma ISO 26000, a começar pela composição da presidência do grupo de trabalho, dividido entre os representantes da ABNT e do Instituto de Normalização da Suécia - Swedish Standard Institute (SIS).
Através dessa norma, houve o reconhecimento da autoridade de governos e organismos intergovernamentais para a fixação dos requisitos de responsabilidade social para as organizações e as contribuições de especialistas brasileiros em todas as etapas do processo permitiram incorporar, ao conteúdo da norma, inúmeras sugestões e propostas vindas do Brasil.
A norma ISO26000 tem como objetivo fornecer orientações sobre princípios e práticas de responsabilidade social dirigidas a organizações de qualquer natureza, não apenas para empresas. Ela toma por base as normas, tratados, convenções e outros documentos intergovernamentais, inclusive as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para a definição das suas recomendações de conteúdo. Desse modo, procurou respeitar as normas obrigatórias adotadas por amplo consenso entre nações e representantes da sociedade internacional.
Princípios
Ao contrário das outras normas, como a ISO 9001 e a ISO 14000, a 26000 não possui uma certificação. Ela é apenas um guia para as organizações , tendo como princípios:
· Transparência;
· Responsabilidade;
· Direitos humanos;
· Consideração pelas partes interessadas;
· Normas internacionais;
· Legalidade;
· Comportamento ético.
TALVEZ VOCÊ ESTEJA FAZENDO AS SEGUINTES PERGUNTAS: COMO EU ME ENCAIXO NISSO E POR QUE DEVO PENSAR NAS PRÁTICAS SOCIAIS, EM ESPECIAL NAS SOCIOAMBIENTAIS?
Poderíamos contar toda uma história das questões ambientais, leis e conferências que estruturaram a história da humanidade e repensaram, de maneira crítica, os caminhos irreversíveis de modificação de nosso ambiente. Nesse momento, entretanto, queremos chamar a sua atenção para o outro lado essa moeda.
Mais do que a percepção de um país dentro do processo de responsabilidade social, é importante difundirmos a lógica da percepção individual, pois nós somos os agentes de todas as práticas e iniciativas e as nossas escolhas de como vivemos podem influenciar e afetar toda uma sociedade.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
7. Se falar em sustentabilidade deixou de ser, há algum tempo, uma mera questão política ou governamental e passou a fazer parte da vida cotidiana das pessoas, devemos compreender cada vez mais este conceito. Uma das abordagens sobre o tema é a denominada Triple Bottom Line. Podemos afirmar que ela compreende a sustentabilidade como composta por determinadas dimensões. Indique quais são elas:
As abordagens da Triple Bottom Line sobre a sustentabilidade englobam três dimensões: econômica (compreende a economia formal e cotidiana dos indivíduos); ambiental ou ecológica (enfatiza o impacto que a ação humana – individual ou institucional – causa sobre o ambiente; social (dá atenção à relação entre a vida pessoal de cada indivíduo a partir de suas relações, inclusive institucionais).
8. Sabemos que a ISO26000 é uma norma de responsabilidade social que tem Brasil e Suécia como os principais países responsáveis pelo seu desenvolvimento, embora conte com especialistas oriundos de diversos outros países e segmentos sociais. Sobre a ISO26000 e suas características, podemos afirmar:
Além de todo impacto positivo sobre a responsabilidade social que a ISO26000 poderá trazer, duas características chamam a atenção: 1. A participação dos trabalhadores ocorreu por meio de especialistas vinculados às centrais sindicais de vários países, liderados pela Confederação Sindical Internacional (CSI) e a busca pela sustentação nas normas, tratados, convenções e outros documentos intergovernamentais, inclusive as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT); 2. Ao contrário da ISO 9001 e da ISO 14000, não possui certificação, mas é apenas um guia, baseado em princípios.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, aprendemos a importância da gestão financeira para o alcance de objetivos e identificamos como o planejamento financeiro pessoal nos fornece uma noção transparente de como agir para a consecução de uma vida financeira mais tranquila e saudável, sem tantos problemas relacionados a quanto se gasta e quanto se ganha.
O controle orçamentário nos permite identificar, através da relação receita e gastos, se há um superávit ou déficit nas contas pessoais. Quando a receita se mantém e os gastos decrescem, é possível traçar novas metas e realizar investimentos, que podem ser de caráter fixo ou variável.
Entre as opções, temos aquele socialmente responsável, que gera valor atravésde práticas sustentáveis e de apoio ao meio ambiente, com atenção aos impactos econômicos, sociais e ambientais. Esse tipo de investimento é comprometido com a responsabilidade social e atua como promotor de boas práticas no meio empresarial brasileiro e na sociedade como um todo.
Por fim, identificamos o nosso papel em contribuir para uma sociedade justa e sustentável, adotando posturas, comportamentos e ações que promovam o cuidado e a preservação do meio ambiente.
CONQUISTAS ADQUIRIDAS
Olha o que conseguiu fazer:
Identificou os principais fundamentos da gestão financeira.
Aplicou técnicas de planejamento e organização da vida financeira às metas pessoais.
Analisou os tipos de investimentos mais comuns presentes no mercado.
Compreendeu os conceitos de sustentabilidade e responsabilidade social, assim como seus impactos em âmbito nacional.
Definição
Neste tema, discutiremos a evolução do mercado de trabalho e suas áreas de atuação, assim como as habilidades e competências necessárias para a empregabilidade atualmente.
Propósito
Identificar a importância de se manter atualizado em relação ao mercado para a construção de um planejamento de carreira e consequente sucesso profissional.
BREVE HISTÓRICO DO TRABALHO
Antes de conhecer as características do mercado de trabalho e suas possibilidades de atuação, veja como o trabalho, ao longo do tempo, passou por várias mudanças.
Você viu três diferentes faces de uma produção, com uma evolução constante. E no cenário atual, o que mudou?
Vivemos na Era da Informação e do Conhecimento:
Menos marcada pelas habilidades manuais de trabalho.
Evolução exponencial de novas tecnologias e estruturas.
Portanto, temos novos personagens que atuam de forma extremamente dinâmica e competitiva. Nesse cenário, algumas características são importantes, como:
· Adaptação aos meios e às mudanças constantes;
· Absorção de novas competências.
O QUE PODEMOS ENTENDER POR MERCADO DE TRABALHO?
Para começar, você deve saber que mercado, tradicionalmente, é o espaço em que compradores e vendedores se encontram para realizar operações comerciais.
O mercado de trabalho, assim como os mercados tradicionais, é um local de trocas, em que contratantes e contratados são os principais atores.
A partir dessa definição, entende-se que esse espaço reúne pessoas que oferecem vagas de emprego e outras que buscam por tais oportunidades em diferentes possibilidades de atuação:
VOCÊ SABIA QUE HÁ DIFERENÇA ENTRE EMPREGO E TRABALHO?
Mesmo que todo emprego exija algum tipo de trabalho, os dois não são sinônimos.
O trabalho remonta aos primórdios da evolução humana, veio da necessidade do homem de sobreviver e perpetuar a espécie.
O emprego pressupõe uma relação entre dois ou mais indivíduos, em que um organiza as ações e o outro as executa. Atuam nesse cenário, contratante e contratado.
POSSIBILIDADES DE MERCADO DE TRABALHO
Iniciativa privada
Corresponde ao conjunto de organizações constituídas sem participação do setor público, que exercem uma atividade econômica com a articulação dos fatores produtivos para a produção ou circulação de bens ou de serviços.
Uma empresa pode ser formada por um indivíduo, de maneira autônoma, ou por centenas de trabalhadores. Juridicamente, ela pode ter uma variedade de opções organizacionais, como sociedade limitada, sociedade anônima etc.
Veja alguns pontos importantes da iniciativa privada:
Setor público
O setor público tem uma multiplicidade de funções. O servidor público possui características específicas dentro de cada órgão. Ele pode ser contratado por concurso, se tornar membro de autarquias ou ocupar cargos eletivos e comissionados.
Hoje, é comum ouvirmos diversas críticas referentes ao funcionalismo público. Entretanto, é importante lembrar que são eles que mantêm diversos serviços em funcionamento, como hospitais, escolas, polícia etc.
Funcionalismo público
O funcionalismo público é dividido entre os entes federativos, ou seja, União, Estados e Municípios. Portanto, temos funcionários públicos municipais (como professores), estaduais (como policiais) e federais (como auditores). É possível termos a mesma função em diferentes entes, como procurador do munícpio, do estado e da união.
Em situações específicas, o modelo de contratação pode variar: é o caso dos empregados públicos, que também são concursados, mas seguem as regras da CLT.
Veja essa e mais algumas particularidades dos cargos de servidores e empregados públicos:
 
Terceiro setor
A ideia de uma sociedade dividida em setores surgiu nos Estados Unidos, na década de 1970. O primeiro é o governo, o segundo, instituições privadas, e o terceiro corresponde às instituições sem fins lucrativos e não comerciais (ONG, instituições filantrópicas e de caridade), com o objetivo de atuar nos espaços em que o Estado e a iniciativa privada não estão presentes.
Essa atuação pode se dar através da filantropia, assistencialismo, proteção social e ambiental, cuidados médicos, geração de emprego e renda etc.
ATENÇÃO
Apesar das instituições do Terceiro setor serem independentes, elas podem receber financiamento, desde que a finalidade seja social.
Terceiro setor no Brasil: casos de atuação
Existem grandes trabalhos prestados por organizações do terceiro setor. Eles atuam em favor da sociedade, por ações voluntárias, em parcerias para auxiliar o serviço público ou em convênios com empresas do setor privado, como, por exemplo, os projetos:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Houve diversas mudanças no mercado de trabalho desde o início das fábricas, no século XVIII, até os dias atuais. As indústrias do século XX, como a automobilística, viram as suas condições de trabalho e trabalhadores mudarem tanto, que, se um homem do início do século chegasse hoje em uma fábrica de automóveis, por exemplo, não a reconheceria seguramente, tão pouco seus companheiros.
Sobre este processo de transformação, podemos afirmar:
O desenvolvimento da indústria, em especial da automobilística usada como exemplo, por conta do avanço tecnológico digital, robótica, tem um impacto direto sobre as relações de trabalho: MUITOS trabalhadores são substituídos, mas ao mesmo tempo precisam assumir funções polivalentes e percepção mais ampla do processo para se manterem atualizados.
2. Partindo da compreensão de que mercado de trabalho é um local de trocas, em que empregados e empregadores são os principais atores, é importante identificar as características específicas do setor público, privado e do terceiro setor.
A esse respeito, indique a alternativa incorreta:
Os servidores ocupam cargos efetivos nos órgãos da administração direta e nas autarquias e fundações públicas, ou seja, sua principal vantagem é a estabilidade. O funcionário público pode ser um servidor (estatuto dos funcionários públicos) ou um empregado (CLT), dependendo da área em que atue.
CARREIRA
O conceito de carreira costuma ser associado a uma trajetória de trabalho, que é construída a partir de um planejamento das possibilidades concretas de crescimento. De certa forma, o trabalhador tem a expectativa de ascensão de carreira a partir do momento que ele corresponda satisfatoriamente às funções e obrigações determinadas por seu empregador.
Veja um exemplo de como é a expectativa idealizada em relação à carreira:
CENÁRIO EVOLUTIVO DA CARREIRA
Antigamente, as empresas eram estáveis, tradicionais, e a concorrência praticamente não existia. Os cargos eram igualmente estáveis e previsíveis. Havia pouca mobilidade, pois uma pessoa trabalhava a vida inteira no mesmo lugar e, em alguns casos, na mesma função. No exemplo que vimos, a carreira da Solange teve um crescimento gradual e sistemático, mas hoje isso não é mais a realidade.
Com a abertura de novos mercados, evolução da tecnologia e aumento da concorrência, surge a necessidade de adaptação das empresas e dos profissionais às novas metodologias de trabalho.
Mas quais foram as principais mudanças?
Com o mercado de trabalho cada vez mais exigente, torna-se imprescindível que os profissionais assumam a responsabilidadepelo seu plano de carreira e invistam em sua qualificação e especialização profissional por conta própria. Surge uma nova concepção de carreira caracterizada pelo aumento da responsabilidade individual do profissional.
SAIBA MAIS
A empresa não é mais a única detentora de poder sobre a carreira de seus funcionários, hoje cada pessoa precisa pensar na construção de sua trajetória profissional. Se você quiser aprofundar esse conhecimento, sugerimos a leitura do livro “A era do Eu S.A.”, de Marlene Theodoro. Nele, a autora discute a importância de saber como encontrar os caminhos para prosperar e manter-se em um mercado de trabalho em constante transformação, que exige cada vez mais novos conhecimentos, novas habilidades, competências e a projeção de uma personalidade forte e marcante.
Habilidade
Técnica ou meio que você adquire ou desenvolve.
Ex.: Quando aprendemos a dirigir, adquirimos habilidade com o pedal do acelerador, com os espelhos retrovisores etc.
Competência
É a posse de características necessárias para realizar uma determinada função.
Ex.: Ainda usando exemplo de dirigir um veículo, teremos a competência para dirigir após associarmos as habilidades adquiridas.
Você já deve ter lido ou escutado que, para ingressar no mercado de trabalho, precisa desenvolver algumas habilidades e competências, certo?
De fato, elas são exigências das empresas atualmente, por isso, é preciso realçar as atividades que você desempenha melhor, assim como os conhecimentos técnicos adquiridos para uma determinada função.
Estamos falando das hard skills e soft skills.
Vamos entender melhor esses conceitos.
Hard skills
São modelos clássicos de desenvolvimento de aptidões, ou seja, tudo aquilo que você prepara e estuda para dominar perfeitamente uma técnica.
Em um processo seletivo essas competências tendem a ser observadas por meio de testes específicos.
Veja alguns exemplos de hard skills:
· Mestrado e doutorado;
· Conhecimento em uma língua estrangeira;
· Experiência.
Soft skills
São competências comportamentais, difíceis de ensinar e medir, pois dizem respeito à personalidade e ao comportamento do profissional. Estão relacionadas à capacidade de interagir com pessoas no ambiente de trabalho. Por isso, podem afetar os relacionamentos e, por consequência, a produtividade. Muitas vezes, os empregadores preferem candidatos que possuam as soft skills, pois já oferecem treinamentos internos para as hard skills.
Em um processo seletivo, essas competências tendem a ser observadas por meio de testes comportamentais e psicológicos, com dinâmicas focadas em alguma competência específica.
Veja alguns exemplos de soft skills:
· Proatividade;
· Resolução de conflitos;
· Criatividade.
Vamos entender melhor a diferença entre os conceitos que acabamos de ver analisando duas situações ocorridas na mesma empresa.
CASO 1
Em uma equipe de 8 pessoas, o colaborador Roberto foi designado a fazer um treinamento sobre o novo software que será implementado no processo de controle de produção. Como os custos de treinamento são grandes, o gestor da equipe selecionou apenas esse colaborador, considerando que, após o treinamento, ele multiplicaria o conhecimento para o restante da equipe. Entretanto, passado o treinamento, os demais colaboradores fizeram queixa, dizendo que Roberto não sabia ensinar os outros e disse que só ele iria operar o sistema.
CASO 2
O gerente Alexandre precisava quantificar as vendas no Natal. Apesar de liderar e despertar a confiança dos funcionários, ele não tinha domínio técnico do software adotado recentemente pela empresa para poder registrar as entradas de venda no sistema. Entretanto, um de seus funcionários possui diversas certificações em softwares contábeis e mostrou-se capaz de trabalhar com o software novo. Dessa maneira, tendo um colaborador com competência técnica específica, será possível utilizar o novo recurso sem comprometer os lançamentos contábeis.
Nos dois casos apresentados, respectivamente, você acha que temos questões (ou problemas) relacionadas a:
No caso 1, temos uma situação que envolve a capacidade de trabalhar em equipe, de comunicação, ou seja, é uma competência comportamental, uma soft skill. No caso 2, a certificação é um conhecimento adquirido formalmente em cursos. Portanto, é uma competência técnica, objetiva, uma hard skill.
VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR QUAIS SÃO AS COMPETÊNCIAS EXIGIDAS EM SUA ÁREA DE ATUAÇÃO?
Veja algumas reflexões que devemos fazer sobre as nossas competências:
Resolução de problemas complexos
“[...] nos próximos quatro anos, 36% das atividades em todos os setores da economia deverão exigir habilidade para solução de problemas complexos”.
Pensamento crítico
“Uso da lógica e da racionalização para identificar forças e fraquezas de soluções alternativas, conclusões e abordagens a problemas”.
Criatividade
A robotização não supera a criatividade humana. Criatividade na busca de soluções, no estabelecimento de diálogos para melhorar e atender demandas.
Gestão de Pessoas
A capacidade de motivar, desenvolver pessoas e de identificar talentos é a parte da função de um gestor mais destacada pelo relatório.
Coordenação
Corresponde à “capacidade de coordenar as próprias ações de acordo com as ações de outras pessoas”.
Capacidade de julgamento e tomada de decisões
Um bom líder será sempre bom na tomada de decisões em ambientes de alta complexidade, contexto mais frequente na rotina corporativa. Acertar em soluções neste ambiente é meio caminho para o sucesso no mundo dos negócios de acordo com o especialista.”
Orientação para servir
Postura colaborativa e inclinação para ajudar os outros.
Negociação
Relacionar-se com o outro é estar em permanente negociação, assim, “habilidades de negociação e conciliação de diferenças são importantes para todos os profissionais. Mas o relatório do Fórum Econômico Mundial destaca as áreas de computação, matemática, artes e design como as que mais vão exigir bons negociadores até 2020”.
Flexibilidade cognitiva
“Capacidade de criar ou usar diferentes conjuntos de regras para combinar ou agrupar as coisas de diferentes maneiras [...] O relatório cita os setores de bens de consumo, comunicação e tecnologia da informação como aqueles que mais vão exigir esta capacidade de seus profissionais.”
VERIFICANDO O APRENDIZADO
3. Ao buscar o ingresso em uma empresa, sabemos que, no âmbito das habilidades e competências, é preciso realçar as atividades que você desempenha melhor, assim como os conhecimentos técnicos adquiridos para uma determinada função. E, para que você esteja preparado também neste sentido, é fundamental identificar e diferenciar as hard skills das soft skills.
Sobre isto, podemos afirmar:
Enquanto as hard skills são modelos clássicos de desenvolvimento de aptidões, ou seja, tudo aquilo que você prepara e estuda para dominar perfeitamente uma técnica; as soft skills estão relacionadas à capacidade de interagir com pessoas no ambiente de trabalho. Por isso, podem afetar os relacionamentos e, por consequência, a produtividade.
4. Sabemos que uma das exigências do mercado é a inteligência emocional, requisito para cargos de liderança e trabalhos em equipe, dentre outras habilidades e competências.
Dentre as competências apresentadas a seguir, qual não pode ser considerada soft skill?
Os modelos clássicos de desenvolvimento de aptidões, ou seja, tudo aquilo que você prepara e estuda para dominar perfeitamente uma técnica, são consideradas hard skills, e não soft skills.
INTRODUÇÃO
Existem diversas formas de empreender, que vão muito além da vontade de ganhar dinheiro. Você pode, inclusive, empreender sem abrir um negócio.
Empreendedor Informal - É o tipo de pessoa que, diante de uma necessidade, tem o movimento empreendedor para sobreviver.
Empreendedor Cooperado - Trabalhar sozinho faz com que seja mais difícil vender sozinho, mas, ao unir-se a um coletivo, o produto ganha condições de venda.
Empreendedor Social - As pessoas que querem ajudar o próximo criam uma organização sem fundos lucrativos. Nessemercado, o trabalho em equipe é primordial e o objetivo é mudar o mundo e inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo.
Empreendedor Corporativo - Também chamado de intraempreendedor, é o sujeito que promove novos projetos dentro da própria empresa. Seu principal objetivo é focado em sua carreira, não em uma empresa, no seu desenvolvimento pessoal.
Empreendedor Público - Próximo ao intraempreendedor, mas focado em garantir processos mais eficientes, que atendam melhor à sociedade dentro da dinâmica do serviço público.
Empreendedor do Conhecimento - Usa o seu conhecimento específico e o transforma em um produto que pode ser oferecido de formas diferentes para públicos diversos.
Empreendedor do Negócio Próprio - Modelo mais clássico, aquele que opta por criar algo novo, que se arrisca, mas que tem uma visão de tomar para si o controle pleno de sua estrutura e fundamentação.
Como vimos, empreender não é sinônimo de abrir uma empresa ou o próprio negócio. O ato de empreender pode ser observado em diferentes ambientes e formas. Atualmente, o empreendedorismo está relacionado à inovação.
Vamos ver um exemplo:
Podemos imaginar que muitas pessoas gostem de brigadeiros. Quem decidir abrir uma loja desses doces, certamente terá lucro se escolher um modelo de negócios adequado. Mas isso não é empreender.
Empreender é pensar um pouco além disso, é buscar uma solução inovadora que agregue valor à ideia de simplesmente vender brigadeiros.
Veja a diferença entre empreender e abrir um negócio.
Todo o trabalho é desenvolvido com foco nos resultados, no alcance de metas e na solução de um problema que existe para determinados tipos de consumidores.
Portanto, enquanto o empresário vende brigadeiros o empreendedor enxerga uma oportunidade de mercado e inova essa prática.
O EMPREENDEDOR E SUAS CARACTERÍSTICAS
Conceitualmente, o empreendedor é um sujeito que busca soluções: atento às novas tendências, preocupado com soluções inéditas e que busca explorar campos de atuação carentes de atendimento e com excesso de demanda.
Empreender, portanto, é produzir novas ideias que combinem criatividade e imaginação.
A professora Maria Inês Felippe define empreendedor como:
“Aquele capaz de deixar os integrantes da empresa surpreendidos, sempre pronto para trazer e gerir novas ideias, produtos, ou mudar tudo o que já existe. É um otimista que vive no futuro, transformando crises em oportunidades e exercendo influência nas pessoas para guiá-las em direção às suas ideias. É aquele que cria algo novo ou inova o que já existe e está sempre pesquisando. É o que busca novos negócios e oportunidades com a preocupação na melhoria dos produtos e serviços. Suas ações baseiam-se nas necessidades do mercado.”
Mas uma pessoa nasce empreendedora ou ela se torna ao longo do tempo?
Diversos estudos apontam que uma pessoa não nasce empreendedora, mas existem fatores que contribuem para sua formação: família, amigos, trabalho, meio social etc.
Portanto, a ideia do empreendedor como alguém com um determinado dom ou capacidade especial é ilusória.
Empreendedorismo tem que ser entendido como uma prática necessária para nos adequarmos aos tempos atuais.
O espírito empreendedor é fomentado pela sucessão das gerações, pelas relações familiares, sociais, pela necessidade, mas, hoje, cada vez mais, pela crença de encontrar soluções que permitam uma melhora da qualidade de vida, longe da antiga métrica do dinheiro pelo dinheiro.
A mídia sempre conta a história do empreendedor como um super-homem, que teve uma ideia maravilhosa e brilhante, que gera faturamento de milhões.
Mas ele trabalha muito, faz seu planejamento, estabelece metas e batalha até conseguir alcançar seus objetivos.
O sucesso é sinônimo de muito esforço, muito empenho, muito trabalho. Não é sorte, não é ter ideia brilhante, mas trabalhar para que a causa tenha um efeito desejado.
Como se tornar uma pessoa empreendedora e se preparar para esse novo mercado?
Empreendedorismo é atitude.
Por isso, para ser empreendedor, é preciso sair da zona de conforto e ir à luta.
Identifique quais são as características que possui, seus pontos fortes e em quais precisa trabalhar.
Portanto, questione-se:
Compreender quais habilidades precisa desenvolver irá auxiliar na transformação para se tornar uma pessoa empreendedora.
Ter um perfil empreendedor significa estar muito antenado, o tempo todo ligado. Para isso, é primordial estar atento a tudo que o mercado oferece e identificar oportunidades.
Depois de entendermos um pouco sobre os desafios de empreender vamos ouvir um depoimento que nos ajuda a compreender os passos para obter sucesso diante dos desafios.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Já sabemos que empreendedorismo é “o estudo voltado para o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas à criação de um projeto”. Há diversas formas de empreender e atuar no mercado. Portanto, é fundamental identificar quais perfis empreendedores.
I - Empreendedor social: focado em garantir processos mais eficientes, que atendam melhor à sociedade dentro da dinâmica do serviço público.
II - Empreendedor corporativo: é o sujeito que promove novos projetos dentro da própria empresa. Seu principal objetivo é focado em sua carreira, não em uma empresa, no seu desenvolvimento pessoal.
III - Empreendedor público: tipo de empreendedorismo formado por pessoas que querem ajudar o próximo, criando uma organização sem fundos lucrativos. O trabalho em equipe é primordial e o objetivo é mudar o mundo e inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo.
Sobre os perfis acima, identifique a(s) afirmativa(s) correta(s):
2. Podemos adotar um entendimento errado sobre o que é ser um empreendedor. A esse respeito, indique a alternativa incorreta:
As ações de um verdadeiro empreendedor, além das características apresentadas nas demais opções, devem estar diretamente ligadas às necessidades de mercado. Sua capacidade de perceber tais necessidades será um grande diferencial em sua atuação como profissional.
Mas o que é inovação?
Inovação é o ato ou ação de inovar. Buscar novas soluções para os problemas.
Trazer novos costumes, processos, atividades, ou seja, trazer uma ideia de renovação.
Inovação, segundo Ronald Jonash e Tom Sommerlatte (2001),
É um processo para alavancar a criatividade a fim de criar valor de novas maneiras, por meio de novos produtos, novos serviços e novos negócios.
(JONASH, R. S.; SOMMERLATTE, 2001)
Inovação é uma ideia criativa, que, quando trabalhada de forma adequada, gera resultados.
IMPORTANTE
Vale ressaltar que inovação deve criar benefícios reais. Se não houver benefício pela implementação da ideia proposta, ela não será considerada inovação.
Agora, veja alguns exemplos de inovação que uma empresa pode gerar:
INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO
Henry Ford, no início do século XX, inaugurou a linha de montagem para produção em massa do automóvel Ford T, diminuindo os custos, para popularizar a venda de veículos.
INOVAÇÃO NA MARCA
Na década de 1920, a Ferrari se viu obrigada a pintar seus carros de corrida na cor vermelha. Criou um vermelho específico, o rosso corsa (vermelho de corrida). A cor ficou tão associada à marca que passou a designar um tipo de vermelho: vermelho Ferrari.
INOVAÇÃO NO PRODUTO
Com o aumento da velocidade dos carros, a segurança passou a ser um diferencial. Em 1958, foi fabricado o primeiro automóvel americano com cintos de segurança: o Chevrolet Corvette.
INOVAÇÃO NO NÉGOCIO
As concessionárias de carro passaram a oferecer serviços mecânicos, seguro, customização, entre outros, em vez de somente atuarem como pontos de venda.
A inovação, hoje, é essencial para a sobrevivência da empresa no mercado. Quem não inova e não traz soluções diferenciadas, está fora do mercado.
COMPETITIVIDADE E INOVAÇÃO
O impacto da inovação pode gerar muitas mudanças no mercado. As organizações que não tiverem uma estrutura organizacional compatível com a capacidade de criar e inovar correm um sério risco de insucesso. Atualmente, o ambiente em que as organizações atuam é caracterizado por mudanças

Continue navegando