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REVISÃO DE PATOLOGIA

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REVISÃO DE PATOLOGIA 
CONCEITO DE PATOLOGIA – é o estudo do sofrimento, que está dividida em geral, sistêmica ou especial, Ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismos que as produzem, as sedes e as alterações morfológicas e funcionais que apresentam.
PROCESSOS PATOLOGICOS – anatomia patológica, histopatológia, patologia clínica, fatores patogênicos (mancha branca oral- KOPLIC)
DEFINISÕES DE PATOLOGIA – causa (agente etiológico, etiologia, agente estressor), mecanismo (patogenia), sedes (células, tecidos), alterações (morfológica- estrutura, funcionais- função)
ETIOLOGIA OU CAUSA - Parte da patologia que estuda as causas das lesões;
PATOGENIA OU MECÂNISMO- Parte da patologia estuda o mecanismo de formação das lesões;
MORFOPATOLOGIA OU ALTERAÇÕES - que se subdivide em:
· Anatomia Patológica - Parte da patologia que estuda as características macroscópicas das lesões; 
· Histopatologia - Parte da patologia que estuda as características microscópicas das lesões.
FISIOPATOLOGIA OU SEDE - Parte da patologia que se dedica ao estudo das alterações da função de órgãos lesados.
PROCESSOS ADAPTATIVOS PATOLOGICOS – ao ser atingido pelos agentes etiológicos a célula tem dois processos (alteração morfológica e funcional- adaptação), em caso de adaptação mesmo com lesão a célula é reconstituída, caso contrário, morte celular (necrose, apoptose) dependendo da intensidade e tempo.
CAUSA DAS LESÕES CELULARES - *Ausência de oxigênio: Isquemia #Hipóxia
 * Agentes físicos: Trauma mecânico, Temperaturas P.A., radiação, choque
 * Agentes químicos e drogas: Glicose/sal venenos, CO, alcool, narcóticos
 * Agentes infecciosos: Vírus, bactérias, protozoários, fungos, etc.
 *Reações Imunológicas: Auto-imune
 * Distúrbios genéticos: Anormalidades cromossomicas, falta de enzimas, etc. 
 * Desequilíbrios nutricionais: Deficiências protéico- calóricas, de vitaminas ou excessos
DEREGERAÇÃO PATOLOGICA – acúmulos intracelulares de líquidos, substancias, gorduras, proteínas, glicogênio, atingindo a membrana celular e ou mitocôndrias, alterando a regulação as exocitose/ endocitose
PATOGENIA DEGENERAÇÃO HIDROPICA – aumento de água na célula (extrínseca), diminuição ou ausência (fonte energética/O2/ glicose, processo metabólico ,falência da bomba de sódio/potássio, transporte transmembrana ,proteínas integrais perdem a seletividade), enquanto isso, aumenta (influxo de sódio no LIC, efluxo de potássio no LEC, até ai é reversível, + influxo de H2O, Calcio intracelular e desgaste nas organelas, formando vacúolos , então morte celular)
VISÃO MACROSCOPICA DEGENERAÇÃO HIDROPICA – órgão sem brilho, palidez, volume e peso
VISÃO MICROSCOPICA DEGENERAÇÃO HIDROPICA – organelas diminuídas ou ausentes, bolhas, palidez, distensão da membrana 
PATOGENIA DEGENERAÇÃO ESTEOTOTICA – acumulo de gordura onde pelo fato de o fígado ser o produtor (intrínseca/extrínseca) colesterol aumentado, redução ou ausência de fontes energéticas (desnutrição, alcoolismo, toxinas, hipoglicemia, doenças pancreáticas, hipoventilação, drogas, jejum prolongado), os ácidos graxos essenciais entram nos hepatócitos onde ocorre a esterificação, transformando em fosfolipídios, cetonas e triglicerídeos, onde com o excesso aumenta o colesterol.
VISÃO MACROSCOPICA DEGENERAÇÃO ESTEOTOTICA – volume, peso, aumento do brilho
VISÃO MICROSCOPICA DEGENERAÇÃO ESTEOTOTICA – distensão, gordura no citoplasma (corado de rosa claro), organelas menos, perda de forma celular.
PATOGENIA DEGENERAÇÃO PROTEÍCA (HIALINA) – acumulo de proteína, as células são modificadas(intrínseca), sedes; em qualquer parte do corpo, doenças; SARA, DIABETES HIALINICO, DERMATOSE HIALINICA, LUPOS E HIPERTENSÃO HIALINICA, causa; radiações, toxinas de alimentos, agrotóxicos (organosclorado e organosfosforado), drogas, ex; craque, cocaína, LSD, aguns medicamentos que contem prata, manganês e cromos em altas doses (penicilina g benotina, fisioterapêuticos em excesso)
VISÃO MICROSCOPICA DEGENERAÇÃO PROTEINA – citoplasma coberto por uma (massa) corada em rosa, perda da expansão citoplasmática, muitas vezes não se consegue visualizar nem núcleo nem organelas 
VISÃO MACROSCOPICA DEGENERAÇÃO PROTEINA – aumento de peso, rigidez da estrutura, perda da cor do órgão
PATOGENIA DEGENERAÇÃO MUCOIDE – acumulo de muco e glândulas, órgãos sexuais etc.(intrínseca) sedes; ovário, glândulas salivares de bartolin, intestino, pneumóciticos, miocitos uterinos, estômago, causa; processo inflamatório, câncer
VISÃO MICROSCOPICA DEGENERAÇÃO MUCOIDE – presença no citoplasma de anéis de SINETE (forma de meia lua) corada em roxo, a célula não altera de volume, a ausência da desproporção núcleo/ citoplasma
VISÃO MACROSCOPICA DEGENERAÇÃO MUCOIDE – células em volume normais, presença de edemas, ressecamento do órgão 
PATOGENIA DEGENERAÇÃO GLICOGÊNICA – acumulo de glicogênio, fígado e musculo esquelético (HIPO/HIPER” glicemia”, +intensidade +tempo), sedes; hepatócitos (fígado), miocitos (musculo), causa; hiperglicemia, hipoglicemia, anestesia, dislipidemias (antagonistas dos receptores de insulina nas células)
VISÃO MICROSCOPICA DEGENERAÇÃO GLICOGÊNICA – células não aumenta nem de volume nem de peso, o citoplasma celular começa a perde cor e brilho, formação de uma condensação no núcleo picnose celular
VISÃO MACROSCOPICA DEGENERAÇÃO GLICOGÊNICA – palidez do tecido e dos órgãos, os órgãos apresentam-se amolecidos, presença de normalidade entre volume e peso dos órgãos 
PIGMENTAÇÃO PATOGENICA – é o acumulo anormal de pigmentos ou mesmo a diminuição, onde pode indicar que a célula sofreu agressões essa anormalidade é um sinal de perda de homeostase e da morfostase celular. A pigmentação patológica pode ser exógena, ou endógena.
PIGMENTAÇÃO PATOLOGICA ENDOGENA - produzido ou retirado do próprio organismo, presença de pigmentação hemático (hemácia)/ hematologia e melânico (melanina)
PIGMENTOS HÊMANTICOS – tem origem da lise na hemoglobina, e originam pigmentos chamados hemossiderina e bilirrubina
PIGMENTO DE ENVELHECIMENTO – lipofucsina, cor marrom
PIGMENTO DERIVADO DA HEMOGLOBINA – hemossiderina 
EQUIMOSE – mancha na pele de coloração variável, produzida por extravasamento de sangue
HEMOSSIDEROSE – sobrecarga de ferro
ICTERICIA – acumulo extracelular de bilirrubina 
PIGMENTOS MELÂNICOS – Forma recessiva e autossômica; localizada principalmente na região do crânio; com a diminuição de pigmento localizada surge o albinismo, onde os melanócitos são normais, mas não produzem pigmentos. Da mesma forma o vitiligo que é comum nas mãos, causado pela diminuição da quantidade de melanócitos produtos de pigmentos da epiderme, se manifestam com manchas apigmentadas 
PIGMENTAÇÃO PATOLOGICA EXOGENA - presença vinda de fora para dentro, siderose (ferro inalado), antracose (CO2 pelo carvão), argiria (sais de prata contidos em medicamentos), saturnismo (chumbo presente nas maquiagens), Tatuagem; estética (desenho), e patológica (repercussão negativa, granuloma)
SIDEROSE – pigmentação por dióxido de ferro, intoxicação causada por deposito de poeira de ferro nos tecidos humanos
ANTACROSE – pigmentação por sais de carbono. Não gera grandes problemas, mas se evoluir pode causar disfunção pulmonar. Observada em mineiros, população de grandes centros urbanos e fumantes
ARGIRIA – pigmentação por sais de prata. Oriunda da contaminação sistêmica por medicação. Cor acidentada e azul escura. Causada por exposição anormal a sais de prata.
BISMUTO - comum em terapia para sífilis
TATUAGEM – é feita por sais de enxofre mercúrio, ferro e entre outros corantes. Pigmentação exógena usualmente limitada a pele, na qual resulta da introdução de pigmento insolúveis na derme
TATUAGEM POR AMÁLGAMA – áreas de coloração azulada na mucosa bucal, decorrente da introdução de partículas de amálgama na mucosa.
CALÇIFICAÇÃO PATOLOGICA – A calcificação patológica é definida por se localizar fora do tecido ósseo ou dental, em situações de alteração da homeostase e da morfostase. O mecanismo das calcificações patológicas segue o mesmo princípio das calcificações normais,calcificação distrófica,calcificação metastática e calcificação litíase, sendo de acordo com a função e morfologia. 
CALCIFICAÇÃO DISTROFICA –* Ocorre devida a lesão do próprio tecido; 
* Encontrada principalmente nos tecidos com necrose dos tipos: caseosas, coagulação e gordurosa:
 *Raramente apresenta-se na necrose liquefativa; 
* Sua presença é quase frequente nos ateromas.
* Podem ser vistas nas valvas cardíacas lesadas por febre reumáticas ou por processos degenerativos do envelhecimento: 
* O mecanismo exato ainda não é bem conhecido, sendo que os processos parecem ser muito semelhantes ao de ossificação.
 * A alteração no pH local no tecido lesado, faz o organismo depositar cálcio para neutralizara-la;
* Embora na maioria das vezes não produza sintomas clínicos (a não ser que se desenvolva em pontos críticos (coronárias, valvas cardíacas) desempenha um importante papel no diagnóstico radiológico. EX: Mamografia revela microcalcificação é um sinal sugestivo de câncer na mama. Cálculos cerebrais, podendo ser provocada por Toxoplasmose congênita. Febre reumática e obliteração das comissuras. Espessura irregular das valvas. Pontos de calcificação (basofílicos) na camada íntima da aorta em um processo avançado de aterosclerose. (HE, 200X).
CALCIFICAÇÃO METASTATICA - Cálcio mobilizado de outras áreas, depositando-se a distância. * Se deve ao aumento do cálcio circulante (hipercalcemia). É, portanto, encontrado:
* Aumento do parato-hormônio (Hiperparatiroidismo);
* Excesso de vitamina D; 
* Aumento da mobilização do cálcio ósseo (ex: destruições de ossos por tumores); 
* O cálcio circulante aumentado se deposita em tecidos normais, acentuando-se mais nos locais onde houver tecidos lesados. 
 - Doença de Addison (produção insuficiente dos hormônios da glândula supra-renal. - São exemplos de hipercalcemia moderada com possibilidade de calcificação metastática. A calcificação metastática é originada de uma hipercalcemia. Essa situação pode ser devida à remoção de cálcio dos ossos (comum em situações de cânceres e inflamações ósseas, imobilidade, hiperparatireoidismo) ou à dieta excessivamente rica desse íon.
CALCIFICAÇÃO CALCULOSE OU LITIASE - Calcificação em estruturas tubulares diferentes de vasos sanguíneos
* Não difere muito dos padrões de formação da calcificação distrófica. 
* Sua particularidade reside no fato de se localizar em estruturas tubulares.
* Esse núcleo se desloca para a luz do ducto, onde cresce devido a sucessivas incrustações ao redor de sua estrutura.
 *A calculose pode levar à obstrução, à lesão ou à infecção de ductos, principalmente do pâncreas, da glândula salivar, da próstata e dos tratos urinário e biliar. Presença de calcificações distróficas em ducto (D) de parótida (A), supostamente derivados de um cálculo (setas) (HE, 100X). Calculose pode levar à obstrução, à lesão ou à infecção de ductos, principalmente do pâncreas, da glândula salivar, da próstata e dos tratos urinário e biliar. 
 A maioria dos cálculos renais é composta de Oxalato de cálcio e de Oxalato de fosfato.
 Fatores determinantes
• Aumento da concentração do soluto na urina 
• pH urinário baixo, resultando em em baixa solubilidade do soluto
 • Baixa ingestão de líquido (estase urinária) 
• Infecção persistente
 Natureza dos cálculos
• 80% de Oxalato de cálcio e de fosfato (Hipercalcemia) 
• 15% de Fosfato de magnésio, de amônia e de cálcio (Microrganismos que degradam a ureia, tornando a urina alcalina)
 • 4% de ácido úrico (Hiperuricemia, Ex: Gota)
 • < 1% de cistina (Defeitos genéticos de transporte tubular). 
Gota é uma doença caracterizada pela elevação de ácido úrico no sangue e surtos de artrite aguda secundários ao depósito de cristais de monourato de sódio. São muito característicos regiões volumosas localizadas nos cotovelos. Apesar de não ser comum, quando aparecem na cartilagem do ouvido são úteis para diagnóstico de gota. Diagnóstico tardio e os que não se tratam têm cristais de monourato de sódio depositados nas articulações, tendões e cartilagens. 
A quebra-pedra (Phyllantus niruni) inibe a formação de cálculos renais e facilita sua expulsão (Ciência Hoje, 2004).
 A formação dos cálculos ocorre pela adesão de pequenas partículas minerais às paredes do túbulo renal, um canal fino que constitui cada néfron. 
Chá de quebra-pedra reduz a adesão de cristais de oxalato de cálcio às paredes do túbulo renal, porque reverte sua polaridade. "Os cristais se prendem à parede celular porque há uma atração elétrica entre ambos", a química esclarece.
 "Os cristais têm carga positiva, e a parede celular, negativa. O Phyllantus niruri parece mudar a polaridade da carga dos cristais, e inibir assim sua adesão ao túbulo renal."

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