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NUTRIÇÃO E DOENÇAS VASCULARES

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NUTRIÇÃO E DOENÇAS VASCULARES 
Por muitas décadas, evidências demonstraram que muitas doenças crônicas são evitáveis pelo estilo de vida levado, e agora são comprovados e justificam ações. Como fatores de risco e doenças subsequentes podem ter início precoce, esforços em prol da saúde e prevenção de doenças são essenciais para prolongar a mortalidade, melhorando a qualidade de vida e diminuindo o peso econômico no sistema de saúde. Estilo de vida saudável é um dos pilares desses esforços. As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morte e incapacidade nos países industrializados e em desenvolvimento. E a Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é o principal fator de risco. 
Hipertensão arterial sistêmica
Também chamada de pressão alta, é caracterizada pela pressão arterial sistólica (em momento de contração) maior ou igual a 140 mmHg (milímetros de mercúrio) e diastólica (de dilatação) maior ou igual a 90 mmHg. Ou seja, se a pressão estiver maior ou igual a 14 por 9, ela é considerada alta. A hipertensão atinge o coração, os rins, o cérebro e os vasos sanguíneos. Os vasos são recobertos internamente por uma fina camada que pode ser machucada quando o sangue circula com pressão elevada. Em longo prazo, isso pode ocasionar o endurecimento, estreitamento, entupimento e até o rompimento deles.
 Hipertensão primária, é a pressão arterial elevada (superior a 140/90 mmHg) sem qualquer causa identificável. A pressão sanguínea é determinada pela força do sangue contra a parede da artéria e o volume de sangue que o coração bombeia. Na maioria dos casos, a pressão arterial elevada passa despercebida ou provoca sintomas leves ou não específicos, tais como dor de cabeça, tontura e alterações visuais.
 A hipertensão pode afetar eventualmente qualquer pessoa, mas também pode ser tratável se detectada logo no início. Atinge o maior número de pacientes, correspondendo a 90% dos casos. 
Hipertensão secundária, provocado secundariamente por uma causa identificável. Estima-se que até 10% das pessoas que têm pressão alta, tenham a doença iniciada devido a outras. Entre as causas secundárias mais comuns estão insuficiência renal crônica, obstrução de artérias renais e outras. 
Dados Populacional :
A pressão alta atinge uma em cada quatro pessoas adultas no Brasil e está presente em torno de 5% das crianças brasileiras. Após os 60 anos de idade, estima-se que mais de 50% da população do país tenha pressão alta. Ela é responsável por 40% dos casos de infarto, 80% de derrames e 25% de insuficiência renal terminal.
PRINCIPAIS CAUSAS: 
-Pré-disposição hereditária
-Envelhecimento 
-Etnia (negros são mais propensos a serem hipertensos) 
-Obesidade
- Falta de exercícios físicos
-Má alimentação
-Consumo excessivo de sal e de álcool
-Tabagismo 
-Estresse 
 
Na maioria das vezes, não apresenta sintomas e apenas com o controle da pressão arterial é possível atestar sua a incidência. A primeira forma de prevenção é fazer o acompanhamento dos índices da pressão arterial, principalmente se pais, avós ou outros parentes próximos também tenham hipertensão.
O tratamento é á base de medicamentos controladores, além da adoção de hábitos saudáveis. Esse controle evita o infarto do coração, o derrame cerebral e a paralisação dos rins. Para prevenir a hipertensão basicamente você deve adotar hábitos de vida saudáveis. 
As principais recomendações não medicamentosas para prevenção primária da HAS são: 
-Redução de peso 
-Alimentação saudável
-Consumo controlado de sódio e álcool
-Ingestão de potássio
-Combate ao sedentarismo e ao tabagismo
Os principais fatores nutricionais com maior impacto sobre a pressão arterial, são a redução do consumo de sal, dieta rica em potássio, controle de peso, dieta estilo DASH (Dietary Approach to Stop Hypertension) e moderação do consumo de álcool.
A dieta mediterrânea (rica em grãos integrais, legumes, frutas, vegetais, nozes, azeite de oliva e peixes) e DASH (rica em frutas, legumes e produtos lácteos com baixo teor de gordura, pobre em gorduras saturadas, gorduras totais e colesterol e restrita em sódio) se relacionaram inversamente com a pressão arterial, com consequente redução do risco cardiovascular.
O consumo de fibras reduz o risco de diversas doenças cardiovasculares, inclusive a obesidade, diabetes mellitus e o câncer de cólon. As fibras auxiliam o sistema digestivo, ajudando na sua regulação e controlando os níveis séricos de colesterol e glicemia.
A prática de hábitos alimentares saudáveis reduz as chances do desenvolvimento de doenças cardíacas, principalmente se estiver aliada à prática de atividade física regular.

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