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TRAUMA ATLS Curva Trimodal do Trauma Mortes imediatas = Evitáveis por meio de ações preventivas Mortes precoces = O médico consegue atuar. Alterações ocorrem nas primeiras horas pós-trauma. Ex: Pneumotórax hipertensivo Mortes tardias = Mortes que podem ocorrer dias, meses ou anos após o paciente. Exemplo: Paciente contrai pneumonia enquanto está internado; e vem à óbito. Mecanismo de trauma Queda; ferimento penetrante; queimadura; colisão automobilística → Importante saber o que acometeu o paciente. Óbito na cena, capotamento, deformidade no painel do carro, deformidade de veículo, velocidade, cinto de segurança; Ejeção → Sabendo isso, não importa quão bem paciente aparente estar. Vamos fazer busca ativa de lesões! ABCDE do trauma Sequência absoluta! Devemos respeitá-la! A - Via aérea com proteção de coluna cervical B - Ventilação C - Circulação, cessar hemorragia D - Disfunção neurológica E - Exposição (despir paciente) e Ambiente (controle da temperatura) Avaliação inicial Tentar conversar ATIVAMENTE com o paciente. Fazer perguntas, observando a sua resposta. Paciente pode falar? Via aérea está pérvia! A - Via aérea pérvia B - Reserva respiratória suficiente para falar C - Perfusão suficiente para raciocinar D - Sensório normal A - Tirar corpo estranho, aspirar sangue se houver. Como? cânula de aspiração. Colocar o paciente na máscara não reinalante!! 100% O2, 12-15L O2/min Manobras: Chin lift, jaw trhust → Evitar que base da língua atrapalhe a ventilação Cânula de Guedel: Eleva base da língua. Faço tudo isso e paciente não melhora? INTUBAR! Não dá? Fazer crico, traqueostomia. NÃO ADIANTA IR PRO B SEM RESOLVER O A. B- Inspeção (expansão simétrica?), ausculta (MV bilateral? Se houver redução em algum dos lados, pensar em pneumotórax e hemotórax; Percussão (hipertimpanismo? Pneumotórax? Macicez? Hemotórax?) Entrada de ar por orifícios? FR? FC? SatO2? RX de tórax! Sempre pedir. Possíveis consequências de trauma torácico Fraturas de costelas, pneumotórax hipertensivo, hemotórax maciço, pneumotórax aberto, tórax instável, contusão cardíaca, tamponamento cardíaca, contusão pulmonar... Isso tudo pode matar na hora! Por isso, EF e Exame de imagem podem ajudar. Dreno de tórax, punção de alívio, curativo de 3 pontas podem aliviar na hora trauma de tórax. C - "Passo inicial na abordagem do choque em paciente traumatizado é reconhecer sua presença" "O segundo passo na abordagem inicial é identificar sua provável causa" Hemorrágico? PRINCIPAL CAUSA DE CHOQUE NO TRAUMA Cardiogênico / Tamponamento cardíaco Neurogênico? TCE? Pneumotórax hipertensivo? MANEJO = 2 acessos venosos periféricos e calibrosos, 1L de Ringer Lactato ou SF 0,9% aquecido. Reavaliar o paciente. Caso não seja possível obter acesso periférico, pode-se pegar acesso venoso central ou acesso intraósseo. Não adianta encher balde furado! Parar a origem do choque hemorrágico? Tórax? Pelve e retroperitôneo? Membros? Sangramento pro meio externo? STOP THE BLEED. SAW SOMETHING, DO SOMETHING O crânio é volume fechado, onde não há espaço para sangrar. Logo em TCE não ocorre choque hemorrágico. Como avaliar sangramento em abdome = USG fast; Lavado Peritoneal de Diagnóstico e TC de abdome Sangramento pélvico mata demais! Pelve instável, disjunção da sínfise púbica sangra muito! Paciente com fratura de pelve pode morrer. 1. achar fonte de sangramento 2. parar sangramento 3. repor volume Diurese = principal marcador de necessidade de reposição volêmica. Ideal: >0,5 mL/kh/hora (adultos) D - Neurológico Avaliação de pupilar - midríase, miose, anisocoria. ECG Sinais de lateralidade (paciente hemiplégico, tetraplégico...) Pupila anisocórica, tetraplegia = Provavelmente houve trauma raquimedular E - Expor todo o doente! Tirar toda a roupa do paciente, procurar por lesões externas, rodar o paciente em monobloco. Depois de avaliar, cobrir o doente! Evitar hipotermia "DEDOS E SONDAS EM TODOS OS ORIFÍCIOS" - Toque vaginal, retal, sonda vesical, sonda nasogástrica Ex: toque retal, vaginal = percepção de espícula óssea = indica lesão sacral. Esfíncter hipotônico = pode indicar trauma raquimedular. Sonda vesical = diurese possibilita avaliação da diurese. Sonda nasogástrica = para paciente não vomitar e broncoaspirar Trauma Torácico B de Breathing! Correlação direta com VA e respiração. A lesão de tórax é comum no doente com trauma multissistêmico. Pode implicar em risco à vida! Identificação precoce é importantíssima. Na avaliação primária, normalmente, é possível avaliar todo possível trauma do paciente. Introdução -Causa significativa de mortalidade Trauma fechado, contuso é o mais comum. Menos de 10% requerem operação. Trauma aberto, penetrante: pior prognóstico, 15 a 30% dos pacientes precisam de operação. A maioria dos traumas torácicos são resolvidos com procedimentos simples, como descomprimir um tórax a passar um dreno. Em geral, essas lesões com risco de vida são identificadas na avaliação primária. Diagnósticos com risco de morte IMEDIATA Não comer bola!! Diagnosticar NA HORA -Lesão laringotraqueal e obstrução de VA -Pneumotórax hipertensivo -Pneumotórax aberto -Hemotórax volumoso -Tamponamento cardíaco Tórax instável e contusão pulmonar são graves, mas não são mais diagnóstico de risco de morte imediata na 10ª Ed. do ATLS Diagnósticos sem risco de morte imediata -Pneumotórax "simples" (não complicado) -Lesão da árvore traqueobrônquica -Pneumotórax persistente -Contusão pulmonar -Hemotórax -Lesão cardíaca contusa -Ruptura traumática de aorta -Lesão diafragmática -Lesão esofágica Identificação da lesão torácica -Taquipneia -Desconforto respiratório -Hipóxia (saturação <90%) -Alteração na ausculta (MV aumentado? MV abolido?) -Percussão alterada -Desvio de traqueia -Deformidade de parede torácica (Houve fratura de costela??) Lesão Laringotraqueal É muito rara! Ocorre fratura da laringe, com descontinuidade entre laringe e traqueia. Paciente não consegue respirar! Suspeitamos se houver marca de cinto de segurança à altura da laringe, rouquidão e enfisema subcutâneo Tratamento na avaliação primária: Podemos fazer intubação CUIDADOSA do paciente; traqueostomia caso IOT não seja possível. Lesão laringotraqueal É UMA DAS POUCAS INDICAÇÕES de traqueostomia no trauma, porque há trauma de laringe. Não confundir com cricotireoidostomia. Pneumotórax Hipertensivo → Mediastino é "empurrado". Ar extravasa pelo pulmão e entra na pleura. Assim, há compressão da aorta e veia cava, podendo levar ao choque. Desconforto respiratório Choque, distensão jugular, MV ausente, timpanismo e elevação de hemitórax são sinais de pneumotórax hipertensivo. Hipotensão + taquicardia = Sinal de pneumotórax hipertensivo Sem retorno venoso adequado = Distensão jugular bilateral MV abolido - porque não há parênquima pulmonar! Muito ar aprisionado - hipertimpanismo Como sinal tardio, pode haver cianose. O DIAGNÓSTICO DE PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO É CLÍNICO!! Não precisa de Rx, precisa diagnosticar rápido! CD: Toracocentese descompressiva, seguida por drenagem de tórax. Toracocentese de alívio sempre foi feito no 2º EIC, linha hemiclavicular. Coloca jelco 14, transforma pneumotórax hipertensivo em pneumotórax simples, e drena o tórax. Porém, se descobriu que a punção de alívio não funcionava bem entre os pacientes brasileiros. Atualmente, prefere-se fazer toracocentese na linha axilar anterior,altura no 4º EIC "finger thoracostomy" Pneumotórax aberto Lesão na parede torácica de pelo menos 2/3 da luz traqueal Paciente respira, ar entra pelo "buraco" do tórax Hipertimpanismo, MV abolido! Tratamento: Curativo de três pontas. Paciente expira, ar sai. Mas paciente inspira, ar não entra. Drenar o tórax, em espaço intercostal diferente ao do orifício. Hemotórax Volumoso Sangramento intratorácico! Choque, MV abolido, MACICEZ à percussão, jugulares abauladas. Hemotórax volumoso: Perda de sangue > 1500 mL ... só se sabe o volume perdido após a drenagem de tórax! Preocupação: CD é geralmente cirúrgica 1. Pode-se fazer autotransfusão (se limpa o sangue drenado e coloca de volta no paciente. Muito bom pro paciente chocado!) 2. Toracotomia? Sangramento > 1500 mL; >200 mL/h em 2 a 4 horas. ... mais importante que o valor numérico, é o quadro do paciente. Se ele estabiliza com bolsa de sangue e infusão de cristaloide, podemos evitar a toracotomia! SUCESSO DA DRENAGEM: Fluxo pelo dreno < 150 ml/dia, melhora dos sintomas e adequada ventilação/expansibilidade pulmonar. Tamponamento Cardíaco Tórax abriu, sangue extravasa para o saco pericárdico e comprime o coração, que não consegue bater com força. Choque obstrutivo!! Tríade de Beck → Choque, turgência jugular, abafamento de bulhar ... Porém, essa tríade é presente em <30% dos casos. Em geral, o disgnóstico de tamponamento cardíaco se faz por USG Fast com janela pericárdica. Tratamento → Cirurgia com janela pericárdica. REGRA PRÁTICA: Como olhar RX de tórax no trauma? ABCDEFG! A- Via aérea (olhar traqueia. Centrada ou lateralizada? Carina, brônquios-fonte) B- Breathing (avaliar parênquima pulmonar de um lado e do outro. Trama vascular deve ir até a periferia!!) C- Coração (tamanho do coração, alargamento dos vasos da base) D- Diafragma (avaliar recesso cardiofrênico e costofrênico dos 2 lados) E- Esqueleto (olhar clavícula e costela!) F- Fat (gordura; partes moles) G-Gadgets (acessórios do RX! Cardioscópio, prancha rígida, acesso venoso central, etc) Contusão Pulmonar Pode ser diagnosticada secundariamente É muito frequente em contusão de tórax Mecanismo de trauma é importante. Houve deformação de veículo? Trauma rápido? Fraturou costela por queda simples? Hipoxemia, baixa SatO2 sem hemotórax e pneumotórax (alvéolos estão comprimidos) Criança -> faz contusão pulmonar sem quebrar costela (osso mole) Idoso -> Pior prognóstico Manejo: TRIPÉ -> Analgesia, restrição volêmica (cuidado pra não encharcar o pulmão. Preferir balanço hídrico - ou 0) e fisioterapia respiratória. VER RX E TC DE CONTUSÃO PULMONAR Trauma Cardíaco Contuso Osso esterno fraturado! Mecanismo de trauma, arritmias inexplicadas Espectro de lesões: Alterações eletrocardiográficas, ecocardiograma Tratamento para arritmias, corrigir perfusão, manejar complicações. Esperar que o miocárdio melhora. Ruptura traumática de aorta Trauma por aceleração e desaceleração rápida. Rompe na altura do ligamento arterioso! Onde a aorta deixa de ser fixa e passa a ser móvel Diagnóstico → Alto índice de suspeição; Mediastino alargado, desvio de traqueia para a direita. Brônquio fonte direito elevado, brônquio esquerdo retificado para baixo. Ar fora da pleura, fratura de esterno e clavícula. Diagnóstico: TC com rotura de aorta. Em geral, pacientes com ruptura traumática de aorta morrem imediatamente após o trauma. 50% dos pacientes que sobrevivem tamponam. Esses conseguem chegar ao PS. O paciente que consegue chegar ao PS com rotura de aorta ainda pode ter 4, 6, 12 horas... para ser manejado e sobreviver! Torna-se um problema secundário. Se fosse primário, já teria sobrevivido. Pneumotórax Pneumotórax = Ar LIVRE na cavidade pleural (não confinado no alvéolo) Pode ser espontâneo (primário/secundário) ou adquirido (trauma) Pneumotórax primário Asma, DPOC, tabagistas Mais comum em homens longilíneos (há associação com Síndrome de Marfan) - Salsicha do Scooby História familiar Tabagismo Pneumotórax secundário TRAUMA; iatrogenia Ar sai do pulmão, se instala na pleura! QC: Dor torácica súbita, leve ou intensa; Dispneia súbita e progressiva; Taquicardia SINUSAL; Hipotensão; Hipoxemia. ... No pneumotórax hipertensivo: Mediastino é empurrado pro lado pelo ar aprisionado na pleura. O coração é "comprimido"! Exame Físico MV reduzido ou abolido Hipertimpanismo à percussão Expansibilidade assimétrica em hemitórax (pneumotórax já muito expressivo) Enfisema subcutâneo (na palpação, podemos sentir "bolhas de ar", como se estivesse estourando plástico bolha) Exames de Imagem RX de tórax! OLHAR A LINHA DE PNEUMOTÓRAX! O PULMÃO NÃO CHEGA À EXTREMIDADE! NÃO TEM TRAMA VASCULAR ATÉ A EXTREMIDADE! Padrão Ouro = TC! Pneumotórax oculto: Pequeno, observado na TC. Porém, O RX é normal. Por vezes, não requer tratamento e o próprio organismo reabsorve Tratamento = Dreno de tórax -Pneumotórax simples (drenagem torácica) -Pneumotórax hipertensivo (toracocentese de alívio, drenagem torácica) -Pneumotórax aberto (curativo de 3 pontas, drenagem torácica e descompressão torácica) Dreno de tórax Inserido na cavidade pleural, ar é direcionado pro selo d'água. O calibre do dreno não importa muito. Preferir mais finos (28-32F), mais conforto ao paciente. O selo d'água funciona como uma válvula. O ar entra pelo selo d'água, fazendo a coluna d'água subir um pouco. Quando paciente expira, o ar vai pra água, fazendo bolhas. Quando ele inspira, ele não leva ar presente no selo d'água, pois o ar ficou na água. Atualmente, há a válvula de Heimlich. Paciente expira = ar sai. Paciente inspira: válvula é colapsada. É pequena, permite que o paciente deambule com mais conforto. Como passar o dreno de tórax? É pequena cirurgia. Iniciar técnica asséptica. Corte com bisturi na linha hemiaxilar, 4 ou 5 EIC (altura do mamilo) Após anestesia, incluindo periósteo e pleura, fazer incisão de 1-2 cm na pele. Entrar na borda superior da costela inferior, onde não tem vaso. Feito isso, sempre fazer toque digital! Para verificar hérnia diafragmática, condição do pulmão, etc. Introduzir o dreno, fixá-lo e ligar ao selo d'água. O pneumotórax hipertensivo empurra o coração. Pois há muito ar na cavidade! Paciente fica hipotenso... Sem tempo pra dreno de tórax! Fazer a descompressão torácica clássica, no 2º EIC, linha hemiclavicular. Pneumotórax aberto Trauma >2/3 da luz traqueal. Ar acaba entrando diretamente pela lesão. Fechar o ferimento aberto com curativo de 3 pontas, que funciona como uma válvula. Fazer novo orifício! Nunca drenar direto do orifício já existente. Trauma Abdominal Trauma Abdominal ATLS = C Principal causa de choque no trauma abdominal é hemorrágico Se passa despercebida, há elevado risco de complicação e óbito! Perfusão de alças abdominais; Sangramento de órgão sólido e dificuldade de exame físico O abdome vai da parte inferior do mamilo até o períneo! O abdome é mais amplo anteriormente. Mecanismo de trauma + Localização da lesão → Órgão afetado Velocidade, cinto de segurança, óbito na cena Locais de difícil reconhecimento: Retroperitôneo (rins, pâncreas, duodeno - pouca dor); Transição toracoabdominal; Pelve (protege órgãos internos) Fratura de pelve é agressiva! Pois a pelve sangra muito. Há trauma contuso (fechado) e trauma penetrante (aberto) Tipos de lesão - de acordo com o mecanismo do trauma Trauma por arma de fogo - geralmente lesa delgado; cólon; fógado e vasos (Tiro é Tripa) Facadaé FÍGADO - Atinge fígado, delgado, diafragma e cólon Lembrar que a facada é mais incisiva. Por isso, costuma atingir um só órgão. Trauma Contuso - 80% dos traumas 75% = acidentes automobilísticos 15% = golpe direto 9% = quedas No trauma contuso, os órgãos mais afetados são os parenquimatosos (alças, mesentério, bexiga, rins, diafragma) Órgão mais afetado é o Baço! BAÇO de BATIDA! Seguido do fígado Mecanismo de trauma: Óbito na cena, capotamento, deformidade na direção/painel, deformidade de veículo, velocidade, cinto de segurança. Quebrou ossos? Fratura de fêmur?? Como suspeitar de trauma abdominal - Choque, hipotensão - História: avaliar dor abdominal e progressão da dor, sinais como marca do cinto de segurança difícil colher em paciente alcoolizado ou com TCE Exame físico Despir todo o paciente! Avaliar lacerações em períneo, rolar na prancha rígida Abdome, transição, dorso, períneo Exame abdominal normal NÃO afasta lesões intrabdominais! Investigação Lavado peritoneal de diagnóstico → Pequena laparotomia. Entra-se na cavidade abdominal e aspira o conteúdo abdominal. Deve ser realizada por cirurgião, e é indicada a pacientes instáveis hemodinamicamente. Necessidade de CC no hospital. Afinal, se eu faço lavado peritoneal e há sangue, temos que operá-lo. Apesar de invasivo, é bem sensível e específico. + SE adpiração de sangue de forma fácil (>10 mL); conteúdo entérico, bilioso ou fecaloide; Presença de >100000 hemácias e > 500 leuco por mm³; Além de bactérias Gram+ USG Fast → Focused Assesment Sonography for Trauma. Janela cardíaca, esplênica e hepática, espaço suprapúbico Rápido, sensível e acessível Alta sensibilidade para sangue. Exclui lesões cardíacas e de tórax É para pacientes INSTÁVEIS, sempre! + = Líquido livre Desvantagens: Requer médico habilitado. Vê líquido livre, mas não se sabe a origem (baixa especificidade) TC de Abdome → Paciente deve estar estável. Gasta tempo e dinheiro, mas é um excelente exame. NÃO SE FAZ TOMO EM PACIENTE INSTÁVEL Quando a Laparotomia é necessária? LPD+, FAST+; Paciente instável Pneumoperitôneo (indica perfuração de víscera) Evisceração Tiro Trauma Abdominal Penetrante Principal causa de choque no trauma é o hemorrágico! Uma das principais fontes de sangramento é o abdome. Se despercebida, há alto risco de complicação e óbito: - Perfuração de alça intestinal (choque séptico) - Sangramento de órgão sólido (choque hemorrágico) Trauma Penetrante = Ocorre por ferimento por arma de fogo ou arma branca Trauma por arma de fogo - Lesão difusa (trajeto e fragmentos). Tiro pega TRIPA Trauma por arma branca - Lesão isolada. Atinge fígado! Trajeto do projétil. O projétil gira em seu percurso, dissipando calor e atingindo estruturas adjacentes. Peritonite Estabilidade hemodinâmica TC (se pcte estável), FAST CD CIRÚRGICA EM 98% DOS CASOS! Ferimento por arma branca em parede anterior 50-75% das facadas violam a cavidade. Dessas facadas, 50% requerem reparo cirúrgico. Levou facada? Entrou no peritôneo? Mesmo se entrou, apenas 50% cursam com lesão intrabdominal Evitar laparotomia desnecessária. "Não há aumento de morbidade se intervenção cirúrgica dentro das primeiras 12h após a lesão" Paciente eviscerado, instável (PA baixa), peritonite = INDICAÇÕES ABSOLUTAS DE LAPAROTOMIA Paciente estável hemodinamicamente, assintomático, sem evisceração = Exploração digital local, com anestesia local Incisão para melhor visualização Verificar se penetrou ou não musculatura e aponeurose, atingindo efetivamente a cavidade peritoneal. Cuidado com pacientes obesos e tangenciais, capazes de atrapalhar a exploração com o dedo. Não penetrou? Com certeza? Lavar ferida, suturar e fazer antitetânica Penetrou cavidade? Primeiro, manter observação com paciente internado e colher Hb de 8/8h. Sensibilidade: 100%; VPN: 100 % e Leuco Se paciente eviscerou, evoluiu com choque ou teve peritonite -> CD cirúrgica Se começou a haver queda de Hb e leucocitose (fezes na cavidade, extravasamento de bile...) → Cirurgia Exames complementares FAST Videolaparoscopia TC Traumatismo Crânioencefálico Mais de 700 trabalhos nos últimos 25 anos. Fisiopatologia Fase inicial - insulto Cisalhamento, penetração, aceleração-desaceleração Cascata isquêmica, morte celular Anaerobiose- lactato - apoptose - morte ceular Fase intermediária - inflamação BHE comprometido - mensageiros químicos e celulares Ativação de receptor de aquaporina 4 → INCHAÇO! Compromete barreira hematoencefálica, respiração Fase final - complicações Alto reparo Necrose, sequela Pode haver epilepsia Sempre tentar impedir! PRIMEIRA ABORDAGEM ATLS, AMPLA, Glasgow, Pupilas A- AMBIENTE, M - MEDICAÇÕES, P - PRENHEZ E HISTÓRIA PATOLÓGICA, L - LÍQUIDOS, ALIMENTOS, A- ALERGIAS = SAMPLA A pupila é a principal preditora de diagnóstico! ECG Abertura ocular, resposta motora, resposta verbal espontânea obedece comandos orientada à voz localiza dor confusa à dor retirada palavras inapropriadas nenhum flexão anormal (decortica) palavras incompreensíveis extensão anormal (descerebra) nenhuma nenhuma TCE LEVE = ECG 14 A 15 Leve risco: assintomático Moderado risco: mecanismo de alta cinética, cefaleia progressiva, convulsões, perda da consciência, uso de anticoagulantes, lesão facial grave Alto risco: capotamento, mecanismo de trauma importante, morte no local ... leve risco fica de 4 a 6h no hospital moderado risco: 1 TC de entrada e 1 de saída, >24h na observação alto risco: 1 TC de entrada, 1 de saída e >36h em observação TCE MODERADO = ECG 9-13 TCE GRAVE = ECG <9 Indicações cirúrgicas Hemorragia Subaracnoidea Traumática Lesão Axonal Difusa (inchaço, pontos hemorrágicos à TC. Melhor ver na RM) Lesão parenquimal = Piora neurológica progressiva com HIC refratária Volume > 50 cm3 ECG < 9, colume temporal >30 cm3, DLM>5mm; cisternas basais comprimidas na TC (em geral por sangue) Sangramento epidural - a. meníngea média Paciente chega bem, depois afunda Operar Vol> 30 independente da ECG cm3; ECG<9 e anisocoria SANGRAMENTO SUBDURAL AGUDO Espessura>10 HSDA com espessura <10 mm e DLM<5 mm se... ECM reduzir 2 ptos da admissão Anisocoria PIC>20 mmHg AVALIAR TC DE CRÂNIO CHAMAR O LUCAS! L - Linha Média (centrada? >5) U - Unidade óssea (fratura?) C - Cisternas (dá pra ver sulcos e giros?) A - Assimetria S - Sangramento Fratura Intracraniana - Avaliar PIC P1- Pulso arterial P2 - Complacência cerebral P3 - Fechamento da aorta Doppler Transcraniano Por meio de curvas, se avalia se houve inchaço cerebral
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