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RESUMÃO TRAUMA E ATLS! Pneumotórax, Hemotórax, Contusão Pulmonar, TCE, Manejo do trauma

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TRAUMA 
ATLS 
Curva Trimodal do Trauma 
 
Mortes imediatas ​= Evitáveis por meio de ações preventivas 
 
Mortes precoces ​= O médico consegue atuar. Alterações ocorrem nas primeiras 
horas pós-trauma. Ex: Pneumotórax hipertensivo 
 
Mortes tardias ​= Mortes que podem ocorrer dias, meses ou anos após o paciente. 
Exemplo: Paciente contrai pneumonia enquanto está internado; e vem à óbito. 
 
Mecanismo de trauma 
Queda; ferimento penetrante; queimadura; colisão automobilística → Importante 
saber o que acometeu o paciente. 
 
Óbito na cena, capotamento, deformidade no painel do carro, deformidade de 
veículo, velocidade, cinto de segurança; Ejeção → Sabendo isso, não importa quão 
bem paciente aparente estar. Vamos fazer busca ativa de lesões! 
 
ABCDE do trauma 
Sequência absoluta! Devemos respeitá-la! 
A - Via aérea com proteção de coluna cervical 
B - Ventilação 
C - Circulação, cessar hemorragia 
D - Disfunção neurológica 
E - Exposição (despir paciente) e Ambiente (controle da temperatura) 
 
 
Avaliação inicial 
Tentar conversar ATIVAMENTE com o paciente. Fazer perguntas, observando a 
sua resposta. 
Paciente pode​ falar?​ Via aérea está pérvia! 
A - Via aérea pérvia 
B - Reserva respiratória suficiente para falar 
C - Perfusão suficiente para raciocinar 
D - Sensório normal 
 
A - ​Tirar corpo estranho, aspirar sangue se houver. Como? cânula de aspiração. 
Colocar o paciente na ​máscara não reinalante!!​ 100% O2, 12-15L O2/min 
 
Manobras: ​Chin lift, jaw trhust ​→ Evitar que base da língua atrapalhe a 
ventilação 
 
Cânula de Guedel: ​Eleva base da língua. 
Faço tudo isso e paciente não melhora? INTUBAR! Não dá? Fazer crico, 
traqueostomia. 
 
NÃO ADIANTA IR PRO B SEM RESOLVER O A. 
 
B- ​Inspeção (expansão simétrica?), ausculta (MV bilateral? Se houver redução em 
algum dos lados, pensar em pneumotórax e hemotórax; Percussão 
(hipertimpanismo? Pneumotórax? Macicez? Hemotórax?) 
Entrada de ar por orifícios? FR? FC? SatO2? 
RX de tórax! Sempre pedir. 
 
Possíveis consequências de trauma torácico 
Fraturas de costelas, pneumotórax hipertensivo, hemotórax maciço, pneumotórax 
aberto, tórax instável, contusão cardíaca, tamponamento cardíaca, contusão 
pulmonar... Isso tudo pode matar na hora! Por isso, EF e Exame de imagem podem 
ajudar. 
Dreno de tórax, punção de alívio, curativo de 3 pontas podem aliviar na hora trauma 
de tórax. 
 
C - "Passo inicial na abordagem do choque em paciente traumatizado é reconhecer 
sua presença" 
"O segundo passo na abordagem inicial é identificar sua provável causa" 
Hemorrágico? PRINCIPAL CAUSA DE CHOQUE NO TRAUMA 
Cardiogênico / Tamponamento cardíaco 
Neurogênico? TCE? 
Pneumotórax hipertensivo? 
 
MANEJO = 2 acessos venosos periféricos e calibrosos, 1L de Ringer Lactato 
ou SF 0,9% aquecido. 
 
Reavaliar o paciente. 
Caso não seja possível obter ​acesso periférico, pode-se pegar acesso venoso 
central ou acesso intraósseo. 
Não adianta encher balde furado! Parar a origem do choque hemorrágico? Tórax? 
Pelve e retroperitôneo? Membros? Sangramento pro meio externo? 
 
 
 
 
 
STOP THE BLEED. SAW SOMETHING, DO SOMETHING 
 
O crânio é volume fechado, onde não há espaço para sangrar. Logo em TCE não 
ocorre choque hemorrágico. 
 
Como avaliar sangramento em abdome = USG fast; Lavado Peritoneal de 
Diagnóstico e TC de abdome 
 
 
Sangramento pélvico mata demais! Pelve instável, disjunção da sínfise púbica 
sangra muito! Paciente com fratura de pelve pode morrer. 
1. achar fonte de sangramento 
2. parar sangramento 
3. repor volume 
 
Diurese = principal marcador de necessidade de reposição volêmica. 
Ideal: >0,5 mL/kh/hora (adultos) 
 
 
 
D - ​Neurológico 
Avaliação de pupilar - midríase, miose, anisocoria. 
ECG 
Sinais de lateralidade (paciente hemiplégico, tetraplégico...) 
Pupila anisocórica, tetraplegia = Provavelmente houve trauma raquimedular 
 
E​ - Expor todo o doente! 
Tirar toda a roupa do paciente, procurar por lesões externas, rodar o paciente em 
monobloco. 
Depois de avaliar, cobrir o doente! Evitar hipotermia 
 
"DEDOS E SONDAS EM TODOS OS ORIFÍCIOS" ​- Toque vaginal, retal, sonda 
vesical, sonda nasogástrica 
 
Ex: toque retal, vaginal = percepção de espícula óssea = indica lesão sacral. 
Esfíncter hipotônico = pode indicar trauma raquimedular. 
Sonda vesical = diurese possibilita avaliação da diurese. 
Sonda nasogástrica = para paciente não vomitar e broncoaspirar 
 
Trauma Torácico 
B de Breathing! Correlação direta com VA e respiração. 
A lesão de tórax é comum no doente com trauma multissistêmico. Pode implicar em 
risco à vida! Identificação precoce é importantíssima. 
Na avaliação primária, normalmente, é possível avaliar todo possível trauma do 
paciente. 
 
 
Introdução 
-Causa significativa de mortalidade 
Trauma fechado, contuso é o mais comum. Menos de 10% requerem operação. 
Trauma aberto, penetrante: pior prognóstico, 15 a 30% dos pacientes precisam de 
operação. 
A maioria dos traumas torácicos são resolvidos com procedimentos simples, como 
descomprimir um tórax a passar um dreno. Em geral, essas lesões com risco de 
vida são identificadas na avaliação primária. 
 
Diagnósticos com risco de morte IMEDIATA 
Não comer bola!! Diagnosticar NA HORA 
-Lesão laringotraqueal e obstrução de VA 
-Pneumotórax hipertensivo 
-Pneumotórax aberto 
-Hemotórax volumoso 
-Tamponamento cardíaco 
Tórax instável e contusão pulmonar são graves, mas não são mais diagnóstico de 
risco de morte imediata na 10ª Ed. do ATLS 
 
Diagnósticos sem risco de morte imediata 
-Pneumotórax "simples" (não complicado) 
-Lesão da árvore traqueobrônquica 
-Pneumotórax persistente 
-Contusão pulmonar 
-Hemotórax 
-Lesão cardíaca contusa 
-Ruptura traumática de aorta 
-Lesão diafragmática 
-Lesão esofágica 
 
Identificação da lesão torácica 
-Taquipneia 
-Desconforto respiratório 
-Hipóxia (saturação <90%) 
-Alteração na ausculta (MV aumentado? MV abolido?) 
-Percussão alterada 
-Desvio de traqueia 
-Deformidade de parede torácica (Houve fratura de costela??) 
 
 
 
Lesão Laringotraqueal 
É muito rara! Ocorre fratura da laringe, com descontinuidade entre laringe e 
traqueia. Paciente não consegue respirar! 
Suspeitamos se houver marca de cinto de segurança à altura da laringe, rouquidão 
e enfisema subcutâneo 
Tratamento na avaliação primária: Podemos fazer intubação CUIDADOSA do 
paciente; traqueostomia caso IOT não seja possível. 
Lesão laringotraqueal ​É UMA DAS POUCAS INDICAÇÕES de traqueostomia no 
trauma​, porque há trauma de laringe. Não confundir com cricotireoidostomia. 
 
 
Pneumotórax Hipertensivo ​→ Mediastino é "empurrado". Ar extravasa pelo 
pulmão e entra na pleura. Assim, há compressão da aorta e veia cava, podendo 
levar ao choque. 
Desconforto respiratório 
Choque, distensão jugular, MV ausente, timpanismo e elevação de hemitórax são 
sinais de pneumotórax hipertensivo. 
Hipotensão + taquicardia = Sinal de pneumotórax hipertensivo 
Sem retorno venoso adequado = Distensão jugular bilateral 
MV abolido - porque não há parênquima pulmonar! 
Muito ar aprisionado - hipertimpanismo 
Como sinal tardio, pode haver cianose. 
O DIAGNÓSTICO DE PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO É CLÍNICO!! Não precisa 
de Rx, precisa diagnosticar rápido! 
 
 
CD: Toracocentese descompressiva, seguida por drenagem de tórax. 
Toracocentese de alívio sempre foi feito no 2º EIC, linha hemiclavicular. Coloca jelco 
14, transforma pneumotórax hipertensivo em pneumotórax simples, e drena o tórax. 
Porém, se descobriu que a punção de alívio não funcionava bem entre os pacientes 
brasileiros. Atualmente, prefere-se fazer toracocentese na linha axilar anterior,altura no 4º EIC 
"finger thoracostomy" 
 
 
Pneumotórax aberto 
Lesão na parede torácica de pelo menos 2/3 da luz traqueal 
Paciente respira, ar entra pelo "buraco" do tórax 
Hipertimpanismo, MV abolido! 
Tratamento: Curativo de três pontas. Paciente expira, ar sai. Mas paciente inspira, 
ar não entra. 
Drenar o tórax, em espaço intercostal diferente ao do orifício. 
 
 
Hemotórax Volumoso 
Sangramento intratorácico! 
Choque, MV abolido, MACICEZ à percussão, jugulares abauladas. 
Hemotórax volumoso: Perda de sangue >​ ​1500 mL 
... só se sabe o volume perdido após a drenagem de tórax! 
Preocupação: CD é geralmente cirúrgica 
1. Pode-se fazer autotransfusão (se limpa o sangue drenado e coloca de volta no 
paciente. Muito bom pro paciente chocado!) 
2. Toracotomia? Sangramento > 1500 mL; >200 mL/h em 2 a 4 horas. 
... mais importante que o valor numérico, é o quadro do paciente. Se ele estabiliza 
com bolsa de sangue e infusão de cristaloide, podemos evitar a toracotomia! 
 
SUCESSO DA DRENAGEM: ​Fluxo pelo dreno < 150 ml/dia, melhora dos sintomas 
e adequada ventilação/expansibilidade pulmonar. 
 
Tamponamento Cardíaco 
Tórax abriu, sangue extravasa para o saco pericárdico e comprime o coração, que 
não consegue bater com força. 
Choque obstrutivo!! 
Tríade de Beck → Choque, turgência jugular, abafamento de bulhar 
... Porém, essa tríade é presente em <30% dos casos. 
Em geral, o disgnóstico de tamponamento cardíaco se faz por USG Fast com janela 
pericárdica. 
Tratamento → Cirurgia com janela pericárdica. 
 
REGRA PRÁTICA: ​Como olhar RX de tórax no trauma? 
ABCDEFG! 
A- Via aérea (olhar traqueia. Centrada ou lateralizada? Carina, brônquios-fonte) 
B- Breathing (avaliar parênquima pulmonar de um lado e do outro. Trama vascular 
deve ir até a periferia!!) 
C- Coração (tamanho do coração, alargamento dos vasos da base) 
D- Diafragma (avaliar recesso cardiofrênico e costofrênico dos 2 lados) 
E- Esqueleto (olhar clavícula e costela!) 
F- Fat (gordura; partes moles) 
G-Gadgets (acessórios do RX! Cardioscópio, prancha rígida, acesso venoso central, 
etc) 
 
Contusão Pulmonar 
Pode ser diagnosticada secundariamente 
É muito frequente em contusão de tórax 
Mecanismo de trauma é importante. Houve deformação de veículo? Trauma rápido? 
Fraturou costela por queda simples? 
Hipoxemia, baixa SatO2 sem hemotórax e pneumotórax (alvéolos estão 
comprimidos) 
Criança -> faz contusão pulmonar sem quebrar costela (osso mole) 
Idoso -> Pior prognóstico 
Manejo: TRIPÉ -> Analgesia, restrição volêmica (cuidado pra não encharcar o 
pulmão. Preferir balanço hídrico - ou 0) e fisioterapia respiratória. 
VER RX E TC DE CONTUSÃO PULMONAR 
 
Trauma Cardíaco Contuso 
Osso esterno fraturado! 
Mecanismo de trauma, arritmias inexplicadas 
Espectro de lesões: 
Alterações eletrocardiográficas, ecocardiograma 
Tratamento para arritmias, corrigir perfusão, manejar complicações. Esperar que o 
miocárdio melhora. 
 
Ruptura traumática de aorta 
Trauma por aceleração e desaceleração rápida. Rompe na altura do ligamento 
arterioso! Onde a aorta deixa de ser fixa e passa a ser móvel 
Diagnóstico ​→ Alto índice de suspeição; Mediastino alargado, desvio de traqueia 
para a direita. 
Brônquio fonte direito elevado, brônquio esquerdo retificado para baixo. Ar fora da 
pleura, fratura de esterno e clavícula. 
Diagnóstico:​ TC com rotura de aorta. 
Em geral, pacientes com ruptura traumática de aorta morrem imediatamente após o 
trauma. 50% dos pacientes que sobrevivem tamponam. Esses conseguem chegar 
ao PS. 
O paciente que consegue chegar ao PS com rotura de aorta ainda pode ter 4, 6, 12 
horas... para ser manejado e sobreviver! 
Torna-se um problema secundário. Se fosse primário, já teria sobrevivido. 
 
Pneumotórax 
Pneumotórax = Ar LIVRE na cavidade pleural (não confinado no alvéolo) 
Pode ser espontâneo (primário/secundário) ou adquirido (trauma) 
 
Pneumotórax primário 
Asma, DPOC, tabagistas 
Mais comum em homens longilíneos (há associação com Síndrome de Marfan) - 
Salsicha do Scooby 
História familiar 
Tabagismo 
 
Pneumotórax secundário 
TRAUMA; iatrogenia 
 
Ar sai do pulmão, se instala na pleura! 
QC: Dor torácica súbita, leve ou intensa; Dispneia súbita e progressiva; Taquicardia 
SINUSAL; Hipotensão; Hipoxemia. 
... No pneumotórax hipertensivo: Mediastino é empurrado pro lado pelo ar 
aprisionado na pleura. O coração é "comprimido"! 
 
Exame Físico 
MV reduzido ou abolido 
Hipertimpanismo à percussão 
Expansibilidade assimétrica em hemitórax (pneumotórax já muito expressivo) 
Enfisema subcutâneo (na palpação, podemos sentir "bolhas de ar", como se 
estivesse estourando plástico bolha) 
 
Exames de Imagem 
RX de tórax! 
OLHAR A LINHA DE PNEUMOTÓRAX! O PULMÃO NÃO CHEGA À 
EXTREMIDADE! NÃO TEM TRAMA VASCULAR ATÉ A EXTREMIDADE! 
 
Padrão Ouro = TC! 
 
 
Pneumotórax oculto: Pequeno, observado na TC. Porém, O RX é normal. Por 
vezes, não requer tratamento e o próprio organismo reabsorve 
 
Tratamento ​= Dreno de tórax 
-Pneumotórax simples (drenagem torácica) 
-Pneumotórax hipertensivo (toracocentese de alívio, drenagem torácica) 
-Pneumotórax aberto (curativo de 3 pontas, drenagem torácica e descompressão 
torácica) 
 
Dreno de tórax 
Inserido na cavidade pleural, ar é direcionado pro selo d'água. 
O calibre do dreno não importa muito. Preferir mais finos (28-32F), mais conforto ao 
paciente. 
 
O selo d'água funciona como uma válvula. O ar entra pelo selo d'água, fazendo a 
coluna d'água subir um pouco. Quando paciente expira, o ar vai pra água, fazendo 
bolhas. Quando ele inspira, ele não leva ar presente no selo d'água, pois o ar ficou 
na água. 
 
 
Atualmente, há a válvula de Heimlich. 
Paciente expira = ar sai. Paciente inspira: válvula é colapsada. 
É pequena, permite que o paciente deambule com mais conforto. 
 
Como passar o dreno de tórax? 
É pequena cirurgia. Iniciar técnica asséptica. Corte com bisturi na linha hemiaxilar, 4 
ou 5 EIC (altura do mamilo) 
Após anestesia, incluindo periósteo e pleura, fazer incisão de 1-2 cm na pele. 
Entrar na borda superior da costela inferior, onde não tem vaso. Feito isso, sempre 
fazer toque digital! Para verificar hérnia diafragmática, condição do pulmão, etc. 
Introduzir o dreno, fixá-lo e ligar ao selo d'água. 
 
O pneumotórax hipertensivo empurra o coração. Pois há muito ar na cavidade! 
Paciente fica hipotenso... Sem tempo pra dreno de tórax! Fazer a descompressão 
torácica clássica, no 2º EIC, linha hemiclavicular. 
 
Pneumotórax aberto 
Trauma ​>2/3 ​da luz traqueal. Ar acaba entrando diretamente pela lesão. Fechar o 
ferimento aberto com curativo de 3 pontas, que funciona como uma válvula. 
Fazer novo orifício! Nunca drenar direto do orifício já existente. 
 
 
Trauma Abdominal 
Trauma Abdominal 
ATLS = C 
Principal causa de choque no trauma abdominal é hemorrágico 
Se passa despercebida, há elevado risco de complicação e óbito! 
Perfusão de alças abdominais; Sangramento de órgão sólido e dificuldade de 
exame físico 
 
O abdome vai da parte inferior do mamilo até o períneo! 
O abdome é mais amplo anteriormente. 
 
Mecanismo de trauma + Localização da lesão → Órgão afetado 
Velocidade, cinto de segurança, óbito na cena 
 
Locais de difícil reconhecimento: Retroperitôneo (rins, pâncreas, duodeno - pouca 
dor); Transição toracoabdominal; Pelve (protege órgãos internos) 
Fratura de pelve é agressiva! Pois a pelve sangra muito. 
 
Há​ trauma contuso ​(fechado) e​ trauma penetrante​ (aberto) 
 
Tipos de lesão​ - de acordo com o mecanismo do trauma 
Trauma por arma de fogo - geralmente lesa delgado; cólon; fógado e vasos (​T​iro é 
T​ripa) 
F​acadaé​ F​ÍGADO - Atinge fígado, delgado, diafragma e cólon 
Lembrar que a facada é mais incisiva. Por isso, costuma atingir um só órgão. 
 
Trauma Contuso ​- 80% dos traumas 
75% = acidentes automobilísticos 
15% = golpe direto 
9% = quedas 
No trauma contuso, os órgãos mais afetados são os parenquimatosos (alças, 
mesentério, bexiga, rins, diafragma) 
Órgão mais afetado é o Baço!​ ​B​AÇO ​de ​B​ATIDA​! Seguido do fígado 
Mecanismo de trauma: Óbito na cena, capotamento, deformidade na direção/painel, 
deformidade de veículo, velocidade, cinto de segurança. 
Quebrou ossos? Fratura de fêmur?? 
 
Como suspeitar de trauma abdominal 
- Choque, hipotensão 
- História: avaliar dor abdominal e progressão da dor, sinais como marca do cinto de 
segurança 
 difícil colher em paciente alcoolizado ou com TCE 
 
Exame físico 
Despir todo o paciente! Avaliar lacerações em períneo, rolar na prancha rígida 
Abdome, transição, dorso, períneo 
Exame abdominal normal NÃO afasta lesões intrabdominais! 
 
Investigação 
Lavado peritoneal de diagnóstico ​→ Pequena laparotomia. Entra-se na cavidade 
abdominal e aspira o conteúdo abdominal. Deve ser realizada por cirurgião, e é 
indicada a pacientes instáveis hemodinamicamente. 
Necessidade de CC no hospital. Afinal, se eu faço lavado peritoneal e há sangue, 
temos que operá-lo. Apesar de invasivo, é bem sensível e específico. 
+ SE adpiração de sangue de forma fácil (>10 mL); conteúdo entérico, bilioso ou 
fecaloide; Presença de >100000 hemácias e > 500 leuco por mm³; Além de 
bactérias Gram+ 
 
 
USG Fast → Focused Assesment Sonography for Trauma. Janela cardíaca, 
esplênica e hepática, espaço suprapúbico 
 Rápido, sensível e acessível 
 Alta sensibilidade para sangue. Exclui lesões cardíacas e de tórax 
 É para pacientes INSTÁVEIS, sempre! 
 + = Líquido livre 
Desvantagens: Requer médico habilitado. Vê líquido livre, mas não se sabe 
a origem (baixa especificidade) 
 
 
TC de Abdome ​→ Paciente deve estar estável. Gasta tempo e dinheiro, mas é um 
excelente exame. NÃO SE FAZ TOMO EM PACIENTE INSTÁVEL 
 
Quando a Laparotomia é necessária? 
LPD+, FAST+; Paciente instável 
Pneumoperitôneo (indica perfuração de víscera) 
Evisceração 
Tiro 
 
Trauma Abdominal Penetrante 
Principal causa de choque no trauma é o hemorrágico! 
Uma das principais fontes de sangramento é o abdome. 
Se despercebida, há alto risco de complicação e óbito: 
- Perfuração de alça intestinal (choque séptico) 
- Sangramento de órgão sólido (choque hemorrágico) 
 
Trauma Penetrante = Ocorre por ferimento por arma de fogo ou arma branca 
Trauma por arma de fogo​ - Lesão difusa (trajeto e fragmentos)​. Tiro pega TRIPA 
Trauma por arma branca - ​Lesão isolada.​ Atinge fígado! 
 
Trajeto do projétil. O projétil gira em seu percurso, dissipando calor e atingindo 
estruturas adjacentes. 
Peritonite 
Estabilidade hemodinâmica 
TC (se pcte estável), FAST 
CD CIRÚRGICA EM 98% DOS CASOS! 
 
Ferimento por arma branca em parede anterior 
50-75% das facadas violam a cavidade. Dessas facadas, 50% requerem reparo 
cirúrgico. 
Levou facada? Entrou no peritôneo? Mesmo se entrou, apenas 50% cursam 
com lesão intrabdominal 
Evitar laparotomia desnecessária. 
"Não há aumento de morbidade se intervenção cirúrgica dentro das primeiras 12h 
após a lesão" 
 
Paciente eviscerado, instável (PA baixa), peritonite = INDICAÇÕES 
ABSOLUTAS DE LAPAROTOMIA 
 
Paciente estável hemodinamicamente, assintomático, sem evisceração = 
Exploração digital local, com anestesia local 
Incisão para melhor visualização 
Verificar se penetrou ou não musculatura e aponeurose, atingindo efetivamente a 
cavidade peritoneal. 
Cuidado com pacientes obesos e tangenciais, capazes de atrapalhar a exploração 
com o dedo. 
 
Não penetrou? Com certeza? Lavar ferida, suturar e fazer antitetânica 
Penetrou cavidade? ​Primeiro, manter observação com paciente internado e colher 
Hb de 8/8h​. Sensibilidade: 100%; VPN: 100 %​ e Leuco 
Se paciente eviscerou, evoluiu com choque ou teve peritonite -> CD cirúrgica 
Se começou a haver queda de Hb e leucocitose (fezes na cavidade, 
extravasamento de bile...) → Cirurgia 
 
Exames complementares 
FAST 
Videolaparoscopia 
TC 
 
Traumatismo Crânioencefálico 
Mais de 700 trabalhos nos últimos 25 anos. 
 
Fisiopatologia 
Fase inicial - insulto 
Cisalhamento, penetração, aceleração-desaceleração 
Cascata isquêmica, morte celular 
Anaerobiose- lactato - apoptose - morte ceular 
 
Fase intermediária - inflamação 
BHE comprometido - mensageiros químicos e celulares 
Ativação de receptor de aquaporina 4 → INCHAÇO! Compromete barreira 
hematoencefálica, respiração 
 
Fase final - complicações 
Alto reparo 
Necrose, sequela 
Pode haver epilepsia 
Sempre tentar impedir! 
 
PRIMEIRA ABORDAGEM 
ATLS, AMPLA, Glasgow, Pupilas 
A- AMBIENTE, M - MEDICAÇÕES, P - PRENHEZ E HISTÓRIA PATOLÓGICA, L - 
LÍQUIDOS, ALIMENTOS, A- ALERGIAS = SAMPLA 
A pupila é a principal preditora de diagnóstico! 
 
ECG 
Abertura ocular, resposta motora, resposta verbal 
espontânea obedece comandos orientada 
à voz localiza dor confusa 
à dor retirada palavras inapropriadas 
nenhum flexão anormal (decortica) palavras incompreensíveis 
extensão anormal (descerebra) nenhuma 
nenhuma 
 
TCE LEVE = ECG 14 A 15 
Leve risco: assintomático 
 
Moderado risco: mecanismo de alta cinética, cefaleia progressiva, convulsões, 
perda da consciência, uso de anticoagulantes, lesão facial grave 
Alto risco: capotamento, mecanismo de trauma importante, morte no local 
... leve risco fica de 4 a 6h no hospital 
 
moderado risco: 1 TC de entrada e 1 de saída, >24h na observação 
alto risco: 1 TC de entrada, 1 de saída e >36h em observação 
 
TCE MODERADO = ECG 9-13 
TCE GRAVE = ECG <9 
 
Indicações cirúrgicas 
Hemorragia Subaracnoidea Traumática 
Lesão Axonal Difusa (inchaço, pontos hemorrágicos à TC. Melhor ver na RM) 
Lesão parenquimal = Piora neurológica progressiva com HIC refratária 
Volume > 50 cm3 
ECG < 9, colume temporal >30 cm3, DLM>5mm; cisternas basais 
comprimidas na TC (em geral por sangue) 
 
Sangramento epidural 
- a. meníngea média 
Paciente chega bem, depois afunda 
Operar Vol> 30 independente da ECG cm3; ECG<9 e anisocoria 
 
SANGRAMENTO SUBDURAL AGUDO 
Espessura>10 
HSDA com espessura <10 mm e DLM<5 mm se... 
ECM reduzir 2 ptos da admissão 
Anisocoria 
PIC>20 mmHg 
 
AVALIAR TC DE CRÂNIO 
CHAMAR O LUCAS! 
L - Linha Média (centrada? >5) 
U - Unidade óssea (fratura?) 
C - Cisternas (dá pra ver sulcos e giros?) 
A - Assimetria 
S - Sangramento 
 
Fratura Intracraniana 
- Avaliar PIC 
P1- Pulso arterial 
P2 - Complacência cerebral 
P3 - Fechamento da aorta 
 
 
Doppler Transcraniano 
Por meio de curvas, se avalia se houve inchaço cerebral

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