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Resumo da materia toda pratica dietética 3

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Resumo pratica dietética 3
Avaliação antropométrica Divisão corporal 
· Estatura Água
· Área e volume corporal Tecido ósseo
· Imc Musculo
· Densidade corporal Ossos 
Imc
<18,5 magreza 
18,5 – 24,9 eutrofico
25 – 29,9 sobrepeso
30 – 34,9 obesidade 1
35 – 39,9 obesidade 2
>40 obesidade 3
Referência para macronutriente
Proteína 10 a 35% (0,8 a 1,2kg )
Lipídios 20 a 35%
Carboidrato 45 a 65%
Semiologia
Os sinais (vejo) são representações clinicas observadas pelo examinador, através de palpação, inspeção, ausculta.
Os sintomas (sinto) são sensações subjetivas, sentidas pelos indivíduos e não visualizadas pelo examinador.
A semiologia nutricional apresenta limitações importantes, uma vez que as carências ou excessos só vão se manifestar de forma clínica em casos de estado avançado.
De forma bilateral ou seja tem que acontecer dos dois lados iguais.
Exame físico
Inicia-se pelo cabelo, seguido dos olhos, narinas, face, boca (lábios, dentes, língua), pescoço (tireóide), tórax (abdome), membros superiores (unhas, região palmar) e inferiores (quadríceps, joelho, tornozelo, região plantar), pele e sistemas (cardiovascular, neurológico, respiratório e Gastrointestinal).
Caso tenha alguma suspeita, deverá ser solicitado um exame bioquímico.
 Circunferências- (cintura, HOMENS - máx 102cm, MULHERES máx 88cm) 
Exames bioquímicos
Os resultados fornecem dados objetivos, sendo um aliado para o diagnóstico nutricional
Alguns fatores devem ser levados em consideração como Momento de coleta, presença de doenças, lesões prévias, que podem influenciar no resultado.
Os valores podem variar conforme a reserva do nutriente; em alguns casos os resultados apontam para valores fora dos limites de normalidade em casos de extrema deficiência ou toxidade.
Fatores como; hidratação, idade, estilo de vida, jejum e medicamento podem influenciar no resultado dos exames. 
Tipos de amostras
• Sangue total: coletado na presença de anticoagulante,nenhum dos elementos é removido; contém glóbulos vermelhos (GV), glóbulos brancos (GB) e plaquetas suspensas no plasma.
 Soro: líquido obtido a partir do sangue após sua coagulação e centrifugação para remoção do coágulo e das células sanguíneas.
 Plasma: líquido transparente de (cor discretamente amarelada) componente do sangue, composto de água, proteínas sanguíneas, eletrólitos inorgânicos e fatores de coagulação.
 Células sanguíneas: separadas a partir do sangue total não coagulado para medição do conteúdo celular de algum composto.
Eritrócitos: GV
 Leucócitos: GB e frações de leucócitos
Exame de fezes: As amostras de sangue podem ser testadas quanto à presença de sangue, patógenos e flora intestinal.
Os exames de fezes são pedidos quando suspeita de doenças contagiosas por alimentos, diarreia prolongada. Pacientes com sintomas gastrointestinais prolongados (perda de peso, má digestão) podem se beneficiar do exame.
Além de ver os patógenos, o exame de fezes também pode verificar a eficácia do uso de pro e prebióticos.
Urina: contém concentrado de metabólitos excretados e problemas renais.
Glicosúria. 
O teste leva em consideração a aparência da urina, osmolaridade, pH, macronutrientes, patógenos, sangue, metabólitos.
O teste de creatinina urinário é um bom indicador de avaliação do estado proteico muscular, mas só é um bom indicador quando coletada a urina de 24 horas.
Estáticos: Medem as concentrações atuais dos nutrientes na amostra.
Funcionais: Medem quantitativamente uma atividade bioquímica ou fisiológica que dependa do nutriente de interesse.
Diferentes tipos de proteína transportadoras são produzidas no fígado e tem relação com síntese e degradação proteica, como a albumina, pré-albumina (transtirretina), proteína ligadora de retinol e transferrina.
As concentrações sanguíneas dessas proteínas podem ser influenciadas pela hidratação, lesões, doenças, estresse inflamatório. Por isso, podem não refletir com exatidão o estado proteico atual do individuo.
A albumina é responsável por aproximadamente 60% das proteínas séricas. Transporta hormônios, enzimas, medicamentos, minerais, íons, ácidos graxos, aminoácidos e metabólitos.
Uma função importante é manter a pressão coloidosmótica, sendo responsável por 80% desta pressão no plasma; quando sua concentração sérica diminui, a agua no plasma se move em direção ao interstício, formando o edema.
Pré-albumina
A pré-albumina transporta os hormônios da tireoide, por ter vida curta (2 dias), pode ser relacionada ao estado proteico atual, porem, em casos de estresse inflamatório seus níveis tendem a reduzir, além das concentrações de zinco, que quando estão diminuídas, também impactam nas concentrações da préalbumina.
Proteína ligadora de retinol
É a proteína de transporte com menor vida útil, apenas 12 horas, mas não tem boa relação com estado proteico atual.
Em estados de má nutrição, suas concentrações se apresentam diminuídas, mas pode apresentar valores diminuídos tanto em deficiência de vitamina A como em estados de estresse inflamatório, sendo assim, mesmo que o indivíduo melhore a alimentação, pode não apresentar modificações na sua concentração.
Transferrina
Proteína que transporta ferro do fígado para a medula óssea, para a produção de hemoglobina; O nível de transferrina é controlado pelas reservas de ferro, quando essas reservas estão reduzidas, sua síntese é aumentada, porém, em quadros de reação inflamatória aguda, sua concentração se apresenta diminuída.
Anemia
A anemia é uma condição caracterizada pela redução no número de eritrócitos por unidade de volume de sangue ou por uma redução na hemoglobina do sangue para abaixo das concentrações das necessidades fisiológicas.
A anemia não é uma doença, mas um sintoma de diversas condições, inclusive a perda extensiva de sangue, excesso de destruição de células vermelhas ou redução da formação dessas células.
Anemia microcítica-> mais frequentemente associada à deficiência de ferro e B6 [VCM <80]
Anemia macrocítica-> geralmente é causada por eritropoiese deficiente, oriunda por falta de folato B9 ou Vit. B 12, por exemplo. [VMC >99]
Anemia megaloblástica dar-se por deficiência de folato, e a anemia perniciosa deficiência de vitamina B12.
Ferritina
É uma proteína de fase aguda positiva, sua síntese aumenta em presença de inflamação.
Este é um excelente indicador de reserva corporal de ferro, mas em paciente com inflamações agudas como câncer, uremia, doenças hepáticas relacionadas ao consumo de álcool, não é um bom indicador.
Em casos de inflamação, 1 ou 2 dias após esta inflamação, sua concentração pode estar aumentada, mascarando caso existe uma possível deficiência de ferro.
Homocisteína sérica é dependente de Folato e B12, são necessários para a síntese de Sadenosilmetionina é um precursor de transferência de grupo metil, doando o grupamento metil para a síntese de timina, colina, creatina, epinefrina, proteína e metilação de DNA Quando doa este grupamento metil, tornasse S-adenosil homocisteína, este que a posteriori perde o grupamento S-adenosil, permanecendo Homocisteína remanescente, que poderá ser convertida a metionina novamente ou cisteína, porém, estas reações são dependentes de Folato e B12 ou B6, sucessivamente. 
Quando há deficiência de Folato e B12, a conversão é bloqueada, fazendo que as concentrações de homocisteína sérica sejam aumentadas.
Este é um indicador sensível para as deficiências de folato e B12.
Lipoproteínas séricas
As lipoproteínas séricas e as concentrações de colesterol implicam diretamente o desenvolvimento da aterosclerose e são afetadas por fatores modificáveis, inclusive a dieta. Os pacientes submetidos a avaliações lipídicas devem estar em jejumde 12 horas no momento da coleta da amostra.
O jejum é necessário principalmente porque os níveis de triglicerídeos aumentam e caem drasticamente no período pósprandial e os valores de LDL colesterol são calculados a partir do colesterol sérico total medido e das concentrações de HDL colesterol.
Lipoproteínas séricas
O risco de doença cardiovascular (RDC) parece estar mais relacionado ao número de partículas de lipoproteínas aterogênicas no soro do que no volume total de colesterol.
Alguns pesquisadores propuseram que a mensuração da concentração de apoB fornece uma contagem direta do número de partículas de lipoproteínas aterogênicas circulantes e é superior ao LDL quanto a previsão da probabilidade de DCV
Lipoproteínas séricas
Fatores de risco cardiovascular:
LDL: níveis elevados são aterogênicos
Densidade VLDL: remanescentes são aterogênicos 
Concentração de triglicerídeos: níveis elevados são aterogênicos 
Apoproteína B: concentração maior é aterogênica
Apoproteína A-I: concentração menor é aterogênica 
Homocisteína sérica: elevada; maior risco 
RBP4: níveis elevados podem identificar resistência à insulina no início, bem como fatores de risco cardiovasculares associados
Glicose e diabetes
Um dos indicadores de glicemia é a hemoglobina glicosilada, hemoglobina A1C, em adultos seu controle normal de glicose varia entre 4 e 6%, este valor reflete os níveis médios de glicose dos últimos 2 e 3 meses.
Para diagnóstico de diabetes melito 
Glisose normal abaixo 99mg/dl 
Pré-diabetes 100 125mg/dl
Diabetes superior a 125mg/dl
Este indicador é útil pois se diferencia de quadros de hiperglicemia em pacientes com quadros agudos como infarto, e estresses que possam desencadear elevação da glicemia.
Inquéritos alimentares
A epidemiologia nutricional é usada para avaliar o consumo alimentar de indivíduos e ou populações, fundamental para a avaliação do estado de saúde.
O estudo, diagnóstico do estado nutricional deve ser realizado por meio de técnicas apropriadas como antropometria, exame físico, história clínica, dietética e bioquímica.
Recordatório alimentar, inquérito dietético que tem como objetivo relatar o consumo de alimentos e bebidas nas ultimas 24 horas,
Provavelmente a técnica mais utilizada empregada para pesquisas, sendo o recordatório de três dias, o mais comum.
Métodos qualitativos
• Questionário de frequência alimentar (QFA), relaciona o consumo de alimentos, nutrientes e componentes alimentares com o risco de doenças. • Composto por listas de alimentos e bebidas cuja frequência de consumo é perguntada ao entrevistado
Cálculos manuais para prescrição dietética
Energia
É a capacidade de realizar trabalho.
O corpo faz uso da energia a partir dos carboidratos, proteínas, lipídios e bebidas alcoólicas na dieta; essa energia é armazenada em ligações químicas do alimento e é libertada por meio do metabolismo.
Necessidade energética
A energia é despendida pelo corpo humano na forma de gasto energético basal (GEB), efeito térmico do alimento (ETA)
 e termogênese por atividade (TA). 
Esses três componentes constituem o gasto energético total (GET) diário de uma pessoa.
O GEB, ou a taxa metabólica basal (TMB), é a quantidade mínima de energia gasta compatível com o estilo de vida da pessoa.
O gasto energético de repouso (GER), ou taxa metabólica de repouso (TMR), é a energia gasta nas atividades necessárias para manter as funções corporais normais e a homeostase.
Gasto energético
Hormônios
Os distúrbios endócrinos, como hiper e hipotireoidismo, aumentam ou diminuem o gasto energético, respectivamente.
A estimulação do sistema nervoso simpático, durante períodos de excitação emocional ou estresse, libera epinefrina, que promove a glicogenólise e o aumento da atividade celular.
A taxa metabólica das mulheres flutua com o ciclo menstrual. Durante a fase lútea (período de tempo entre a ovulação e o início da menstruação), a taxa metabólica aumenta ligeiramente.
Efeito térmico do alimenta (ETA)
O efeito térmico do alimento (ETA) é o aumento no gasto energético associado ao consumo, digestão e absorção de alimento. O ETA é responsável por aproximadamente 10% do GET.
A termogênese obrigatória é a energia necessária para digerir, absorver e metabolizar nutrientes, inclusive a síntese e o armazenamento de proteínas, lipídios e carboidratos.
A termogênese facultativa ou adaptativa é o “excesso” de energia gasta, além da termogênese obrigatória, e acredita-se que seja atribuída à ineficiência metabólica do sistema estimulado pela atividade nervosa simpática.
Cálculos
Equações
Miffin-St. Jeor:
Homens: kcal/dia = 10x(peso) + 6,25x(estatura) – 5 x (idade) + 5 Mulheres: kcal/dia = 10x(peso) + 6,26x(estatura) – 5x(idade) + 161
Peso em quilogramas Estatura em centímetros
Idade em anos
FAO/OMS 2001, sem atividade física
Faixa etária Homens Mulheres 
18 a 30 anos 15,057 × peso (kg) + 692,2 14,818 × peso (kg)+ 486,6
30 a 60 anos 11,472 × peso (kg) + 873,1 8,126 × peso (kg) + 845,6
➢60 anos 11,711 × peso (kg) + 587,7 9,082 × peso (kg) + 658,5
FAO/OMS 2001 com atividade física
Homens eutróficos: NEE (kcal/dia) = 662 – (9,53 × idade) + CAF × (15,91 × peso + 539,6 × estatura)*
Mulheres eutróficas: NEE (kcal/dia) = 354 – (6,91 × idade) + CAF × (9,36 × peso + 726 × estatura)*
*Idade em anos, peso em kg, estatura em metros; NEE: Necessidade estimada de energia CAF: Coeficiente de atividade física
CAF: CAF = 1 se NAF sedentário (≥ 1 < 1,4) CAF = 1,11 se NAF leve (≥ 1,4 < 1,6) CAF = 1,25 se NAF moderado (≥ 1,6 < 1,9) CAF = 1,48 se NAF intenso (≥ 1,9 < 2,5)
Instituto americano de Medicina
Homens sobrepeso: GET (kcal/dia) = 448 – 7,95 X idade + AF X (11,4 X peso [kg] + 619 x estatura [m])
Mulheres eutróficas: GET (kcal/dia) = 1086 – 10,1 X idade + AF X (13,7 X peso [kg] + 416 x estatura [m])
*Idade em anos, peso em kg, estatura em metros; GET: Necessidade estimada de energia AF: Coeficiente de atividade física
AF = Coeficiente de atividade física:
 AF = 1 se o GAF estima-se estar ≥ 1 < 1,4 (Sedentário) 
AF = 1,12se o GAF estima-se estar ≥ 1,4 < 1,6 (Baixo ativo)
 AF = 1,29se o GAF estima-se estar ≥ 1,6 < 1,9 (Ativo) 
AF = 1,59se o GAF estima-se estar ≥ 1,9 < 2,5 (Muito ativo)
Instituto americano de Medicina
Homens sobrepeso: GET (kcal/dia) = 448 – 7,95 X idade + AF X (11,4 X peso [kg] + 619 x estatura [m])
Mulheres sobrepeso: GET (kcal/dia) = 1086 – 10,1 X idade + AF X (13,7 X peso [kg] + 416 x estatura [m])
*Idade em anos, peso em kg, estatura em metros; GET: Necessidade estimada de energia AF: Coeficiente de atividade física
AF = Coeficiente de atividade física
: AF = 1 se o GAF estima-se estar ≥ 1 < 1,4 (Sedentário) 
AF = 1,12se o GAF estima-se estar ≥ 1,4 < 1,6 (Baixo ativo)
 AF = 1,29se o GAF estima-se estar ≥ 1,6 < 1,9 (Ativo) 
AF = 1,59se o GAF estima-se estar ≥ 1,9 < 2,5 (Muito ativo)
Educação nutricional para o idoso
Envelhecimento
 • Gerontologia é o estudo do envelhecimento normal, incluindo fatores na biologia, psicologia e sociologia. 
• Geriatria é o estudo de doenças crônicas associadas frequentemente ao envelhecimento, incluindo diagnóstico e tratamento. (prevenir o envelhecimento precoce) 
•Senescência é um processo biológico de envelhecimento e da exibição dos efeitos de aumento da idade. (efeito da idade, cabelos brancos, pele fina, estrutura e composição corporal) após os 30 anos começamos a envelhecer )
O período de crescimento humano chega ao fim aos 30 anos, quando começa o período de envelhecimento. Após os 30 anos temos um declínio gradativo ano após ano. 
Perdemos magra magra 1 a 2 % ao ano
 • OMS: Idoso é um indivíduo que tem mais de 60 anos em países em desenvolvimento e mais de 65 em países desenvolvidos. 
• Segundo o Ministério da saúde, idoso é o individuo com 60 anos ou mais.
• Idoso jovem (65 – 75 anos): geralmente aposentados que vivem livres, independentes, sem grandes restrições à atividade física. 
• Idoso médio (75 a 85 anos): já sofre de alguma doença crônica que lhe propicia alguma limitação física, decorrente da doença ou da própria idade. 
• Muitovelho (>85 anos): Dependentes da ajuda de familiares ou enfermagem, muitas vezes internados em instituições.
Porquê estamos envelhecendo?
• Melhoria das condições de moradia (qualidade de vida)
• Avanço tecnológico (trafego e transporte,eletricidade etc)
• Tratamento, diagnóstico, medicamentos
• Alimentação. (Prevenção de doenças e promoção de melhorias)
Nutrição no envelhecimento
A nutrição pode incluir três tipos de serviços preventivos. 
· Na prevenção primária a ênfase é sobre a nutrição na promoção da saúde e na prevenção de doenças.
· Ex: fazer escolhas mais saudáveis. Trocar o pão branco pelo integral, alimentos anti oxidantes..
· A prevenção secundária envolve a redução de riscos e o abrandamento da progressão de doenças crônicas relacionadas à nutrição para manter o desempenho funcional e a qualidade de vida. Ex: minimizar com a alimentação o efeito de doenças já existentes. Tipo hipertensão comer menos sal.
· Na prevenção terciária cuidados/tratamentos de casos clínicos e planejamento de alta hospitalar muitas vezes envolvem problemas de apetite e mastigação, dietas modificadas e limitações funcionais.
· Ex: observar o estado fisiológico da pessoa, paciente sem dente;comer alimentos pastosos ou líquidos. 
Composição corporal
A composição corporal sofre alterações com o envelhecimento. A massa gorda e a gordura visceral aumentam, enquanto a massa muscular diminui.
A sarcopenia é perda de massa muscular, força e função que pode estar relacionada ao envelhecimento.
Embora as pessoas inativas apresentem perdas maiores e mais rápidas de massa muscular, a sarcopenia é detectada também em indivíduos idosos ativos em um grau menor.
OBS: Para minimizar a sarcopenia utilizamos a alimentação e exercícios físicos. 
Alterações fisiológicas
O envelhecimento é um processo biológico normal e esse processo envolve algum declínio na função fisiológica. Os órgãos mudam com a idade. As taxas de mudança diferem entre os indivíduos e nos sistemas de órgãos.
Além da mudança de perfil físico, aspectos sensoriais também são diminuídos, como paladar, olfato, audição, visão. 
As perdas sensoriais afetam as pessoas em diferentes graus, a taxas variáveis e em diferentes idades. Essas perdas sensoriais podem levar a um apetite insatisfatório e escolhas inadequadas de alimentos.
Ex: por excesso de sal na comida ou comprar realçador de sabor industrializado.
A composição corporal 
A composição corporal sofre alterações com o envelhecimento. A massa gorda e a gordura visceral aumentam, enquanto a massa muscular diminui.
A sarcopenia, caracterizada pela perda de massa muscular, força e função pode estar relacionada ao envelhecimento.
Embora as pessoas inativas apresentem perdas maiores e mais rápidas de massa muscular, a sarcopenia é detectada também em indivíduos idosos ativos em um grau menor. (Sedentarismo propicia a sarcopenia.) ex: idoso tem dificuldade de abrir a fechaduras, a mão treme isso é decorrência da sarcopenia. 
A obesidade sarcopênica é a perda de massa muscular em pessoas idosas com excesso de tecido adiposo; Está associada ao excesso de massa corporal e à redução de massa muscular.
Um estilo de vida extremamente sedentário nas pessoas obesas é o principal depreciador da qualidade de vida.
O estilo de vida sedentário pode ser definido como um nível de inatividade abaixo do limite dos efeitos benéficos à saúde da atividade física regular ou, simplesmente, a queima inferior a 200 calorias em atividade física por dia.
Paladar e olfato-zinco
A disgeusia (paladar alterado),
 perda de paladar ou hiposmia (redução do sentido do olfato) tem relação com o envelhecimento, mas muitas alterações também são devidas aos medicamentos. Os paladar e o olfato andam juntas. 
Obs: O uso de medicamentos com zinco como; (inibidor de bomba de prótons) omeprazol e pantoprazol, traz prejuízos a digestão de zinco e o zinco traz prejuízo na relação do paladar. 
Deficiência de vitaminas do complexo b, traz uma relação de inflamação da língua, prejuízos no paladar. E nisso tudo prejuízos na alimentação. 
Zinco, antinutriente; cálcio e fibras. 
Audição-B12
O tipo mais comum de perda da audição é a 
presbiacusia (perda maior relacionada ao tonal de alta frequência, por ex. toque telefone, celular).
A deficiência de vitamina B12 pode acarretar na perda/diminuição da audição, presbiacusia e redução na audiometria do tronco encefálico.
A vitamina D pode ter um efeito na perda auditiva, devido ao papel que essa vitamina desempenha no metabolismo do cálcio, na transmissão de fluidos e nervos e na estrutura óssea.
Visão- DNT
Glaucoma é o dano ao nervo óptico resultante da pressão intraocular elevada. Hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares (DCV) aumentam o risco de glaucoma.
A catarata é uma opacificação do Cristalino do olho. Uma dieta rica em antioxidantes, como betacaroteno, selênio, resveratrol e vitaminas C e E pode postergar o desenvolvimento da catarata. Alimentação rica em sódio parece ter relação com o desenvolvimento com catarata. 
Vitamina A= bastonetes, conjuntivite e cegueira noturna.
Sistema imune
Considerando que a imunocompetência apresenta uma redução com a idade, a resposta imune é mais lenta e menos eficiente.
A redução progressiva na função dos linfócitos T e da imunidade mediada por células contribui para o aumento de infecções e das taxas de incidência de câncer observadas nas populações de idosos.
Manter uma condição nutricional adequada promove uma boa função imunológica.
Oral
A perda de dentes, o uso de dentaduras e a xerostomia (boca seca) podem levar a dificuldades na mastigação e na deglutição.
Ausência, perda ou dentes cariados ou as dentaduras com ajuste inadequado e doloroso são problemas comuns que dificultam a ingestão de alguns alimentos.
Sistema gastrointestinal
Além da perda o ausência dos dentes, o consumo de diversos tipos de medicamentos também pode afetar o sistema digestivos, o captopril por exemplo tem relação com diminuição de paladar, fármacos anti-infecciosos (amoxicilina, azitromicina, cefalexina, podem causar diarreia, e com isso má colonização intestinal.
Com isso estratégias como variar a escolha e oferta dos alimentos, adequar a consistência ao paciente, tornar as refeições mais fáceis de ser mastigadas e deglutidas (purês, sopas), podem ser boas estratégias para uma boa alimentação do idoso.
Sistema gastrointestinal
Além das alterações citadas anteriormente, outras alterações são comumente vistas em idosos, como acloridria, constipação.
A acloridria é a produção insuficiente de ácido clorídrico pelo estomago, o ácido gástrico suficiente e o fator intrínseco são necessários para a absorção de vitamina B12. Embora quantidades substanciais sejam armazenadas no fígado, pode ocorrer a deficiência de vitamina B12.
Outro fator que pode prejudicar a produção de ácido clorídrico e de fator intrínseco é o uso de antiácidos (ex.: omeprazol).
Sistema gastrointestinal
A constipação é definida como a presença de movimentos intestinais mais lentos do que o normal, apresentando dificuldade ou esforço excessivo para evacuar, movimentos intestinais doloridos, fezes endurecidas ou esvaziamento incompleto do intestino.
As principais causas incluem ingestão insuficiente de líquidos, ausência de atividade física e baixa ingestão de fibras alimentares.
O uso de diuréticos (por ex.: lasix), também podem causar constipação, pela diminuição da umidade das fezes.
Obs: Para melhorar a constipação , a alimentação de 3h em 3h melhora a motilidade intestinal e peristalse . 
Comer frutas após as refeições, temos sítios de carboidratos diferentes. Glut 1 e glut 2 relacionados a tipo de carboidratos diferentes, quando vc come a refeição arroz (amido) com a fruta (frutose) vc muda a estrutura do carboidrato aumento o pico glicêmico. 
Comer carboidratos diferentes->sítios diferentes-> absorção mais rápido->pico glicêmico. 
Qualidade de vida
Qualidade de vida é uma sensação geral de felicidade e satisfação com a própria vida e o meio ambiente.
Funcionalidade, a capacidade de realizarcuidados pessoais, sustento próprio e atividades físicas, está relacionada com a independência e a qualidade de vida.
Depressão afeta a qualidade de vida e muitas vezes está ligada redução do apetite, fadiga, doenças crônicas e perda de massa corporal.
A ingestão inadequada de nutrientes pode acelerar a perda de massa muscular e força, o que pode ter um efeito negativo no desempenho das atividades da vida diária aumentando o risco à depressão, diminuindo a funcionalidade e a qualidade de vida do idoso.

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