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Reabilitação Cardíaca e Pulmonar Profa. Roberta Weber Werle Fases da Reabilitação • Reabilitação Cardíaca – Fase I: hospitalar (PO ou pós-IAM) – Fase II: até 3 meses – Fase III: 6 a 12 meses – Fase IV: manutenção • Reabilitação Pulmonar Fisioterapia no Pós-Operatório Admissão na Unidade de tratamento Intensivo • Avaliação: nível de consciência, inspeção geral, palpação, percussão e ausculta, sinais vitais, exames complementares, monitorizações , sondas, drenos e cateteres, posicionamento do TOT. • Ventilação Mecânica: ajuste de parâmetros. • Ausculta: confirmar simetria e expansibilidade tórax • Avaliação radiológica, gasométrica, hemodinâmica • Desmame e extubação – 2 a 6 horas após a cirurgia • Monitorização rigorosa: eletrocardiograma, cateter de Swan-Ganz, débito urinário, SATO2, gasometria arterial, índice de oxigenação, mecânica respiratória, RX de tórax • Exercícios respiratórios para reexpansão pulmonar • Uso de PEEP Fisioterapia no Pós-Operatório MANOBRAS DE HIGIENE BRÔNQUICA E REEXPANSÃO - VIBROCOMPRESSÃO - TEMP - TAPOTAGEM - GINGA TORÁCICA - TREINO DE TOSSE: COXIM/POSICIONAMENTO - ASPIRAÇÃO VA’s - PADRÕES VENTILATÓRIOS - INSPIRÔMETRO DE INCENTIVO - SELO D’ÁGUA - VNI PEEP Acapella Threshold PEP Inspirômetros de incentivo Ventilação Não-Invasiva FISIOTERAPIA MOTORA ↓ EFEITOS DA IMOBILIZAÇÃO, ↓ EDEMA - Exercícios metabólicos - Exercícios passivos, ativo-assistidos ou ativos em MMSS E MMII - Poltrona, ortostatismo, marcha estacionária CUIDADO: EVITAR DIAGONAIS MMSS E SUSTENTAÇÃO UNILATERAL DO TÓRAX 2º PO → ALTA UTI OBSERVAR SV → Arritmias, Picos Hipertensivos, SatO2 RC FASE I: HOSPITALAR ENFERMARIA: 3º AO 7º PO EXERCÍCIOS LEVES: ATÉ 4 METS FC TREINAMENTO: FC REPOUSO + 30 bpm - Exercícios Globais e Alongamentos - Higiene Brônquica - Deambulação/ Escadas - Treino de AVDs - Mudança no Estilo de Vida - Educação Continuada OBSERVAR SV ANTES, DURANTE E APÓS ATENDIMENTO. ALTA → ENCAMINHAMENTO P/ RC AMBULATORIAL Fisioterapia no PO CRM Fase 1 - Steps STEP 1 - 2° PO • Avaliação do paciente • Orientações das AVDs (sentar, levantar, deambulação) • Orientação da respiração diafragmática e tosse + inalação e oxigenoterapia/pressão positiva (se necessário) • Escolher um inspirômetro de incentivo STEP 2 - 3° PO • Treino com o inspirômetro de incentivo • Manobras de HB + reexpansão + PV + cinesioterapia • Deambulação assistida • Orientação de exercícios metabólicos + elevação de MMII • Controle da FC + PA Regenga, 2000. Fisioterapia no PO CRM Fase 1 - Steps STEP 3 - 4° PO • Manutenção da conduta anterior • Aumento da distância de deambulação • Orientação postural para correção de posturas antalgicas • Exercícios de alongamentos e relaxamentos (amenizar dores musculares) STEP 4 - 5° PO • Realização de exames de controle (RX, ECG, laboratoriais) • Deambulação + exercícios de MMSS e MMII STEP 5 - 6° PO • Treino de escadas • Orientações para alta Regenga, 2000. Fisioterapia no Pós-IAM Fase 1 - Steps STEP 1 (2º PO) - Consumo Calórico = 2 METs • Paciente deitado • Exercícios respiratórios diafragmáticos • Exercícios ativos de extremidades • Exercícios ativo-assistidos de cintura, cotovelos e joelhos STEP 2 (3º PO) - Consumo Calórico = 2 METs • Paciente sentado • Exercícios respiratórios diafragmáticos, associados aos exercícios de MMSS (movimentos diagonais) • Exercícios de cintura escapular • Exercícios ativos de extremidades • Paciente deitado • Exercícios ativos de joelhos e coxofemoral • Dissociação de tronco/coxofemoral Regenga, 2000. OBS: 1 MET = 3,5ml (kg.min)-1 Fisioterapia no Pós-IAM Fase 1 - Steps STEP 3 (4º PO) - Consumo Calórico = 3 a 4 METs • Paciente em pé • Exercícios ativos de MMSS (movimentos diagonais e circundução) • Alongamento ativo de MMII (quadríceps, adutores, tríceps sural) • Deambulação: 35m STEP 4 (5º PO)- Consumo Calórico = 3 a 4 METs • Paciente em pé • Alongamento Ativo de MMSS e MMII • Exercícios ativos de MMSS (movimentos diagonais e circundução) • Exercícios ativos de MMII (flexo-extenção e abdução/adução) • Deambulação: 50m - 25m lentos/ 25m rápidos • Ensinar contagem de FC (pulso) STEP 5 (6º PO) - Consumo Calórico = 3 a 4 METs • Paciente em Pé • Alongamento Ativo de MMSS e MMII • Exercícios ativos de MMSS (dissociados) Regenga, 2000. Fisioterapia no Pós-IAM Fase 1 - Steps STEP 5 – continuação: • Exercícios ativos de MMII (flexo-extenção e abdução/adução) • Rotação de Tronco e pescoço • Marcar passo com elevação de joelho • Deambulação: 100m (checar pulso inicial e final) STEP 6 (7º PO) - Consumo Calórico = 3 a 4 METs • Paciente em Pé • Alongamento Ativo de MMSS e MMII • Exercícios ativos de MMSS e MMII, associados à caminhada • Descer escadas lentamente e retornar de elevador • Deambulação: 165m (medir pulso inicial e final) • Instruções para continuidade dos exercícios em casa STEP 7 - Consumo Calórico = 3 a 4 METs • Continuação do STEP 6 • Descer e subir lentamente (um andar) Regenga, 2000. RC FASE II → ALTA ATÉ 3 MESES AVALIAÇÃO MULTIPROFISSIONAL - História da Doença - História Pregressa - Fatores de Risco → Estratificação - Exames Realizados: TE, Espirometria, RX - Medicações em uso FC TREINAMENTO → FÓRMULA DE KARVONEN 60% - 85% FC 1 + FC 2 + FC 3 = X X / 3 = FC basal Então aplique a fórmula de Karvonen: FC Máx – Fc Basal = Y Y x 0, % + FC basal = Frequência de treinamento Exemplo: Delfim, de 53 anos, começou a treinar e seu treinador indicou uma faixa de treinamento de 75% da FC Máx. Ele aferiu freqüência basal e obteve os seguintes resultados: 1º dia – 55 bpm 2º dia – 52 bpm 3º dia – 56 bpm A frequência cardíaca basal é55 + 52 + 56 / 3 = 54,3 A frequência cardíaca máxima é220 – 53 = 167 Esforço de 75% segundo Karvonen: 167 – 54,3 = 112,7 112,7 x 0,75 + 54,3 =139 bpm Arq. Bras. Cardiol. vol.100 no.1 supl.2 São Paulo Jan. 2013 Arq. Bras. Cardiol. vol.100 no.1 supl.2 São Paulo Jan. 2013 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA - AP, PA, FC, BORG - Qualidade de Vida: SF-36 - PIM, PEM - Teste Ergoespirométrico - Teste Caminhada 6 Minutos - Teste de Repetição Máxima (40% - 60%) - Teste Incremental de Membros - Testes de Força Muscular - Testes de Flexibilidade - Testes Especiais RC FASE II → ALTA ATÉ 3 MESES PROGRAMA DE TREINAMENTO AQUECIMENTO : - Caminhada Lenta + Alongamento – 5’ a 10’ EXERCÍCIO AERÓBICO: - Esteira ou Bicicleta – 25’ a 35’ EXERCÍCIOS RESISTIDOS : - MMSS/ MMII → Halteres, Faixas, Caneleiras - MUSC. RESPIRATÓRIA → Threshold DESAQUECIMENTO : - Alongamentos e Relaxamento – 5’ a 10’ PROGRAMA DE TREINAMENTO NÃO ESQUECER!!! MONITORIZAÇÃO CONSTANTE OBSERVAR TEMPO P/ RECUPERAÇÃO AO ESTADO BASAL DO PCTE CARGA E A INTENSIDADE DO TRABALHO→ RESPEITANDO FC TREINAMENTO PALESTRAS E EDUCAÇÃO CONTINUADA COM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL CONTROLE DOS FATORES DE RISCO RC FASE III→ 6 A 12 MESES • Monitorização Menos Rígida Automonitorização • Destinadas a pacientes crônicos c/ Estabilidade Clínica • Incluir Atividades Lúdicas RC FASE III→ 6 A 12 MESES RC FASE IV → EXERCÍCIO FÍSICO NÃO-SUPERVISIONADO • Orientação Ambulatorial p/ prática Domiciliar • Reavaliações de 3 em 3 Meses • Tabela de Controle Diário • Exercício Aeróbico: 15’ a 1h • Alongamentos Iniciais e Finais Reabilitação Pulmonar • Programa multiprofissional de cuidados a pacientes com alteração respiratória crônica, que é individualmente delineado para otimizar o desempenho físico, social e a autonomia. Reabilitação Pulmonar OBJETIVOS: • Controlar e aliviar, tanto quanto possível, os sintomas e as complicações respiratórias; • Ensinar ao paciente como retornar a sua mais alta capacidade funcional para realizar as atividades de vida diária; • Atingir o mais alto nível de independência física e psicológica; • Melhorar a qualidade e o estilo de vida dos pacientes Reabilitação Pulmonar • Benefícios – Dessensibilização da dispnéia– Redução da ansiedade e depressão – Maior facilidade para realizar AVDs – Melhora na qualidade de vida relacionada a saúde – Aumenta a sobrevida (uso de O2) – Diminuição nos dias de hospitalização – Aumento da capacidade física Reabilitação Pulmonar • Benefícios - capacidade física – Aumenta a proporção de fibras tipo IIA – Aumenta o número de capilares – Aumenta o número de mitocôndrias – Aumenta a concentração de enzimas oxidativas – Diminui a produção de lactato – Aumenta a endurance – Aumenta o VO2 max têm alta capacidade de oxidar aerobicamente carboidratos e ácidos graxos para gerar ATP, permitindo exercícios duradouros O VO2máx é o volume máximo de oxigênio que o corpo consegue “pegar” do ar que está dentro dos pulmões, levar até os tecidos através do sistema cardiovascular e usar na produção de energia, numa unidade de tempo Avaliação do pneumopata • Avaliação das atividades de Vida Diária – Pentear cabelos, barbear-se, colocar sapato – Não ofertar O2 se SatO2 ≤ 88% • Qualidade de Vida: SF36. • Airways questionnaire 20” – AQ20 • Questionário do Hospital Saint George na Doença Respiratória (SGRQ) em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica • Teste incremental de MMSS • TC 6 minutos, PIM, PEM • Uso correto da oxigenioterapia e medicamentos J Pneumol 29(1) – jan- fev de 2003 J Pneumol 26(3) – mai-jun de 2000 J Pneumol 26(3) – mai-jun de 2000 J Pneumol 26(3) – mai-jun de 2000 J Pneumol 26(3) – mai-jun de 2000 J Pneumol 26(3) – mai-jun de 2000 Reabilitação Pulmonar TREINO EM GRUPO MAS INDIVIDUALMENTE OFERTAR O2 CASO SATO2≤88% • Treinamento intervalado (aquecimento) – Alternar MMSS e MMII – 1’exercício/ 1’descanso – Duração 15’ • Treinamento de MMII – Esteira ou cicloergômetro – Duração 30’ (aceleração/desaceleração) Reabilitação Pulmonar • Treinamento de MMSS – Diagonais de Kabat – 2 séries consecutivas – 2’ exercício/ 1’descanso – Duração 25’ • Alongamentos finais – Alongamentos gerais – Músc. Pescoço, peitorais, MMSS, MMII – Duração 15’ Reabilitação Pulmonar Reabilitação Pulmonar • Educação continuada – Esclarecimentos sobre a patologia – Dificuldades individuais – Aspectos psicológicos e nutricionais – Técnicas de conservação de energia – 1x/semana Reabilitação Pulmonar • Técnicas de conservação de energia – Controlar a respiração durante as atividades – Eliminar atividades desnecessárias – Solicitar ajuda quando necessário – Fazer pausas entre as atividades – Organizar o tempo – Organizar o espaço – Usar roupas e sapatos confortáveis e fáceis de vestir
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